Pensata

Lúcio Ribeiro

14/01/2004

Os manos e as minas do pop

"Listen to the girl
As she takes on half the world
Moving up and so alive
In her honey dripping beehive
Beehiiiiiive
It's good, so good, it's so good
So good"
Jesus & Mary Chain, em "Just like Honey"

"Put your hands in the air, mothefucker
Like you just don't care"
Snoop Dogg, durante o show todo do Manifesta, em Florianópolis

"I could feel at the time
There was no way of knowing
Fallen leaves in the night
Who can say where they're blowing"
Bill Murray, em karaokê no filme "Lost in Translation"


E aí, di boa?
Tudo bem que não é de agora que o hip hop já apresenta um quinto elemento na sua essência outrora de quatro.
É no mínimo impressionante ver in loco como além do DJ, do MC, do grafite e do b-boy ele está sendo obrigado a engolir o elemento "playboy", em suas diversas formas.
Você sabe disso não porque o Marcelo D2 deu show na extravagante Daslu, no ano passado, loja em que 95% da população paulistana não pode nem entrar para ver as roupas. Nem quando você sabe por amigos bem colocados que boa parte do dinheiro de grandes empresas a ser usado em publicidade, em 2004, vai ser destinada a eventos jovens de hip hop em particular e à música black no geral.
Esta coluna esteve presente nos shows do rapper Snoopy Dogg em São Paulo e em Florianópolis, onde rolou a versão catarina do Manifesto (O deslocamento até SC foi mais profissional que por uma megaadmiração).
Em SP era absurda a quantidade de pit-boys (ou p-boys, para combinar) e garotas saradas, modelos até, que havia alguns anos era quem lotava lugares eletrônicos como a lov.e e tantos outros.
Em Floripa, dá para arriscar dizer que entre as 60 mil pessoas que foram ao festival, somados os dois dias e sem considerar os que foram em ambos, havia apenas uns 10% de "mano", mesmo, esses dá tribo original.
Na área Vip do festival, conviviam convidados que pareciam estar no São Paulo Fashion Week e pessoas com camiseta do AC/DC e do White Stripes.
A forte migração ao hip hop do povo da balada-pela-balada é crescente desde que os Racionais MCs fizeram, em 1998, o melhor e mais intenso disco já produzido no Brasil, em qualquer gênero.
Hoje, o hip hop no Brasil vive uma situação engraçada. Daí toda essa briga loka.

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UMA GAROTA, UM FILME E UMA MÚSICA

Uma das músicas mais bonitas da história do rock, "Just like Honey", da banda escocesa Jesus & Mary Chain, nunca foi tão bem usada na vida como no filme "Lost in Translation", você vai ver.
"Lost in Translation" estréia aqui no Brasil na sexta-feira da semana que vem, dia 23, com o nome de "Encontros e Desencontros". E é maravilhoso, por várias razões.
O filme é dirigido pela cineasta jovem descolada Sophia Coppola, filha do intocável Francis Ford, que tem a manha do que está fazendo, principalmente com música.
"Lost in Translation" é o segundo filme dela. Amigo meu está cheio de razão quando fala que comparando os dois primeiros filmes de Sofia com os dois últimos de Francis Ford, ela é a melhor cineasta hoje da família Coppola.
Voltando ao Jesus, "Just like Honey" é como uma personagem do filme e entra na trama de uma maneira tão rompante que dá até vontade de chorar, se você curte a banda e está curtindo o filme. É bem na sequência final, que é de dar um o maior nó na garganta dos últimos tempos.

* É legal como uma velha banda querida reaparece na vida assim, de repente. Um revival de Mary Chain vai começar. Nem que seja um revival particular. Vou atrás dos meus discos já.

* "Lost in Translation" não tem só "Just like Honey". A trilha sonora do filme é uma obra à parte. E o principal mérito é o de trazer de volta à realidade o grande Kevin Shields, ex-líder do assombroso My Bloody Valentine, banda inglesa do final dos 80/início dos 90. Talvez o nome indie mais indie da música indie.
Coppola juntou em seu filme justamente as duas bandas que um dia usaram guitarras ensurdecedoras para mudar o rumo do pop britânico.
É raro Kevin Shields dar as caras. Ele foi pego por Coppola durante uma turnê em que ele estava como músico do Primal Scream. E, milagre, aceitou o convite de um assessor da cineasta, depois de um papo com a própria. Shields gravou música instrumental para o filme e uma linda canção no estilo My Bloody Valentine. Chama "City Girl" e é aquela coisa. Guitarra alta e voz agridoce, climática. O clipe é bonitaço, e tem cenas do filme e outras que ficaram de fora. Já adiantando algo que vai ser falado mais para baixo, o vídeo é ambientado em Tóquio, em uma viagem de trem da linda protagonista de "Lost in Translation". Do MBV, a famosa banda de Shields, Coppola bota para rolar no filme e na trilha outra preciosidade: "Sometimes".

* Sofia Coppola é cool porque, além de fazer bons filmes, leva junto com ela a música pop. Fez o Air gravar um disco inteirinho para sua estréia nos cinemas, aquele bonito "Virgens Suicidas". Já se envolveu com os Beastie Boys e dirigiu um dos últimos clipes do espetacular White Stripes, o "I Just Don´t Know What to Do with Myself", que além da música f**a tinha a maneca Kate Moss fazendo uma dança de clube de strip.

* Mais da trilha: tem ainda Peaches ("Fuck the Pain Away"), tem Air novo, inédito e especial ("Alone in Kyoto"), tem Death in Vegas, tem Squarepusher.



* Música à parte, o filme tem uma beleza tocante. É estrelado pelo ótimo canastra Bill Murray e pela estonteante Scarlet Johansson, a menina "simples" mais linda que apareceu recentemente. Ele, um ator cinquentão. Ela, uma sem rumo de vinte-e-poucos (tem 19). Os dois, cada qual com seu motivo, começam o filme como duas almas penadas vagando pelas ruas da modernosa Tóquio. Estão se sentindo solitários e cada qual carrega uma crise particular desoladora. E num ponto tal da trama um descobre o outro como parceiro das noites de insônia, das esquisitices dos costumes orientais (para um ocidental), da solidão mesmo quando se está no meio de 500 pessoas. O filme junta um bom humor e uma tristeza de matar, tudo com grande música e atuações empolgantes. Tem Tóquio, Kevin Shields, tensão amorosa, Jesus & Mary Chain, Peaches e Scarlett Johansson. O que mais alguém pode precisar?

* Sabe o que é mais legal? O filme tem um final feliz para seus protagonistas. Para nós, espectadores, de um certo modo não tem, não.

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O KARAOKÊ E A PROMOÇÃO

Ainda o filme da Coppola. Você sabe que Japão, música e karaokê são coisas interligadas. E não seria "Lost in Translation" que negaria essa relação.
Pois no filme tem uma cena em que os dois personagens solitários vão fazer uma balada em um karaokê. Johansson manda ver uma versão toda dela de "Brass in Pocket", dos Pretenders. Rouca e melancólica. Já Bill Murray canta "(What´s So Funny ´Bout) Peace, Love and Understanding", do Elvis Costello. E, a cena mais poderosa, na sequência Murray emenda "More than This", o clássico do Bryan Ferry e seu "More than This". Antes de catar o microfone, o personagem de Murray (Bob Harris) é apresentado pela boca de Johansson. "Ladies and Gentleman, Mister Bob Harris"... Cool.

* O áudio de Johansson apresentando e Murray cantando "More than This" vem como faixa-bônus do CD da trilha sonora.

* A trilha original do filme saiu em setembro nos EUA, quando "Lost in Translation" chegou ao cinema. O disco foi editado pela gravadora Emperor Norton, a mesma do Felix Da Housecat e Miss Kittin nos EUA. Como não há idéia se eles podem ser representados por alguma major no Brasil, não se sabe se essa trilha sonora sairá por aqui, a coluna vai tapar esse buraco.
Um e-mail para lucio@uol.com.br basta para você concorrer a uma cópia, ahn, manufaturada da trilha sonora de "Lost in Translation". Vem nessa.

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MAIS COISAS PARA AMAR EM 2004

* O evento "Lost in Translation", filme + música + Scarlett Johansson
* o disco novo do Fatboy Slim, que sai (também) no Brasil no final de fevereiro.
* a banda stellastarr* e o disco novo, "estouro", do Walkmen, crias da cena de Nova York.

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DÚVIDA

Forçação minha ou este novo disco do Blink 182 é bem legal e tem pelo menos umas cinco músicas bacanas?

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BASEMENT JAXX NO BRASIL
(CONFIRMADO)

Correu nos últimos dias pela internet o que seria a lista definitiva e vazada do próximo Skol Beats 2004, o maior evento brasileiro da música eletrônica.
Muitos dos nomes já foram ventilados, inclusive aqui, mas esta coluna levantou direto em Londres que a excelente dupla Basement Jaxx está com as quatro mãos nas picapes do festival, que acontece nos dias 22, 23 e 24 de abril. Um leitor conversou dias desses em um clube londrino com Simon Ratcliffe, um dos Jaxxs, que confirmou a visita em abril.
O Basement Jaxx, que teve seu mais recente álbum ("Kish Kash") lançado no Brasil nos primeiros dias deste ano novo, é da casta dos artistas que pilotam a nova cena britânica da house music como instrumento punk. Ou reggae. Ou hip hop.
É do time do Audio Bullys e do Streets, a turma bela que dá as cartas hoje nos clubes londrinos de vanguarda.
Para dar uma idéia, o Basement Jaxx foi o primeiro nome fechado para o gigante festival Glastonbury 2004, ainda em 2003.
E ao vivo faz um mix de matar com "Where´s Your Head at", hino da dupla, e "Seven Nation Army", hino do White Stripes.
Uma vez peguei os Jaxx ao vivo no festival de Benicàssim, Espanha. Era a turnê do "Remedy", o disco anterior. E a tenda eletrônica estava pegando fogo.
Mas fui forçado a deixar o lugar para ir ver o Pulp.

* MAIS SKOL BEATS 2004: Além dos já ultrafalados Fischerspooner e Benny Benassi, vêm aí o ótimo duo Deep Dish, Dave Clarke, Darren Emerson (ex-Underworld), Sander Kleinenberg, Roni Size, Josh Wink, Paul Van Dyk, Sasha, Derrick Carter, Marky e Renato Cohen, entre outros.

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PARIS HILTON NO BRASIL

O canal Fox brasileiro definiu março como o mês em que estréia por aqui o seriado "Vida Simples" ("The Simple Life"), estrelado pela inacreditável Paris Hilton e sua amiga Nicole Richie, a filha do cantor Lionel Richie.
A loira Paris Hilton é talvez a maior patrícia do planeta inteiro, mas tem um quê de perversidade que a torna legal.
Ela, para quem não lembra, apareceu em 2003 em um filme pornô de sucesso mundial que na verdade era para ser um vídeo bem particular, não tivessem as imagens ido parar na internet.
Dondoca e herdeira da fortuna da família que dirige a cadeia de hotéis Hilton, antes do videozinho, hã, polêmico ela era conhecidíssima na camada bilionária que se diverte no circuito Los Angeles-Nova York-Londres-Paris pela personalidade "peralta".
A história de "Simple Life", um reality show beeeeeem mais divertido que o "BBB", pode apostar, é a seguinte: as duas ricaças morando e fazendo "tarefas" por um período em uma fazenda bagaceira do Arkansas.
Hilton e Richie foram soltas neste cafundó americano sem suas jóias, cartões de crédito e dólares. Apenas levaram cada uma mala com suas roupas, foi o permitido.
Sabe dar comida aos porcos de minissaia ou tirar leite de vaca com uma Gucci bag a tiracolo?
Não demorou muito e as duas meninas já estavam chacoalhando a cidadezinha humilde, de "gente simples". E apavorando os meninos caipiras da região, coitados.
Só para dar uma idéia. Sabe aquele efeito de TV que bota uma mancha sobre algo para distorcer a imagem, tipo as usadas em rosto de menores ou de alguma testemunha de crime que não pode aparecer?
Então. No primeiro episódio, Paris Hilton vai fazer compras em um mercadinho local vestindo uma calça baixa, dessas sem cintura. Tão baixa, mas tão baixa, que foram obrigados a colocar a mancha na região da bunda dela, para o "cofrinho" não aparecer em horário nobre.

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A VOLTA DOS PIXIES

É isso aí. Não é só My Blood Valentine e Jesus & Mary Chain que estão sendo resgatados dos 80/90. A seminal banda Pixies, que causava inveja até no Nirvana, vai voltar em breve para shows e um disco novo.
A notícia, na verdade, vai mais além.
O sonhado retorno da famosa ex-banda de Black Francis, depois de 11 anos da separação, está marcado para abrilhantar a primeira noite do festival americano Coachella deste ano. Junto com Radiohead e Kraftwerk. Só isso.
O festival, que acontece na Califórnia nos dias 1 e 2 de maio, ainda vai anunciar nos próximos dias mais 20 bandas que estarão no evento deste ano, incluindo as grandes atrações do segundo dia.

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MÚSICAS PARA JÁ

* Disco, "Smells like Electro"
Sim, é Nirvana com "Emerge", do Fischerspooner. Com a letra de "Teen Spirit" cantada por um robô. Não está entendendo?
É bizarro. E é uma coisa na pista. Esse Disco, o autor da mixagem, segundo o DJ da rádio onde ouvi, não revela a identidade real e parece ser alguém famoso.

* Rapture, "Love Is All"
Rola nas rádios inglesas (pelo menos é lá que eu ouço desde dezembro) uma deliciosa versão de "Love Is All", bem diferente da ótima original que está no disco da banda nova-iorquina. Encorpada, suingada e com metais (?!?). Obrigatória.

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FERDINANDOMANIA - AO VIVO

Colaborador há tempos desta coluna, o amigo Marco Lockmann sempre ligou este espaço ao que de mais importante estava acontecendo em Nova York, justamente quando o bicho pop estava pegando por lá. Agora baseado em Londres, o primeiro olhar de Lockmann direto da terra do Hugh Grant bateu na banda da hora por lá: os escoceses do Franz Ferdinand. Não foi, Marco?

"Franz Ferdinando = pôsteres pela cidade inteira. Bem quando todo mundo achava que NYC tinha o copyright sobre tudo que era cool no mundo, aparecem estes caras de Glasgow, que conseguiram a proeza de estar em todas as listas feitas pela imprensa britanica com as "Best New British Band 2004". O papo de que Franz Ferdinand são os "Strokes da Escócia" não vale --musicalmente eles sao mais perto do Interpol e no resto ficam mais para os irmãos mais velhos dos Strokes que ganharam um bolsa de estudo em Oxford. (O que esperar de uma banda que pegou o nome emprestado do Arquiduque Austríaco cujo assassinato iniciou a Primeira Guerra Mundial.).
Por outro lado é bom ver uma banda com um líder que assume a postura de líder (ao contrário de Julian "I wanna be forgotten" Casablancas).
Alex Kapranos lembra um Bernard Summer com mais personalidade e senso de humor.
Para marcar o lançamento do segundo single da banda, "Take Me Out", resolveram fazer shows surpresas em pequenas lojas de músicas independentes como a Rough Trade e a Fopp.
No show da Fopp, que é bem grande, uma multidão misturando teens e engravatados quase destruiu a loja inteira. E todo o estoque que carregavam de Franz Ferdinando desapareceu.
A música do FF é direta, urgente, precisa. Inteligente e pop. Com todas as influências certas (de Fall, A Certain Ratio, Echo & the Bunnymen ao synth pop barato dos 80s), as letras têm o equilíbrio certo entre ser sinceras/irônicas e "inteligentes". O que era difícil de achar desde a semiaposentadoria de Jarvis Cocker.
O ano mal comecou, mas aparentemente a banda do ano de 2004 deve sair destas ilhas. E Franz Ferdinand é a melhor aposta até agora. Fica a espera de algum gol de virada de surpresa no segundo disco do British Sea Power ou Libertines.

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STROKES - SAIU DISCO NOVO

Apareceu nas lojas japonesas, segundo informou o amigo Eduardo Palandi. Mas não tem material novo. Chama "This CD Is on Fire", brincando com os dois álbuns do grupo, e traz raridades, demo, sessões de rádio (BBC) e músicas ao vivo (show no Hawaii). E vem em caixinha de papelão, com capinha. Será que isso chega aqui?



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WHITE STRIPES 2004

Não é só de porrada que vive o violento boxeador e guitarrista Jack White. O amigo da Meg parou seu show de Chicago, no Réveillon, para fazer a contagem para o ano novo para um público de 4.500 pessoas. Chamou ao palco os caras do Flaming Lips (que abriram a noite para os Stripes), fizeram o 5-4-3-2-1 e, como primeira música de 2004, tocaram juntos "We´re Going to Be Friends".

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PROMOÇÃO DA SEMANA

Junto com a trilha de "Lost in Translation" vêm a sorteio dois discaços. "Kish Kash", grande segundo disco do Basement Jaxx, e "Dirty Hits", a coletânea do espetacular Primal Scream. O caminho é aquele do "imeio".

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MORRISSEY

Não sei se você sabe, mas morrysseymania já está totalmente em curso neste mundo pop de meu Deus. O ouriço dos fãs já é o compasso de espera para "You Are the Quary", o primeiro álbum do ex-líder dos Smiths em seis anos. O disco novo sai em abril.
O papo que corre forte nos EUA que o festival de Coachella quer o "homem mais maravilhoso do mundo" (segundo os ingleses) como destaque do segundo dia do evento.
Enquanto isso, na segunda-feira passada, um DJ de uma rádio britânica foi longe na adoração ao cantor. Jeremy Vine, da BBC, afirmou que a música "Everyday Is Like Sunday", de Morrissey, tem a melhor primeira linha da história do rock.
A tal primeira letra é "Trudging slowly over wet sand", que significa mais ou menos "Caminhando com dificuldade e devagar sobre a areia molhada". Em inglês é mais bonito, porque "caminhando com dificuldade" cabe em uma palavra só.
O DJ, em seu programa matinal que inclui comentários políticos, tocou esse começo 14 vezes.

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O AFTER HOURS DO ROCK

O clube paulistano Atari (Lorena, Jardins), de rock e um pouco de eletrônico, inaugurou recentemente o primeiro after hours roqueiro que eu já ouvi falar nesta minha vida no rock. After, você deve ter aprendido com a música eletrônica, é aquela esticada na balada, uma outra festa que começa quase de manhã ou de manhã mesmo e vai se estendendo com o sol a pino.
A convite desta coluna, o DJ e proprietário da casa, o Click, deu um relato pessoal de como foi uma dessas noites passadas do after rock do Atari. Vê aí.
"23h00 - fila quilométrica...
23h20 - abertura da casa...
00h00 - casa já lotada e ainda rolava uma fila
até próximo à rua Mello Alves...
01h30 - antes do previsto, entrou o grupo uruguaio dANTEINFERNO
para liberar espaço na pista mais rápido, o show
foi muuuito f**a, ...
4h30 - também antes do previsto colocamos o
Pullovers, banda conhecida aqui de São Paulo...
5h20 - som na caixa, discotecagem para uma casa
totalmente cheia, e assim foi...
8h00 - casa ainda cheia...
8h30 - aí as pessoas já começaram a ir embora. Também, já estava discotecando durante 3 horas,
bêbado e repetindo muuitas músicas."

* Neste sábado, no After do Atari, tem o DJ Henrique Muccillo (da Volume 1/Funhouse), adorador do Dandy Warhols, comandando as picapes até depois de o dia amanhecer.

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GARAGEM DE INVERNO

Neste sábado, no clube Outs (Augusta), acontece a primeira festa do Garagem em 2004. E o pessoal do programa de rádio da Brasil 2000FM promete dois convidados especiais. O primeiro é o radialista e DJ Kid Vinil. O outro é um aparelho de ar condicionado, porque no Outs a coisa pega fogo. Mesmo. Os caras do Garagem dão oito bons motivos para você não perder essa:
1) É a primeira edição de 2004 da melhor balada de rock de SP!
2) A discotecagem animal do convidado KID VINIL
3) Sorteio de CDs "Room On Fire", do Strokes
4) Garotas entram VIP até 0h30
5) Inauguração do ar condicionado na pista do OUTS
6) Nossa promoter é a Espetacular Larissa!
7) Telão exibindo vídeos de rock
8) De quebra tem aniversário dos apresentadores Paulão e Barcinski

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DJ internacional

Ele acha a noite do clube Trash caída e manda ver Black Grape na pista, porque está podendo. Ele é Márcio Custódio, o agitador e DJ indie paulistano que vive em Londres e está com residência quinzenal, aos sábados, em um clube chamado Hands Off... She´s Mine. A casa noturna, no bairro de Bethnal Green, é movida pelo som de Custódio, do Bloke Caspar, do Nigerian Nick e do Jack White. Jack White?
Dá uma olhada no Márcio em Londres.



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SEGREDO

Não fale que leu isso aqui. Mas, logo após essa apresentação na Califórnia, no festival Coachella, os Pixies reformados devem tocar no... Brasil. As negociações da banda com um emergente festival do Sul do país estão adiantadíssimas, é o que soube esta coluna. Kim Deal, baixista dos Pixies, esteve por aqui no ano passado tocando com as Breeders.

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RECADINHO

Resultados da promoção da semana passada serão divulgados na semana que vem. A lista das bandas mais desejadas pelos leitores e para virem ao Brasil, por um problema de logística, mais uma vez não sai e chega aqui na semana que vem.
Certo? Ceeerto...
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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