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04/02/2009 - 02h30

Congresso

"A eleição de Michel Temer e Sarney para presidirem a Câmara dos Deputados e o Senado me faz lembrar Cazuza: eu vejo um museu de grandes novidades. Mas, ao contrário do que diz a canção, parece que, no Brasil, o tempo para sim. Quiçá seja o PMDB capaz de uma alquimia suficiente para se perpetuar no poder. Pura divagação. No fim das contas, todo esse cacife não passa mesmo é de mutação, capacidade de pender para qualquer lado, pouco importa o destino --o que vale é o vento que sopra, trazendo cargos, muitos cargos."

RENATO ALESSANDRO DA SILVA (São João da Boa Vista, SP)

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"Há uma nova ordem econômica mundial. Os Estados Unidos elegeram um presidente negro e a Islândia uma comandante de governo homossexual. Enquanto, por aqui, os 'novos' presidentes da Câmara e do Senado são nossos velhos conhecidos, e tudo isto com as benção do PT.

O Brasil não consegue sair do lugar-comum. O futuro nunca chega."

LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luis, MA)

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"É lamentável, mas a única análise definitiva que se pode fazer sobre os resultados das eleições no Congresso Nacional acaba ratificando o que a maioria dos brasileiros pensa acerca de sua classe política. Agora sob nova direção, nosso Parlamento continuará a ser, principalmente, o que sempre foi: um gigantesco balcão de negócios. Haja vista a disputa pelos cargos na mesa diretora do Senado, que mais parece a abertura de liquidação na 'Black Friday', a data que marca o início das vendas de final de ano nos Estados Unidos."

TIBIRIÇÁ RAMAGLIO (São Paulo, SP)

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"Lamentável a volta do PMDB ao poder no Congresso Nacional com a vitória de José Sarney e Michel Temer para a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados. É a volta do fisiologismo, dos políticos profissionais e da política com 'p' minúsculo. Não se vê no PMDB o menor resquício de idealismo, espírito republicano, ética e defesa dos interesses nacionais. O que irá prevalecer serão os interesses pessoais, a disputa e o loteamento de cargos no governo, sem a menor atenção às necessidades do país e do povo brasileiro."

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Educação

"É tempo de atribuição das aulas na rede estadual de ensino. Recentemente, o governo estadual contratou (concurso público) diversos professores de história e geografia. A filosofia agora é disciplina obrigatória.

Há alguns anos existe a discutida 'aprovação automática', que pode até ter sido criada com boas intenções, mas que foi mal interpretada por alunos, pais e professores. Ou seja, alunos que mal sabem ler e escrever e não conseguem processar as informações receberão aulas de filosofia e para receber essas aulas deixarão de ter aulas de história e geografia. Professores de história e geografia, recém-contratados pelo Estado, deverão ser exonerados.

Por que incentivar a educação por um lado para formação de professores se o próprio governo depois desestimula? Como dar aula de filosofia se o aluno não consegue entender o que ele lê? Até quando o governo ficará descobrindo os pés para cobrir os braços? E para não prolongar o texto, não vou nem entrar na discussão da educação do ensino superior."

FRANCINE LEITE (São Paulo, SP)

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"O mundo está regido pelo imediatismo e pela busca das facilidades financeiras sem esforço. Não mais assusta ler que a procura por cursos de formação de professores está em queda ('País forma cada vez menos professores', Cotidiano, 3/2), pois não se quer mais aprender e com isso assumir mais responsabilidades _e daí melhor remuneração. A regra é ganhar mais pela esperteza, exposição midiática, politicagem e outras práticas do mesmo naipe. O desprestígio do docente permeia também por outros níveis, chegando à universidade. A sociedade é regida por normas e leis, que deveriam ser monitoradas pelos chamados operadores do direito, que poderiam trazer condições mais lógicas e valorizadoras para a educação no país. Mas, sabendo que o único curso que mais cresce é o de formação de advogados, prevê-se que pior ficará a situação para acomodar tantos 'profissionais' formados."

ADILSON ROBERTO GONÇALVES, professor universitário (Lorena, SP)

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Brasília

"A praça proposta por Niemeyer é belíssima; porém, sua localização, no meio da Esplanada, é totalmente inadequada.

E agora Niemeyer se posiciona contra o tombamento de Brasília... Ora, não fosse pelo tombamento, a especulação imobiliária já teria descaracterizado a cidade.

Por isso, apelo ao genial Niemeyer para que não defenda uma proposta que vai contra a preservação da memória cultural do país e da obra-prima concebida por ele, Lucio Costa e Juscelino."

RODRIGO ROLLEMBERG, deputado federal e líder do PSB na Câmara dos Deputados (Brasília, DF)

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"Como brasiliense e funcionário do Iphan não posso deixar de gritar contra a reportagem da Folha de S.Paulo de 2/2 com o título 'Tombamento de Brasília é besteira'

Na entrevista, o mestre Oscar Niemeyer --ao mesmo tempo em que usa frases do tipo 'Uma cidade não pode ser tombada', 'Uma cidade tombada é uma ignorância'-- cita como amigos que se manifestaram a seu favor nomes como os de Glauco Campello, Ítalo Campofiorito, Jayme Zettel, todos ex-presidentes do Iphan. Um fato interessante a ser levado em consideração é que Campofiorito assinou o tombamento de Brasília em 1990 e Zettel em 1992 assinou a portaria 314 do Iphan que regulamenta a proteção da área tombada. Mestre Niemeyer, que se diz tão amigo dos seus amigos e realmente parece ser, deveria ter poupado esses três.

Além disso, Niemeyer se refere a Juscelino Kubitscheck dizendo que 'Ele nunca aceitaria uma cidade que parece dividida entre pobres e ricos. Se o Juscelino estivesse vivo, ele ia ficar do meu lado'.

Quanto à democracia e igualdade, certamente estaria do lado de Oscar, mas quanto ao tombamento de Brasília, JK não poderia achar 'besteira'.

Segue uma frase sua ao então presidente do Iphan em 1960, dr. Rodrigo Melo Franco de Andrade, poucos dias após a inauguração da cidade:

'Rodrigo, a única defesa para Brasília está na preservação do seu plano piloto. Pensei que o tombamento do mesmo podia constituir elemento seguro, superior à lei (*) que está no Congresso e sobre cuja aprovação tenho dúvidas. Peço-lhe a fineza de estudar a possibilidade, ainda que forçando um pouco a interpretação do patrimônio. Considero indispensável uma barreira às arremetidas demolidoras que já se anunciam vigorosas. Grato pela atenção. Abraços. Juscelino. Brasília, 15 de Junho de 1960'.

(*) Referência à Lei Santiago Dantas, aprovada em 1961, que obrigava a aprovação de mudanças no plano original da cidade só e somente só pelo governo federal.

Acredito que o mestre Oscar Niemeyer merece todo nosso respeito, mas Lúcio Costa e a cidade de Brasília também."

MÁRCIO VIANNA, Iphan (Brasília, DF)

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Crise

"Crise econômica mundial significa menos vendas para o exterior, logo menor crescimento uma vírgula! No Brasil precisamos de tudo: casa pra morar, carro popular a preço mais acessível, educação de qualidade e formação profissional, cujo déficit já é grande.

Já que lá fora a recessão se apresenta, precisamos aproveitar para crescer internamente. E a hora é agora."

CESAR MALUF (São José do Rio Preto, SP)

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Michael Phelps

"O grande nadador Michael Phelps, que foi flagrado em uma foto fumando maconha, não condiz com aquele monstro das águas na Olimpíada de Pequim e muito menos serve de exemplo e de referência à juventude.

É simples e notório, drogas, quaisquer que sejam, não combinam com esporte, com a vida, com nada."

FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

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