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28/12/2007 - 02h30

Serra e Lula

"O governador José Serra interrompeu sua ceia de Natal para ir ao HC prestar solidariedade aos doentes e seus familiares atingidos pelo incêndio. Quando do maior acidente aéreo da história do Brasil, com quase 200 mortos, o sr. Lula só se manifestou quase quatro dias depois e assim mesmo por ter sido pressionado pela imprensa e pela revolta dos familiares das vítimas. Esta é a diferença entre um verdadeiro estadista e um fanfarrão mentiroso, que mantém sua popularidade às custas da exploração da miséria do povo e da despolitização de grande parte da população brasileira."

ARTUR ARMANDO INTASCHI (Ubatuba, SP)

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Olho nele

"É digna de todos os aplausos a campanha lançada pelo TSE 'Olho Nele', recomendando aos eleitores que acompanhem o desempenho do candidato no qual votou. Didaticamente é uma campanha cívica irretocável. Mas não basta aconselhar, é preciso dar exemplos. Lamentavelmente, ainda dormem nas gavetas daquele tribunal processos referentes às eleições de 2006 e esperando por julgamentos. Também estamos de 'olho' no TSE, que precisa de uma vez por toda esclarecer o que seja abuso de poder político por parte dos executivos.
Fica difícil para nós eleitores entendermos porque o prefeito de Salto do Jacui (RS) foi cassado por ter dado aumento de salários aos funcionários públicos durante a campanha eleitoral e o prefeito de Dionísio (MG) ser mantido no cargo, embora tenha dado descontos na tarifa de água e esgotos a dois meses antes das eleições! Outros ainda aprovaram leis às vésperas do pleito, cancelando multas, juros e correção monetárias para contribuintes inadimplentes e permanecem no cargo.
O abuso do poder político foi o mesmo e o objetivo dos prefeitos também, ou seja, agradar o eleitor para conquistar-lhe o voto. Mas porque somente um foi cassado? Eis a questão."

MARIO DA SILVA PEREIRA (Brasília, DF)

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Educação

"É hora de pensar melhor na situação social de nosso Brasil. Os programas de assistência social devem visar o engrandecimento da família como um todo. Não há crescimento social sem trabalho.
O trabalho e a educação são bases sólidas onde o povo brasileiro construirá o edifício que é a nação brasileira.
O Fome Zero só tem sentido se zelar pelo trabalho e pela educação do povo. Na verdade, o primeiro passo foi socorrer os pobres que não tinham o menor meio de sobrevivência. Mas a educação para o trabalho é a segunda etapa. Mais difícil e trabalhosa, a educação para o desenvolvimento econômico requer a consciência que a população global cresce muito, e temos que ser mais organizados e econômicos dos recursos naturais.
2008 é o ano do investimento e desejamos que os governantes invistam mais em educação para o trabalho.
No mais, desejamos um 2008 onde a violência dê lugar à
reconciliação."

PAULO ROBERTO GIRÃO LESSA (Fortaleza, CE)

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"As informações postadas pela Coordenadoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Educação ('Painel do Leitor', 27/12) além de equivocadas são profundamente desconectadas da realidade da escola pública do Estado de São Paulo.
Senão, vejamos: para um PIB de 727 bilhões (valor em 2005), o investimento ideal, conforme preconizado pela Unesco, seria de aproximadamente R$ 70 bilhões. Portanto, os R$ 13,7 bilhões anunciados pelo governo estão muito aquém das necessidades para superarmos as deficiências da nossa educação pública.
Os resultados das avaliações externas (Saeb, Pisa, entre outros) e os estudos comparativos, como a divulgado pela Folha de S.Paulo em 25/12, comprovam que a municipalização, ao contrário do que apregoa a S.E., não melhorou a qualidade do ensino.
O plano quantitativo anunciado pela Secretaria apresenta metas, mas desconsidera a necessária qualidade do ensino e a real valorização salarial dos educadores que recebem R$ 5,83 por hora-aula, considerando o salário-base. Com as gratificações, este valor chega a R$ 7,62. Lembramos que desde 2003 o governo estadual ignora o projeto de lei 1.074/03 que institui o Plano Estadual de Educação.
Também é importante frisar que salas de leitura não são bibliotecas. A rede pública de ensino carece de infra-estrutura básica e de pessoal para um bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Segundo dados do MEC, 70% das unidades escolares em São Paulo não possuem biblioteca, tampouco laboratórios."

ANATALINA LOURENÇO DA SILVA (São Paulo, SP)

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Rio São Francisco

"O projeto da transposição já está decidido: será feito com ou sem protestos, é o que afirma o governo.
O que falta aos opositores é a falta de projetos secundários que poderão garantir a perenização do São Francisco e seus principais tributários. Em Minas Gerais temos os rios das Velhas e o Paraopeba como exemplo. Estes projetos incluem entre outros: identificação, cadastramento e recuperação de nascentes (baixo custo); desassoreamento de leitos degradados; recuperação de matas ciliares; identificação de grandes usuários e potenciais poluidores etc.
Estes projetos, que significam ninharia perante o custo da transposição, com certeza assegurarão um acréscimo no volume de água descarregada no velho Chico, muito maior do que a que será transposta e garantirão a perenidade do São Francisco e seus principais afluentes. Infelizmente o importante é opor e não apresentar soluções factíveis."

JOÃO ISRAEL NEIVA (Belo Horizonte, MG)

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Aquecimento global

"Em relação à polêmica mantida em 'Tendências e Debates' pelos colunistas José Carlos de Azevedo (negando) e Carlos Nobre (afirmando) a relevância da ação humana no aquecimento global, quero destacar que existem duas categorias de pessoas que pensam como Azevedo: uma é a indústria petrolífera, cuja má-fé é visível e explicável; e a outra, até me comove. São aqueles seres que acreditam até o fundo da alma nesse paradigma antropocêntrico, que acaba de receber a notícia fatal do médico: pouco tempo de vida lhe resta. A primeira reação, normal e também explicável, é negar o fato. Depois virão outras fases, até a conformação, como ensina o religioso que assiste a doentes nos hospitais.O problema é quanto mais se demora, negando o problema, mais verdadeira se torna a infausta notícia."

JOSÉ ISAAC PILATI (Florianópolis, SC)

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2008

"Que 2008 seja tão bom, ou melhor, como o presidente Lula diz ter sido 2007."

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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Cesp

"Leio na imprensa notícias sobre a venda da Cesp pelo Estado de São Paulo e indago da honestidade e seriedade dos nossos governantes.
A Cesp, se não nos enganamos, foi a primeira empresa estatal a construir uma usina hidrelétrica de grande porte, no governo do eng. Lucas Nogueira Garces (1950), para suprir deficiências e atraso no fornecimento de eletricidade no Estado de São Paulo, até então de exclusividade da Light, empresa privada, canadense que vinha nos enganando desde 1900, quando aqui se implantou e jamais se interessou em ampliar as poucas e pequenas suas usinas hidrelétricas, remetendo incessantemente seus lucros ao Canadá.
Quem não se recorda dos velhos tempos anteriores a 1950, quando fazíamos fila para pegar um elevador em qualquer edifício na capital. E os racionamentos de energia elétrica em todo o Estado; é só indagar aos antigos.
Ora senhor governador, será que o senhor não sabe ou já se esqueceu de que a energia elétrica ou o petróleo são fontes de força estratégicas e necessárias à soberania e desenvolvimento de uma nação e que devem ser mantidas sempre nas mãos do Estado? A eletricidade produzida pela usina ou distribuída é muito lucrativa. Então porque entregar todo esse ouro na mão de bandidos? Que malandragem é essa de o Estado despender importâncias vultuosas na construção de usinas hidrelétricas e depois dividir os lucros com a iniciativa privada na distribuição da energia? Se a iniciativa privada deseja ganhar dinheiro com usinas ou outros bens públicos, ela que os construa e os explore.
A Cesp foi um marco na historia do fornecimento de eletricidade neste pais. Partindo deste marco foi que o governo federal passou também a construir suas usinas.
Infelizmente, os 'entreguistas' governantes e seus altos dirigentes vem usando as fontes de riqueza do Estado (energia elétrica, rodovias, Vale do Rio Doce, Volta Redonda e tantas outras) para entregá-las por preços irrisórios para a iniciativa privada, que cada vez mais se enriquece em detrimento da maioria da população que necessita de escola pública de boa qualidade, emprego, assistência médica etc.
Acorda povo! Nossos dirigentes estão dilapidando os bens públicos, estão nos enganando e nos roubando."

CARLOS WILLIAM DE A. SOUZA (São Paulo, SP)

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Crescimento

"Não é preciso ser Adam Smith, o teórico do liberalismo econômico, para perceber que algo está mudando em nossa economia. Sem otimismo e euforia governista, e ao contrário do que ocorre no Estado, o Brasil sinaliza crescimento.
Neste sentido, índices não faltam. O IBGE cita crescimento de 2,9% de área colhida nas previsões para a safra de 2008, aliado ao aumento de mais de 80% da área de lavouras. Já o comércio tem 9,1% acumulados no volume de vendas do comércio varejista, enquanto a indústria tem produção física de 10,3% superiores em comparativo com 2006.
Os indicadores macroeconômicos apontam um crescimento do PIB de 4,8%, uma queda da taxa de inflação (3,8%) e saldo comercial favorável de US$ 39 bilhões.
Nesse cenário de porcentagens e cifras, visíveis ou não, o efeito dominó é evidente: queda do índice de desemprego (8,2%), o menor desde 2002.
Contudo, sem que as estatísticas positivas batam à porta e ainda nos pareçam distantes, é preciso manter olhos abertos e orelhas em pé. Ocorre que a política do 'rouba, mas faz' é a capa protetora das ações do governo Lula, que anuncia PAC's a todo instante, enquanto regurgita a perda da CPF.
Se o momento econômico parece alentador, o setor público definha no engessamento burocrático da labuta cartorial, favorecendo o mal que há em suas veias. Refiro-me a corrupção institucionalizada que cerca de privilégios a classe política.
Segundo o Transparência Brasil, nas últimas eleições, cerca de 8,3 milhões de eleitores foram instados a vender o voto; 2 % do PIB são abocanhados mensalmente pela corrupção, que tem como dieta R$ 380 bilhões ao ano em gastos e desvios.
A economia tende a recrudescer a distância entre os escândalos de corrupção e a sociedade que ainda não saboreia o mel da queda das desigualdades sociais, reiterando o prelúdio de 'A Riqueza das Nações', que diz que movidos apenas por interesse próprio (self-interest) os indivíduos (ou políticos) promovem crescimento econômico e inovação tecnológica.
Para o próximo ano, o alerta que nos cabe é: 'Será que estamos disposto a provar o gosto amargo do fel dos desvios de verbas e escândalos que envolvem nossos governantes em troca do tão esperado crescimento econômico, da qualidade administrativa e da eficiência do poder público?"

CLEI MORAES (Porto Alegre, RS)

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Niemeyer

"Não sou partidário de polêmicas dirigidas e pessoais, mas confesso que a carta do leitor Paulo Boccato publicada no 'Painel do Leitor' de 20/12 incomodou-me bastante. O missivista, provavelmente em busca de minutos de fama e desrrecalque, foi irônico e desrespeitoso com o centenário mestre Niemeyer, não se limitando a criticar as obras, direito que lhe cabe, mas fazendo-lhes chacotas de mau gosto, atacando-lhe a ideologia. Não comungo da ideologia do mestre nem tenho conhecimentos de arquitetura para tomar posição a respeito de obras do mestre, das quais conheço apenas algumas, inclusive no Exterior. Se eu tivesse a sapiência do famoso Paulo Boccato talvez pudesse criticar o arquiteto responsável pelas pirâmides de Teotihuacan, que concebeu escadas tão longas e estreitas que não me permitiram chegar a câmara principal dada minha claustrofobia."

CARLOS GONÇALVES DE FARIA (São Paulo, SP)

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Tigresa

"Acredito que muitas pessoas leram a reportagem sobre a tigresa que escapou do zoológico e não pararam para pensar na verdadeira notícia por de trás da reportagem. Um animal que estava sendo criado em cativeiro, totalmente fora de seu habitat natural, sendo influenciado por vários estímulos diários, poluição, estresse etc. fugiu de alguma maneira de sua jaula. Até nos filmes de Hollywood quando algum animal foge, as pessoas que vão capturá-lo levam dardos tranqüilizantes, mas não na vida real; na vida real elas levam armas, para matá-lo! Sim, um animal indefeso foi morto! Como podemos criticar quem mata as baleias, os elefantes, se fazemos o mesmo no nosso quintal da América com animais em extinção, sobre proteção do Estado, em cativeiro? Acredito que os policiais que mataram a tigresa vão ganhar uma medalha de honra ao mérito."
p(tagline).FÁBIO DIAS (Campinas, SP)

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Ciência

"Como o doutor Azevedo ('Tendências/Debates', 26/12) bem sabe, as ciências ditas exatas são obrigadas a lidar com o que não é exato e, para isso, valem-se de todo um conjunto de ferramentas da estatística. Nenhum físico, por mais douto que seja, conseguiria, por exemplo, prever o valor exato da força capaz de romper um determinado cabo de aço. Assim, surpreende a incoerência do doutor, quando, primeiro, diz que 'a meteorologia não é ciência por não ter a capacidade de prever', para, logo em seguida, emendar dizendo que 'ninguém prevê o clima com mais de um mês de antecedência'. Afinal o que caracteriza a ciência é somente a margem de erro ou o horizonte das previsões que é capaz de fazer, ou deveríamos buscar algo mais substancial? Contrariamente ao que ele diz em sua réplica, parece que ele é que ficou no século 19 e digere mal a natureza não determinista do universo demonstrada pela física do século 20. Antes que ele me mande estudar física, apresso-me em dizer que continuo a fazê-lo com gosto. Quanto à sua referência ao evangelho, parece que ele faria sucesso como professor na área de 'Ciências da Religião' que algumas faculdades inventaram. Finalizando, pergunto o motivo pelo qual não aparece no mini-currículo do doutor Azevedo sua condição de oficial de marinha e, se isso pesou, no governo Geisel, para ele ascender à reitoria da Universidade de Brasília."

LUIZ ALBERTO PEREIRA DAS NEVES FRANCO (São Paulo, SP)

 

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