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07/09/2006 - 21h22

Novo vídeo mostra Bin Laden com seqüestradores do 11/9

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da Folha Online

O canal de televisão árabe Al Jazira exibiu nesta quinta-feira um novo vídeo com imagens do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, reunido com alguns dos seqüestradores dos aviões utilizados nos atentados de 11 de setembro de 2001, quatro dias antes do quinto aniversário dos ataques.

No vídeo, Bin Laden usa um manto escuro e caminha na companhia de alguns homens em uma área desértica e rochosa não identificada. Sorridente, o chefe da Al Qaeda recebe várias pessoas, apontadas pela emissora como seqüestradores envolvidos no 11 de Setembro.

O registro mostra Bin Laden sentado com seu então braço direito, Mohammed Atef --também conhecido como Abu Hafs al Masri--, e com Ramzi Binalshibh, outro suspeito de planejar os ataques suicidas contra os Estados Unidos há cinco anos.

Atef foi morto por um ataque aéreo americano no Afeganistão em 2001. Binalshibh foi capturado há quatro anos no Paquistão e está atualmente sob a custódia dos EUA, sendo que Washington anunciou nesta semana que pretende levá-lo a julgamento militar.

A Al Jazira disse que a fita mostra a "vida cotidiana" de integrantes da Al Qaeda, com treinamentos e preparações para ataques nas montanhas do Afeganistão.

O vídeo também contém partes de "testamentos" gravados de dois seqüestradores do 11 de Setembro --Wael al Shihri e Hamza al Ghamdi.

"Se nós aceitarmos nossa humilhação (...) as pegadas do inimigo irão se espalhar de Jerusalém até Meca", afirma um homem identificado como Hamza al Ghamdi.

Usando barbas, Al Shihri e Al Ghamdi falaram da situação vivida pelos muçulmanos na Bósnia e na Tchetchênia.

Cerca de 3.000 pessoas morreram em 11 de setembro de 2001, quando terroristas suicidas assumiram o controle de quatro aviões de passageiros americanos.

Dois deles foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, causando o desmoronamento dos edifícios. Um terceiro foi jogado sobre o Pentágono, o quartel-general do Exército americano, perto de Washington, e o quarto foi derrubado em um descampado na Pensilvânia.

Os terroristas foram treinados em artes marciais e a maioria só estava armada com simples estiletes. O vídeo mostrou alguns homens encapuzados praticando combate corpo a corpo, enquanto outro parecia treinar com uma faca.

Quinze dos 19 terroristas que participaram dos ataques eram sauditas.

A gravação de hoje foi a quarta de uma série de longos vídeos que a Al Qaeda divulgou para lembrar os ataques de 11 de Setembro contra as torres gêmeas do World Trade Center e o Pentágono nos últimos anos, afirmou Ben Venzke, chefe da IntelCenter, companhia americana privada que monitora o tráfego de mensagens de extremistas e presta serviço de inteligência na área de contraterrorismo para o governo americano.

As fitas anteriormente divulgadas foram exibidas em abril e setembro de 2002 e setembro de 2003, cada uma delas com cenas do planejamento dos atentados suicidas e testemunhos de alguns dos seqüestradores dos aviões, afirmou Venzke.

De acordo com a IntelCenter, as cenas de Bin Laden transmitidas hoje nunca foram exibidas anteriormente.

A rede do Qatar afirmou que as imagens são inéditas, mas não explicou como a gravação foi obtida.

Falha de comunicação

O presidente americano, George W. Bush, reconheceu hoje que a falta de comunicação existente entre as diferentes agências federais de segurança ajudaram Osama bin Laden a atacar os Estados Unidos em 2001, mas considerou que foram realizados avanços "gigantescos" na luta contra o terrorismo.

Em discurso pronunciado na Fundação de Políticas Públicas da Geórgia, em Atlanta, Bush afirmou que agora os EUA "aprenderam as lições do 11 de setembro de 2001".

O presidente americano também defendeu o programa de escutas que uma juíza federal da cidade de Detroit (Michigan) ordenou em agosto que seja interrompido de forma imediata.

No penúltimo dos cinco discursos que Bush fará nesta semana devido ao quinto aniversário dos ataques de 11 de Setembro, o presidente pediu ao Congresso americano que permita um programa de espionagem "mais duro".

Bush admitiu ainda que Khalid Sheik Mohammed --considerado o número três da rede terrorista Al Qaeda antes de ser capturado no Paquistão em 2003-- ofereceu "informações muito valiosas que ajudaram a prevenir futuros ataques nos EUA".

Mais recursos

O Senado americano votou nesta quinta-feira por unanimidade um acréscimo de US$ 200 milhões ao orçamento da Defesa deste ano para criar uma unidade de inteligência encarregada de capturar o terrorista Osama bin Laden.

A medida, aprovada por 96 votos a 0, também supõe que o Departamento da Defesa informe a cada três meses ao Congresso sobre os progressos para prender Bin Laden.

O autor da iniciativa foi o democrata Kent Conrad que apresentou um emenda ao Projeto de Gastos da Defesa 2007, que esta semana está sendo debatido no Senado.

O senador republicano Ted Stevens, presidente do Comitê de Gastos do Senado, admitiu que seria impossível para os legisladores não votar a medida em um ano eleitoral e às vésperas do quinto aniversário dos atentados.

Alvos no Iraque

O novo chefe da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Hamza al Muhajir, pediu que cada insurgente mate pelo menos um americano nos próximos 15 dias no país árabe, em gravação de áudio divulgada nesta quinta-feira num site islâmico e transmitida pelo canal de TV Al Jazira.

"Oh súditos do emir dos fiéis, o mulá Omar! Oh filhos de Osama bin Laden! Oh discípulos de Ayman al Zawahiri! Oh homens de Abu Musab al Zarqawi! Eu os convido a matar pelo menos um americano num prazo de 15 dias", afirma Al Muhajir na gravação.

O líder iraquiano da rede terrorista também disse estar seguro da vitória e criticou a participação de sunitas no governo iraquiano.

Abu Hamza al Muhajir havia feito sua última declaração em junho, poucos dias depois da morte de Abu Musab al Zarqawi, a quem sucedeu à frente da Al Qaeda no Iraque.

Al Muhajir se disse confiante na vitória de sua organização no Iraque e pediu a união dos insurgentes muçulmanos no país. "Peço a união dos mujahidin [guerreiros]", disse Al Muhajir na gravação, de apenas meio minuto de duração.

A veracidade da gravação não pôde ser comprovada de forma independente e a rede de TV não informou como ou quando o registro de áudio foi obtido.

Em junho, em um comunicado na internet, a Al Qaeda no Iraque indicou Abu Hamza al Muhajir como o sucessor de Al Zarqawi na liderança do grupo. Dias depois, o Exército americano identificou Al Muhajir como o pseudônimo do egípcio Abu Ayyub al Masri.

Segundo o Exército americano, Al Masri está envolvido em atividades terroristas desde 1982, quando começou a se relacionar com o braço egípcio do Jihad Islâmico, que era comandado pelo atual braço direito de Osama bin Laden, o egípcio Ayman al Zawahiri.

A divulgação da gravação coincidiu com a cerimônia realizada hoje em Bagdá, na qual o governo do primeiro-ministro Nouri al Maliki assumiu o controle sobre parte de suas tropas.

Com agências internacionais

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