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10/08/2006 - 07h55

Londres frustra suposto ataque a dez aviões e detém 21 suspeitos

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da Folha Online

A polícia britânica anunciou nesta quinta-feira ter frustrado uma megatentativa de ataque terrorista, que consistia em explodir pelo menos dez aviões, de preferência em vôos entre o Reino Unido e os Estados Unidos. O anúncio gerou caos em aeroportos da Europa, com o cancelamento e atraso de vôos. A polícia prendeu 21 suspeitos.

A estratégia dos terroristas seria usar alguma substância química para explodir os aviões. O alerta de ameaça terrorista no país foi elevado hoje a seu nível mais alto [crítico], que significa possibilidade de ataque iminente.

Segundo uma autoridade norte-americana consultada pela rede de TV CNN, entre os vôos visados pelos terroristas estariam três aviões com destino aos EUA (Nova York, Washington e Califórnia).

A maior parte das detenções foi feita em Londres. Outros detidos foram localizados na área do Vale Tâmisa (que inclui Berkshire, Buckinghamshire, o município de Milton Keynes e Oxfordshire) e em Birmingham (centro da Inglaterra), acrescentou a polícia.

Paul Kingston/Efe
Policial britânico vigia aeroporto de Teesside, Newcastle, Reino Unido, após alerta
Apesar de a polícia confirmar 21 detenções, parte da imprensa britânica eleva o número a 25.

O subcomissário da Scotland Yard, Paul Stephenson, disse hoje que a intenção dos terroristas era "cometer assassinatos em massa, num nível incalculável".

Stephenson acrescentou que a investigação continua e a unidade antiterrorista está revistando várias casas. Ele não informou as identidades nem a nacionalidade dos detidos, mas a rede britânica BBC afirma que todos seriam britânicos. Uma fonte policial que não foi identificada, porém, afirmou que a maioria dos detidos seria de origem paquistanesa.

Aeroportos

O aeroporto de Heathrow, em Londres, o principal do Reino Unido, está fechado para decolagens e para o pouso de aviões, informou o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo.

Segundo a BAA, operadora do aeroporto, os passageiros dos aeroportos de Gatwick e Stansted, próximos a Londres, também registram atrasos em seus vôos. Os passageiros dos vôos que saem do país estão proibidos de levar qualquer tipo de bagagem de mão.

Gerry Penny/Efe
Multidão se concentra em Gatwick, segundo maior aeroporto de Londres
O suposto complô levou as autoridades britânicas a decretar alerta máximo em todo o território. Os passageiros vivem uma situação caótica nos aeroportos.

O alerta terrorista provocou uma grande confusão na Europa, com centenas de vôos com destino ou decolagem prevista para os aeroportos londrinos cancelados.

"Escala inimaginável"

Segundo Stephenson, o objetivo dos supostos terroristas seria provocar um assassinato em massa em uma escala inimaginável.

"Acreditamos que o objetivo dos terroristas era introduzir explosivos nos aviões em bagagens de mão e detoná-los durante o vôo", disse.

Autoridades britânicas afirmam ter chegado aos suspeitos após meses de investigações, que envolveram a divisão antiterrorista da polícia metropolitana e os serviços de segurança.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, vem sendo criticado dentro e fora do Reino Unido por seguir as posições dos EUA e ter se recusado a exigir um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah.

Há pouco mais de um ano, em 7 de julho, as explosões de quatro bombas contra o sistema de transportes de Londres mataram 52 pessoas e feriram outras 700.

No dia 22 de julho de 2005 --15 dias após os atentados e um dia após a polícia ter evitado novo ataque-- o eletricista mineiro Jean Charles de Menezes, 27, foi confundido com um terrorista por policiais que vigiavam seu prédio, em Londres. Seguido até a estação de metrô de Stockwell, o brasileiro foi morto por dois agentes com oito tiros (sete na cabeça e um no ombro).

Com agências internacionais

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