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05/08/2006
-
15h11
da Folha Online
Milhares de manifestantes fizeram um protesto em Londres (capital da Inglaterra) neste sábado para exigir um cessar-fogo imediato nos conflitos no Oriente Médio. Segundo a polícia londrina, cerca de 20 mil pessoas participaram da manifestação.
O protesto saiu do Hyde Park e marchou pelas ruas da cidade, passando pela Embaixada dos EUA e pelo Parlamento britânico.
Os organizadores --que incluíram organizações pela paz e representantes de grupos islâmicos compostos por palestinos e libaneses--, no entanto, estimaram a participação na manifestação em cerca de 100 mil pessoas.
"A manifestação mostra a unidade de todas as pessoas de pensamento normal neste país, em torno das idéias de um cessar-fogo imediato e de que essa linha de governo é incompreensivelmente errada", disse o parlamentar do Partido Trabalhista (do premiê britânico, Tony Blair), Jeremy Corbyn.
Os manifestantes carregavam bandeiras libanesas e cartazes, com críticas ao governo de Israel e exigências de fim à ocupação dos territórios palestinos.
A ex-mulher do astro pop Mick Jagger e ativista de direitos humanos Bianca Jagger seguiu à frente da passeata e enfatizou que não se tratou de um protesto hostil a Israel. "Eu defendo a existência de Israel e creio que é errado defender o contrário", disse. "Mas assistir às imagens de crianças inocentes morrendo, como estivemos assistindo nos últimos 24 dias, não promove uma solução pacífica na região."
A atual crise entre Israel e o grupo terrorista e partido político palestino Hamas começou depois do seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, 19, no dia 25 de junho. Desde então, o Exército israelense iniciou a operação Chuva de Verão na faixa de Gaza, que já deixou mais de 160 palestinos mortos, além de outros 700 feridos, segundo relatórios oficiais.
Já a ofensiva israelense contra o grupo terrorista libanês Hizbollah começou em 12 de julho e o conflito deixou quase mil mortos. Só no Líbano, cerca de 900 pessoas morreram, sendo que mais de 800 eram civis. Em Israel, confrontos e foguetes do Hizbollah deixaram mais de 70 mortos, sendo mais de 30 civis.
Resolução.
Blair elogiou o esboço de uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas), elaborado neste sábado, e disse que o documento deve inspirar um cessar fogo entre o Israel e o Hizbollah. O documento foi esboçado hoje por EUA e França e deve ser apresentado ao CS ainda hoje.
"É um importante avanço", disse Blair. "E deve significar que, com a adoção unânime da resolução pelo CS, haja então a completa suspensão das hostilidades em ambos os lados."
Ele disse que a resolução é um primeiro passo e que não há motivo para que não seja adotada agora, com o fim dos confrontos "literalmente nos próximos dias".
Blair conversou hoje com seu colega libanês, Fuad Siniora, e reafirmou seu apoio ao plano de sete tópicos apresentado pelo premiê libanês na semana passada, em Roma.
A proposta de Siniora envolve a libertação de prisioneiros em ambos os países tanto por parte do Líbano como de Israel e a retirada dos soldados israelenses do sul do país.
O embaixador americano na ONU, John Bolton, não fez comentários específicos sobre o texto, mas fontes da ONU ouvidas pela agência de notícias Associated Press disseram que o esboço do acordo pede a 'cessação total da violência' entre Israel e o Hizbollah, mas dá ao governo israelense o direito de lançar ataques se o país for atacado pelo Hizbollah.
O oficial da ONU ouvido pela AP disse, no entanto, que o esboço do documento não pede, no entanto, o fim imediato da violência na região.
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Manifestantes protestam em Londres por cessar-fogo no Oriente Médio
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Milhares de manifestantes fizeram um protesto em Londres (capital da Inglaterra) neste sábado para exigir um cessar-fogo imediato nos conflitos no Oriente Médio. Segundo a polícia londrina, cerca de 20 mil pessoas participaram da manifestação.
O protesto saiu do Hyde Park e marchou pelas ruas da cidade, passando pela Embaixada dos EUA e pelo Parlamento britânico.
Os organizadores --que incluíram organizações pela paz e representantes de grupos islâmicos compostos por palestinos e libaneses--, no entanto, estimaram a participação na manifestação em cerca de 100 mil pessoas.
"A manifestação mostra a unidade de todas as pessoas de pensamento normal neste país, em torno das idéias de um cessar-fogo imediato e de que essa linha de governo é incompreensivelmente errada", disse o parlamentar do Partido Trabalhista (do premiê britânico, Tony Blair), Jeremy Corbyn.
Os manifestantes carregavam bandeiras libanesas e cartazes, com críticas ao governo de Israel e exigências de fim à ocupação dos territórios palestinos.
A ex-mulher do astro pop Mick Jagger e ativista de direitos humanos Bianca Jagger seguiu à frente da passeata e enfatizou que não se tratou de um protesto hostil a Israel. "Eu defendo a existência de Israel e creio que é errado defender o contrário", disse. "Mas assistir às imagens de crianças inocentes morrendo, como estivemos assistindo nos últimos 24 dias, não promove uma solução pacífica na região."
A atual crise entre Israel e o grupo terrorista e partido político palestino Hamas começou depois do seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, 19, no dia 25 de junho. Desde então, o Exército israelense iniciou a operação Chuva de Verão na faixa de Gaza, que já deixou mais de 160 palestinos mortos, além de outros 700 feridos, segundo relatórios oficiais.
Já a ofensiva israelense contra o grupo terrorista libanês Hizbollah começou em 12 de julho e o conflito deixou quase mil mortos. Só no Líbano, cerca de 900 pessoas morreram, sendo que mais de 800 eram civis. Em Israel, confrontos e foguetes do Hizbollah deixaram mais de 70 mortos, sendo mais de 30 civis.
Resolução.
Blair elogiou o esboço de uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas), elaborado neste sábado, e disse que o documento deve inspirar um cessar fogo entre o Israel e o Hizbollah. O documento foi esboçado hoje por EUA e França e deve ser apresentado ao CS ainda hoje.
"É um importante avanço", disse Blair. "E deve significar que, com a adoção unânime da resolução pelo CS, haja então a completa suspensão das hostilidades em ambos os lados."
Ele disse que a resolução é um primeiro passo e que não há motivo para que não seja adotada agora, com o fim dos confrontos "literalmente nos próximos dias".
Blair conversou hoje com seu colega libanês, Fuad Siniora, e reafirmou seu apoio ao plano de sete tópicos apresentado pelo premiê libanês na semana passada, em Roma.
A proposta de Siniora envolve a libertação de prisioneiros em ambos os países tanto por parte do Líbano como de Israel e a retirada dos soldados israelenses do sul do país.
O embaixador americano na ONU, John Bolton, não fez comentários específicos sobre o texto, mas fontes da ONU ouvidas pela agência de notícias Associated Press disseram que o esboço do acordo pede a 'cessação total da violência' entre Israel e o Hizbollah, mas dá ao governo israelense o direito de lançar ataques se o país for atacado pelo Hizbollah.
O oficial da ONU ouvido pela AP disse, no entanto, que o esboço do documento não pede, no entanto, o fim imediato da violência na região.
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