Pensata

Lúcio Ribeiro

23/04/2003

Dermite e o rock às segundas

"You make me, You make me, You make me/
tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick"
Yeah Yeah Yeahs, em "Tick"

"No som do rock do 'Dermite'/ as mina ficou (sic) mimosa/
rebolando até o chão/ olha que mulher gostosa"
MC Saquinho, em "Montagem Dermite"

"There's no home for you here girl, go away/
There's no home for you here"
White Stripes, em "There's No Home for You Here"

"I really want to know you/ Really want to go with you/
Really want to show you lord/ That it won't take long, my Lord (hallelujah)"
Nina Simone, cantando "My Sweet Lord", de George Harrison


Vai, acorda!
Acabou a moleza dos feriados.
Tem que mexer, tem que malhar, tem que suar, vamos lá, como dizia Marcos Valle, o "atleta da MPB".
O Skol Beats está chegando, o Curitiba Pop Festival está chegando. Os discos do Yeah Yeah Yeahs (lá fora) e o da Cat Power (aqui) estão chegando. E o rock paulistano, quem diria, está chegando às segundas-feiras.
Sobe aí e vamos.

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FUNK (CARIOCA) DE VANGUARDA

Não é à toa que esta coluna vive pregando a mistura de sons nos clubes de rock, desde que testemunhou o DJ inglês Erol Alkan mesclar com classe músicas bacanas de todas as tendências (rock, pop, electro, eletrônica) e quebrar costelas nas pistas inglesas e, agora, mundiais (e logo mais no Brasil).
Tira o mofo das picapes, é mais divertido, antenado e evita as noitadas regadas noite sim, noite também a (só e tão somente) "aquela do Jesus", "aquela do Teenage" e "aquela do Placebo".
E, seguindo a onda do novo rock, "aquela do Interpul", assim, com esse sotaque indie, quando o correto é "Interpól".
Pois bem, pois bem.
O iluminado funk carioca, mais pra lá do que pra cá no gosto pop, faz sua mistura e vai ao rock, de um modo todo seu. No caso, os funkeiros do Rio se inter-relacionam com os imaculados The Smiths, banda megacult do pós-punk inglês. Acredite.
Vou repetir a epígrafe acima:
"No som do rock do 'Dermite'/ as mina ficou (sic) mimosa/ rebolando até o chão/ olha que mulher gostosa"
O Dermite, só deixando claro para quem não percebeu, é a versão fonética do morro para o nome The Smiths.
Pintou nesses CDs denominados "Pancadão" uma tal de "Montagem Dermite", de um cara conhecido como MC Saquinho. Consiste em um sampler da guitarra inicial de "Bigmouth Strikes Again", que começa limpo, como se Morrissey fosse entrar com sua voz delicada, única. Mas aí entra uma batucada e uma voz de moleque cantando a letra "fofa" acima.
Não é preciso ser semiótico da PUC para perceber, na letra singela produzida por algum funkeiro do Rio, que lá nos morros o lirismo dos Smiths é captado. Sabem que ao som do rock dos Smiths, as "minas" ficam mimosas. Tudo bem que a partir daí a coisa degringola.
Não tenho idéia se essa versão é nova ou o quê. Mas é bem engraçada.
O funk, quem diria, misturou primeiro que muita pista de dança boa por aí.

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ROCK ÀS SEGUNDAS

E enfim São Paulo vai ganhar sua noite de rock às segundas-feiras, o melhor dia para uma balada na semana.
Depois da Trash (clube The End), em Londres, e da Maldita (Casa da Matriz), no Rio, vem aí a On the Rocks, noite comandada pelo VJ punk João Gordo no novo clube da cidade, o hi-tech D-Edge.
A On the Rocks, que estréia na próxima semana e espalhará rock, punk, hip hop, pop e electro-rock pela modernosa pista do D-Edge, estréia na próxima segunda, dia 28.
Além de João Gordo no som, a noite sempre terá DJs convidados e bandas tocando.
O clube D-Edge fica na Barra Funda, ao lado do Memorial da América. É, na verdade, o clube Stereo, reformulado e modernizado.
A divulgação do lugar vende uma idéia de "espaço projetado para uma experiência sonora e visual única", cujo áudio é integrado à luz, tudo programado.
Dá uma olhada como é a pista.




As outras noites do D-Edge, que inaugurou mesmo nesta semana (festas na terça e na quarta) e é centrado na música eletrônica, são ocupadas pelas seguintes movimentações:

terça - house
quarta - electro, com a DJ Gláucia ++
quinta - tecno, com Renato Cohen, Mau Mau, Murphy, Anderson Noise, Renato Lopes
sexta - festa Freak & Chic, house
sábado - festa Mothership, tech e tech-house
domingo - Play'Mo'Beats, drum'n'bass com Marky, Patife, XRS

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MAIS DUAS - ROCK'N'ROLL ALL NIGHTS

* A hiponga Vila Madalena ganha outro centro roqueiro, a partir desta semana. O antigo Tijuana dá lugar agora ao Trip Dancing Bar, que será inaugurado nestes sexta e sábado na rua Fradique Coutinho, 1002. A história contada é a de que o som do bar vai misturar de Beatles a White Stripes, de Monkees a Strokes.
O bar rock novo, onde cabem 700 pessoas e é formado por duas pistas, fica na rua Fradique Coutinho, 1002, na Vila Madalena. O DJ residente é Rafael Perrotta (ex-Roxy e Dj Club). Na festa dupla de inauguração, algumas bebidas rolarão grátis.
A partir de 9 de maio, a programação também contará com bandas ao vivo. Na entrada do lugar há um dragão enorme que solta fumaça pelas ventas.

* A festa Delicious, que ocupa os sábados da sempre lotada Funhouse, agora promove às quintas nova noite roqueira no Inspiral, casa que fica na r. Guarará, 575, nos Jardins, travessa da rua Pamplona. Nesta quinta, 24, um show do Thee Butchers' Orchestra abre de modo estridente o lugar.

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BALADA SKOL BEATS

A primeira grande movimentação sonora internacional acontece neste sábado no complexo do Anhembi, em São Paulo. É o evento eletrônico Skol Beats, que deve arrastar muito roqueiro para a balada sempre fortíssima, pelo menos até a hora em que acaba a água e a cerveja, que parece ser a grande preocupação da organização neste ano, dada a nova localização do eletrofestival.
Devido às muitas atrações boas, algumas inclusive colocadas no mesmo horário, esta coluna esboçou um roteiro para você seguir (se quiser) no Skol Beats. A rota esperta teve contribuição do eletro-rock Thiago Ney, da Ilustrada. Veja lá: é um roteiro de festival eletrônico feito por gente do rock. Dá o desconto:

*A primeira coisa realmente imperdível rola às 17h30, no outdoor stage. É a primeira apresentação de live PA de Marky com o projeto XRS, do Xerxes. O MC Stamina fará os vocais.
Às 18h, na tenda The End, tem o Mark Farina, que toca house com pitadas de tecno. Vai até as 20h. Quase no mesmo horário (das 18h15 às 20h15), tem a dupla inglesa de tecno e house Medicine 8 na tenda Bugged Out, que tocam até White Stripes eletronizado.
O horário entre 20h e 21h30 não tem nada de espetacular. A melhor opção é o Mau Mau na tenda The End. A partir das 21h30 o bicho pega. Mau Mau dá lugar a Layo & Bushwacka!, que movimentam calmamente as picapes até 0h. Enquanto isso, na Bugged Out tem os escoceses do Slam e no Outdoor Stage, o Junkie XL.
Às 23h30, dá pra pegar o Stereo MC's no Outdoor Stage (eles tocam por uma hora) e pular em "Connection" se o hit vier na primeira meia-hora. À 0h, vá para o Green Velvet, na The End.
Às 2h rola o maior congestionamento de gente boa. Tem Dave Clarke na Bugged Out, o 808 State no Outdoor Stage, o Derrick May na The End, o LTJ Bukem na Movement. Só fera.
Ainda está vivo? Às 3h30, dois dos principais nomes do país, Renato Cohen e Marky, mais o tranceiro inglês Dave Seaman, iniciam seus sets na The End, Movement e Gatecrasher, respectivamente.
A partir das 4h, dá pra ficar só no Outdoor Stage. Tem o Jeff Mills, a dupla The Youngsters e, fechando, Anderson Noise. Mas, assim, perde-se o Bryan Gee, um baita DJ bom de drum'n'bass, que toca na Movement às 5h30, e o Trevor Rockcliffe, às 5h, na The End.

Depois...

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PROMOÇÃO SKOL BEATS

Esta coluna não só dá o roteiro legal do festival como ainda bota duas pessoas para dentro da balada.
Dois ingressos para o Skol Beats vão a sorteio via lucio@uol.com.br, para leitores paulistanos (ou quem vier).
Manda seu e-mail aí, pedindo para entrar no Skol Beats na faixa. Faço o sorteio na sexta-feira à noite e aviso, também por e-mail, aos vencedores. Se quiser enviar o telefone, junto, vai facilitar o esquema da entrega, no sábado.

Está esperando o quê?

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CURITIBA POP FESTIVAL (KIM DEAL ENTREVISTA)

Este colunista conversou, a serviço da Ilustrada (Folha), com a grande Kim Deal, ex-baixista do fundamental Pixies e atual multimulher da banda Breeders, atração do Curitiba Pop Festival na semana que vem.

O texto final ficou assim:

* De um modo algo capenga, o Brasil acerta as contas com a história recente da música pop ao receber para show único, na semana que vem, a ilustre Kim Deal.

A guitarrista traz ao país seu grupo Breeders, mas os olhos e ouvidos dos roqueiros brasileiros estarão direcionados para a mulher principalmente por causa do nobre passado, o de baixista da seminal banda americana Pixies.

Um pixie no Brasil é motivo mesmo de grande celebração indie, mesmo que esta exaltação pop se dê longe das capitais (SP e Rio). Kim Deal faz show exclusi­vamente no Paraná, para a primeira edição do Curitiba Pop Festival, que acontece nos próximos dias 2 e 3 de maio. E depois vai embora, passando por São Paulo só para pegar o avião de volta.

"Não sei exatamente por que, mas foi estabelecido que tocaríamos em Curitiba e não poderíamos nos apresentar em São Paulo", entregou Kim Deal em entrevista à Folha, de Los Angeles, por telefone, antes de o grupo partir para a turnê pela América do Sul.

Não que um show do Breeders no país, por si só, seja pouca coisa. Deal formou a banda enquanto estava nos Pixies e começou os anos 90 produzindo dois álbuns espetaculares: "Pod", de 1990, e "Last Splash", de 1993. O hit "Cannonball" toca até hoje em rádios rock e pistas de dança daqui.

Mas é que Pixies ainda é inspiradora de bandas e bandas independentes que surgem a cada ano nas garagens brasileiras.

"Eu não tenho idéia do que esperar de um show na América do Sul. Pensava que íamos tocar para poucas pessoas até conversar com alguns jornalistas latinos. Disseram que nossos shows podem lotar por causa dos muitos fãs dos Pixies que existem aí. Mas não somos os Pixies. Somos o Breeders", explica a guitarrista, que responde assim se vai tocar no Brasil alguma canção da ex-banda tão famosa: "Nenhuma".

Os Pixies foram liderados por Francis Black, que antes assinava Black Francis, mas tem como nome de batismo Charles Michael Kitteridge Thompson 4º. Enquanto mudavam o rock independente americano no final dos anos 80 e botavam Nirvana e Radiohead na fila de entusiasmados fãs dos Pixies, Francis e Deal iam criando o racha que fez a banda acabar, em 1992. E que levou a guitarrista a se dedicar exclusivamente ao Breeders, que era uma espécie de Pixies de saia.

"Se sinto falta dos Pixies? Acho que sim. Sinto falta é dos rapazes da banda. Mas esse tempo de Pixies já acabou", sentencia Deal.

Há uma lacuna entre o Breeders do começo dos 90 e esse que traz ao Brasil a turnê do terceiro disco, "Title TK", lançado nove anos depois de "Last Splash".

"Tivemos problemas com as meninas do grupo [drogas, clínicas, drogas, clínicas] e dei um tempo com o Breeders. Quando resolvi retomar a banda, reformulando-a, me senti numa outra época", recorda Deal.

"Acho o novo rock bem interessante, mas às vezes parece que eu não estou entendendo nada. O White Stripes gravou recentemente este bom disco 'Elephant' e a crítica adorou, porque é rock retrô. Quando o Breeders lançou o 'Title TK', no ano passado, acharam o disco ruim porque era rock retrô. Sei lá."

Kim Deal finaliza: "Hoje ninguém grava mais como uma verdadeira banda de rock, que entra no estúdio, toca e sai com o CD na mão. Estamos neste mundo do ProTools [aparelho de edição eletrônica que permite interferir em gravações e encobrir erros], em que o engenheiro de som deveria ser tratado como integrante do grupo. Não consigo me acostumar a isso".

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CURITIBA POP FESTIVAL - PROMOÇÃO

Com mania de dar ingressos, essa coluna doa agora vai promover o sorteio de duas entradas para o festival roqueiro paranaense, cujas atrações principais são as bandas Stereo Total e Breeders.
O esquema, de sempre, é pelo lucio@uol.com.br. O resultado será divulgado na semana que vem e o esquema de coleta, aqui posteriormente explicado.
Vai nessa que esta balada também vai ser boa.

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WHITE STRIPES VS. COLDPLAY

E uma briga engraçada ocupa o topo dos discos mais vendidos na Inglaterra. O álbum "A Rush of Blood to the Head", do Coldplay, disco do ano passado, superou "Elephant", recém-lançado CD da dupla americana White Stripes, no número 1 das paradas britânicas.
"Rush..." é empurrado pela disputadíssima turnê do grupo de Chris Martin pelo Reino Unido.

* O gozado site gaúcho Zero Zen azucrina este colunista e o White Stripes no www.zerozen.com.br. Procure a crítica do disco e veja a desconstrução de "Elephant", para obter um "outro lado" do CD campeão.

* PROMOÇÃO: Para quem a esta altura já tem em mãos o discaço de Jack e Meg White, ou comprado ou graças à internet, aqui vai um precioso complemento. Esta coluna oferece para sorteio mais dois pôsteres e ainda uma cartela de papelão com bonecos de montar de Jack, Meg, a guitarra e a bateria. Para tentar os itens de colecionador, recorra ao lucio@uol.com.br

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YEAH YEAH YEAHS VEM AÍ

Já muito comentado aqui em edições passadas, o CD "Fever to Tell", poderoso álbum de estréia da banda nova-iorquina liderada pelo furacão Karen O, chega às lojas dos EUA e da Europa na semana que vem. O excelente single "Date with the Night" já toca muito nas rádios rock inglesas. O clipe, em rotação indie na MTV americana, é tão veloz quanto a música e mostra que Karen O é assustadoramente a mulher mais interessante do rock dos últimos anos. Olho nela.

* Título do austero jornal californiano "San Francisco Chronicle", sobre apresentação na cidade do YYYs e a performance de Karen O, nesta semana: "O so Wonderful! Yeah Yeah Yeahs primed to redeem rock". O texto do SFC baba mais que esta coluna.

* PROMOÇÃO: para acabar as promos da semana, lá vai para sorteio outro CD "Fever to Tell", em versão caseiro. Quer?

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MONSTRICES

O esperto selo goiano Monstro Discos promove na semana que vem um giro por quatro cidades da internacional banda MQN, de Goiânia, acompanhada pelos Walverdes (RS). Confira:

- 1º de maio: show no Club Fuzz (antigo Tramp), em SP, com Blemish (SP) e Diagonal (SP) + DJ Chuck (Forgotten Boys)
- dia 3: Curitiba Pop Festival.
- 4 de maio: na chácara Amexastock, em Florianópolis (SC), com Os Ambervisions (SC) e The Dolls (SC).
- 5 de maio: no Dr. Jerkyll, em Porto Alegre, com Autoramas (RJ).

* BANANADA: e começa a tomar forma o Bananada 2003, um dos principais festivais indies do Brasil. As datas são 23, 24 e 25 de maio, em Goiânia, com 36 atrações. Confirmados: Forgotten Boys (SP), brincando de deus (BA), Jorge Cabeleira (PE), MQN (GO), Prot(o) (DF), Laranja Freak (RS), Pipodélica (SC), Violins (GO), Cherry Bomb (PR), Pata de Elefante (RS).

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POPICES

* CAT POWER: no balanço dos discos lançados lá e aqui esqueci, entre outros, de botar o belo "You Are Free", da gata Cat Power. Pois a Trama tem o lançamento da edição nacional do CD programado para a semana que vem.

* A QUEDA DO DISCO: debates pop na Inglaterra, que aqui serão discutidos na semana que vem, dão conta de que a vendagem de álbuns nas grandes lojas (HMV, Virgin, Tower) perdem para a vendagem de CDs de games.

* DANDY WARHOLS: quem ainda bota fé nesses americanos do Oregon, a pedida é baixar a pegajosa "We Used to Be Friends", novo single. O álbum, "Welcome to the Monkey House", chega em 19 de maio.

* CINEMA E HQ: Até domingo, o Centro Cultural São Paulo sedia uma bacaníssima e gratuita mostra com filmes baseados em quadrinhos.

* BALADAS: o grupo carioca Leela toca de graça nesta sexta, na hora do almoço, no projeto Sons Urbanos do SESI. O palco, que é montado em frente ao edifício da entidade (av. Paulista, 1313), recebe a banda às 12h30.// Objeto Amarelo, The Rawcats e Similar se apresentam no Sub Jazz, sábado, à partir das 23h. O bar, que tem pebolim, brechó e fliperama, fica na rua Frei Caneca, 304.///

* BRASÍLIA MUSIC FESTIVAL: esta coluna errou na semana passada o endereço eletrônico do festival que vai trazer seis bandas internacionais em setembro próximo à capital federal (mas, que, pelo que dizem, será de Simply Red para baixo). O correto é www.bmf2003.com.br. Não www.bmf.com.br, que vai desembocar na Bolsa de Mercadorias & Futuros. Poin!

* PENNY LANE: Para quem está com saudade da fofa Penny Lane, a loirinha groupie de "Quase Famosos", a atriz Katie Hudson é a estrela do simpático "Como Perder um Homem em 10 Dias", título besta para uma comédia sexy e esperta à la "Sex and the City", o seriado campeão da Sarah Jessica Parker. O final é baba, mas "Como Perder" e principalmente Katie têm bastante charme.

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FIM

Esta pensei que não ia sair. Mas saiu.
A lista dos ganhadores da promoção da semana passada chega daqui a pouco...

Stay alive.
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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