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28/11/2008 - 02h30

Santa Catarina

"Em momentos de tragédia, como este que está ocorrendo em Santa Catarina, é que podemos ter a exata noção da existência ou não de um autêntico líder no comando do país. Refiro-me a alguém que se faça presente na percepção das pessoas mesmo estando em Brasília, mas acompanhando com genuíno interesse e preocupação o desenrolar dos acontecimentos. Alguém moralmente forte para estar envolvido pelo sentimento de compaixão e aflito em tomar as providências necessárias e urgentes.
Estarão essas vítimas experimentando a sensação de amparo social de que tanto necessitam numa hora destas? De que maneira o chefe da nação está a lhes passar a mensagem de que se solidariza diante da profunda dor gerada por perdas físicas e materiais e no que isso poderá afetar o resto de suas vidas?
É estranho como esta ausência de proteção não é mencionada nos jornais, como se fosse normal nada poder esperar do nosso presidente além de palavras vazias e expressões óbvias."

ELIANA FRANÇA LEME (São Paulo, SP)

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"Cada vez mais a Folha surpreende na capacidade de provocar uma catarse avassaladora nos leitores toda vez que ocorre uma calamidade no Brasil.
Fui às lágrimas ao ler o belíssimo depoimento de Manoel Fernandes Neto ('Voltamos aos tempos primitivos', Cotidiano, 27/11), sobre a situação de caos da mais bela e charmosa cidade do país, Blumenau, de belezas naturais e povo desbravador.
Em seguida, fui ao limite da indignação e da revolta ao ler as linhas de sensatez de Janio de Freitas ('Desastres conservados', Brasil, 27/11), que denuncia a omissão dos governantes, sejam de solo Barriga Verde ou do Planalto Central. Quantos ainda serão vitimados pela classe política brasileira?"

HUGO FREDERICO VIEIRA NEVES (Florianópolis, SC)

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Promotor

"Sobre o caso do promotor que matou um rapaz e feriu outro com base em legitima defesa, os desembargadores, julgando as provas contidas nos autos, a absolvição está correta.
Mesmo para quem está de fora, fica claro que um rapaz franzino e covarde, estando acompanhado de uma moça e temendo que dois belos e fortes rapazes a atacassem, se defendeu como pode.
Com a sentença dos juízes eu concordo, porque eles são pessoas de notório saber e julgaram segundo os autos, mas não aceito que esse rapaz continue a ser um promotor de Justiça.
Para este cargo ele não está mais capacitado."

MARIA GILKA (São Paulo, SP)

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"Muito triste a decisão dos desembargadores paulistas de aceitar que um cidadão pode dar 12 tiros, matar uma pessoa e ferir outra em legitima defesa, e deixar um assassino fazer parte do Ministério Público de São Paulo. Este fato é mais uma prova da ineficiência do sistema de segurança e justiça."

FRANCISCO ANÉAS (São Paulo, SP)

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Paraíba

"Com a sua declaração 'Não entendo por que desta vez a Justiça agiu com tanta pressa' ('Jornal do Brasil', 26/11), o senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, tornou-se um forte candidato à presidência do 'Movimento Impunidade para Todos'. Referia-se ele a decisão do TSE que cassou o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), porque este, quando candidato à reeleição em 2006, distribuiu entre os eleitores 35 mil cheques de uma ação social criada por ele, com a ressalva para que votassem na sua reeleição.
A barbaridade proferida pelo senador é a prova mais evidente de que a corrupção entre os políticos é uma ação entre amigos. É inacreditável que um senador da República e presidente de um partido político diga tamanho disparate no plenário do Parlamento. Pelo visto, para o senador Sérgio Guerra, não existe crime nenhum quando um político, visando a sua eleição, distribui cheques a serem descontados no caixa de uma fundação de ação comunitária."

WILSON GORDON PARKER (Rio de Janeiro, RJ)

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Crescer

"Até quando nossos líderes continuarão insistindo em que devemos continuar a crescer se já sabemos que dentro dos padrões atuais estamos consumindo 1,3 planeta, ou seja, já estamos além do ponto de sustentabilidade. Não seria a ocasião de pensarmos em redistribuir melhor o que temos em vez de continuar a crescer de qualquer maneira, à custa da destruição do meio ambiente, da queda na qualidade de vida etc.?"

OSCAR BERGERMAN (São Paulo, SP)

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Aposentados

"Lula, sempre voando alto, não consegue enxergar que aqui embaixo os aposentados não pedem dinheiro emprestado para abrir um negócio, e sim para aplacar sua fome e a de seus inúmeros dependentes. O pagamento é pontual, pois o desconto é em folha, mas o mutirão familiar para ajudar na sobrevivência, agora com uma despesa a mais, não dá para ser visto do Aerolula."

JOUBERT TREFFIS (Rio de Janeiro, RJ)

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Educação

"A situação do Brasil em relação à alta taxa de repetência dificilmente será resolvida se não houver forte investimento na formação básica dos estudantes e um comprometimento maior dos professores em relação ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos, pois é comum na classe colocar os problemas relacionados a investimentos na carreira como responsabilidade do governo, mas esquecemos a nossa parcela de culpa pelo mau ensino no Brasil."

MARTE FERREIRA DA SILVA (Atibaia, SP)

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Professores

"É de indignar a atitude de alguns infelizes governadores que ingressaram no STF com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei do piso dos professores (11.738/08). São contrários ao terço de tempo da jornada de trabalho reservado ao planejamento, pesquisa e correção de provas, como se o professor tivesse que ficar o tempo integral em sala de aula. Outro ponto é o valor do piso: R$ 950, o equivalente a dois salários mínimos, valor irrisório para um profissional com a formação e a responsabilidade de um professor. Contudo, a lei prevê que a União deve ajudar os entes federados que comprovem não possuir recursos para pagar os profissionais da educação. Então, por que são contrários? Simples: eles sabem que podem pagar, mas acham desaforo investir na educação pública, que é voltada para as famílias mais pobres, e preferem reservar mais dinheiro para outras coisas, principalmente para gastos que beneficiam empreiteiras que financiam as candidaturas dos políticos profissionais. O segundo motivo talvez seja pelo fato de que uma educação pública de qualidade, capaz de formar cidadãos críticos, pode contrariar interesses escusos de políticos que fazem carreira por meio da manipulação de pessoas incautas."

EULER CONRADO SILVA JÚNIOR, professor (Vespasiano, MG)

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Bancos e ensino

"Num momento em que o Banco do Brasil, instituição estatal, faz todo o possível para concorrer com os bancos privados, nada se fala na política de investir no ensino público a fim de que ele possa concorrer com o ensino privado. Tampouco em fortalecer o SUS para que ele possa concorrer com os planos de saúde.
Nossos políticos têm esse grave defeito, que nada mais é do que o reflexo do que acontece em todo o Brasil: só vale a pena trabalhar pelo que me interessa.
Por que um diplomado senador se preocuparia com a escola do interior da Paraíba se ele sabe que seu filho vai se formar na melhor escola particular?
O que eles ganhariam em fazer clientes de planos de saúde utilizarem hospitais públicos e concorrerem por vagas com o 'povinho'?
Agora, na hora de abrir uma conta corrente e pagar as taxas mais absurdas do mundo, somos todos iguais."

HEITOR MÁRIO FREDDO (Campinas, SP)

 

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