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24/08/2006 - 08h08

Reforço de tropas só chega ao Líbano na próxima semana

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da Folha Online

O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Erkki Tuomioja, que ocupa a presidência rotativa da União Européia (UE), afirmou nesta quinta-feira esperar que novas tropas da força de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano cheguem em uma semana ao país.

Após dez dias do início do cessar-fogo entre o Exército de Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah, ainda não há uma definição sobre o início dos trabalhos da força internacional ampliada.

Tuomioja afirmou que esperava ver "os primeiros reforços dentro de uma semana, e, se possível, mais tropas nas semanas subsequentes".

Segundo fontes do governo em Paris, a França pode decidir nesta quinta-feira o envio de centenas de militares adicionais à futura Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). Até o momento, a França tem 400 militares na força de paz.

O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou hoje que os libaneses "esperam muito mais que estes 400 soldados franceses" para o reforço da Unifil no sul do país.

"Os libaneses queriam uma presença forte da França [na Unifil] o que teria estimulado outros países contribuintes a fazer o mesmo, o que teria estimulado os libaneses", disse o primeiro-ministro à rádio RMC Info.

A composição da Unifil será debatida nesta sexta-feira pelos ministros de Relações Exteriores da União Européia.

Siniora se mostrou confiante em que a França aumentará sua presença na Unifil após o envio de um contingente de urgência de 200 militares, que se uniram aos 200 franceses já presentes na força.

Cessar-fogo

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, viajará a vários países do Oriente Médio, entre eles o Irã e a Síria, para consolidar o fim das hostilidades e garantir o cumprimento da resolução 1.701 do Conselho de Segurança (CS).

A resolução 1.701, aprovada pelo CS em 11 de agosto, determinou o cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah e autorizou o reforço da Unifil, passando dos atuais 2.000 militares para até 15 mil soldados.

O conflito, que começou no dia 12 de julho e durou até o cessar-fogo do dia 14 de agosto, deixou ao menos 1.183 mortos e mais 4.055 feridos no Líbano, segundo a ONU, e cerca de 160 mortos em Israel, segundo fontes oficiais israelenses. O estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados israelenses pelo Hizbollah --a ação deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos. Durante 34 dias, Israel atacou o território libanês por terra, ar e mar. O Hizbollah também lançou cerca de 4.000 foguetes contra o norte de Israel.

Funções das forças de paz

A nova situação requer tarefas como o desarmamento das milícias, a defesa de territórios, retirada de minas dos territórios e desativação de bombas.

A Índia estuda retirar seus soldados que fazem parte do contingente de 1.990 militares da Unifil, informou hoje a agência indiana PTI.

"Estamos considerando a retirada das tropas do Líbano porque a UE já está organizando a força de contenção que será mobilizada entre Israel e seu vizinho do norte ", disse o ministro da Defesa da Índia, Pranab Mukherjee.

Segundo a PTI, o governo pode ter começado a analisar a retirada devido ao fato de que o mandato das tropas da UE poderia ser de "aplicação da paz" e não de "manutenção da paz".

As tropas indianas que fazem parte desse contingente não estão equipadas para realizar trabalhos de "aplicação da paz", acrescentou a agência.

No entanto, é improvável que as tropas indianas deixem o Líbano antes do fim de seu mandato, em 31 de agosto.

Fontes do Ministério da Defesa citadas pela PTI disseram que o contingente indiano fará uma "retirada ordenada" quando as tropas da UE tomarem posições.

Estas tropas serão reforçadas por 15 mil soldados libaneses que supervisionarão o cessar-fogo entre o Hizbollah e o Exército israelense.

Do contingente indiano, 673 efetivos pertencem ao quarto batalhão sikh (minoria religiosa indiana), que fez trabalhos de resgate e reabilitação após os confrontos.

As fontes não esclareceram se a possível retirada incluiria também os 102 soldados do contingente indiano das colinas de Golã.

Com agências internacionais

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