Pensata

Gilberto Dimenstein

06/07/2005

Escola de diretores: boa idéia do governo Lula

O ministro da Educação, Tarso Genro, informou que pretende drenar recursos para estimular a formação de escolas de diretores de escolas. A idéia é que, além de gestores escolares, eles possam ser empreendedores sociais, agregando pais e comunidade. A idéia ainda está no papel (e o governo Lula é pródigo em idéias apenas no papel), mas é uma boa idéia, por ser um investimento com retorno certo.

Todos sabem que o melhor que se pode fazer pela educação é treinar sempre os professores. Tão ou mais importante é formar diretores que sejam líderes de suas escolas, capazes de agregar novos ingredientes curriculares, motivar professores, pais, atrair apoio da comunidade. Sabemos que uma boa escola começa com um bom diretor.

Não se vê, no Brasil, o papel do diretor como um empreendedor, apenas como um gestor de assuntos curriculares. Erro grave. Aliás, gravíssimo. Não temos formação para que os diretores apresentem melhor desempenho. Na verdade, é como se não preparássemos executivos para trabalhar em empresas.

Se o presidente Lula conseguir tirar essa idéia do papel, estimulando esses programas nos Estados e municípios, terá oferecido uma boa proposta para a melhoria de ensino.
Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras.

E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

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