Pensata

Lúcio Ribeiro

03/09/2003

Ei, DJ, toca minha música

"Hey girls, hey boys
superstar DJs
Here we go"
Chemical Brothers, em "Hey Boy, Hey Girl"

"You'll plead- you'll get down on your knees
For just another taste
And when you think she's let you in
That's when she fades away "
Kings of Leon, em "Molly's Chamber"

"My milkshake brings all the boys to the yard
and they're like, 'It's better than yours,'
Damn right, it's better than yours."
Kelis, em "Milkshake"


Boas!
Muito para falar, pouco tempo para enrolar. Coluna rápida, here we go.
Não vou dizer nada, por exemplo, do Coldplay. Tudo já foi dito e o show é hoje (para quem está lendo na quarta) ou foi ontem (para quem está lendo na quinta), ou...
Não vou nem mencionar a cena do VMA, da MTV americana, em que aconteceu aquilo durante a execução de "Like a Virgin". Teria que usar a coluna inteira e pá.

* Embora tenha sido divulgado que o Coldplay chega ao Brasil apenas nesta quarta, parece que a banda estava tostando a branquice inglesa na Bahia. A Gwyneth e tudo.

* As duas pessoas que levaram na faixa o ingresso esgotado e caro do Coldplay estão mencionadas láááá embaixo. Vai ter que atravessar uma turbulência grande para chegar ao resultado.

* O Charles Bronson está morto, hahahahahá, como diria Miss Kittin. O acontecimento evoca a filosofia. Se um cara como o Charles Bronson morreu, é sinal que qualquer um de nós pode morrer. Foda.

* Placebo no Brasil. Novembro. É sério, galera do cabelinho e os nancy boys em geral. Foi o Steve Hewitt, o baterista da banda, quem deu a notícia para o esperto Rodrigo Salem, amigo desta coluna. A revelação foi feita na semana passada na Inglaterra, nos bastidores do Reading Festival.

* Libertines no Brasil. O disco. O do ano passado. O ótimo "Up the Bracket" já existe em edição nacional. Saiu pela Trama, a gravadora amiga dos MP3.

* Muito do Tim Festival, entrevistas exclusivas com o guitarrista gênio do Kings of Leon e com o mago DJ Erol Alkan. E a "Out!" já está nas ruas. E a festa é quarta (hoje, se você...), pós, show do Coldplay. E milagre nas rádios de rock de São Paulo. Parece que vamos ter uma emissora que dá para ouvir.

Watch this space!!!!!!!

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INCRÍVEL: VEM AÍ UMA RÁDIO DECENTE

Eu sabia que a luta não era em vão. Pode acreditar. A rádio rock Brasil 2000 está a caminho de salvar o nosso dial. Cansada da pasmaceira que domina as estações de rock de SP, a proprietária da Brasil 2000 ficou muito encanada com coisas do tipo "O Estranho Caso Urge Overkill" e resolveu dar uma varrida da casa.
A mudança geral aconteceu já na segunda-feira passada, quando uma chuva de White Stripes, Libertines, Black Rebel Motorcycle Club novo etc. penetraram na vaga dos Men at Work, Whitesnake e Urge Overkill da vida. Tudo bem que dividiram espaço com Caetano e Gil, mas segundo Kid Vinil, veterano agitador do rock e novo diretor artístico da rádio, isso faz parte da "ruptura".
"Vamos tocar tropicália, sim. Mutantes, Secos & Molhados. Mas também já coloquei cinco faixas diferentes do White Stripes na programação. Até "Gay Bar", do Electric Six, tocou hoje", falou Kid Vinil, que decreta que a rádio vai ser pautada agora pela "qualidade".
É idéia da "nova Brasil 2000" fazer playlist baseado no gosto do ouvinte, como acontece em rádios decentes do exterior. Lembro que os Strokes, gigantes na Inglaterra, mas ainda ninguém nos EUA, implorava pelo seu site para os fãs ligarem para as rádios de San Diego (acho) para pedirem suas músicas na programação. Só entrava o que era gosto do público.
A Brasil 2000 pretende também ficar atenta à informação, internet e se conectar às baladas que movimentam a cidade. E botar mais programas específicos na emissora, provavelmente à noite. A rádio cogita a volta do programa "Garagem", que muita gente não entende por que caiu fora. Ou entende, até.
Que a Brasil 2000 seja bem-vinda e só melhore a partir de agora.
Hey DJ play my song.

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MÚSICAS DA HORA

"Things", Fannypack
"One I Love", Coldplay
"Still in Love", The Stills
"Special Needs", Placebo
e...
"Justin's 17 Shower Scene", Justin Timberlake vs. Felix da Housecat vs. Ladytron

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A MÚSICA DA HORA

Comece a bater palminhas para acompanhá-la. As rádios inglesas começaram a tocar. A internet já tem a versão "limpa". É "12:51"e não mais "Supernova".
A bateria cadenciada de Fabrizio dita a música. Uma guitarrinha chorosa leva a voz de Julian. "12:51 is the time my voice found the words". Os Strokes estão de volta.

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OUT! - A NOVA REVISTA

A revista-guia Out!, guia de eventos de rock e música eletrônica de São Paulo, está nas ruas. Nos clubes, nas lojas de disco descoladas, restaurantes e rouparias idem. E a coluna se orgulha dela. A festa de lançamento é hoje, quarta, dia 3, pós-show do Coldplay. No Mood Club (Teodoro Sampaio, 1109). A balada vai ser quente. E você é convidado. A festa será embalada por gente cool e som comandado pelos DJs Zeca Camargo (Globo), Luca e Liana (Xingu), Paulão (Garagem), Spavieri (Mood) e Lúcio vs. Paulão. Chega lá. E pega uma Out!




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O DISCO DO ANO?

Se você não souber nada sobre a tão riquíssima quanto precoce história deste impressionante Kings of Leon e botar este (recém-lançado no Brasil) "Youth & Young Manhood" para tocar, o mínimo que vai encontrar é um excelente álbum de country rock retro-moderno, apaixonante.
Mas é difícil descolar do álbum as referências e herança familiar e roqueira que compõe o atual grupo mais comentado do rock. E faixa a faixa o álbum vai conquistando mais e mais.
Ao apertar a tecla "play" do toca-CD, o que é recebido em troca é uma sonoridade que parece sair de uma grande banda veterana de rock clássico, mas com um molho de contemporaneidade que não há muita explicação: ou a banda tem, ou não tem. E o quarteto (quase) adolescente KOL tem.
A bateria e o baixo estão sempre onde tem que estar para dar suporte ao que o KOL mostra de soberbo: a inspirada guitarra de Matthew Followill e a marcante voz caipira-sacana-emocionada do primo Caleb.
Nomes como Bob Dylan ou REM só teriam a ganhar se contratassem para suas bandas um moleque com o gás de Matthew na guitarra. Virtuoso quando tem que ser, básico na hora certa.
A voz de Caleb tem tanta sacanagem quanto a de Mick Jagger dos tempos juvenis, mesmo que sua formação religiosa sempre o tenha colocado muito longe de músicas como "Simpathy for the Devil". Mas, não tem jeito, o diabo é o pai do rock.
Caleb canta e compõe e fala de mulheres e da "estrada" como se já tivesse vivido de tudo nas encruzilhadas do Mississippi. Mas fez o disco quando tinha 21 para 22 anos.
"Youth & Young Manhood" é para a garotada do novo rock e para a "garotada" do velho rock.
Canções como "Red Morning Light" e as sensacionais "Molly's Chambers"e "Wasted Time" são certeiras para deixar extasiada a turma dos Strokes e White Stripes. Já "Holy Roller Novocaine" e "California Waiting" fariam da banda um hit no festival de Woodstock em 1969.
O CD de estréia do Kings of Leon, para quem tem um ouvido no rock de levada country, é a grande pedida. De tudo o que se lê e ouve falar desta banda com um "click" especial , não dá para imaginar um primeiro disco melhor do que como este saiu.

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ENTREVISTA: MATTHEW FOLLOWILL (KOL)

Este colunista conversou na semana passada, por telefone, direto de Utah, com o teenager Matthew Followill, considerado genial prodígio da guitarra. O Kings of Leon estava em Salt Lake City para mais um show de uma gigante turnê americana. Matthew, 18 anos, é o primo, no grupo.
A entrevista saiu editada na Folha de S.Paulo, mas aqui está inteirinha, grande, gostosa.

Pergunta - Há uma grande badalação no rock em torno do Kings of Leon. Vocês já eram "kings" antes mesmo de lançar o primeiro disco. Isso assusta um grupo jovem como vocês, traz cobranças. Ou vocês querem mais é se divertir com esse oba-oba?
Matthew Followill
- Está engraçado, na verdade. É incrível toda essa atenção para uma banda como a nossa, que faz um rock básico. A parte ruim é que temos que trabalhar bastante para justificar essa expectativa. Mas é maravilhoso viajar bastante, conhecer novas pessoas e ficar até tarde nos bares e clubes.

Pergunta - Descreva o primeiro álbum do Kings of Leon, que está sendo lançado agora.
Followill
- Ele é apenas um disco muito simples de rock à moda antiga, com tudo no lugar: duas guitarras, bateria e baixo. E feito com muita diversão. Não entendo por que essa excitação toda por causa de um disco de rock tão simples. Talvez até seja por isso mesmo. Há uma nova onda legal de rock retrô e acho que nos colocaram dentro dela.

Pergunta - Sobre a banda vir de uma família de pastores pregadores, é verdade que quando a mãe dos outros Followill não estava no carro botando para tocar música evangélica o pai colocava Rolling Stones e Jimi Hendrix?
Followill
- Viemos de uma criação bem difícil, pobre e religiosa. Quando você vive em condições como essa, só tem a igreja para se agarrar. Além disso, a música sempre esteve presente em nossas vidas. Passamos a infância ou cantando em corais ou ouvindo música gospel dentro do carro. E, quando minha tia não estava com a gente, meu tio botava em estações de rádios de rock velho, que ele gosta. Aprendemos a gostar de rock assim.

Pergunta - O que mais vocês ouvem na música?
Followill
- Gostamos de rock antigo, como Allman Brothers e Neil Young. As pessoas dizem que somos o Lynyrd Skynyrd [banda do Alabama de country rock, dos anos 70] tocando como os Strokes. Não acho que tenha algo a ver. Eu nem conhecia os Strokes quando gravamos o disco. Mas de todo modo eu adoro Lynyrd Skynyrd e Strokes, hoje.

Pergunta - O Noel Gallagher, do Oasis, disse que vocês são a nova banda favorita dele. O que você acha disso?
Followill
- Muito legal. Ele foi nos conhecer depois de um show na Inglaterra e falou isso. Gosto muito de Oasis e ele é um mito como guitarrista. Nunca esperei que isso pudesse acontecer.

Pergunta - Várias personalidades têm ido aos shows do Kings of Leon, na Inglaterra e nos EUA. Conte alguma história de famosos nos camarins do Leon.
Followill
- Em um show recente a gente conheceu aquela supermodelo Kate Moss, a filha do Keith Richards e a do Paul McCartney (a estilista Stella McCartney). Elas vieram conversar conosco nos bastidores. Queriam levar a gente para beber em um clube, mas naquele dia não deu. Bebemos no camarim, mesmo.

Pergunta - O que você sabe sobre o Brasil?
Followill
- Não muita coisa. Eu sei que o Brasil é muito bom em futebol. Estou começando a me interessar por futebol. Na Inglaterra, só se fala de música e futebol. Falam dos dois com a mesma paixão. Vou começar a jogar.

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O TIM FESTIVAL É NOSSO

Desde o final da semana passada, o Tim Festival está nu. O novo mais importante evento de música jovem do calendário brasileiro de shows, de passado jazzístico, presente misterioso e de viés futurista, começou a soltar aos poucos sua cobiçada lista de atrações internacionais.
A badalada banda americana White Stripes, o excelente DJ inglês Erol Alkan e o veterano grupo de rock eletrônico Front 242 são alguns dos primeiros nomes a saírem da bem guardada relação do festival.
Porém, esta coluna revelou na sexta-feira a relação completa do elenco que formará o Tim Festival 2003, o primeiro da série pós-Free Jazz.
A organização do evento não confirma, mas o adorado grupo alt-country Wilco, a cultuada Beth Gibbons (Portishead), o britpop do Super Furry Animals, a ótima dupla 2 Many DJ's, porno-punk Peaches e os emergentes The Rapture e The Streets aterrissam no Rio de Janeiro no mês que vem para se juntar a White Stripes e Erol Alkan no festival .
O Tim Festival vai acontecer nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro. Será realizado, pelo menos neste ano, apenas no Rio, mais precisamente no MAM - Museu de Arte Moderna.
Os palcos do TF serão três: o Tim Stage (o antigo Main Stage do Free Jazz, com capacidade para 4.000 pessoas), o Tim Lab (ex New Directions, 2.000), para as novas tendências, e o Tim Club (ex-Club), lugar para o jazz. Depois do último show do palco principal, provavelmente às 2h, calcula a produção, terá lugar o After Hours, quando o Tim Festival será transformado em um grande clube de música eletrônica. A organização do festival confirmou que Erol Alkan é atração do After Hours no dia 31, logo após a apresentação do White Stripes, quando a banda de Jack e Meg White fechar o Tim Stage.
Além do rock, da música eletrônica e do jazz, o Tim Festival abre bom espaço para o hip hop. O norte-americano Public Enemy, uma das maiores formações da história do gênero, está escalado para o festival carioca. Também se apresenta a revelação inglesa The Streets, banda-projeto espetacular do prodígio Mike Skinner.

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DE NOVO, A TIM LISTA

* Para dançar
Peaches, The Rapture, DJ Erol Alkan, Apavoramento Sound System , Gilles Peterson, Coldcut, 2 Many DJ's, Front 242 , Gerador Zero, Gotan Project e Lambchop.

* O rock
White Stripes, Wilco, Beth Gibbons, Super Furry Animals. Los Hermanos, Wado e Fellini,

* O hip hop
Public Enemy, The Streets, Instituto e AfroReggae.

* O jazz
Meirelles e Copa 5 , Luiz Avelar, Chico Correa , Tributo a Ary barroso, KD Lang Jazz Trio , Shirley Horn, Argentino, Cedar Walton Trio, Maccoy Tyner Big Band, Illinois Jacquet Big Band, Terence Blanchard e Walt Weskopft Nonet.

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PENSA

Qual guitarra é mais legal hoje que a do White Stripes?
Qual banda é mais moderna e interessante hoje que o Rapture?
Quais DJs apontam mais para o "futuro"hoje que Erol Alkan e 2 Many DJ's?
Que festival pode ser mais cool que o que reúne Wilco, Coldcut, Peaches e The Streets?

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ENTREVISTA: EROL ALKAN

Um dos principais DJs da cena inglesa, incrível, não pertence à cena eletrônica. Com status e badalo e cachê de "superstar DJ", Erol Alkan fez sua fama nas picapes dirigindo a principal noite de rock de Londres, a Trash, no clube The End, famoso templo da música eletrônica.
Alçado pela revista modernosa "The Face" como o "novo Fatboy Slim", Alkan é o responsável pela música independente com veia roqueira voltar a ser interessante, dizem no Reino Unido.
O DJ, 28 anos, é nome tão quente no cenário pop atual que entre suas façanhas estão a conquista de prêmio de revelação do ano de 2002 na revista "Musik" (eletrônica), o convite para tocar no gigante festival Homelands (eletrônica) e foi chamado para estrelar um evento no... Brasil.
Uma das primeiras atrações confirmadas do Tim Festival, Erol Alkan falou a este colunista, de Londres, por telefone.

Pergunta - Você é apontado como grande prodígio do incensado mundo dos DJs por veículos de música eletrônica. Mas você toca rock, basicamente. O que está acontecendo na cena inglesa?
Erol Alkan
- Eu penso o básico. Uma música ideal na pista de dança hoje é aquela boa para dançar. Simples assim. Eu gosto muito de tocar rock, dance music e algum eletrônico. E aí você pega as mais legais desse gênero, que são boas para dançar, e você ganha a pista. Hoje, desde que a música seja boa, existe uma maior tolerância do público de pista seja qual for o estilo da canção. Além do quê, é possível tocar uma do New Order, seguida de Chemical Brothers, seguida de White Stripes, seguida de electro. Hoje isso faz sentido.

Pergunta - Como você começou? Já deu para ficar rico?
Alkan
- Não. Em três, quatro anos como DJ já comprei algumas coisas. Pelo menos consigo viver só de tocar. Mas continuo morando no mesmo pequeno apartamento em Londres.
Gosto de discos desde que eu era uma criança. Costumava ser o DJ para minha mãe, em casa. Passe a querer ser um DJ de verdade indo a festas e vendo outros DJs tocarem. Iniciei colocando música para animar pista em porões, para cinco pessoas. Ia batendo nas portas dos clubes mais legais do que onde aqueles onde estava pedindo para deixarem eu ser DJ. Até que deixavam.

Pergunta - Você toca de rock a rap. De disco a electro. Como você definiria seu estilo?
Alkan
- Eu misturo bastante tendência, mas não acho que isso seja a última palavra em música para pista. Cada DJ tem que fazer o que acha que sabe melhor. Eu vou ver um DJs que só toca drum'n'bass, o tempo inteiro, e consigo achar maravilhoso. O mesmo com o rap e por aí vai.

Pergunta - A noite Trash, onde você toca, às segundas, está sempre cheia de músicos de banda e famosos em geral. Quem esteve lá na segunda-feira passada (dia 28)?
Alkan
- Meg White, do Whites Stripes. A dupla do Raveonettes (banda indie dinamarquesa), o pessoal do Kills (banda de rock americana). Kate Moss estava na lista, mas não a vi lá dentro.

Pergunta - Baseado em suas últimas discotecagem, quais foram as cinco músicas que você mais gostou de ter tocado?
Alkan
- "Milkshake", do Kelis. Qualquer uma nova da Peaches. "Blue Monday", do New Order, sempre. "I Need Your Love", do Rapture. E "Still in Love Song", do Stills.

Pergunta - Qual seu DJ favorito?
Alkan
- Difícil apontar um. Eu gosto bastante dos meus amigos 2Many DJ's. São os melhores dos últimos quatro anos, eu acho. Pelo menos os que mais me divertem. Tem sempre os Chemical Brothers e o Norman Cook [Fatboy Slim], insuperáveis.

Pergunta - Como surgiu o convite para você tocar no Brasil?
Alkan
- Eu não sei, na verdade. Meu agente me ligou dizendo: "Você quer tocar no Brasil?". Eu respondi: "Claro". Não tenho idéia do público que vou encontrar, mas sei que o Brasil tem uma boa cena de música eletrônica, de clubes. Acho que vai ser divertido. O festival vai ter Peaches, Rapture e White Stripes, não? Só pode ser bom.

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MAIS EROL

O DJ inglês falou um monte também para o site da Erika Palomino. Vê lá. É no www.erikapalomino.com.br.

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NÃO ACABA: LARRY TEE NO BRASIL

Este texto está na "Out!".
Larry Tee está para o electro (pelo menos a parte nova-iorquina do electro) assim como Malcolm McLaren está para o punk rock.
O homem que fincou a bandeira americana no electro europeu e forjou o falado electroclash toca na cidade na quinta 4 e na sexta 5, a primeira apresentação no Ampgalaxy, na Vila Madalena, e a segunda no terraço do Shopping Center Light, no centro.
Tee foi buscar o electro da gravadora Gigolo alemã, passou por Londres para ver como Erol Alkan estava tratando o negócio na noite Trash e levou a movimentação retro-futurista para o Brooklyn.
De 2001 para cá, fundou clube badalado (Luxx), criou gravadora (Mogul Electro), lançou várias coletâneas e armou festas de arromba, as quais divulgava indo ele mesmo colar cartazes nos postes de Manhattan.
Fez do electro uma S/A e cresceu e apareceu ligado a nomes como Felix da Housecat, Peaches, Fischerspooner, Adult, Tiga.
Além desses, importou nomes como Ladytron, DJ Hell, Chicks on Speed e começou a levar o electro em turnê pelos EUA e pelo Canadá, sempre jogando as bandas e os DJs de peso à frente e sendo o "DJ animador oficial" ao fundo.
É famosa a história de que até o meio de 2001, se você desse uma busca no Google pelo termo electroclash, não iria encontrar nenhum apontamento. Hoje, se você fizer a mesma pesquisa, vêm quase 26 mil hits. "Culpa" de Larry Tee.
O Sr Electroclash é mais marqueteiro (sem nenhuma carga de preconceito, bom dizer) do que bom DJ, mas sabe escolher as músicas e animar geral a pista.

* Amigo do Chile manda avisar. O set de Tee lá em Santiago, semana passada, foi de arrasar. O cara tocou electro misturado a White Stripes, Rapture, disco antiga e o escambau.

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QUEM VAI VER O COLDPLAY

Sabe os dois ingressos de R$ 100 cada, que nem tem mais para vender?
Um é da
Laura Cavalcanti,
que veio de Recife para ver o show e deu de cara com a bilheteria encerrada.
O outro é do
Fabiano Soares Natal.

* Quem ganhou o álbum lindo do Kings of Leon:
Eugênio Fávaro
Santo André, SP

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PROMOÇÃO DA SEMANA

A coluna tem para sortear, novamente e até o final de setembro, o disco do Kings of Leon, quase nada falado neste espaço. Tem ainda um exemplar nacional do disco do Grandaddy, o belo "Sumday". E, também, o "Up the Bracket", belezura campeão do Libertines, também nacional.
Cada um dos CDs vão ser acompanhados pela nova revista "Out!", filhote desta coluna. Que beleza!
Sabe o que fazer para concorrer, né?

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E...

Lá vamos nós. Eu e você.

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Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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