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25/02/2008 - 02h30

Pesquisa com animais

"Em relação à reportagem 'Vetada na UE, cobaia é usada no Brasil', digo que é revoltante que crimes contra os animais continuem sendo praticados em função de comércio travestido de ciência. Ao contrário do que afirma um dos entrevistados, respeitar os animais não é inversão de valores, mas quesito básico de humanidade. Uma espécie que deseja prolongar a vida de seus indivíduos à custa da tortura de demais espécies não merece ser salva. Na busca irracional pelo lucro financeiro, animais são torturados diariamente, por dias, meses e talvez anos a fio, em experimentos que atendem não só à indústria farmacêutica mas também à fútil indústria de cosméticos, entre outros setores da economia.
São cães, camundongos e coelhos, entre outras espécies, cuja pele e olhos são submetidos a substâncias tóxicas, corrosivas, cancerígenas etc. Que direito tem o homem de mutilar e cegar demais espécies testando uma nova linha de xampus? Mesmo que o objetivo fosse a cura do câncer, o direito de infligir tanta dor a outros seres vivos é bastante discutível. O mesmo entrevistado refere-se aos coelhos de laboratório como se estes tivessem uma vida muito boa. Pois são animais que vivem privados da natureza e do convívio apropriado com a sua espécie. Quando deixam de ser úteis à pseudociência, acabam descartados, indo parar até mesmo em abatedouros. Comparados aos animais que pastam livremente, cobaias de laboratório têm uma vida imensamente mais dolorosa. Basta de crimes contra a vida! Digamos não às pesquisas fúteis com animais."

DOLORES BEATRIZ PONTES DE CARVALHO (Sumaré, SP)

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Desenvolvimento

"É interessante como tendemos a minorar o que não se quer dizer. No texto 'Os dois Brasis', de 24 de fevereiro, do deputado federal e advogado Mauricio Rands, isso é notório. Nele, há uma série de números e percentuais que saltam aos olhos e que colocam o governo petista como o único governo que teve 'um plano de desenvolvimento estratégico' desde Geisel.
Segundo o advogado, o Brasil se tornou um 'canteiro de obras' de uma tal magnitude que faltam profissionais no mercado.
Parece-me, no entanto, que faltam profissionais porque falta qualificação; isso o artigo não fala. Simplesmente limita-se a apontar os desafios ainda por solucionar, como saúde, educação, segurança. Aqui, todavia, os números não são mencionados, apenas se limitando a elencar o que todo brasileiro já sabe.
Para o deputado, o Brasil 'real', 'vivenciado pelos cidadãos', é aquele que experimenta 'os benefícios do crescimento'. Faltou informar se tal crescimento diz respeito ao aumento da violência urbana, ao crescente sucateamento das escolas ou aos constantes descasos com a saúde pública."

OLDAIR GLATSON DOS SANTOS (Belo Horizonte, MG)

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Perpétua

"Curiosa é a imprensa liberal aqui deste nosso 'patropi'. Quase não se fala da aprovação, pelo Parlamento da França, de uma lei que possibilita a aplicação da pena de prisão perpétua para crimes que tenham pena igual ou superior a 15 anos.
No Brasil das legislações liberticidas e esquizofrênicas, despregadas da vontade popular, mas paridas por poetas jurídicos e arautos do politicamente correto, nem sequer essa discussão sob a forma de emenda constitucional é permitida, quanto mais a já tardia redução da maioridade penal com a supressão de boa parte deste anacrônico ECA, ou ao menos a elevação para 60 anos da pena máxima passível de ser aplicada, afora a cessação automática e por completo de qualquer instituto de redução de penas para criminosos reincidentes.
Enquanto isso, a reforma do Código Penal e do Código de Processo Penal mofa nos escaninhos de um Congresso omisso e alheio à insegurança pública total, que transforma a vida de cidadãos honestos em um inferno."

PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

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Terceiro mandato

"Manifesta o professor FHC preocupação com a possibilidade de o PT semear uma proposta de terceiro mandato (Brasil, 24/2). A pergunta que cabe aqui é: teria o PT quadros à altura para fazer aquilo que o PSDB fez em1997?"

LUIZ GORNSTEIN (São Paulo, SP)

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Violência na escola

"A reportagem 'Aluno espanca professora em sala de aula' (22/2) reproduz dados da Secretaria Estadual de Educação (SEE): redução de 17% das agressões de aluno contra professores, de 217 casos em 2006 para 180 em 20007. Qual é a credibilidade desses dados em um governo que manipula até mesmo o número de homicídios? E qual é o número de casos de professores que agridem alunos? Qual é o número de escolas públicas que cobram taxas ilegais dos alunos? A ouvidoria da Educação recebe cerca de 2.000 denúncias anuais contra escolas, mas o governo sonega estes dados à população. No caso da agressão em Bauru, o aluno alega que teria sido ofendido pela professora: ela teria xingado sua mãe de 'p...'! Isso, é óbvio, não serve de desculpa, pois a SEE já declarou que é normal professor chamar aluno de 'bicha' e usar termos chulos para cativar seus alunos (Relatório de Averiguação Preliminar nº 721/04, Escola Estadual Octacílio de Carvalho Lopes, 01/06/2004).
Se os professores e as escolas já estão perdendo a paciência no primeiro dia de aula, não haverá Febens nem cadeias suficientes para acolher tantos 'ex-alunos' expulsos da escola pública."

CREMILDA ESTELLA TEIXEIRA, Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Taboão da Serra, SP)

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Até que enfim

"Em uma das poucas ações do Exército Brasileiro (e das Forças Armadas em geral) que ajudam realmente os cidadãos, soldados do Centro de Munição, em Paracambi (RJ), ajudarão no plantio de cerca de 80 mil árvores no parque do rio Guandu. Serão 40 hectares de mata atlântica, num reflorestamento de 1 milhãos de árvores.
Que iniciativas como essa façam que cada vez mais as Forças Armadas trabalhem em benefício do povo brasileiro. Já chega de milhares de homens aquartelados à espera de uma guerra que, dependendo do inimigo, o Brasil não agüenta nem meia hora.
Façamos como o Japão após a Segunda Guerra Mundial, que, ao investir em Forças Armadas, investiu em educação.
A sociedade paga um custo muito alto para manter um contingente absurdo de homens e mulheres comendo, bebendo e fazendo educação física."

FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

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Metas

"Em relação à aprovação do Programa de Metas (PLO 008/07) pela Câmara Municipal de São Paulo, gostaríamos de esclarecer: 1 - Desde o primeiro momento, tivemos um grande apoio de todos os vereadores, das lideranças partidárias e do presidente da Câmara. 2 - Este apoio se traduziu no acolhimento solene da proposta no salão nobre da Câmara, na tramitação facilitada em três comissões, na colocação da proposta para votação em dois turnos em plenária em tempo recorde, na recepção que tivemos na Câmara no dia das votações, na hospitalidade e cordialidade de todos os vereadores e no efetivo apoio na hora das votações. 3 - Sabemos que a credibilidade de nossa classe política é baixa (e não faltam razões para isso), o que não é bom para o país nem para a democracia. Por isso achamos muito importante destacar ações e posturas que possam ajudar a recuperar a confiança da população nas pessoas e em instituições públicas. A crítica é tão saudável quanto o elogio.
Neste sentido, a postura da Câmara e de todos os vereadores de São Paulo, acolhendo e aprovando por unanimidade um projeto inédito e exemplar para o país, merece o aplauso e o agradecimento de todos."

ODED GRAJEW, Movimento Nossa São Paulo (São Paulo, SP)

 

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