NOSSOS
COLUNISTAS

Amir Labaki
André Singer
Carlos Heitor Cony
Carlos Sarli
Cida Santos
Clóvis Rossi
Eduardo Ohata
Eleonora de Lucena
Elvira Lobato
Gilberto Dimenstein
Gustavo Ioschpe
Helio Schwartsman
José Henrique Mariante
Josias de Souza
Kennedy Alencar
Lúcio Ribeiro
Luiz Caversan
Magaly Prado
Marcelo Coelho
Marcelo Leite
Marcia Fukelmann
Marcio Aith
Melchiades Filho
Nelson de Sá
Régis Andaku
Rodrigo Bueno
Vaguinaldo Marinheiro

Márcia Fukelmann
marciafk@uol.com.br
  23 de junho
  Azeite de oliva, o príncipe da cozinha
 
O que não pode faltar numa cozinha para dar início ao preparo de um menu completo ou na execução de receitas variadas? Já ouvi essa pergunta e suas respostas, dirigidas a cozinheiros, chefes, gourmets, profissionais liberais, homens descasados, mulheres trabalhadeiras e aventureiros do “fogão”. As respostas variam e os produtos eleitos resumem-se em alho, cebola, manteiga, creme de leite, massa de grão duro, tomate fresco ou pelado, pimenta-do-reino, ervas frescas, vinho, farinha, frutas, temperos, peixes, carnes, aves, defumados, queijos e caldos, mas o que predomina como ingrediente de consenso é o azeite de oliva.
O azeite de oliva merece fornecer algumas informações e considerações quanto ao seu uso, classificação e propriedades.
O termo Extra-Virgem encontrado nas especificações dos rótulos dos recipientes comercializados é atribuído ao método de produção do produto. Neste caso o óleo, ou azeite, deve ser processado “a frio”, mecanicamente, ou seja, as azeitonas devem ser espremidas inteiramente, excluindo-se completamente a adição de solventes químicos ou qualquer outra técnica de extração.
Os diferentes estágios de “virgindade” são determinados pela porcentagem de ácidos oléicos contidos no óleo de oliva. Os melhores azeites extra-virgens, possuem no máximo 1% de acidez. Quando esta concentração extrapola a porcentagem de 4%, o produto passa a ser classificado como “Puro azeite de oliva”, porém não pode ser denominado Extra-Virgem, já que neste caso o óleo passa um processo de retificação para diminuir sua acidez.
As regiões produtoras de azeite se concentram principalmente na Itália (maior exportador do produto), Grécia, França, Portugal, Espanha além do Chile, Argentina e Califórnia, entre outros focos espalhados pelo mundo. Os azeites da Provance, assim como os Italianos principalmente do Veneto, são considerados os mais “elegantes”, devido as suas fragrâncias adocicadas, textura fina e paladar amendoado. Existem também os azeites mais frutados, com aroma de ervas e paladar mais acentuado.
Azeites de oliva são perecíveis, sensíveis a luz, ao ar e ao calor. Recomenda-se usa-los até um ano e meio após a data em que fora engarrafado ou enlatado. Se o recipiente comprado for grande, pode-se guardar por mais tempo, de preferência armazenando em lugares frescos, escuros ou até mesmo em adegas de vinhos. Uma vez aberto, o azeite de oliva deve ser consumido o quanto antes, num período que varia de um mês a um mês e meio. Guarde a garrafa sempre fechada com tampa ou rolha para que o produto não fique rançoso. Caso isso aconteça, é melhor “descarta-lo” para que não altere o sabor da receita que se pretende preparar .
O azeite que se usa para cozinhar, deve ser tão bom ou o mesmo que se utiliza para temperar saladas ou pratos frios. Já que se deve escolher um bom azeite devido ao seu paladar e contribuições que exerce na ênfase dos ingredientes a serem preparados, esse critério deve valer também para valorizar os pratos feitos em forno, grelha ou fogão.
Os ácidos graxos encontrados nos azeite de oliva assim como nos óleos de origem vegetal, são insaturados, ao contrário dos saturados encontrados em gorduras de procedência animal. O seu consumo auxilia na redução dos níveis de colesterol do organismo assim como na prevenção de enfartos do miocárdio.
Os critérios para a escolha de um bom azeite Extra-Virgem, assim como a de um bom vinho, são pessoais. Convém experimenta-los até encontrar o “seu azeite”. Afinal, gosto se discute?


Leia colunas anteriores
16/06/2000 - Caça à mesa
09/06/2000 - Ainda dá tempo
02/06/2000 - Sopa de letras
26/05/2000 - Agora é moda
19/05/2000 - Boseggia em carreira solo


| Subir |

Biografia
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A - Todos os direitos reservados.