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10/06/2007 - 02h30

Corrupção

"Os juízes gaúchos, através da Ajuris, estão propondo uma cruzada contra a corrupção incluindo o próprio Judiciário. Louvável iniciativa, pois a grande maioria dos brasileiros é composta por pessoas honestas e bem intencionadas. Para manter a credibilidade das instituições é necessário afastar os corruptos sem qualquer tipo de privilegio ou protecionismo."

CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)

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Xeque-mate

"Parece que Lula, mais uma vez, mexeu a pedra certa no tabuleiro. Esse episódio envovendo o irmão do presidente não passa de mais um ôba-ôba. Certamente não dará em nada como tantos outros e servirá apenas além de desviar atenção aos que já estão vergonhosamente se arrastando, como o caso do presidente do Senado Renam Calheiros cujos colegas querem inocentar para aumentar o prestígio do presidente que, com certeza, já tem na ponta da língua o bordão 'cortar na própria carne'. E a caravana das mazelas segue enquanto os cães ladram ao vento."

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

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Poluição

"A leitora Texto Fernanda Lopes Silva ('Painel do Leitor', 4/6) critica o prefeito Gilberto Kassab por anunciar que vai reembolsar os donos de veículos que fizerem a inspeção veicular ambiental. A leitora sugere que isso resultaria em benefício apenas aos proprietários de autos, ignorando que a redução das emissões de poluentes beneficiará diretamente todos os 11 milhões de paulistanos (a poluição afeta a saúde de quem tem carro e de quem não tem), em especial crianças e idosos. O controle das emissões beneficia também todos os contribuintes, porque reduz o número de atendimentos de pacientes com doenças causadas pela poluição na rede pública de Saúde. Pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas revela que a poluição provocada por automóveis é responsável, em média, pela perda de um ano e meio de vida de toda a população de São Paulo e pela morte de 7 pessoas todos os dias na cidade."

IVO PATARRA, assessor de Imprensa da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

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Congresso

"Muito significativa a decisão da juíza de Brasília, suspendendo a chamada verba indenizatória de R$ 15 mil, concedida aos parlamentares para gastos de fim de semana em suas bases eleitorais. O mandato parlamentar existe para servir ao povo e ao país e deve ser exercido com humildade e simplicidade. Não pode ser visto como emprego rendoso, nem como meio para adquirir vantagens ou privilégios. Os salários e vantagens (que somam mais de R$ 100 mil) recebidos pelos congressistas contradizem a precária situação em que vive a maioria do povo brasileiro, que se faz representar na administração do país. Por isso se faz urgente a reforma política, que deve rever essas distorções do exercício do cargo de representação popular, cortando todas essas mordomias atribuídas sem consulta ao povo."

EDMÍLSON MARTINS DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Aviação

"O problema, diga-se seríssimo, de interferências nas comunicações entre os aviões e as torres de controle que poderão causar tragédias não se resume somente nas atuações das rádios piratas. Hoje qualquer pessoa, como mostrou a mídia, consegue comprar qualquer tipo de rádio transmissor ou transceptor. Como alerta eu diria que um pequeno transceptor tipo HT pouco maior que um celular, por exemplo, pode fazer um estrago irreparável, pois a maioria são modernos, sofisticados e potentes. Possuem freqüências variáveis que podem sintonizar as polícias, aeronaves etc. E mais: ser adquirido normalmente no comércio sem qualquer controle, sobretudo via fronteiras do contrabando, e que se sintonizado em uma freqüência da aviação e acoplado a um som qualquer paralelo interferem sobremaneira na comunicação. Radioamadores brasileiros, individualmente ou através de suas associações, vêm alertando as autoridades há muito tempo sobre os perigos iminentes dos atos de 'clandestinos', que também proliferam as faixas destinadas especificamente a eles. É preciso rever certos conceitos quanto à legislação, particularmente no tocante à aquisição descontrolada desses equipamentos, impor maior rigor na fiscalização com penalidades severas aos infratores."

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

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Dever do Estado

"Tem toda razão o leitor Walter Knapp ('Painel do Leitor', 8/6) ao afirmar que os moradores dos Jardins não deveriam contribuir com a reforma e com a mobília das delegacias do bairro. Esta deveria ser uma obrigação do Estado, uma vez que pagamos impostos e nada mais justo que tenhamos a contrapartida. Ocorre que a realidade é muitíssimo diferente. O Estado cobra nossos impostos, mas os serviços que nos prestam são rigorosamente nulos. Somos reféns dos bandidos nas ruas e agora também dentro de nossas casas. Os assaltos em residências nos Jardins, Cidade Jardim, Jardim Guedala e Morumbi, são quase diários. Ou a sociedade se mobiliza e toma a iniciativa ou estará fadada a viver nesse clima de medo e terror. Por descaso, omissão, bandalheiras e gestão ineficiente, o Estado faliu."

LEÃO MACHADO NETO (São Paulo, SP)

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Drogas

"Venho manifestar-me a propósito da matéria 'Panfleto para Parada Gay orienta como cheirar cocaína' (Cotidiano, 8/6).
É lamentável que um discurso que demoniza da forma mais violenta e unilateral o uso de 'drogas' seja acionado por autoridades da medicina e da segurança pública, que parecem ignorar todo um conjunto de medidas de educação e prevenção, adotadas oficialmente não só no Brasil, mas em vários outros países, que se pautam pelo princípio da redução de danos. Um princípio que reconhece, do modo mais sóbrio e razoável, que pessoas sempre utilizaram 'drogas', pelos motivos mais diversos, nas circunstâncias mais variadas, e que não há razões para supor que deixarão de fazê-lo _como, aliás, qualquer profissional sério da medicina admite, pelo menos em privado. Sendo assim, o que cabe fazer, do ponto de vista da saúde pública, são ações educativas destinadas a minorar os danos pessoais e sociais causados pelo consumo descuidado. Essa diretriz vem se mostrando uma alternativa eficaz ao proibicionismo da 'guerra às drogas', o qual naturaliza a ilegalidade e potencializa a criação de mundos de delinqüência ligados tanto ao tráfico quanto à repressão, com os quais convivemos hoje nas metrópoles brasileiras.
Confundir essas ações importantes e ponderadas com propaganda, apologia ou facilitação do uso de drogas, de modo a desautorizá-las e inventar novas bruxas a serem caçadas agora na pele de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e seu legítimo movimento pela diversidade sexual é uma atitude de alarmante irresponsabilidade daqueles que, por ofício ou incumbência, devem adotar uma postura de equilíbrio, discernimento e sensatez em suas tarefas de informação, educação e prevenção sobre assunto tão grave e delicado. Isso vale não só para as autoridades médicas e policiais, mas também (e sobretudo) para a imprensa."

JÚLIO ASSIS SIMÕES, Professor de Antropologia da Universidade de São Paulo e Membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (São Paulo, SP)

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"Na matéria "['Parada Gay suspende entrega de panfleto que orientava sobre uso de cocaína']": http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u303065.shtml (Cotidiano, 9/6), lemos que a Aborda (Associação Brasileira de Redutoras e Redutores de Danos) publicou nota defendendo as dicas da cartilha que ensina como usar cocaína sob o argumento de que 'as ações de promoção de saúde devem levar em consideração a realidade, e não nossos desejos de um mundo ideal e perfeito'. Sem abdicar das nossas utopias, que incluem viver em uma sociedade sem drogas e sem violência, nós, que fazemos um trabalho contra as drogas, levantamos os seguintes aspectos: 1- A Aborda é a entidade representativa de drogados e ex-drogados, que fazem trabalho de redução de danos; 2 - Enquanto eles faziam o trabalho apenas junto aos seus pares, que não abrem mão de deixar de usar drogas, ninguém os incomodou. Pelo contrário, até os apoiamos; 3 - Quando fazem panfleto destinado a ter uma ampla distribuição (na Parada Gay são três milhões de participantes) ensinando como usar drogas, estão sim fazendo apologia da mesma, com o que não podemos concordar; 4 - Não podemos aceitar a acusação dos redutores de danos em relação à posição da Folha sobre o assunto. O jornal não foi preconceituoso com ninguém, muito menos com os aprticipantes da Parada Gay; 5 - Está na hora dos redutores de danos pararem de olhar para o próprio umbigo e respeitarem o restante da sociedade."

JOSÉ ELIAS AIEX NETO, secretário municipal Antidrogas de Foz do Iguaçu (Foz do Iguaçu, PR)

 

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