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15/10/2008 - 02h30

Marta

"Pelo visto, passarei o resto da vida a me envergonhar dos mais de 20 anos em que militei pelo PT. As insinuações da candidata Marta em relação a Kassab são enojantes e demonstram que o partido caminha a passos largos para o lixo da história."

ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

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"As tentativas de Marta Suplicy de justificar o lamentável episódio das críticas pessoais a seu adversário produziram um resultado ainda pior que as críticas em si. Na medida em que ela diz que foi a política mais atacada do país em sua vida pessoal e, portanto, tem o direito de fazer o mesmo com Kassab, ela legitima todos os truques sujos já utilizados na política nacional. Afinal uma coisa é ética ou abominável se ela admite que este tipo de lixo será utilizado porque a informação é 'relevante'. Então, não tem direito nenhum de reclamar dos ataques a ela ou a Lula no caso Lurian. Ética não é algo que se tira do bolso ou se esconde conforme as conveniências. Ou é um valor absoluto ou não é nada. Marta, infelizmente, legitimou a baixaria, a especulação sobre a vida privada e aplaudiu todos aqueles que a atacaram ao dizer que vale tudo para ganhar. Passou de vítima a cúmplice."

CARLOS ALEXANDRE GOMES (São Paulo, SP)

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"A candidata Marta Suplicy deu a senha para se entender a decisão de sua campanha de questionar a vida pessoal do prefeito Gilberto Kassab. Ao explicar as razões dos ataques dirigidos ao seu opositor, Marta disse: 'O que determina o caráter de uma pessoa é o que ela escolhe'. Nada se aplica mais à decisão de seu partido e dela mesma --apesar de afirmar que não sabia do conteúdo de sua propaganda na TV-- do que esta declaração que, aliás, deixa os eleitores paulistanos diante de uma dúvida: se ela não sabia de uma escolha de sua própria campanha, que garantia temos de que o mesmo não acontecerá com assuntos tão ou mais importantes caso ela fosse eleita prefeita? Mas se sabia --como é natural que seja na política democrática, em que os políticos são responsáveis pelo que propõem à sociedade--, e com sua escolha contrariou frontalmente a sua defesa dos direitos de minorias, como explicar o preconceito contra o seu competidor? Ao falar da necessidade de os eleitores conhecerem a trajetória dos candidatos, não é exatamente disso que a candidata está falando? Isto é, de quem é capaz de manter a coerência com aquilo que defendeu durante toda a sua vida, mesmo quando enfrenta enormes adversidades eleitorais?"

JOSÉ ÁLVARO MOISÉS, professor de ciência política da USP (São Paulo, SP)

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Defensores

"O secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, demonstra o seu 'humor político-ideológico' quando usa termos retóricos que, numa rápida leitura, podem ensejar uma ofuscada visão da realidade. Isso ficou nítido na reportagem 'Com paralisação, SP ameaça não ampliar Defensoria' ( Cotidiano, 14/10).
Segundo o secretário, a paralisação dos defensores de São Paulo teria como uma das finalidades a de 'destruir o sistema de atendimento pelo convênio' (da OAB), quando, na verdade, o que se almeja é a substituição paulatina do modelo, colocando o Estado de São Paulo como cumpridor da Constituição Federal (art. 134).
Ademais, chega a ser curioso o secretário questionar a legitimidade do pleito de melhores salários, pois o fato é que a gritante disparidade remuneratória entre a Defensoria e as demais carreiras jurídicas tem acarretado na evasão de cerca de 15% da carreira em um ano, o que é inadmissível! De qualquer forma, suas declarações denotam bem a posição do governo estadual de São Paulo: 'todas as funções essenciais à Justiça são essenciais, mas algumas são mais essenciais que outras'."

GUSTAVO SOARES DOS REIS e RAFAEL MORAES PORTUGUÊS DE SOUZA, defensores públicos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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Costumes

"O jornalista João Pereira Coutinho ('Terra de cegos', Ilustrada, 14/10) atira sobre as feministas a responsabilidade de protestar contra os maus-tratos às mulheres na Arábia Saudita. Esquece-se, no entanto, que há quase um século os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e outros vêm apoiando totalmente o governo saudita, baseado no wahabismo, para que o país continue a lhes dar apoio e petróleo barato. Por que ele usa só um olho para ver quem apóia a selvageria saudita? Ele vê o erro, mas se omite quanto a quem lhe dá apoio. É ignorância ou cinismo?"

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Dia do Professor

"15 de outubro: Dia do professor. Do mestre incumbido pela geração e transmissão de conhecimento, na teoria pelo menos.
Mas será que esta data deve ser comemorada? Será que existem motivos para os professores brasileiros festejarem o seu dia?
Problemas básicos ainda assolam a educação brasileira, que rasteja em pleno século 21 atrapalhando o desenvolvimento do país. Falta estrutura nas escolas; reconhecimento dos profissionais; de políticas públicas voltadas, de fato, para a educação. Falta participação dos pais e familiares. Falta um sistema educacional que veja o aluno como peça fundamental. Falta vontade política. Falta, acima de tudo, sensibilidade.
Com os nossos governantes populistas e a 'cultura do coitadinho', as escolas públicas, desde a pré-escola até o ensino médio, foram transformadas em creches ou, pior ainda, em 'depósitos de crianças e adolescentes', e os professores --sob enorme massacre psicológico e com salários aviltantes-- em babás de alunos desinteressados, agressivos e, em grande parte, violentos.
Um minuto de silêncio seria a forma apropriada de comemorar o 'Dia do Professor'."

AFONSO AVENA (São Paulo, SP)

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Crises

"Parabéns ao sr. Oded Grajew ('US$ 700 bilhões contra a pobreza', 'Tendências/Debates', 12/10), pelo denso e incisivo artigo que denuncia o que todos já sabemos: se é possível conseguir US$ 700 bi em regime de urgência para salvar um sistema financeiro da sua própria incompetência, por que não seria possível fazê-lo a longo prazo para investir e salvar pessoas da marginalização social?
Pena serem raros os empresários que saem do discurso vazio de 'relações públicas' para uma postura engajada e firme, como a do sr. Oded, em direção a um novo modelo de desenvolvimento. Enquanto isso, os governantes nos pedem para agüentar e esperar, talvez pela próxima crise."

ARTHUR ELÍSIO DE TOLEDO MOURA (Belo Horizonte, MG)

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"O senador Sérgio Guerra ('Tendências/Debates', 14/10) parece ser o único para quem 'era óbvio que a crise se espalharia a partir do colapso do sistema de financiamento residencial americano'. Governos e instituições financeiras de todo o mundo admitem que não foi possível prever a extensão da crise dos subprimes. Parece fácil falar em obviedades depois que as coisas acontecem. Por que o senador não se manifestou em julho de 2007, quando teve início a crise imobiliária nos EUA?"

PEDRO IVO ALVES LIMA ZECCHIN (Paris, França)

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Constituinte

"Inconformados com a falta de receptividade para o terceiro mandato do nosso presidente Lula, os áulicos do poder, inspirados nas novas cartas constitucionais da Bolívia e Equador, que levadas a efeito serviram muito mais para massagear os egos ditatoriais de Evo Morales e Raphael Correa, aparecem agora, através do líder do governo na Câmara Federal, querendo implantar no Brasil essa nova 'moda'. É não ter o que fazer."

EWERTON ALMEIDA (Salvador, BA)

 

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