Pensata

Gilberto Dimenstein

18/07/2006

Só R$ 150 por mês

A cidade de Sertãozinho, no interior de São Paulo, conseguiu criar uma escola municipal que está entre as dez melhores de ensino fundamental do país, segundo a lista da Prova Brasil --e isso por R$ 150,00 mensais por aluno. O que não é muito diferente do custo por aluno das demais escolas públicas da região Sudeste.

Não há, a rigor, nenhum segredo. Naquela escola, chamada José Negri, o diretor e os professores têm baixa rotatividade, assim como seus alunos. A diretora ali é uma líder não apenas escolar, mas comunitária, ao exigir a participação dos pais. Os alunos têm acompanhamento para tirar as dúvidas depois do período regular --criou-se lá um banco de dúvidas. Há aulas inclusive aos sábados. Existem atividades na parte da tarde de esportes, cultural, informática e ciências. Usam-se demais espaços na cidade como se fossem extensão da sala de aula.

A tradução é a seguinte: educação de qualidade depende menos de dinheiro do que de gestão e empenho. Esse tipo de experiência deveria ser estudada por todos os candidatos, para que suas promessas não fiquem no papel ou nos discursos de campanha.

PS - Mais detalhes sobre essa experiência estão no meu site.
Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às terças-feiras.

E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

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