Gilberto Dimenstein
22/11/2005
Há cinco anos --isso mesmo, cinco-- a lei de aprendizagem, já aprovada no Congresso, não é regulamentada pelo governo, apesar da promessa expressa de Lula. Suspeita-se que, em parte, essa reação se deve ao fato de que a lei foi aprovada no governo anterior.
Um movimento será lançado esta semana para ver se o governo consegue enfim regulamentar a tal lei. Daí se vê como a irresponsabilidade consegue gerar desemprego --e, pior, entre jovens, a camada mais vulnerável.
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Uma monumental prova de irresponsabilidade
De acordo com dados do Ministério do Trabalho, se uma lei fosse aplicada seriam criados, por baixo, 650 mil empregos para jovens. É a lei da aprendizagem que obriga as empresas a contratarem jovens na condição de aprendizes, alternando estudo com prática profissional. Por incrível que pareça, tudo empacou por causa do governo, que apostou, e perdeu, suas fichas no programa Primeiro Emprego, em vez de apostar em algo que já existe e só precisa de um empurrão.Há cinco anos --isso mesmo, cinco-- a lei de aprendizagem, já aprovada no Congresso, não é regulamentada pelo governo, apesar da promessa expressa de Lula. Suspeita-se que, em parte, essa reação se deve ao fato de que a lei foi aprovada no governo anterior.
Um movimento será lançado esta semana para ver se o governo consegue enfim regulamentar a tal lei. Daí se vê como a irresponsabilidade consegue gerar desemprego --e, pior, entre jovens, a camada mais vulnerável.
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Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras. E-mail: palavradoleitor@uol.com.br |