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06/08/2006 - 20h37

Ataque suicida mata 15 em enterro no Iraque, EUA vão enviar reforços

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da France Presse, no Iraque

Um ataque suicida em um enterro na cidade de Tikrit, 180 km ao norte do Iraque, matou pelo menos 15 pessoas e deixou outras 30 feridas hoje, informou a polícia iraquiana.

Tikrit é considerado um antigo reduto do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, a 180 km ao norte de Bagdá. O ataque destruiu um salão no centro de Tikrit onde era realizado o funeral do pai de Saab Abd Bediewi, um membro do Conselho Provincial.

Segundo um oficial da polícia, o homem-bomba parou um carro repleto de explosivos diante do salão e detonou a carga.

O Exército norte-americano vai enviar reforços a Bagdá para restabelecer a segurança na capital iraquiana, onde milhares de pessoas morreram desde início do ano em atos de violência étnica e religiosa.

"Cerca de 3.700 soldados da 172ª Brigada de Infantaria 'Stryker' serão enviados do norte do país para Bagdá", anunciou o tenente-coronel Barry Johnson, porta-voz do Exército americano.

Os reforços chegarão de Mossul, ao norte da capital, onde estão há um ano. Os Estados Unidos prolongaram a missão destes soldados por mais quatro meses e eles se juntarão aos 50 mil militares norte-americanos e iraquianos em Bagdá para a operação "Juntos Adiante".

Este plano, lançado em meados de junho pelo primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al-Maliki, para restabelecer a segurança na capital, por enquanto está sendo um fracasso.

Bagdá sofre atualmente 70 ataques por dia. Com isso, os responsáveis norte-americanos tiveram de admitir abertamente o risco de uma guerra civil. Os corpos de 17 pessoas executadas a tiros, entre elas quatro soldados iraquianos, foram encontrados neste domingo em diversos pontos de Bagdá.

"As violências sectárias ocorrem hoje mais do que nunca, em particular em Bagdá e, se não pararem, é possível que o Iraque afunde em uma guerra civil", disse o general John Abizaid, chefe do comando central norte-americano que supervisiona as operações militares no país.

Al-Qaeda

O Exército americano reconheceu pela primeira vez que a Al-Qaeda no Iraque, até há pouco seu inimigo número um, representa agora uma ameaça secundária diante dos enfrentamentos religiosos.

O peso da rede terrorista "diminuiu significativamente" desde a morte de seu líder no Iraque, Abu Mussab al Zarqawi, abatido em ataque aéreo americano em junho, afirmou quinta-feira o general Abizaid em Washington.

A administração Bush insistiu durante muito tempo em associar a violência no Iraque à Al-Qaeda, mas os observadores duvidam que o grupo terrorista desempenhe um papel primordial no país e acusam o Pentágono de passar uma imagem falsa da situação.

Responsáveis iraquianos e americanos anunciaram hoje que as forças do Iraque assumirão o controle, antes do fim do mês, da segurança da província sulista de Zi Qar, até agora sob a responsabilidade das tropas italianas, que iniciaram sua retirada do Iraque. Zi Qar se tornará a segunda província a passar ao controle das forças iraquianas, depois de Muthanna, no mês passado.

Também hoje, a promotoria militar iniciou o exame do caso contra quatro soldados americanos acusados de participação no estupro seguido de morte de uma iraquiana de 14 anos e no assassinato de três membros de sua família, para determinar se devem ser julgados por uma corte marcial.
 

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