Pensata

Lúcio Ribeiro

20/08/2003

Você consegue ouvir?

"So I walk right up to you
and you walk all over me
and I ask you what you want
and you tell me what you need
can't you feel it all come down
can't you hear it all around
at the place where lust is found
that great love sound"
Raveonettes, em "That Great Love Sound"

"Don't look back into the sun
now you know that the time is come
but they said it would never comes for you"
Libertines, em "Don't Look Back into the Sun"

"I don't give a damn 'bout my reputation
I don't give a f*ck, I don't give a f*ck,
I don't give a f*ck, I don't give a f*ck
I don't give a f****************ck"
Peaches vs. Joan Jett, em "I Don't Give a Fuck"


* Beleza?
Você está conseguindo OUVIR?
Presta atenção...
Está conseguindo?

* Coluna RÁPIDA hoje. A vida está muito corrida, não acha? Não há tempo a perder. Nem o meu, nem o seu.

* Rápida não quer dizer menos extensa. Rápida no fazê-la. Decidi que vou escrevê-la de uma sentada,ou duas no máximo. Poderia dizer que é uma homenagem ao filme "Festim Diabólico", do Hitchcock, feito de uma tacada só, com pouquíssimos cortes. Mas na verdade é uma atitude inspirada nessa prática bacana, útil e esperta que está dominando o mundo: o FLASH MOB.

* Flash Mob. Prepare-se que eu vou dizer o que penso dessa manifestação rápida (mob vem de mobilization) criada na internet. (.) (..) (...).

* Vamos combinar assim: até o disco dos Strokes sair, nenhuma música neste ano será tão bonita quanto "That Great Love Sound", do RAVEONETTES. Pelo menos quando eu escuto essa canção, aquele barulho no fundo, aquela letra, aquela batida bate-estaca, eu não consigo me lembrar de nenhuma outra música mais legal.

* Eu sei. Tem "Molly's Chamber" do KINGS OF LEON, "The Golden Path", Chemical Brothers, "What Is the Problem", Grafiti, "Clocks", do Coldplay, "Supernova", Strokes"...

* Ahnnnn!! "Supernova", dos STROKES? Yeap. A novíssima música, na versão ao vivo catada do recentíssimo festival japonês Summer Festival, já está na internet. A canção, que deve ser o primeiro single, é... fo*a.

* Rola que alguns jornalistas das revistas "Spin", "Billboard" e "Rolling Stone" ouviram trecho do disco novo, que sai em outubro. Veja o que eles falam sobre "Supernova":
- "Spin": tem remanescências de Sonic Youth na sua versão mais pop. "Eu estou copiando eles", admite Julian Casablancas.
- "Billboard": a melhor faixa do disco.
- "Rolling Stone": Tem palmas estilo NEW WAVE e culmina em um solo de guitarra de Nick Valensi, que soa como feito em teclado prestes a derreter por sobrecarga de prazer. Julian Casablancas diz: "Ele estourou dois amplificadores para tirar aquele som".

* Efeito da chegada dos Strokes aos noticiários POP. A "adulta" revista inglesa "Mojo", dada a coisas mais consagradamente velhas, correu e botou o grupo de NY na capa da edição de setembro, anunciando detalhes do disco e entrevista exclusiva. A "NME" semana destas gastou um papel especial quase papelão para dar oito pôsteres da banda, todas fotos... velhas. Está na cara que eles correram para dar oito fotos novas, provavelmente das apresentações do Japão. Não conseguiram à tempo e queimaram imagens antigas mesmo, fazer o quê? E a capa e todo o material dos shows do Japão vieram em peso na edição seguinte. A "Spin" de setembro deu chamada de capa (The Strokes - Exclusive Album Preview) para uma matéria merreca e sem grandes novidades "exclusivas".

* Tamos aí. A coluna conseguiu duas faixas em MP3 que estarão no próximo Strokes: "Supernova" e "Reptilia". Ambas ao vivo no Japão. E soma com as já conhecidas "Meet Me in the Bathroom", "You Talk Away Too Much", "I Can't Win", "Ze Newie" e "The Way It Is" para formar agora um disquinho de sete músicas, faltando apenas quatro para o conhecimento total do novo CD dos Strokes. Está a fim de uma turbinada PROMOÇÃO Strokes? O caminho é o do velho lucio@uol.com.br, o baú da felicidade indie.

* É fogo. Pagar R$ 100 pelo ingresso do COLDPLAY é sacanagem, injusto, cheira esqueminha da meia entrada e tudo mais. Porém, nos dois primeiros dias de venda de ingressos para o show de São Paulo, dia 3 de setembro no delicioso Via Funchal, cerca de 1.200 ingressos já foram adquiridos. Cabem 6.500 pessoas no Via Funchal. O toque é: se você pode e vai à apresentação do Coldplay, compre logo a entrada. Porque depois... E o show do Rio acaba de ser marcado, parece que definitavamente, para seu terceiro lugar. Agora vai ser no ATL Hall (dia 4). Os ingressos para os cariocas devem começar a ser vendidos ainda nesta semana.

* Luxo só, a leitora "austríaca" Thays Barca foi ao Southside Festival, na Alemanha, e viu a apresentação do Coldplay lá. Narra que foi maravilhosa. O melhor é que a Thays conseguiu uma gravação de rádio do show, botou em um CD e enviou para este colunista. A apresentação, pela barulheira sensível na hora dos hits tocantes da banda de Chris Martin, deve ter sido mesmo sensacional. O Coldplay tocou de tudo, de "Yellow" a "CLOCKS", de "Don't Panic" a "The Scientist". Mandou ver uma cover de "What a Wonderful World"e, para encerrar o concerto, uma linda "LIPS LIKE SUGAR", do Echo & The Bunnymen.
Pois este show do Coldplay no Southside Festival, em CD, está à disposição desta coluna, para ser sorteado entre os que mandarem e-mails para lucio@uol.com.br. Um aquecimento e tanto para os shows da banda no Brasil, um oferecimento da Thays, nossa mulher na Áustria.

* A veterana banda PRETENDERS, da ativista Chrissie Hynde, toca em São Paulo no dia 23 de setembro, no Credicard Hall.

* Eu sabia que não estava sozinho, dando uma de Dom Quixote roqueiro, quando reclamava da (falta de) qualidade das rádios rock brasileiras. Uma emissora paulistana está acordando e deve ser o oásis (sem relação) do dial nacional.
Aguarde novidades.

* O músico e produtor Uwe Schmidt, mais conhecido como Atom Heart ou mais mais conhecido como Señor Coconut toca nesta quarta no Sesc Pompéia, na Choperia, dentro da Mostra Sesc de Artes - Latinidades.
Senõr Coconut é o cara que que ganhou nome na música de vanguarda européia a ao colocar a música latina em um laptop. Lançou o CD El Baile Aleman em 2000 com várias versões chachachá para clássicos do cultuado grupo Kraftwerk, pioneiro da música eletrônica.
Recentemente soltou nas lojas do exterior Fiesta Songs, álbum (inédito no Brasil) que empresta o molejo e o sabor latino a clássicos do pop como Beat It, de Michael Jackson, e Smoke on the Water, do Deep Purple.
Se você curte um mambo pop, um ELECTRO CHACHACHÁ, sua ida ao Sesc é obrigatória. Dentro do que se pretende, o show é uma delícia. Se bem que, parece, os ingressos esgotaram...


* Sócio da cena indie nacional, Ian McCulloch confirma dois shows do ECHO & THE BUNNYMEN no Brasil, em novembro. Um em São Paulo, no dia 17, no Credicard Hall. O outro no dia seguinte em Porto Alegre, no Bar Opinião.

* Agora já não falta mais nada. A supermodel KATE MOSS, a maneca rock'n'roll (coluna da semana passada) vai fazer striptease no novo clipe do próximo single do fantástico White Stripes, para a música-cover "I Just Don't Know What to Do with Myself", do último disco da dupla de Detroit. O clipe, não é pouca coisa, terá assinatura na direção de Sophia Coppola, filha do Francis Ford.
Nesta semana, na Inglaterra, o jornal "Daily Mirror" veio com as fotos da Moss no clipe. Toma aí.




* Baladaças desta semana: Paulão do Garagem, Larissa das baladas de rock mais fervorosas da cidade e este colunista iniciam nesta quinta, 21, no Jive, reduto da black music, uma noitada de rock semanal chamada ROCK ME. O cardápio é f*da: indie, clássico, disco punk e mistureba. Nesta noite de estréia, pode até ser que uma figuraça internacional apareça por lá para fazer uma discotecagem rápida. Vai perder? O Jive fica na Alameda Barros, 376, Santa Cecília (travessa da av. Angélica).




Na sexta, a banda gaúcha Bidê ou Balde e o baiano veterano Marcelo Nova, que um dia liderou a ótima e copiona Camisa de Vênus, se apresentam no centro do Rio de Janeiro no Cine Íris, na edição 100 da festa LOUD!// A badalada festança do primeiro aniversário da FUNHOUSE acontece neste sábado, fora da Funhouse. Será no ótimo casarão da rua Guaicurus, 27, na Lapa, onde rola a festa da União Fraterna. Mais info e como comprar ingresso (a Funhouse está fechada nesta semana, para reformas) no site www.funhouse.com.br. As atrações da festa, que começa às 22h, são os shows das bandas Cachorro Grande (RS), Glamourama (RJ) e I Love Miami (SP), em grande volta. A pista será animada pelos DJs da casa, mais a discotecagem deste que vos escreve..// Não muito longe dali, no Trip Dancing Bar (Fradique Coutinho 1002, a casa do dragão na Vila Madalena) rola mais uma das famosas festas do Garagem, dentro da programação de sábado do projeto All Stars. E o convidado especial na discotecagem é insólito: ele, o maldito Zé do Caixão. Bela Lugosi is not dead.

* No final de semana passada rolou o megafestival V2003, da Virgin, eventaço de dois dias em Chelmsford e Staffordshire, na Inglaterra. E neste final de semana rola o gigantesco Reading FESTIVAL. Esta coluna, como todo ano, está de corpo presente na mais agitada semana de shows do ano todo em qualquer lugar do planeta. O chapa Rodrigo Salem, editor da revista de cinema Set, é o emissário especial de tudo o que rolou nos festivais deste ano. E, para começar, conta como foi o V2003, que ocorreu sábado e domingo passados, na versão Chelmsford.
Senta que lá vem história boa. Vai, Salem.

* INTRO: Depois da semana mais quente da história de Londres, o sabadão resolveu abençoar o V2003. Apesar de não chover, o clima ficou muito mais ameno no primeiro dia da festanca. Estruturado no que dizem ser o local mais bonito para se fazer um festival de rock na Inglaterra, o V2003 em Hylands Park fica numa area de 1,500 acres repleta de verde por todos os lados, bem no centro da cidadezinha de Chelmsford. Antes de falar da música
em si, impossível deixar de pensar na organizacao de algo tão monstruoso. São 80 mil pessoas vindo de todos os lugares, de todas as maneiras possíveis e com todas as intenções possíveis. Alem de controlar a estrutura normal, a
Virgin (de onde voce acha que vinha o V do nome?) ainda precisa pensar na seguranca externa, no transporte, no trânsito, no fato de não poder mexer na ordem da pequena cidade. O pior é que nada vai errado. Desde o
trem em Londres, já com promoções especificas para o evento, até os ônibus grátis da estação até o local (e nao é qualquer coisa não: são mais de 15 ônibus cabine dupla se revezando e nenhuma confusão para entrar). Até show de Elba Ramalho causa transtorno quando é feito no Ibirapuera, Imagine algo do tamanho do V2003, com três palcos, zilhões de trailers de comida, camping, centenas de banheiros, lojas e o escambau. Ia parar a cidade até a Via Dutra.

* PRIMEIRO DIA: A morte do soft rock? Pisei no gramado do palco principal pouco antes das duas horas da tarde. O Echo & The Bunnymen terminava seu show num horário ingrato e dava espaco para a o Reel Big Fish. Lixo. Vamos para o palco da NME, onde está rolando o
The Basement, uma das novas bandas apadrinhadas por Noel Gallagher. Show correto, pop beatlemaníaco bem feitinho. Cardigans no palco principal. O nervosismo
da vocalista é evidente. Tocar em um festival, durante o dia e com um cenário bacaninha, mas que precisa de iluminação para funcionar, só podia deixar a coitada assim. Tocou músicas do disco novo e alguns hits, quando
finalmente a galera notou a presença da banda. No intervalo, The Bees tocava ao longe. Chegando lá nos minutos finais, noto que não é nada demais: um folk com metais e o final batidíssimo com uma cover de Minha
Menina (candidata séria a música mais malhada da MPB ao lado de Garota de Ipanema).
O dia começou a pegar fogo com o The Hives. Apesar de não tocar nenhuma música nova, ninguém reclamou quando a banda comecou a massacrar já com "Die
Allrigh". A presenca de palco dos suecos é impressionante. Pelle Almqvist é o Jim Carrey do rock, fazendo piadas o tempo inteiro "Meu nome é Pelle, quem é aquele cara bonitão no telão"). Sensacional. Corro para ver o Athlete de pertinho no NME Stage. Os caras não decepcionam e duvido muito que eles não se tornem o novo Travis. Assumo posição para o show do Ash. Que show! O Weezer britânico fez o grau alcoólico da platéia dobrar com um repertório de hits, com três músicas novas. Nem o Foo Fighters, poderoso como sempre, conseguiu superar logo em seguida. Do outro lado, o Super Furry Animals (atração do Tim Festival, em outubro) destroça conceitos com seus yetis na percussão e um som psicodélico que só pode funcionar em Londres. Vejo um pouco do Turin Brakes, apenas para ter certeza que o show é bem tedioso e parto para o que seria o grande show da maior banda da Inglaterra no momento.
Chris Martin não deixa a peteca cair em nenhum instante e o Coldplay mostra por que ao vivo é imperdível, mesmo com um ingresso custando R$ 100, como no Brasil: carisma, interação com o público, músicas imprevisíveis (com direito a uma inédita e outra tocada apenas na tour pelos Estados Unidos, chamada "Poor Me") e um líder que passa emocao em cada alteração de tom. E
olha que eles estavam na defensiva por causa das confusões com a imprensa nos últimos dias. Pobre do Feeder, que ficou esvaziado no outro lado do campo. Melhor para nós, brasileiros, que vamos ver o grupo fechando a tour
do último album. Martin promete passar bons meses na surdina, pensando no próximo trabalho e se dedicando mais a sua noiva-groupie, Gwyneth Paltrow.

* SEGUNDO DIA: Apesar de o dia anterior ter sido comparado ao do último Glastonbury, o segundo não fez feio. O Stands quer ser Oasis, o Haven quer ser Smiths e o
Inspiral Carpets adoraria voltar no tempo. O slogan dos adesivos pregados nas camisetas das meninas anunciavam que "o grunge não está morto". Depois de ver o show de Evan Dando, posso dizer que este pode não estar morto, mas está velho pra cacete. O homem até levou bem, com canções pop agradáveis do disco solo, mas os poucos que foram conferir pularam mesmo nas músicas do Lemonheads. Nostalgia cool. Antes dele, a imprensa britânica já havia ganho sua nova princesa: a vocalista trash do The Distillers, banda punk da Califórnia que só não ganhou o troféu de campeã do dia porque o Coral fez o grande show do domingo, mesmo competindo com David Gray no palco principal. Quem disse que psicodelia e bizarrice não combina com grandes arenas? Genial, genial. O Queens Of The Stone Age não precisou de muito para fazer o mundo cair, mas pena que não rolou a participação da maravilhosa PJ Harvey, que compôs recentemente com Josh Homme e fez o show anterior com um microvestido branco embasbacante, músicas novas de arrepiar e "hits" cantados com o público).
Quando o Red Hot Chili Peppers subiu ao palco principal, já estava morto. Vi 40 minutos de um show de baladas mais recentes do "Californication" e, principalmente, "By the Way" (bons tempos o do "Mother's Milk" e "Blood Sugar Sex Magic") e desisti de querer pular. Fui embora para pegar o ônibus grátis ao som de "Born Slippy", do Underworld, que certamente estava fazendo o segundo
palco chacoalhar. Despedida melhor, impossível. Quem gosta de rock e tem todas as condições necessárias precisa um dia na vida viver uma experiência assim. Coloca o mundo em outra perspectiva.

* A VERSÃO DE STAFFORD: O mesmo V2003, só que em outra cidade. O leitor brasileiro Gabriel Salles mora no condado inglês e relata na sua ótica o festival do final de semana passado.
"No palco principal o Cardigans venceu a indiferença da platéia e fez uma boa apresentação com clima de violões, abajur e tapetes, em plena 16h. Esperava muito do Hives, mas ao ar livre não funcionou: as músicas não levantaram ninguém e o vocalista se desesperava perguntando de cinco em cinco minutos "Are you ready?" como se fossem as palavras mágicas para empolgar o público. Jogando em casa o Ash desfilou hits, o Moloko fez uma grande festa na tenda dance e o Super Furry Animals empolgou com o novo álbum. A apresentação do Foo Fighters foi um pouco morna, calcado em cima do mais recende CD e em longos solos de Dave Grohl, mas no geral agradou. Embora todo o blah, blah, blah de ser plágio de Radiohead na mocidade, o Coldplay fez um showzaço que hipnotizou a todos. A superprodução de raios laser e telões de alta definição não ofuscaram o talento da banda com belas baladas, mas finalizar o show com "What a Wonderful World" deu a impressão de que éramos todos Madre Tereza. Curti meu primeiro festival inglês, me ressaltou o fato de quem vários tiozinhos e famílias vão curtir rock e que mesmo que a banda não agrade ninguém começa a bombardear com garrafas e latinhas. Mas o que faltou mesmo foi a sensação de rebeldia, mesmo de mentirinha, de Glastonbury ou Reading."


* Para acabar, na revista "PLAYBOY" deste mês, edição comemorativa, saiu uma entrevista grande com o músico Ed Motta, sobrinho de Tim Maia e um dos gênios da MPB em seu lado funk soul brother. Em hora tal, sobre o que ele escuta de novo, ele solta que Radiohead é ruim para cacete.
Que se o público acha a banda boa, não tem importância. "Mas o triste é que tem cara que lida com música que acha isso. A coisa do Nirvana, por exemplo, as pessoas consideram aquele disco do bebê na água algo igual a 'Jimi Hendrix Experience', igual a 'Sgt. Pepper's'. Isso é a cois mais maluca do mundo pra mim. Tudo muito ruim". Sobre o Radiohead, Motta continua: "Neguinho não sabe achar o dó no piano". É isso aí, Ed.


* Até mais ver. Já ouviu falar na nova revista "Out!"? Não?
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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