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10/08/2006
-
15h05
a Ansa, em Washington
Há 12 anos, a rede terrorista Al Qaeda planejou um ataque que previa a explosão quase simultânea de 12 aviões norte-americanos sobre o Pacífico, utilizando uma mistura de substâncias químicas. Hoje aquele projeto antigo batizado de Plano Bojinka, ressurgiu nos comentários da inteligência norte-americana, que o citou como um precedente que poderia ter inspirado o plano desmantelado pelas autoridades britânicas.
Bojinka foi idealizado em Manila no início dos anos 90 por Khalid Sheikh Mohammed, o ex-alto dirigente da Al Qaeda que foi posteriormente o estrategista do ataque do 11 de setembro de 2001. O próprio Mohammed relatou alguns detalhes sobre o plano nos interrogatórios aos quais foi submetido ao longo destes anos pela CIA (foi preso no Paquistão em 2003).
A possibilidade de explodir os aviões em vôo foi analisada, além de Mohammed, também por Ramzi Yousef, preso posteriormente como idealizador do primeiro ataque ao World Trade Center, em 1993, e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
O projeto deveria ter sido executado em 1994 mas não chegou à fase operacional e foi descoberto em 1995, no curso de uma série de prisões realizadas em Manila, vinculadas inclusive a um plano de atentado contra o papa João Paulo 2º em visita nas Filipinas
Mohammed e Yousef pretendiam carregar a bordo de uma dúzia de aviões destinados aos EUA substâncias químicas a serem misturadas no próprio avião para se transformar em explosivos. Os terroristas suicidas deveriam embarcar em várias cidades asiáticas, entre as quais Seul e Hong Kong.
Bojinka, segundo o relato de Mohammed, transcrito nos autos da investigação sobre o 11 de Setembro, foi a base sobre a qual a Al Qaeda desenvolveu o projeto de lançar os aviões seqüestrados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington.
Osama Bin Laden recebeu com ceticismo a idéia das explosões simultâneas, mas aceitou a dos aviões usados como armas, reduzindo no entanto o número dos seqüestros para quatro: Mohammed almejava 10, tendo por alvo também a Costa Oeste dos EUA.
Bojinka seria uma palavra sérvia ou croata que significa "grande bote". Questionado, Mohammed disse à CIA que se tratava de um termo sem significado, usado nos campos de treinamento pelos mujahedin [guerreiros islâmicos] no Afeganistão.
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Há 12 anos, a rede terrorista Al Qaeda planejou um ataque que previa a explosão quase simultânea de 12 aviões norte-americanos sobre o Pacífico, utilizando uma mistura de substâncias químicas. Hoje aquele projeto antigo batizado de Plano Bojinka, ressurgiu nos comentários da inteligência norte-americana, que o citou como um precedente que poderia ter inspirado o plano desmantelado pelas autoridades britânicas.
Bojinka foi idealizado em Manila no início dos anos 90 por Khalid Sheikh Mohammed, o ex-alto dirigente da Al Qaeda que foi posteriormente o estrategista do ataque do 11 de setembro de 2001. O próprio Mohammed relatou alguns detalhes sobre o plano nos interrogatórios aos quais foi submetido ao longo destes anos pela CIA (foi preso no Paquistão em 2003).
A possibilidade de explodir os aviões em vôo foi analisada, além de Mohammed, também por Ramzi Yousef, preso posteriormente como idealizador do primeiro ataque ao World Trade Center, em 1993, e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
O projeto deveria ter sido executado em 1994 mas não chegou à fase operacional e foi descoberto em 1995, no curso de uma série de prisões realizadas em Manila, vinculadas inclusive a um plano de atentado contra o papa João Paulo 2º em visita nas Filipinas
Mohammed e Yousef pretendiam carregar a bordo de uma dúzia de aviões destinados aos EUA substâncias químicas a serem misturadas no próprio avião para se transformar em explosivos. Os terroristas suicidas deveriam embarcar em várias cidades asiáticas, entre as quais Seul e Hong Kong.
Bojinka, segundo o relato de Mohammed, transcrito nos autos da investigação sobre o 11 de Setembro, foi a base sobre a qual a Al Qaeda desenvolveu o projeto de lançar os aviões seqüestrados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington.
Osama Bin Laden recebeu com ceticismo a idéia das explosões simultâneas, mas aceitou a dos aviões usados como armas, reduzindo no entanto o número dos seqüestros para quatro: Mohammed almejava 10, tendo por alvo também a Costa Oeste dos EUA.
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