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23/08/2006
-
01h42
da Efe, em Londres
A Anistia Internacional afirmou que existem "claros indícios" de que Israel executou "uma destruição deliberada" da infra-estrutura civil do Líbano durante o recente conflito com o Hizbollah. O Estado israelense pode ser acusado de "crimes de guerra".
A entidade divulgou nesta terça-feira (22), em sua sede em Londres, um relatório afirmando que Israel descumpriu "concretamente" a proibição de realizar ataques indiscriminados e desproporcionais, podendo ter cometido outras violações do direito internacional, como ataques diretos contra alvos civis.
A destruição por parte de Israel de milhares de casas e o bombardeio contra inúmeras pontes e estradas "faziam parte da estratégia militar de Israel no Líbano, e não foram simplesmente "danos colaterais" resultantes da legítima perseguição de alvos militares", diz o relatório.
A organização de defesa dos direitos humanos ressalta que a ONU precisa realizar "uma investigação urgente, exaustiva e independente" sobre as graves infrações ao direito internacional humanitário cometidas tanto pelo grupo xiita Hizbollah como por Israel.
O relatório, intitulado "Destruição deliberada ou 'dano colateral'? Ataques israelenses contra a infra-estrutura civil", avalia a atuação de Israel no conflito e se baseia nas informações coletadas pelas últimas delegações de investigação da Anistia que visitaram a região.
"Israel afirma que os ataques contra infra-estruturas foram legítimos, mas isso é evidentemente falso. Muitas das agressões assinaladas em nosso relatório são crimes de guerra, como ataques indiscriminados e desproporcionais", disse a secretária-geral adjunta da Anistia, Kate Gilmore.
Na opinião de Gilmore, "existem claros indícios de que a destruição em massa de instalações de energia e água, assim como de infra-estrutura de transporte, imprescindível para a distribuição de alimentos e outros tipos de ajuda humanitária, foi proposital e fazia parte de uma estratégia militar".
Gilmore declarou ainda que "o padrão, o alcance e a escala dos ataques não torna crível a afirmação de Israel de que foram 'danos colaterais'".
A secretária-geral adjunta da Anistia ressaltou que as vítimas civis de ambas as partes "merecem justiça".
"Dada à gravidade dos abusos perpetrados, é urgente uma investigação sobre a conduta de ambas as partes. Os autores dos crimes de guerra devem responder por seus atos e as vítimas têm direito a uma reparação", disse.
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Anistia vê indícios de crimes de guerra em ataques de Israel
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A Anistia Internacional afirmou que existem "claros indícios" de que Israel executou "uma destruição deliberada" da infra-estrutura civil do Líbano durante o recente conflito com o Hizbollah. O Estado israelense pode ser acusado de "crimes de guerra".
A entidade divulgou nesta terça-feira (22), em sua sede em Londres, um relatório afirmando que Israel descumpriu "concretamente" a proibição de realizar ataques indiscriminados e desproporcionais, podendo ter cometido outras violações do direito internacional, como ataques diretos contra alvos civis.
A destruição por parte de Israel de milhares de casas e o bombardeio contra inúmeras pontes e estradas "faziam parte da estratégia militar de Israel no Líbano, e não foram simplesmente "danos colaterais" resultantes da legítima perseguição de alvos militares", diz o relatório.
A organização de defesa dos direitos humanos ressalta que a ONU precisa realizar "uma investigação urgente, exaustiva e independente" sobre as graves infrações ao direito internacional humanitário cometidas tanto pelo grupo xiita Hizbollah como por Israel.
O relatório, intitulado "Destruição deliberada ou 'dano colateral'? Ataques israelenses contra a infra-estrutura civil", avalia a atuação de Israel no conflito e se baseia nas informações coletadas pelas últimas delegações de investigação da Anistia que visitaram a região.
"Israel afirma que os ataques contra infra-estruturas foram legítimos, mas isso é evidentemente falso. Muitas das agressões assinaladas em nosso relatório são crimes de guerra, como ataques indiscriminados e desproporcionais", disse a secretária-geral adjunta da Anistia, Kate Gilmore.
Na opinião de Gilmore, "existem claros indícios de que a destruição em massa de instalações de energia e água, assim como de infra-estrutura de transporte, imprescindível para a distribuição de alimentos e outros tipos de ajuda humanitária, foi proposital e fazia parte de uma estratégia militar".
Gilmore declarou ainda que "o padrão, o alcance e a escala dos ataques não torna crível a afirmação de Israel de que foram 'danos colaterais'".
A secretária-geral adjunta da Anistia ressaltou que as vítimas civis de ambas as partes "merecem justiça".
"Dada à gravidade dos abusos perpetrados, é urgente uma investigação sobre a conduta de ambas as partes. Os autores dos crimes de guerra devem responder por seus atos e as vítimas têm direito a uma reparação", disse.
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