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17/08/2006 - 20h41

Erupção do vulcão Tungurahua mata cinco pessoas no Equador

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da Folha Online

A erupção do vulcão Tungurahua devastou cinco vilas no sul do Equador nesta quinta-feira, deixando cinco mortos, 13 feridos e provocando a retirada de 3.200 moradores, enquanto o governo declarou estado de emergência em quatro Províncias.

Outras 60 pessoas que haviam desaparecido "foram encontradas com vida por uma equipe do Ministério da Defesa que trabalha no resgate", afirmou Juan Salazar, prefeito de Penipe (135 km al sul de Quito), a região mais afetada.

O presidente equatoriano, Alfredo Palacio, que se deslocou para a área acompanhado de vários ministros, decretou estado de emergências nas Províncias de Tungurahua, Chimborazo, Cotopaxy e Bolívar.

Palacio foi obrigado a viajar ao local por terra em razão da emergência que paralisou as operações nos aeroportos de Latacunga, Riobamba e Guayaquil, no sudoeste, afetados pela nuvem de cinzas provocada pela erupção.

"A erupção arrasou cinco aldeias, causando a morte de cinco pessoas, mas quatro dos corpos ainda não puderam ser resgatados porque ficaram sob os escombros", informou Salazar.

Outros 13 moradores da área ficaram feridos e estão sendo atendidos em Penipe ou na vizinha cidade de Riobamba, algumas delas com graves queimaduras.

O vulcão Tungurahua --que tem 5.029 metros de altura e está situado 135 km ao sul de Quito-- atingiu na madrugada desta quinta-feira a maior atividade desde 1999.

Segundo o diretor do Instituto Geofísico equatoriano, Hugo Yepes, o vulcão lançou um jato de lava de mais de oito quilômetros e uma "impressionante" quantidade de cascalho e cinzas.

O diretor do instituto afirmou que pouco após a meia-noite ocorreu a "erupção 'paroxísmica', ou seja, um clímax de erupção no qual a fonte de lava, o jato incandescente, chegava a mais de oito quilômetros de altura acima do vulcão".

Yepes disse à televisão Gamavisión que, no momento, "há áreas que estão sendo atingidas por quantidades impressionantes de cascalho e cinzas". "Casas e áreas verdes estão pegando fogo devido ao calor dos fragmentos de rocha ígnea", disse ele.

"A erupção começou por volta das 9h de ontem [11h de Brasília], e foi se intensificando gradativamente", disse Yepes, afirmando que, ao redor das 17h (19h de Brasília) da quarta-feira, ocorreram "os primeiros fluxos dos fragmentos de rocha ígnea".

Segundo o diretor do instituto, o rio Chambo está represado desde meia-noite, o que poderia afetar a represa de Agoyán, que já parou sua geração de energia.

Catástrofe

Yepes disse que as Províncias de Tungurahua e Chimborazo estão "seriamente afetadas, é uma zona de catástrofe".

Habitantes da cidade de Ambato, capital da Província de Tungurahua, disseram que a localidade amanheceu sob uma camada de cinza de pelo menos três centímetros, e as autoridades pediram que a população não saia de casa.

Milhares de pessoas foram retiradas dos povoados próximos ao vulcão e levadas para albergues em igrejas e casas.

Na cidade de Baños, uma das zonas turísticas mais importantes do Equador, grande parte dos moradores saiu por volta da meia-noite, mesmo sem ouvir as sirenes, já que o fornecimento elétrico havia sido cortado.

Por volta da 1h (3h de Brasília), começaram a cair cinzas em grandes quantidades, assim como cascalho, muitos do tamanho de uma bola de golfe, que chegaram a quebrar os vidros de alguns veículos, segundo moradores.

Com agências internacionais

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