Pensata

Lúcio Ribeiro

06/08/2003

SP Night Fever

"Youcannotkilltheparty!
Youcannotkilltheparty!
Youcannotkilltheparty!
Longlivetheparty!"
Andrew WK, em "Long Live the Party"

"We don't know when to stop
We don't know when to stop
I try and I try
But I can't get enough"
Black Rebel Motorcycle Club, em "Stop"

"Rock'n'roll
Rock'n'roll
Rock'n'roll, rock'n'roll, rock'n'roll"
Peaches, em "Rock'n'roll"


Então?
Eu vou bem, obrigado. E você?
Papos que interessam muito. Outros que nem interessam tanto assim. Black Rebel Motorcycle Club. O momento mais agitado da história da noite paulistana. Strokes (êêêê!!!). A polêmica indie dessa coisa doída que é o "hype". Kings of Leon. E Daniel Feng, um cara como eu e você que dançou na mão da indústria fonográfica, que além de não fazer muita coisa que preste ainda está processando o público consumidor. O chamado tiro no pé.
Bem-vindo à coluna. Thanks for tuning in.
Você acha que as já nacionalmente famosas besteiras do início são simplesmente. besteiras do início? Elas só estão aqui porque têm um cunho (cunho?) social pop muito importante. Mudam a vida das pessoas.
Lembra a história dos patinhos de borracha que navegavam ao sabor das marés depois do naufrágio de um navio chinês e iam invadir a Costa Leste americana. Pois a agência France Presse divulgou na semana passada texto esclarecedor, escrito pelo bureau de Londres. "Patos de borracha terminam volta ao mundo após 17 anos", dizia o título. "Abandonados no oceano Pacífico há mais de 11 anos", está no texto, "um 'exército' de 29 mil patos, tartarugas, rãs e castores de borracha podem chegar por estes dias à costa britânica."

* Primeiro foram os EUA que ficaram preocupados. Agora são os ingleses. O legal é que, segundo o informe da France Presse, um oceanógrafo de Seattle tem acompanhado há tempos a trajetória dos brinquedos. E constatou, de acordo com estudos "caríssimos", que os primeiros seis patos de borracha a abandonarem a volta ao mundo pararam nas costas do Alasca em 1995. Outros milhares de companheiros afundaram, ficaram presos no gelo ou foram devorados por peixes. Alguns se aproximam das costas islandesas, irlandesas ou britânicas, segundo o entendido. A presença dos patinhos de borracha já foi sentida no estreito de Bering e oceano Ártico..
Sério.

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ESTA É DEMAIS

Mais uma. Você já assistiu ao nobre "Procurando Nemo", desenho da Pixar, ou ainda está embaçando? Pois "Nemo", as aventuras de dois peixes-palhaço, pai e filho, estréia no mês que vem na Austrália e foi motivo de preocupação e reuniões no parlamento australiano.
Depois de ter a mãe e todos os seus 6.000 irmãozinhos mortos por um tubarão assassino, Nemo é capturado por um dentista-mergulhador e levado a um aquário no consultório. Seu peixe-pai sai no socorro do filho, atravessando o mar, e chegando a Sydney, onde vai tentar salvar Nemo com a ajuda de uma gaivota.
Está entendendo até aqui?
Acontece que um dos planos de Nemo era chegar até a privada do banheiro do consultório, para, com a força de uma descarga, conseguir chegar ao mar.
O negócio é que o governo australiano teme que a molecada local faça um levante absurdo para salvar todos os peixes presos em aquários, botando os bichinhos na privada de sua casa e dando descarga, para devolvê-los ao mar. E com isso criar um desastre ambiental qualquer no ecossistema local.

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A FELICIDADE EM DUAS CANÇÕES

Pare imediatamente a leitura de bobagens como as acima e vá atrás de duas canções que tornarão sua vida bem melhor.
- Uma é o remix do delicioso Royksopp para a quase-batida-ainda-lindíssima "Clocks", do Coldplay. Talvez a canção pop mais remixada na história da música eletrônica.
- Outra é "Wasted Time", dos ótimos Kings of Leon. Faço minhas as palavras da Peaches na epígrafe lá de cima.
Mais sobre Coldplay e Kings of Leon já, já.

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BLACK. REBEL. MOTORCYCLE. CLUB.

Está as claras o aguardadíssimo segundo disco da sombria banda californiana Black Rebel Motorcycle Club, um dos sons mais importantes e um dos nomes mais legais do rock safra 00.
Chama "Take Them on Your Own", é excelente, sai na Inglaterra no dia 18 e, oba, oba, ganha edição brasileira no começo de setembro (EMI).
Na primeira ouvida você acha que é muito parecido com o primeiro disco, o "BRMC". E fica desconfiado. Depois, na segunda, você acha que é muito parecido com o primeiro disco, o "BRMC". E fica maravilhado.
A coisa vai fazendo sentido. Barulhento, energético, denso, triste, lindo de morrer e, ainda, a versão novo século do Jesus & Mary Chain.
As três primeiras músicas são de lascar de boas e, para quem quiser uma grande amostra do disco, precisam ser baixadas já. É uma das trincas mais bacanas de início de disco dos últimos tempos. Na ordem, "Stop", "Six-Barrel Shotgun" e a fantástica "We're All in Love".
"Stop" é a primeira faixa e o primeiro single. Baixo nervosíssimo, bateria cool e barulhinhos bons. Até entrar William Reid, quer dizer, Peter Hayes. E Jim Reid, ou melhor, Robert Turner. A música é hipnótica. O clipe de "Stop" está disponível na internet, no site da banda e no da "New Musical Express" (nme.com), para dizer os lugares mais "acháveis".

* "Stop", o clipe, tem uma história bacana.
Está em primeiro lugar em um programa que recém-estreou no canal 2 da MTV Europa, o Mtv2, o que realmente mostra música.
Tem um Top 10 extracool de rock que passa em horário decente, 7 da noite, TODOS OS DIAS. O melhor: é uma parada votada (mesmo!!!) pela audiência.
Dá uma olhada no Top 10 da Mtv2.

1. 'Stop' - Black Rebel Motorcycle Club
2. 'Mollys Chambers' - Kings of Leon
3. 'What It Is to Burn' - Finch
4. 'Go to Sleep' - Radiohead
5. 'First It Giveth' - QOTSA
6. 'Stockholm Syndrome' - Muse
7. 'Pass It On' - The Coral
8. 'Promises Promises' - Cooper Temple Clause
9. 'Soldier Girl' - Polyphonic Spree
10. 'House of Jealous Lovers' - The Rapture

É quase igual à MTV brasileira.

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BALADA TODO DIA

Há algum tempo estava para escrever sobre a ferveção sem tamanho e sem pretendentes que atinge a noite (e o dia) paulistana. Mas esperei para publicar antes no jornal. E publiquei. E aqui está.

* Você lembra que há tempos esta coluna prega a mistura de estilos. Coisa linkada à cena do Brooklyn, à casa londrina Trash, aos bootlegs ingleses.
Pois então. Chegou aqui total. O papo é longo. Saiu assim, na Ilustrada de domingo passado.

* Os termos "Swingin' London" e "Nova York, a cidade que nunca dorme" estão definitivamente emprestados para São Paulo, desde já mais conhecida como a cidade-balada. Chacoalhada ao som da música eletrônica e agora por um gás roqueiro que há anos não se sentia, a cidade assiste o nascer de bares e clubes e noites e festas aos montes, se espanta ao ver lotar lugares de todas as tendências do pop e, melhor, não vê esses mesmos locais fecharem dois, três meses depois da badalação.
Tem para todo mundo, todas as noites, a semana inteira.
O ânimo para a noite paulistana faz lembrar os agitados anos 80, mas mais ampliado e mais bem-informado, com a benfeitoria de modernidades como a internet.
A música eletrônica há anos segue organizada e latente. E percebe-se aqui que o rock vive seus melhores dias quando, numa madrugada normal de segunda para terça-feira, recebe cerca de quase 600 pessoas em um clube, como aconteceu recentemente no D-Edge. A casa, tradicionalmente um reduto de eletrônico, tem sacudido a vizinhança às segundas, com rock.
"Tenho sentido essa vibração diferente quando discoteco pelos clubes ", afirma o radialista Kid Vinil, conhecido agitador cultural da cidade, que atravessou os 80, 90 e até hoje quase sempre acumulando funções de jornalista, vocalista de banda, apresentador de programa de clipes, produtor.
"São Paulo tinha um vício ruim. Uma casa era inaugurada, badalada durante uns dois meses, saía de moda, depois era esquecida, até fechar. Agora é diferente, consistente, mais legal, mais cheio", Kid Vinil dá seu testemunho.
Outros lugares vem experimentando superlotação e recordes de público.
O recorte de uma sexta-feira destas de julho último mostrou que o bar Funhouse, na noite indie-rock Revolution, fez circular em seu acanhado mas aconchegante espaço cerca de 340 pessoas. Perto dali, 380 baladeiros dançavam o gênero electro no Xingu, no centro da cidade, a mais festejada casa (mais ou menos) nova de SP. A alguns quilômetros de distância, na Vila Olímpia, o som ouvido era tech-house, o clube era a Lov.e e o público itinerante, de 450 a 500.
"Pela experiência que a gente adquiriu nesses anos todos, dá para dizer que, quando as coisas estão ruins na vida real, é o momento em que a noite mais acontece. Porque as pessoas precisam extravasar de alguma maneira, elas precisam sublimar seus problemas. Como o dia-a-dia está muito puxado, as pessoas estão indo para a noite com uma energia de liberação", explica Erika Palomino, colunista da Folha e há mais de 10 anos registrando a noite nesta Ilustrada.
Na citada noite de sexta-feira de julho, em uma espécie de pré-inauguração do Unique Club, uma festa fechada provocava o balanço de cerca de 500 pessoas, ao som de toda a mistura: electro, eletrônica e rock.
O Unique Club é o 150 Night Club (Maksoud Plaza) dos tempos modernos. No subsolo do luxuoso hotel Unique, uma melancia de concreto na av. Brigadeiro Luís Antônio, um clube que pode desdobrar sua capacidade de 400 a 4.000 lugares foi inaugurado recentemente para festas mensais com atrações internacionais.
"O que está acontecendo é que hoje em dia tudo está se juntando. Na mesma casa você tem uma noite de hip hop, uma noite electro, uma noite tecno, outra de rock. Todos os segmentos atravessam uma boa fase. E as pessoas saem para curtir seu estilo, mas ao mesmo tempo pode engrossar a noite de um outro, conseguir quase a mesma satisfação", acredita Angelo Leuzzi, articulador do Unique Club e o responsável pela abertura do bem-sucedido clube Lov.e, além de, nos anos 80, ter sido proprietário do lendário Rose Bom-Bom.
Assim como o hotel, outra marca extramúsica que aproveita o embalo da febre noturna paulistana é a grife A Mulher do Padre (Amp). No andar térreo de sua loja na Vila Madalena inaugurou há três meses um bar movido a DJs, geralmente de eletrônica, mas que também abre espaço para grooves da black music e até brasileira (às quartas). Tem nome de Ampgalaxy, vive sempre abarrotado e é usado para o pré-clube, "aquecer".
Sempre cheio, o Ampgalaxy, o bar, se transforma em clube nas noites adentro das terças, sextas e sábados, quando abre sua pista subterrânea para agitos tecno.
Talvez o boom das casas e festas sonoras que balança São Paulo encontre uma razão temporal em dois pilares. O da onda electro, um resgate modernizado do tecnopop dos anos 80 que encontra respaldo nas duas tribos: a dos roqueiros e da eletrônica. E o do reerguimento do rock em si, desde que uma penca enorme de grupos novos liderados pelos Strokes revigoraram a cena a partir de 2000/2001.
Para um gênero que não faz dois anos comemorava quando conseguia reunir 100 pessoas, em um fim de semana, em bares solitários como Matrix ou Orbital, no último sábado o rock levou considerável contingente a sete clubes diferentes. Funhouse, Trip Dancing Club, Torre do Doutor Zero, Inspiral, DJ Club, Matrix e Juke Joint. Todos com bandas tocando e DJs animando as pistas.
Pode acreditar: qualquer que seja o dia em que você estiver lendo textos como este, vai ter sempre um lugar à noite para você ir dançar.

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A VIBE É DOS ANOS 80

A atual animação noturna de clubbers e rockers encontra espelho nos anos 80, quando de dia se discutia as performances no Atari, tentava-se sobreviver no Pacman, melhorar no cubo mágico. Mas à noite, vestindo uma calça Soft Machine, era a vez de sair para a balada.
Se o número de opções de clubes era menor e a busca de informação musical era mais complicada, a vibração era a mesma.
A correspondência é tanta que hoje, dentro da cena eletrorock um forte revival dos anos 80 encontra lugar para lotadas casas que tocam as músicas de 20 anos atrás.
Isso explica o sucesso de noites como a Trash 80's (centro) e do Projeto Autobahn (Pinheiros), e da recém-inaugurada Discology (um resgate mais eletrônico, que chega até os 70).
"A prova de que hoje está tão bom para sair quanto nos anos 80 é a aceitação do público de hoje ao som daquela época, o que explica essa moda atual das músicas e bandas que existiam há 20 anos", diz Kid Vinil.
"Se você for comparar, o público que vai a essas casas de anos 80 hoje é praticamente o mesmo que ouve coisas atuais e vai à Lov.e, à Funhouse", analisa o radialista, que se em 2003 discoteca no Trip Dancing Bar, já tocou no Madame Satã dos 80.
Lá nos anos 80, no príncípio era o Gallery. E o Victoria Pub.
E só. Depois veio a onda das danceterias, em 1983, com o Rose Bom-Bom, o Radar Tantã, o Rádio Clube.
Com exceção do Rose Bom-Bom que era um clube pequeno, os outros dois arrastavam multidões para dançar. O Radar-Tantã abrigava shows de bandas novas nos 80 e costumava levar 2.000 pessoas em um sábado, para dançar e ver ao vivo iniciantes como Lobão e os Ronaldos, Os Paralamas do Sucesso.
"Era a época da new wave. Era tocar Devo, B-52's, Police e Pretenders na pista e o lugar virava uma loucura", lembra Kid Vinil.
Logo em seguida veio a segmentação e os clubes mais específicos. O Madame Satã para a vanguarda, o Napalm para os mais punks, e o Rose Bom-Bom ia levando som moderno para gente mais abastada.
Como está acontecendo hoje, com o público de rock mais aberto à eletrônica e vice-versa, nos 80 era comum frequentar casas de estilos diferentes.
Nos anos 90, o rock era saboreado ao gosto do som alternativo americano, da revolução grunge e do levante indie inglês. Mas quem tirou mesmo os jovens de casa foi a cena eletrônica. Agora não só.

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O ROTEIRO DA BALADA

Quer agito para a semana inteira em SP, de segunda a domingo? A Popload te leva. Vem aí.

* Segunda-feira
- D-Edge

(al. Olga, 170, Barra Funda, tel. 3667-8334; de R$ 10 a R$ 20)
Noite de rock cuja principal atração é a discotecagem do VJ João Gordo, da MTV. Conta com outros DJs convidados e até bandas. Costuma levar de 400 a 600 pessoas ao lugar, fenômeno em se tratando de rock e de uma noite de segunda-feira

* Terça-feira
- Ampgalaxy

(r. Fradique Coutinho, 352, Pinheiros, tel. 3085-7867; de R$ 10 a R$ 30)
Agitado bar pré-balada no prédio da loja A Mulher do Padre, que invade a madrugada às terças, sextas e sábados, quando abre sua pista, no subterrâneo. O espaço do bar é embalado por DJs. A música vai aumentando conforme o lugar vai lotando.

* Quarta-feira
- Jive

(al. Barros, 376, Santa Cecília, tel. 3824-0097; de R$ 8 a R$ 10)
O conhecido DJ Hum é quem comanda agora as noites de quarta deste clube intimista e animado

* Quinta-feira
- Funhouse

(r. Bela Cintra, 567, Consolação, tel. 3259-3793; de R$ 5 a R$ 10)
Batizado de Strike, comandado pelos DJs Tchelo e Focka, o projeto começa a rivalizar em número de frequentadores com as concorridas noites de sexta e sábado do bar/clube

Sexta-Feira
- Xingu

(r. Martinho Prado, 119, Bela Vista, tel. 3255-8244; R$ 30 de consumação)
Se a idéia é ouvir electro, não há lugar melhor em São Paulo. A dupla Liana Padilha/Luca Lauri é quem comanda o som, em noite frequentada por gays, heteros, atores globais e todo o tipo de gente

- Lov.e
(r. Pequetita, 189, Vila Olímpia, tel. 3044-1613; de R$ 10 a R$ 30)
A promoter Eli Iwasa pilota há cinco anos a Technova, noite fixa mais bem-sucedida da cidade, com residência de Mau Mau e Renato Cohen

- Funhouse
Noite indie rock bem disputada, sempre com DJs convidados e bandas tocando ao vivo no pequeno palco

* Sábado
- A Torre

(r. Mourato Coelho, 569, Pinheiros, tel. 3817-4921; R$ 15)
Highskull é o nome da noite do pequeno e quente clube de Pinheiros; Larissa e Polly revezam as picapes com um convidado e um pocket-show de banda ao vivo. Para quem tem pescoço forte.

- Trash 80's
(r. Álvaro de Carvalho, 40, Centro, tel. 3253-6625; R$ 10)
Como diz o nome, a pista é inundada por hits de gosto duvidoso de duas décadas atrás.

* Domingo
- A Lôca

(r. Frei Caneca, 916, tel. 3159-8889; de R$ 7 a R$ 10)
Há anos é uma das melhores opções electro-rock de São Paulo, num lugar amplo, com pista e sistema de som ótimos e público bem animado

- Lov.e
A música eletrônica dá lugar ao DJs Milk e Lala, que tocam hip hop e black em noite do promoter Primo Preto

Divirta-se.

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FESTIVAL INDIE. EM BH.

A agitadora Motor Music mineira arma festival indie nacional de responsa para setembro, selecionando sete bandas entre umas 100 que enviaram material para o QG da produtora.
Ficou assim: Violins (GO), E.S.S. (PR), Multisofa (BH), Detetives (SP), Leela (RJ), Borderlinerz (SP) e Forgotten Boys (SP). O Indie Rock Brasil acontece, em sua segunda edição, no dia 6 de setembro.

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ELA

A garota está perdida, magoada, mordida. Ela quer é mais.
Senhoras e senhores, Britney Spears. Na capa da "Elle" inglesa, edição de setembro.




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ATÉ QUE ENFIM: S-T-R-O-K-E-S!

Pára tudo. Nada nesta coluna do que foi escrito e ainda o que está por vir importa mais que essas notícias fresquinhas sobre os Strokes e o novo disco, previsto para ser lançado mundialmente no dia 20 de outubro (21 de outubro nos EUA).
As novas sobre o principal grupo da cena de Nova York (não é pouca coisa), para dizer o mínimo, estão pipocando por todo lugar. O site da "Rolling Stone" foi o primeiro a dizer, nesta semana, que o disco está finalizado. E que há uma mistura maluca de ritmos, puxando o rock da banda para vários lados, do reggae ao pop à la Michael Jackson. "Temos medo de ficarmos entediados, fazendo sempre a mesma música", justificou o meio-brasileiro Fabrizio Moretti, baterista.
Além das já ultraconhecidas "Meet Me in the Bathroom", "You Talk Away Too Much", "I Can't Win", "Ze Newie" e "The Way It Is" (quem não tem essas músicas em MP3 é mulher do padre), começaram a pipocar outros nomes das músicas que devem estar no disco sucessor do aclamadíssimo "Is This It".
Entre os títulos das 11 faixas que devem compor o "second come" dos Strokes estão "Supernova", 'Under Control", "The End Has No End", "Nightmare" e "Never Needed Anybody" e "Raga".
"Supernova", parece, será o primeiro single, umas duas semanas antes de o novo álbum chegar às lojas.
Olho vivo na internet. Os Strokes acabaram de fazer dois shows no Japão (Tóquio e Osaka) e tocaram três das novíssimas. Podem pintar na rede a qualquer momento. E quem achar, please, me avise, claro.
O grupo afirma que vai fazer uns shows em clubes americanos no começo de outubro. Poderia vir experimentar o novo disco ao vivo aqui no Tim Jazz, no final do mês, não?
Um esquema inédito de TV vai ter os Strokes em novembro. A banda vai tocar todas as terças-feiras no programa do entrevistador Conan O'Brien, um Jô Soares deles, malcomparando.
O legal é que essa volta dos Strokes ao noticiário me fez resgatar o disquinho com um show dele no Japão, no ano passado, que tem algumas novas. E me levou a ouvir de novo o grande "Is This It".

PROMOÇÃO STROKES: Vamos nessa. A coluna reúne cinco músicas que estarão no segundo álbum dos Strokes em um EP caseiro. São as citadas "Meet Me in the Bathroom", "You Talk Away Too Much", "I Can't Win", "Ze Newie" e "The Way It Is". Todas ao vivo. E em boníssima qualidade. Serão duas cópias, às quais você pode concorrer mandando seu pedido para lucio@uol.com.br. Vai nessa.


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COLDPLAY NO RIO

Nada dos ingressos, ainda. E o show do Rio vai ser em um tal de Píer Mauá. Onde é isso, cariocada?

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KINGS OF LEON: KINGS NO BRASIL

Esta coluna já havia adiantado. A espetacular banda novíssima de country rock dos cafundós do Tennessee, dos irmãos Followill, é prioridade máxima da BMG Brasil.
A gravadora, que tem os Strokes em seu cast, promete pôr o discaço de estréia do Kings of Leon nas ruas brasileiras entre os dias 15 e 20 de agosto, agora.
Soube até que a gravadora andou convidando um poderoso programa de uma poderosa rede de TV para ir aos EUA fazer uma reportagem sobre os meninos.
"Youth and the Young Manhood", o CD, tem as excelentes "Molly's Chamber", "Wasted Time", "Joe's Head", "Red Morning Light" e outras maravilhas. Não perca os Leon de vista.




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SENOR COCONOT NO BRASIL

Falando em Kraftwerk (coluna da semana passada), o divertido e internacional grupo de Senor Coconut chega ao Brasil nos próximos dias para integrar o Mostra SESC de Artes - Latinidades, que acontece de 19 a 31 de agosto.
Senor Coconut, alemão com um pé no Chile, tocará suas famosas versões cha-cha-chá de clássicos do Kraftwerk, que estão no CD "El Baile Aleman". E aproveita para mostrar suas versões latinamente suingadas para as desgatadas "Smoke on the Water"(Deep Purple) e "Riders on the Storm"(Doors). Quer dizer: desgastadas para mim. Para as rádios rock de SP, são hinos atualíssimos.

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MUITAS E BOAS

Algumas coisas prometidas lá em cima, tipo Daniel Feng e a polêmica indie, ficam para a semana que vem. Desculpa a pressa.// Outro álbum de distinta banda americana sai em edição nacional. É "Sumday", do Grandaddy. Tanto este como o novo do Dandy Warhols não achei lá grandes coisas, mas estão bem acima de muitas coisas que a gente ouve por aí, não é mesmo?// BALADA 1 - Na sexta, a banda Bionica toca na Revolution, noite da Funhouse. O mago Paulão anima a pista com sua discotecagem mista de rock e eletrônica, como tem que ser.// BALADA 2 - No Inspiral, no sábado, este colunista atola a pista local de groovies massas, dentro da noite Pozer. O polêmico indie Gilberto Custódio é outro DJ convidado, além de Logan (Unflow). O Inspiral (rua Guarará, 575, Jardins) inaugura seu lounge neste sábado. Na casa cabem 350 pessoas.//


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PROMOÇÃO DA SEMANA

Para acompanhar o sorteio do disco dos Strokes, a coluna põe na jogada, ainda, o badalado novo disco do Dandy Warhols, o "Welcome to the Monkey House", recém-lançado no Brasil. Está nessa? Então me emeie no lucio@uol.com.br.

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VENCEDORES DA SEMANA

E os ganhadores são:

* CD "Yes New York"
Paulo Y. Fucuta
Campinas, SP

* CD "Welcome to the Monkey House", do Dandy Warhols
Eunice "Nini" Cunha
Belo Horizonte, BH

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QUE MAIS?

Mais nada. Até!
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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