Kennedy Alencar
21/09/2004
O Ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Patrus Ananias, que está nos EUA com Lula, resolveu suspender a concessão de novos benefícios do Bolsa-Família durante o período eleitoral.
Motivo: incompetência para fiscalizar e coibir abusos. Um prefeito no interior do Rio de Janeiro resolveu cadastrar famílias pobres, que receberiam o benefício, e ao mesmo tempo pedir votos para a sua reeleição. Tremenda cara de pau e ilegalidade acintosa.
O que faz o governo Lula, aquele que dá lições no exterior sobre o combate à pobreza? Suspende os benefícios. Ou seja, os pobres vão pagar o pato.
Onde é que anda o gerentão do governo, o superpoderoso ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu? Ontem (20/09) estava em novos eventos fora de Brasília falando de... política econômica! É brincadeira. Depois, o ministro Dirceu fica reclamando que tem gente na imprensa que pega no pé dele. Toda semana o chefe da Casa Civil, pasta onde não falta trabalho, tem eventos fora de Brasília. Na maioria das vezes, esses compromissos têm muito pouco ou quase nada a ver com o cotidiano administrativo.
Ministro Dirceu, essa suspensão mostra como anda ruim o gerenciamento do governo. Esse é um problema da gestão Lula que continua sem solução. Lembra aquele episódio de suspender aposentadorias dos velhinhos porque havia muita fraude? Não aprenderam nada?
Decisões equivocadas assim maculam a autoridade moral de Lula para pregar um "Fome Zero" mundial. Estima-se que 200 mil pessoas podem ser afetadas pela suspensão da concessão dos benefícios do Bolsa-Família. Essa medida deve ser cancelada.
Lula pune pobres devido à eleição
Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em Nova York na ONU (Organização da Nações Unidas) vendendo mais uma vez a idéia de uma campanha mundial de combate à fome, o seu governo aqui no Brasil decidiu punir os pobres por causa das eleições municipais.O Ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Patrus Ananias, que está nos EUA com Lula, resolveu suspender a concessão de novos benefícios do Bolsa-Família durante o período eleitoral.
Motivo: incompetência para fiscalizar e coibir abusos. Um prefeito no interior do Rio de Janeiro resolveu cadastrar famílias pobres, que receberiam o benefício, e ao mesmo tempo pedir votos para a sua reeleição. Tremenda cara de pau e ilegalidade acintosa.
O que faz o governo Lula, aquele que dá lições no exterior sobre o combate à pobreza? Suspende os benefícios. Ou seja, os pobres vão pagar o pato.
Onde é que anda o gerentão do governo, o superpoderoso ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu? Ontem (20/09) estava em novos eventos fora de Brasília falando de... política econômica! É brincadeira. Depois, o ministro Dirceu fica reclamando que tem gente na imprensa que pega no pé dele. Toda semana o chefe da Casa Civil, pasta onde não falta trabalho, tem eventos fora de Brasília. Na maioria das vezes, esses compromissos têm muito pouco ou quase nada a ver com o cotidiano administrativo.
Ministro Dirceu, essa suspensão mostra como anda ruim o gerenciamento do governo. Esse é um problema da gestão Lula que continua sem solução. Lembra aquele episódio de suspender aposentadorias dos velhinhos porque havia muita fraude? Não aprenderam nada?
Decisões equivocadas assim maculam a autoridade moral de Lula para pregar um "Fome Zero" mundial. Estima-se que 200 mil pessoas podem ser afetadas pela suspensão da concessão dos benefícios do Bolsa-Família. Essa medida deve ser cancelada.
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Kennedy Alencar, 39, é colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre os bastidores da política federal, aos domingos. E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br |
