Pensata

Lúcio Ribeiro

12/11/2003

San Paulo, São Francisco

"I decree today that life
Is simply taking and not giving
England is mine and it owes me a living
Ask me why, and I'll spit in your eye"
Smiths, em "Still Ill"

"All my friends are murder
Hey, all my bones are marrows in
All these fiends want teenage meat
All my friends are murderers"
Distillers, em "Drain the Blood"

"Now I know I'm being used
That's okay man cause I like the abuse
I know she's playing with me
That's okay cause I've got no self esteem"
Offspring, em "Self Esteem"

"Nada nada nada nada nada
nada nada nada nada nada
nada nada nada nada nada
en mi corazón."
Los Pirata, em "Nada"


Tudo, obrigado.
E com você?

* Percebi que minha doce viagem acabou na última segunda-feira, quando horas depois de colocar os pés no Brasil, fui convidado por dois meninos --um de 13, outro de 11, este último armado, a entregar a eles meu celular. O objeto foi recuperado dois minutos depois. Mas as quatro horas gastas em uma delegacia, esperando os tramites legais se desenrolarem, essas já eram. A coluna, já avisando, vai ter quatro horas a menos de, digamos, elaboração.

* E vai ser longa. E deve se estender até sexta-feira. Não repare. Parodiando o Tarantino, o volume 1 da coluna será assim como se segue.

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VOLUME 1
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SAN FRANCISCO EXPRESS


As pipocas amanteigadas americanas esperam loucamente a chegada do filme "Timeline", uma espécie de "Túnel do Tempo" versão moderna e teen, mas San Francisco já anda numa engraçada viagem ao passado.
Assim que a "Popload" iniciou seu passeio na terra do Jerry Garcia, durante toda a semana passada, viu nos informes pop locais que havia show do Simon & Garfunkel na área.
Um dos álbuns mais vendidos por lá, foi só conferir, era o "Best of" do Eagles. Aquele de "Hotel California". É sério.
Para completar, não parava de tocar Santa Esmeralda ("Please Don't Let me Be Misunderstood"). E isso é coisa do filmaço sanguinário do Tarantino, "Kill Bill", que já estreou por lá, mas que só deve chegar no Brasil em fevereiro.
Mas o novo tem vez em San Fran. Duas bandas novas meio hipongas (claro) são assunto na cidade. A irlandesa Thrills, britpop paz e amor, faz show na cidade, com apresentação acústica até mesmo na absurda loja de discos Amoeba Records. Foi um show bacana de meia hora. Canções sensíveis de irlandeses com sotaque americano. O disco deles, "So Much for The City", é bom e está saindo em breve no Brasil naquela promoção de R$ 15 que na verdade é R$ 25 da EMI.
Também em San Francisco se apresentou recentemente o grupo The Shins, este de Albuquerque, Novo México, banda da Sub Pop. O segundo CD, recém-lançado, está na lista dos melhores sons indies dos últimos tempos, mas a caixa da Amoeba, fã do White Stripes ("Você viu o White Stripes no Brasil?"), achou mais ou menos. O Shins, dizem, dá frescor à música independente como se os Byrds tivessem vivido na Califórnia. Sei.
Outro grupo indie bastante falado na Califórnia, e outro a serviço do amor, é o canadense Stills, cujos integrantes já foram sugados pela cena nova-iorquina e habitam Manhattan.
Esse lembra os shoegazers ingleses do começo dos 90, tipo Ride. Lamúrias em forma de guitarra, boas para escutar olhando para o chão. O disco recém-lançado, "Logic Will Break Your Heart" (título ótimo), é uma delícia pop. E a banda abriu o show dos veteranos do Echo & The Bunnymen na semana passada, no Fillmore, no mesmo dia em que o Thrills se apresentou na Amoeba e no Bottom of the Hill.
O show do Stills eu perdi, graças a um chapéu do nosso amigo Ian McCulloch. Mais um que eu levo dele. Logo, logo eu conto. Sobre o Echo e sobre San Francisco.

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MÚSICA DA SEMANA

Blueskins, "Lager & Lime"
Pop rock dos bons de Wakefield, no Reino Unido. De levada blues. Para ir atrás.

None Black, "Dinner's for Suckers"
Banda com vocal feminino integrante deste neoneoneopunk liderado pelo Distillers. Pertence à raivosa Fat Wreck Chords, que nunca está para brincadeiras. Mesmo se a música não prestasse, o nome é tudo.

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O LIVRO DO MASSARI

".Alô, boas, senhoras e senhores, está começando mais uma edição do programa 'Rock Report' aqui pela 89FM. Esquisitices, novidades, clássicos, um certo jornalismo rock. E começamos esta edição com."
Quem "milita" no rock há um certo tempo reconhece a introdução acima de cara, mais até do que a cara reconhecida após tantos anos à frente de programas na MTV como "Lado B" e "Jornal da MTV".
O ex-VJ e mais do que isso ex-radialista (e agora escritor) Fábio Massari, 39, lança hoje em São Paulo seu segundo livro, "Emissões Noturnas - Cadernos Radiofônicos de FM", obra de produção independente que bota em papel um pedaço precioso da história dos programas de rock em rádio aqui no país.
"Cadernos Radiofônicos de FM", como entrega seu subtítulo, é o registro compilatório do que foi o "Rock Report", programa de autor foi ao ar na 89FM no rico período roqueiro de 1991 até 1996 e norteou a vida dos que se alimentavam da cultura pop como dava em uma época pré-internet e de pobre veiculação dos bons sons em rádios, TVs e revistas disponíveis. Como "FM" no subtítulo entenda-se frequência modulada ou mesmo o nome do condutor do "Rock Report".
"A idéia do livro nasceu, uma vez que eu estou empenhado nesta minha fase de 'projeto livros', da minha vontade de prestar uma espécie de tributo ao rádio, que foi onde comecei minha carreira", explica Massari, que em 2001 iniciou-se na literatura ao lançar "Rumo à Estação Islândia" (Conrad Editora), retrato jornalístico da vida sonora da terra da Bjork e do Sigur Ros.
"Dentro desse projeto, mexendo nos meus velhos arquivos, encontrei não só umas 200 fitas do programa como pastas com anotações e roteiros manuscritos de cada edição do 'RR', além de várias entrevistas 'tiradas' do gravador para o papel. Achei que era hora de rever essas conversas e botar tudo em livro. Revisitar foi a graça do negócio", afirmou o autor.
Massari conta que começou como estagiário do departamente de promoção da 89FM, rádio paulistana que veicula rock. Aos poucos a emissora foi lhe abrindo espaço e ele começou a produzir alguns programas.
Fã de rock psicodélico e admirador do hardcore americano dos anos 80, Massari foi fazendo experimentações na locução e na condução de programas especiais, até que em meados de 1991 passaria a pilotar, às quartas à meia-noite, sua própria barca, o "Rock Report".
Está no livro. A pauta do programa atualizava em ondas brasileiras o que de mais moderno e/ou de passado mais interessante acontecia fora do mainstream, no underground roqueiro nos EUA e na Europa.
Entre outras virtudes, o "Rock Report" teve a felicidade de acompanhar os frutos da seminal movimentação do rock de base americano, que entre outras coisas germinaria o som de Seattle. Registrou a passagem histórica no Brasil de Ramones e do australiano Nick Cave. Levou ao ar o que deve ter sido a primeira entrevista de Bobby Gillespie, do Primal Scream, na época do lançamento do álbum "Screamadelica", que moldou o som britânico, o indie-dance, o britpop.
Tocou punk americano, hardcore finlandês, tributo italiano ao Joy Division, pirataria ao vivo do Blondie, som de bandas islandesas como o Sugarcubes (grupo que revelou a Bjork).
Apresentou Jane's Addiction e Red Hot Chili Peppers, mostrou em primeira mão o disco "Goo", do Sonic Youth, já adorava o hoje adorado Flaming Lips e tocava música de uns 15 minutos do hippongo Grateful Dead.
Foi ao ar e está no livro, ainda, uma ótima e irônica entrevista com Danny Kelly, então editor do semanário musical inglês "New Musical Express", na época dos 40 anos da publicação. Responsável nos 90 pela guinada da "NME" rumo ao apelido de "bíblia" inglesa dos bons sons, Kelly lembra fatos divertidos, como quando o semanário ignorava a revolução punk e dava capa para o. Supertramp. Ou quando, nos anos 80, insistia em proclamar a morte do rock, o ganha-pão da "NME"
"Como eu digo na introdução, 'Emissões Noturnas é um livro de época, datado, porque é bom ele ser assim. É legal avaliar hoje o que um cara como o Bobby Gillespie falou há 12 anos. E ver como muito do que ele disse faz sentido ainda hoje", diz Massari.
"Emissões Noturnas - Cadernos Radiofônicos de FM", transposição às letras do "Rock Report", mantém no livro muito da fórmula que deu fama ao programa. Mesmo como um forte registro de época e sem pretensões de ir além, ainda transpira novidades, é recheado de clássicos, tira seu sabor das esquisitices e dá força para a manutenção heróica desse "certo jornalismo rock".

* O lançamento de "Emissões Noturnas" (Grinta Cultural, 152 págs), que vai custar em média R$ 35 lascas, dependendo do lugar da compra (loja de discos deve vender mais barato), será hoje na loja de discos Indie, rua Inácio Pereira da Rocha, 622, Pinheiros. Mas, parece, é só para convidados.

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QUANDO UMA FITA CASSETE VALIA A VIDA

A capa de "Emissões Noturnas" é emblemática. Traz uma estampa dessas de arquivo, que direciona de cara ao caráter temporal do livro, ao lado de uma fita cassete. E é a fita cassete que dá toda a simbologia ao livro de Massari.
À primeira vista, foi de onde o autor tirou suas entrevistas, para levá-las ao ar no Rock Report e, agora, transcrevê-las para o livro do programa.
Mas, para quem tem mais de 30 anos e se alimentou das informações musicais fornecidas pelo programa, o significado da fita é outro.
O Rock Report pertence a uma casta de programas de rock que desde os anos 70, portanto muito antes da internet (já viveu-se uma era de informação sem a internet, acredite), sobrevoa heroicamente a programação quase sempre falível e imbecilizante das rádios rock para trazer o diferencial, as novidades, curiosidades e "esquisitices" importantes das quais se refere Massari. Ou os "verdadeiros bons sons",
O mais dinossaurico programa dessa estirpe heróico-informativa de que se tem notícia é o Caleidoscópio, produzido pela rádio América no AM e que focava o rock depois dos Beatles. Depois o bom no AM era ouvir a Excelsior, onde figurinhas carimbadas como Maurício Kubrusly entregava o ouro sonoro.
Na mesma Excelsior, mas já na era FM, o conhecido Kid Vinil, hoje comandante da revitalizada e comemorada programação de formato livre da Brasil 2000, mandava punk e new wave pelos ares em 79, no "Programa do Kid Vinil", às segundas, 22h.
Logo depois Vinil dividia o Rock Sandwich, que aos sábados a partir das 0h emitia punk e pós-punk em uma primeira hora, e depois dava lugar para Leopoldo Rei trazer as últimas do heavy metal.
Nos anos 80, se via jornal a Ilustrada dava conta das novas tendências, Kid Vinil colocava no ar o New Beat, na Antena 1, com a missão de repassar as últimas da grande fase do rock inglês da época.
Estamos em 84 e 85. E o New Beat tinha, na mesma emissora, a companhia de outro programa diferenciado, o Blue Moon, pilotado por Fernando Naporano, outro que à época escrevia na Ilustrada. Enquanto isso a Bandeirantes FM abria espaço para o dark "New Music", nas noites de sextas.
Em 85, e até 95, a rádio brasileira teve o Novas Tendências, produzido e apresentado por José Roberto Mahr, hoje diretor da rádio carioca Fluminense FM.
Através do NT, que foi veiculado primeiro pela 89FM e depois ganhou transmissão nacional pela Rádio Cidade, os ouvintes brasileiros se atualizava de pop e rock dos bons. E já sentia chegar as primeiras batidas eletrônicas.
Parente próximo do Rock Report, agora já no começo dos 90 e emulado pelo rock americano de Seattle e além, era o Garagem. Foi ao ar na Gazeta FM, desapareceu até 99, voltou na Brasil 2000, teve nova ida-e-vinda e hoje se mantém vivo às segundas-feiras, com a difícil missão de trazer o diferencial e o novo na era fácil da internet, quando um programa desses gravado com carinho em uma fita cassete parece objeto de estudo de paleontologia.

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PROMOÇÃO MASSARI

O autor doou um de seus exemplares à coluna, para ser liberada em sorteio, no lucio@uol.com.br. Você sabe o que fazer. Vem nessa.

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VOLUME DOIS

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A PRINCIPAL MÚSICA DOS ANOS 90?

Típico da data, Papai Noel está chegando com seu enorme saco pop atulhado das indefectíveis coletâneas "best of", "greatest hits", "anthology".
Entre tantas, o bom velhinho carrega também, talvez em sua melhor rena, uma compilação em especial: "Anthology 1992 -2002", do duo eletrônico inglês Underworld.
Formação de DJs de difícil trato, eles pouco falam em entrevistas, pouco se apresentam, cobram uma fortuna para shows, demoram anos e anos para soltar disco novo.
Mas nada desse caráter reservado impediu a marca Underworld de ser para a música eletrônica, nos anos 90, o que o Nirvana foi para o rock.
A "Smells Like Teen Spirit" do Underworld, o megamegahit "Born Slippy", é o carro-chefe da coletânea, carro-chefe da dupla Karl e Rick (que já foi banda) e também e principalmente carro-chefe de pistas de dança descoladas desde que foi lançada (em 95) até hoje.
"Born Slippy" foi o single de música eletrônica mais vendido de todos os tempos, ganhou a fama de ser uma das responsáveis por tirar o gênero do gueto das raves para as massas e integrou tão bem a trilha sonora do cultuado filme "Trainspotting" que é impossível dissociar o nome da canção do título da produção escocesa dirigida por Danny Boyle e que levou o ator Ewan McGregor a Hollywood.
"Born Slippy" foi tão marcante para o Underworld que faz o duo parecer uma daquelas bandas-de-um-sucesso-só, embora uma coletânea dupla. como "Anthology 1992-2002", desminta isso a cada uma de suas outras 15 músicas.
A compilação já foi lançada (chegou ao primeiro lugar dos mais vendidos em eletrônica) há duas semanas na Austrália e Japão, na Inglaterra e no restante da Europa na semana passada, sai nos EUA na semana que vem e até o fim do mês ganha edição brasileira, via Sum Records.
O álbum "Anthology 1992-2002" foi precedido, claro, pelo lançamento do single de "Born Slippy", reeditado no final de outubro com três versões diferentes da original. Os encarregados de dar cara nova ao hit ficou a cargo de Paul Oakenfold, de Atomic Hooligan e London Elektricity, as três ótimas.
Desnecessário dizer, na semana de seu lançamento o single foi direto ao topo da parada dance inglesa.
A música ganhou ainda um novo vídeo, produzido por Danny Boyle, o realizador de "Trainspotting". Boyle condensou imagens do filme num vídeo de quatro minutos para fazer parte do pacote Underworld de lançamentos, que inclui ainda dois DVDs, um de clipes, outro ao vivo ("Everything, Everything"), com cenas da turnê de 2000.
O Underworld está em estúdio no momento, trabalhando em um novo CD, que tem chegada prevista para o começo de 2004, sucedendo o "A Hundred Days Off", lançado em 2002.
À reboque, está saindo também uma edição especial de "Trainspotting", turbinada com making of, entrevistas cool, clipe do Iggy Pop ("Lust for Life"), cenas cortadas da edição final e pá.
Havia muito tempo, tinha sendo vendido em bancas de jornal uma edição crua do filme.


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VOLUME 3

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COLEÇÃO DE COLETÂNEAS

Compilações a dar com pau já começaram a sair e vão estar abarrotando as prateleiras até o Natal, em edição nacional ou gringa. De REM a Bon Jovi. De Bruce Springsteen a Eagles. De Suede a Motley Crue. A coluna fortemente recomenda as do Primal Scream, dos Chemical Brothers, do Inspiral Carpets, do Human League, do Underworld (acima) e o do Coldplay, embora esse último seja um "ao vivo". Mas, se você olhar bem, pode ser uma coletânea.


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FRIENDSTER É FRIA

Não aguento mais o Friendster. É para quem tem muito tempo para as amizades. Fora que, meio mané que sou, ainda não descobri muito bem a "ciência" do programa mais famoso da internet. Deve ser muito mais legal do que minha percepção pode chegar.
Por outro lado, a leitora Daniela Milan, uma friendster, escreveu contando umas coisas engraçadas sobre o Friendster, que vale ler. Fala aí, Daniela.
"Ontem estava no Friendster e dei um search procurando homem, solteiro, 26 a 31 anos. Até que achei o Gustavo Kuerten. Vcs sabem que quando adicionei meu amigo Gerald eu pulei de dois mil contatos para duzentos mil...deve ter acontecido o mesmo com vcs...Pelo visto ele é muito bem conectado...Enfim, entrei na lista de amigos do Guga e achei o Andre Agassi, Martina Navratilova, vários outros jogadores, até o Ronaldo. Entrei na página de amigos do Ronaldo e achei a Posh e o Beckham, o Jerry Seinfeld, etc. Na lista da Posh achei a Geri ex-Spice Girls e na lista de amigos dela achei a Madonna e a Gwyneth Paltrow. Na lista de um amigo da Posh estava a Gisele Bundchen e na dela por sua vez, o Leonardo Di Caprio e o Ashton Kutcher. Na lista dele estava o Justin Timberlake, que por sua vez deveria ter a Britney na dele. Só que não dava pra ver, pois o perfil dele não é disponível para nós, não-celebridades, assim como o perfil de outros famosos como a Madonna, a Gwyneth e o Agassi.
Ás vezes eu entrava em páginas de alguém famoso e dava para ver que não se tratava da pessoa. Por exemplo, na página da Winona Ryder a foto dela era uma tirada na corte quando ela foi processada por roubar aquela loja de Los Angeles... É claro que ela mesma não ia postar aquela foto. O Ronaldo, por quem me conectei com a Posh, com certeza é falso, mas na lista dela está o verdadeiro também, sem acesso ao perfil. Acho que as próprias celebridades criam suas páginas fake.
Porém, dá pra notar que algumas páginas de famosos são verdadeiras, por exemplo, a do Guga. Eu ia me apresentar a ele, afinal ele joga bem e tudo mais (não?), mas mudei de idéia quando vi que ele gosta de 'Macarena'.
Não é divertido??? No seu tempo livre, quando estiver entediado, tente ver quais são as páginas fake e as páginas verdadeiras...Algumas são óbvias mas outras são hard to tell...
Bem, tudo isso devido ao Gerald..."

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VOLUME 4

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Para variar, vou ficar devendo o resto prometido. Tenho material para umas dez colunas, mas o tempo para uma nota. Na semana que vem eu desovo as info da viagem, o escândalo do ano, a luz dos Strokes, entrego onde a Meg White está aqui no Brasil e o escambau. Nesta semana o Los Pirata fez um show em dupla tão sensacional que vou sortear aqui na coluna o CD de lançamento deles, o "En Una Onda Neo Punque". É só mandar e-mail, para concorrer. Ainda como promoção, tem um CD do Suede, a coletânea, para você. Tenta a sorte para esse, também. Voltando ao Los Pirata, os caras abriram para a japonesada insana do Guitar Wolf. Num calor interno de uns 50 graus, o trio massacrou o punk (no bom sentido) na platéia presente no Trip Bar em músicas sem intervalo e todos vestidos de calça e jaqueta de couro. Só o guitarrista/vocalista manteve o vestuário até o fim. Pior, era o que incessantemente pulava, trombava com o microfone, com os amplificadores, rolava no chão. Sim, parece que ele ainda está vivo. A nota triste foi aconteceu no final da balada, quando uma fila monstruosa se formou para pagar a comanda e sair do lugar. O jornalista Humberto "B*ç*" Finatti, se aproveitando de sua condição de colunista pop superstar, chegou perto do caixa, disse em voz alta quem era e entrou na frente de um sujeito que estava prestes a pagar, nem ligando para quem estava na espera, muitos desses seus leitores, claro. Furar a fila é muito não-metrossexual, Finatti. O final de semana está cheio de baladas. A Funhouse, que abriu sua casa roqueira para a soul music, agora, tem o electro-rock do grupo curitibano ESS como destaque no sábado. Ainda no sábado, este colunista mostra novas aquisições nas picapes da nova Atari (Lorena, quase Rebouças) e depois cai no DJ Club, para se juntar a Paulão, Barcinski e Larissa no comando da pista da Sound. No domingo, a Funhouse importa da Suíça o psychobilly do Reverendo Beat-Man. Barulheira internacional para encerrar/começar a semana. Falando em balada, preciso ir. Audio Bullys (em Maresias?!?!?!?!?!?!?) me espera.
Felicidades. Semana que vem tem a lista dos ganhadores de promoção atrasada. Valeu aê.
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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