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  6 de maio
  Jô na CBN? Um fiasco
 

Noite dessas, tive a pachorra de ouvir na CBN o programa do Jô Soares. E constatei: não funciona. Fiquei cerca de quinze minutos para adivinhar quem era o convidado. Dava pra saber que era músico, mas eles conversavam sobre físico esbelto, quilos a mais, quilos a menos. Se fosse um programa radiofônico, o nome do entrevistado seria repetido, de tempos em tempos, para que o ouvinte pudesse saber quem, afinal, estava falando. Mas insisti, achando que ía descobrir logo. Que nada! Jô falava dos figurinos e de como caía bem no corpo do artista e ainda exclamava a todo instante: "olha isso!", "mostra que bonito!", "vocês podem ver no telão...". Sinceramente, só continuei na Central Brasileira de Notícias pra detectar quanto tempo ficaríamos, nós, pobres ouvintes, fazendo papel de bobos. Tá certo, o programa é feito para veicular na TV, então, não transmitam pelo rádio. Só fui perceber, lá pelas tantas, que se tratava de Ney Matogrosso, quando Jô resolveu perguntar onde ele nasceu.

Lobão cria uma rádio móvel incógnita

Lobão inaugura no próximo final de semana a UP FM, a rádio livre Universo Paralelo. A estréia é dia 13 no Rio, quando ele irá decretar o dia da abolição do ar. Um link colocará em cadeia cerca de 30 rádios que atingem de 2 a 3 km, provocando um congestionamento no dial não-oficial. O músico já havia feito essa experiência com a Rádio Favela (BH), lincando com outras seis da região (como elas são de pequeno alcance, uma retransmite para outra). A Rádio Favela ganhou carta de alforria do ministro Pimenta da Veiga, segundo Lobão, que garante que as rádios envolvidas não são políticas, nem tampouco religiosas. São rádios que criam foco de emprego e de não-violência.
Lobão diz não querer pregar a desobediência civil. Provoca apenas o embate: "quais são as concessões públicas que nos nutrem?". O artista só não quer se prostituir pagando "jabá" para tocar nas emissoras oficiais. Afinal, que rádio comercial cumpre a regulamentação de no máximo 100 mil wats, imposto por lei? É a questão que Chico Lobo, parceiro técnico de Lobão, joga no ar. Ele é conhecido como aquele que mais implantou rádios piratas pelo Brasil. Acompanhe o Barraco MTV, desta segunda, quando o assunto será discutido.
Recentemente, Lobão participou de um programa em uma rádio livre bilíngue (alemão/português) perto de Berlim. Ele conta que lá, as rádios oficiais sustentam as comunitárias, que desempenham papel social e são bancadas por patrocinadores locais. E por falar nisso, a Mix FM (SP) patrocina o show do músico deste fim-de-semana. Mas, não somente os shows de Lobão vão rolar na UP FM (ele diz que não é o Roberto Marinho dele mesmo). Antenado, garimpa sons emergentes e vai mostrar gente como o carioca Maurício Negão, que ele define como uma mistura de Jimi Hendrix e Luiz Melodia.

A rádio que nunca foi ao ar


Esse é o nome da série que mostra o projeto radiofônico educativo e cultural de Mário de Andrade _"um sistema que estabeleceria a troca constante entre conhecimento erudito e popular". Todas as segundas de maio, às 21h, com reprise aos sábados, às 13h, nos 103,3 Mhz, Cultura FM (SP). Idealizada pela pesquisadora Nilcéia Baroncelli, a série comenta os projetos dos anos 30: a Rádio-Escola, que acabou por não existir, e os Concertos Públicos de Discos, ambos com participações de Mário de Andrade e Oneyda Alvarenga.


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Rock Alternativo Não Só no Garagem
22/04/2000
- Rap no rádio



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