Pensata

Gilberto Dimenstein

13/12/2004

O Réveillon da cidadania

Estamos assistindo hoje, por causa da festa de Réveillon, na cidade de São Paulo a um notável exemplo de articulação comunitária.

Por uma série de razões, todas justificáveis e compreensíveis, a Prefeitura de São Paulo não se sentiu em condições de organizar a festa de passagem de ano na avenida Paulista; no ano passado, quase dois milhões de pessoas estiveram lá. A prefeitura, não só não tem dinheiro, como teme pela segurança de um evento, que desemboca em outro mandato.

Diante disso, associações comunitárias se movimentaram e correram atrás de parceiros para que a cidade, como se estivesse em luto, não ficasse em silêncio na passagem do ano. Tiveram apoio do governo do Estado que, por sua vez, ajudou a conseguir patrocínio privado (Embratel) e, agora, acertam-se com a prefeitura.

Todo esse esforço vai fazer o Réveillon mais simbólico da história de São Paulo. A cidade tem muito a lamentar, muito a criticar. Mas, ao vermos como a comunidade está mais madura, mais atenta e mais participativa, tenho muito a comemorar.

Leia comentários desta coluna no site www.dimenstein.com.br

Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras.

E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

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