Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

20/08/2010 - 02h30

Eleições, educação, juízes

DA FOLHA.COM

Eleições

O presidenciável José Serra, no debate online Folha/UOL, chamou Dilma Rousseff de ingrata por ela não reconhecer supostos avanços dos anos FHC.
Ora, foi o Serra candidato a presidente em 2002 que tentou se esquivar do governo de Fernando Henrique Cardoso, do qual participara como ministro desde o começo. Estratégia, aliás, que viria a ser repetida por Geraldo Alckmin em 2006.
Agora, no pleito deste ano, o jingle da campanha do "Zé" exalta a era Lula, em vez de lembrar os tempos de Fernando Henrique.
Portanto, em matéria de ingratidão com FHC ninguém bate o candidato Serra!

SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

*

Já que nenhum dos entrevistadores, no debate online Folha/UOL, rebateu de pronto a mais uma mentira do poste chamado Dilma, espero que alguém da Folha, qualquer colunista --graúdo ou não--, escreva no jornal que Dilma, mais um vez, mentiu quando disse que o PT apoiou o Plano Real. Não só não apoiou como tentou sabotá-lo no Congresso. Basta consultar os jornais da época.
Há reportagens inteiras de discursos do metalúrgico retirante vociferando contra a tentativa do governo Itamar de implementar o Plano Real. Depois, com o sucesso do mesmo, esses pelegos sindicalistas foram enfiando a viola no saco e hoje se atrevem a reivindicar o controle sobre a inflação, assim como o fez a "mãe" do PAC no "Jornal Nacional", ao dizer que a inflação era galopante no começo do governo Lula. O que houve foi um aumento dos índices, já controlados em fim do mandato de Fernando Henrique, justamente por medo do que poderiam ser os anos com Lula e sua corja no poder.
Que alguém na Folha se incumba de esclarecer a verdade aos eleitores.

PAULO CARDOSO DA SILVA JUNIOR (São Paulo, SP)

*

Nós, eleitores de José Serra, não temos tempo para responder às pesquisas, pois estamos sempre muito ocupados trabalhando para sustentar os eleitores de Dilma, que vivem à custa do Estado brasileiro. Mas no dia 03 de outubro iremos às urnas.

SANDRO FERREIRA (Ponta Grossa, PR)

*

O desempenho de Serra é resultado de um vício das elites paulistas: sua equipe fundamentou-se na leitura sistemática de algumas poucas revistas semanais paulistanas. Esse foi o retrato do Brasil em que eles acreditaram quando planejaram a campanha. Deu no que está dando.

ARTUR SCAVONE (São Paulo, SP)

*

O palhaço Tiririca tem sido apontado como prova do despreparo do eleitor brasileiro. Nas entrelinhas, o eleitor brasileiro pobre, de "gosto duvidoso", que tenderia a transfundir suas preferências culturais e políticas.
Não concordo. Quem despolitizou a política --desde há muito tempo-- foi a burguesia, através da demolição da ideologia como base partidária e da elaboração de uma visão "empresarial" e "de resultados" do governo e do poder político.
Se se trata de um serviço, que mal há em se votar para o cargo em alguém que nos fala a língua do afeto?

LAERTE COUTINHO (São Paulo, SP)

*

O TSE proibiu a gozação de candidatos na mídia e pode estar certo. Mas como decidirá na hipótese inversa? O candidato a deputado federal Tiririca, ao longo do programa eleitoral gratuito, afirma que também desconhece para que serve um deputado, numa gozação explícita dirigida ao eleitor. Trata-se de verdadeira avacalhação do processo eleitoral, que merece repúdio e providências.

JAIRO EDWARD DE LUCA (São Paulo, SP)

-

Pai e mãe

Irretocável o editorial "Pai e mãe" . Corremos o risco de eleger para presidente uma pessoa que nunca foi testada em um cargo eletivo sequer e que será --tomando emprestada uma expressão que ela e os membros de seu partido adoravam usar antes de, folgaz e lascivamente, aboletar-se no Estado e se tornar parte da "elite" que abominavam-- "massa de manobra" de Lula. Ou, pior, de gente como José Dirceu.

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

-

Educação

Li com atenção o editorial "Técnicas de ensino" e pude constatar que, além de extremamente genérico, pela grande importância do tema, cai nas armadilhas do lugar-comum, quando imputa aos professores a responsabilidade única pelos possíveis êxitos do processo educacional no país.
Diante dos argumentos ali apresentados, e o sempre exíguo espaço do leitor, serei breve nas considerações.
A opinião manifesta determina que uma mudança positiva dependeria, fundamentalmente, da "melhoria da qualidade de ensino". Aliás, um bordão, usado à náusea. O maior problema identificado estaria nas "aulas precárias e desinteressantes".
Contudo, fiquei, sinceramente, sem uma referência sobre o que poderia significar exatamente isso, tendo em vista que não se tem uma "leitura" exata, do ponto de vista dos próprios estudantes, sobre o que de fato lhes interessa no contexto real de hoje, perpassado e "hegemonizado" pelas novas mídias eletrônicas e seus discursos ultraefêmeros (acho que aí está o ponto para uma pesquisa profunda).
Diga-se que tal tese se corrobora num trecho adiante, quando, a partir de pesquisa da FGV, constata-se que "a maior parcela dos jovens que abandonam os estudos apresenta como justificativa a falta de interesse pela escola, e não a necessidade de trabalhar".
Poder-se-ia indagar, mais uma vez, sobre a precisão dessa informação. De quais jovens (categoria socioeconômica) está falando? Quais são as suas razões anunciadas? Por que o fenômeno assim se sucede? Ficamos frustrados, sem ter a mínima ideia.
Sem a vontade de aprender, condição sine qua non, nenhum método, técnica ou outra parafernália tecnológica alcançará os objetivos primordiais da relação ensino/aprendizagem: consolidar um determinado conhecimento.
O fato que mais chama a atenção nesse debate, entretanto, é que não há uma dimensão de envolvimento da sociedade, como em muitos outros temas da mesma magnitude que afligem o país.
Algumas vozes, muitas vezes proféticas, não são capazes de sensibilizar as pessoas, principais interessadas numa formação educacional, pelo menos digna desse nome e de uma forma ampla e abrangente.
Não apenas para atender às demandas do mercado de trabalho, em contínua mutação, a educação não pode se limitar a ser uma espécie de modelagem da força de trabalho, mas, muito mais, ter o compromisso de formar autênticos cidadãos, munidos de espírito crítico e disposição para agir, como foi a grande pretensão dos gregos na Antiguidade.

ROBERTO DE OLIVEIRA MELO FILHO (Goiânia, GO)

-

Juízes

No artigo "O bode expiatório (ou a culpa é do juiz)", o juiz federal Gabriel Wedy diz ser contra a retirada de direitos e garantias dos magistrados.
Ocorre que, como está se tornando "normal", os juízes corruptos, quando comprovada falta de lisura, ganham como presente uma aposentadoria com vencimentos integrais.
Ora, qualquer bandido gostaria de receber esse tipo de condenação e, talvez por isso, estamos sofrendo com essa porcaria de Judiciário em todos os níveis e instância. Todos estão querendo esse tipo de aposentadoria.
Lembro-me de um "ministro" colocado no Supremo por Lula que, em defesa da redução salarial imposta pelo governo, com o nome de contribuição para aposentadoria a ser paga pelos já aposentados, alegou em defesa dessa estupidez que: "se o direito adquirido protegido pela Constituição fosse para valer, ele seria escravo". Mesmo assim, esse tal "ministro" não conseguiu a tão almejada aposentadoria com salários integrais.

JOSÉ LUIZ LIMA GONZAGA (Campinas, SP)

 

EnqueteVeja +

'Rolezinhos'

A polícia deve impedir os "rolezinhos" nos shoppings paulistanos?

Publicidade

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página