Pensata

Gilberto Dimenstein

09/08/2005

A invenção do professor-visitador

Em contraste com o Brasil apodrecido que vem de cima, existe uma série de invenções que vêm de baixo de um Brasil fértil. São idéias simples, baratas e que trazem altos resultados. É o caso da invenção do professor-visitador.

A experiência está ocorrendo em Taboão da Serra, um município da região metropolitana de São Paulo. O professor recebe dinheiro se visitar, semanalmente, a casa de seus alunos. O que, inicialmente, poderia ser encarado apenas como um bônus, virou um jeito de melhorar a educação.

Descobriu-se que, com essa visita, o aluno e seus pais passaram a valorizar mais a escola, participando das reuniões. Os professores aprenderam a conhecer melhor seus alunos, podendo ajudá-los melhor.

Ganhou o professor (inclusive financeiramente), ganhou a escola, os alunos e a comunidade. É isso o que acontece quando se estabelecem relações de confiança pública --coisas que mensalões e mensalinhos ajudam a destruir. Ao contrário da corrupção, em educação se pode, muitas vezes, fazer ações com menos dinheiro do que se imagina.

Coloquei os detalhes dessa experiência do meu site.
Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras.

E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

Leia as colunas anteriores

//-->

FolhaShop

Digite produto
ou marca