Pensata

Lúcio Ribeiro

04/03/2004

O nome dele é John

"This fire is out of control
I'm going to burn this city
Burn this city, burn this city"
Franz Ferdinand, "This Fire"

"Go rock with me, you deserve the best
Take a few shots
Let it burn in your chest
We could ride down
Pumpin N.E.R.D. in the deck
Funny how a few words turn into sex"
Justin Timberlake, em "Like a Love You"

"Queen Elizabeth don't know me
so how can she control me
when I live street and she lives neat"
Dizzee Rascal, em "2 Far"


Qual é?
Qual ééé?

* Adorei a cena do Oscar em que é anunciado o prêmio de atriz coadjuvante a Renée Zellweger, a sra. Jack White e atriz de "Cold Mountain". Ela, "surpresa", não segura o choro e o espanto ao ouvir seu nome. A cara entregava um certo desequilíbrio emocional, parecia. Com uma mão, enxugava emocionada as lágrimas. Com a outra, tentava arrancar a enroscada lista de agradecimentos da bolsa.

* Também tenho na mão aqui uma lista gigante de agradecimentos, por dois motivos.

* Primeiro porque esta coluna agradece o qualificado público leitor, que caminha junto com ela há quase quatro anos. E que, além de sempre entregar de bandeja as notas mais legais, surpreende pelo inusitado. Nas últimas semanas, soube que este espaço é discutido em rodas de alunos de contabilidade, finanças e administração em invervalo de aula desse curso avançado chamado MBA, que forma executivos.
Do lado oposto, amigo meu que trabalha em uma ONG prestadora de ajuda a jovens do Jardim Ângela, um dos bairros mais carentes e violentos de São Paulo, veio com esta: disse que este colunista foi citado entre os dois jornalistas favoritos do único rapaz que lia jornal entre um grupo selecionado para o trabalho do órgão. Junto com o renomado Clóvis Rossi.

* Fora a autopromoção, considero um prêmio ainda a inesperada repercussão interna do lançamento no Brasil do disco do Wedding Present, o "George Best Plus", comentado aqui na semana passada.
Para uma banda pequena e enterrada nos anos 90 como o Wedding Present, mas muito especial para quem a conheceu, foi tocante ver a quantidade de e-mails que chegaram comentando ou pedindo os discos do grupo. Amigos descolados ligaram para dizer que não acreditaram quando viram o Wedding Present na coluna e no jornal. Uma TV entrou em contato comigo, pedindo o disco e mais informações.
Nem o David Gedge esperaria por essa, a esta altura.

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O AMOR VAI DEVORAR A SI MESMO

O que Ian Curtis cantou lá nos 80 está batendo agora em sentido contrário. O amor está sendo dilacerado, e não dilacerando. O nobre sentimento está parado em uma encruzilhada pop e não sabe para onde ir.
Uma das músicas mais bacanas e cafonas do incrível Darkness, a banda que veio para salvar o rock, diz que "Love Is Only a Feeling", um mero sentimento. Todo mundo já deve ter ouvido essa, claro. O Darkness parece confuso. No mesmo disco, a banda do Justin Darkness chega a declarar também em título que acredita em uma coisa chamada amor.
Aí vem o Outkast, com a música mais estourada e de alcance ilimitado dos últimos tempos, a mega "Hey Ya", e prega o sexo casual, sem nenhum envolvimento.
Andre 3000, o autor da letra, agradece aos pais por terem tido um relacionamento duradouro, mas na verdade não entende como eles conseguiram. "Se nada é para sempre, por que o amor
seria?"
A música mais ouvida e cantada e dançada do planeta a partir de setembro do ano passado, que enche de alegria a vida desde menininhas de colégio até senhores eruditos, é a maior apologia ao sexo livre destes tempos.
A mensagem de "Hey Ya", para você ter uma idéia da força absurda do hit do Outkast, atingiu até a boneca Barbie.
Depois de quase 40 anos de casamento com o Ken, a musa de plástico trocou o moço por um boneco surfista australiano. A notícia, para quem acompanhou noticiários internacionais na semana passada, foi muito comentada e analisada, do americano "New York Times" ao inglês "The Guardian", por causa do que essa atitude da Barbie pode causar na cabeça de crianças e adolescentes até uns 14 anos.
Mas o amor, valendo-se de sua conhecida força, ensaia um contra-ataque. O badalado seriado "Sex and The City", que redifiniu o relacionamento amoroso em meio a Margueritas e roupas cool, deu adeus à TV americana no último domingo depois de seis temporadas.
O último episódio (vou contar o final, leia se quiser) chegou a surpreender quem acompanhou a série. Quer dizer, chegou a me surpreender, pelo menos. O bom vivant e pior amante dos seis anos do seriado, o Mr. Big, sucumbiu ao amor e
decidiu viver o resto de sua vida com a Carrie.
Nesse jogo de simbologia provocado pelo efeito "Hey Ya!" e o efeito Barbie, esse final de SATC não é um mera notícia para a "Caras".

* O nome do Mr. Big é John, revela a enviada especial desta coluna a Los Angeles, a repórter Cláudia Croitor. Segundo ela, no finalzinho do último capítulo, o mostrador do celular de Carrie desvenda o mistério que ninguém nunca deve ter notado nestes seis anos, mas que desnudo tem um peso considerável. Croitor, menina do Rio, esteve recentemente na Califórnia para me trazer um discos, um fone novo para o meu iPod e para levar um chute de Kiefer Sutherland, o agente especial Jack, do seriado quebra-barraco "24".

* Falando em amor, esta história aqui importo de uma outra coluna. Pesquisadores da University College, em Londres, "escanearam" o cérebro de dois estudantes que disseram estar perdidamente apaixonados e descobriram que isso afeta uma área no cérebro. As diferenças apresentadas no cérebro de pessoas apaixonadas se "parecem" com as alterações de quem está cheirando cocaína. O amor usa os mesmos mecanismos neurológicos que são ativados durante o processo de se viciar em uma droga.
O amor parece estimular a liberação da vasopressina e da oxitocina, dois hormônios.
E, segundo a pesquisadora Helen Fisher, da Rutgers University, existem três fases do amor: o intenso desejo sexual, o amor romântico e o de longa duração. O primeiro provoca um estado similiar ao atingido por quem toma ópio: aumento do nível de serotonina, oxitocina, vasopressina e por uma substância química produzida naturalmente pelo corpo humano que se assemelha à heroína.
Já o segundo, o do amor romântico, possui características neuroquímicas semelhantes a quem tem doença maníaco-depressiva ou síndrome obsessiva compulsiva (mas pode ser amenizado com um aumento da serotonina). O último estágio é o do amor duradouro, que é mais calmo, seguro e confortável.
O negócio é que, como os três tipos de amor são completamente separados, é possível sentir os três por pessoas diferentes. "Você pode estar profundamente ligado à sua mulher, enquanto sente o amor romântico por outra pessoa, e tem desejo sexual pelas duas", informou Helen Fisher para a revista inglesa.
Hey, ya.

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PIXIES NO BRASIL

Continua naquela. Tá quase, mas ainda não está. A história está pegando no dinheiro. O line-up definitivo do Curitiba Pop Festival deve estar aqui publicado na próxima coluna. Já o Teenage Fanclub vem com certeza, mas a programação de datas depende dos Pixies. Yeah (Yeah, Yeahs)!!!

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ABRIL PRO ROCK 2004

O festival pernambucano, um dos principais eventos indies do Brasil, chega à sua 12ª edição no pique da anterior: botando o pé no freio nas atrações internacionais e se virando com nomes que são assíduos do Pavilhão do Centro de Convenções de Recife. Acontece nos dias 16, 17 e 18 de abril e tem no rapper Marcelo D2 a sua maior atração. Os nomes de fora são o belga Vive la Fête, dupla de electro rock sedutor do baixista do dEUS, e o Destruction, da Alemanha, que o próprio nome entrega o estilo.
Outros destaques do APR 04: Ratos de Porão e Forgotten Boys.

* O festival ficou sem o Teenage Fanclub por causa do Curitiba Pop e da possibilidade do acerto com os Pixies.

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O FIM DA MOTOR

A brava Motor Music, produtora (e selo e loja e distribuidora) sediada em Belo Horizonte, fechou suas portas nesta semana, depois de seis anos de bons serviços prestados à música independente brasileira. Tem a assinatura da Motor a vinda ao Brasil de grupos como Mudhoney, Superchunk, Atari Teenage Riot, Asian Dub Foundation, Jon Spencer, Trail of Dead, Luna, entre muitos outros.
Como último suspiro, a Motor está agendando para maio alguns shows da banda americana Lemonheads, do dândi Evan Dando. O músico galã há algum tempo toca sozinho, mas promete reformar o Lemonheads para vir ao Brasil, pela segunda vez (a primeira os shows foram bem bons).
A Popload lamenta o final da Motor, os shows bacanas que ela trazia e o doce de leite de Viçosa que a Fernanda às vezes mandava para cá. Mas o Boffa, que não pára, logo deve estar metido em outra e a coisa volte a funcionar, inclusive o envio do doce de leite. O de Viçosa é inigualável.

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FRANZ FERDINAND NO BRASIL

Reprodução



A gravadora Trama vai lançar aqui no mês que vem o disco de 2004, considerado. O álbum de estréia do ótimo grupo escocês Franz Ferdinand, de art-rock, ganha sua disputada edição nacional. A Sony correu atrás de assinar com o Franz Ferdinand, mas consta que perdeu os direitos de lançamento na Inglaterra (Domino) e Brasil. O FF, que visita esta coluna regularmente desde que a ótima "Darts of Pleasure" chacoalhava as pistas inglesas, puxa uma grande safra britânica de grupos legais, tipo Eastern Lane, Razorlight e Keane.
O álbum é carregado de hits. Tem umas sete músicas, de um total de 11, que serviriam fácil como single.
Quando você tiver o disco em mãos, oficial ou "descarregado", faça um teste. Comece pela "Tell Her Tonight", a faixa 2, ou "40'", a última. São as piores do disco. Mas estão longe de ser ruins.

* O Franz Ferdinand foi escolhido pelo mítico Morrissey para abrir o megashow do ex-Smiths no gigante Manchester MEN Arena, em maio.

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ENTREVISTA: FATBOY SLIM

DJ vai tocar música para o Rio, rap brasileiro, inéditas e "Born Slippy"

O Cristo Redentor deve botar as mãos para cima no próximo domingo, quando o superDJ inglês Fatboy Slim balança o Rio de Janeiro com um set festivo para 200 mil pessoas na praia do Flamengo.
Quem já viu o DVD de uma das duas famosas apresentações que ele fez na praia de Brighton, na Inglaterra, ou ainda viu o DJ no extinto Free Jazz, tem a noção da magia que sai em forma de música nas batidas quebradas dos festejados sets de Norman Cook, como foi batizado.
Já no Brasil desde quarta, Fatboy Slim conversou com a Popload, no final do dia, depois de um exaustivo dia de entrevistas. Exaustivo e apavorante. Norman Cook disse que descobriu uma fobia que nem sabia que tinha.
"Espero que essa sua entrevista não seja tão perigosa quanto a que fiz hoje à tarde, para o programa de TV 'Fantástico'", falou Cook. "Percebi que tenho uma vertigem muito assustadora e confesso que ainda não me recuperei."
Cook foi levado ao topo do Pão de Açucar e sofreu no trajeto do bondinho. Acompanhava o DJ megastar o jornalista Zeca Camargo e o rapper Marcelo D2. No Pão de Açúcar, em um coreto, foram armadas duas picapes, para um Fatboy Slim versus D2 rápido, que era a pauta do programa. No final da brincadeira sonora, D2, que procurava até então a batida perfeita, presenteou o inglês com um disco do Jorge Benjor.
É a primeira vez que o Fatboy Slim sai de Brighton para tocar em praias alheias. "É um projeto antigo e o Brasil vai dar início a esse sonho, porque é um dos mais amigáveis e bonitos país por onde passei."
Norman Cook afirmou que, em seu set, deve apresentar duas ou três músicas novas, que estarão no seu esperadíssimo disco novo, o sucessor de "Halfway Between the Gutter and the Stars" (2000), que ainda não tem dia certo para chegar às lojas.
"Vai ter algumas surpresas. Além das músicas inéditas, vou tocar uma canção chamada 'Song for Rio', que eu fiz especialmente para a cidade", revelou o DJ. Mas ela não vai estar no disco: "É uma música para aqui e agora. Não posso tocá-la em nenhum outro lugar."
A Popload apurou que o set de Fatboy Slim deve conter um remix exclusivo para a música dos rappers Black Alien e Speed, a polêmica "Quem Que Caguetou", que tem a produção de Tejo e chapou cinemas e TVs na Europa ao embalar um comercial da Nissan. O remix do Fatboy Slim deve estar no single do combo brasileiro, que deve ser lançado em abril ou maio.
Segundo disse o DJ, outra música que deve estar no show da praia carioca é "Born Slippy", hino da música eletrônica de autoria do grupo Underworld, que ficou famosa na trilha do filme "Trainspotting", produção escocesa dos anos 90.
Cook revelou que seu próximo disco vai ter um pé na música funk, às vezes mais rock (terá participação de Damon Albarn, do Blur), se afastando um pouco da eletrônica.
"É uma certa volta às raízes", definiu o DJ "funk soul brother", que afirmou estar desanimado com a falta de "boas energias" da música eletrõnica britânica atual.
"A eletrônica está esperando alguma coisa acontecer. Os grandes clubes estão vazios e o povo da clubelândia está indo para o underground de novo. Mas isso não quer dizer que as pessoas não queiram festas. Uma boa festa nunca vai sair de moda e sempre terá alguém querendo ir a uma", explicou o DJ.

* Se nada der errado, este colunista estará chacoalhando o esqueleto na praia do Flamengo.

* Antes do Fatboy Slim, o som será do DJ inglês Jon "Monkey Mafia" Carter,
que manobra a house, o drum'n'bass e principalmente o big beat. Satisfação garantida.

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POP POP POP

* Lá em cima, quando você lê que o Lemonheads vem ao Brasil pela segunda vez, entenda como "terceira". O pior é que eu fui nos dois shows anteriores e ainda errei a info.

* "Kill Bill - Vol. 1", o famoso filme de Quentin Tarantino que o Brasil ainda não viu, irá ao cartaz no dia 23 de abril. A tática era não entrar em concorrência com os filmes do Oscar e aproveitar que, no mesmo mês, os EUA recebem o segundo volume da sanguinária saga da mulher superpoderosa.

* O festival Ruído abalou o mundo indie carioca no final de semana passado. Nos relatos que eu li por aí, os destaques foram as bandas paulistanas Forgotten Boys e Los Pirata. O site Arte Livre chama o Los Pirata de fenomenais, destaca também Ludov (SP), Nancita (BA) e o Walverdes (RS).

* Não sei se você vai ler a tempo de ir, mas uma das colunas mais incríveis do planeta, a Zap'n'Roll, comemora nesta "very" quinta, com uma festança, a passagem de seu um ano e um mês. Espaço virtual rocker que analisa desde o rock de ponta até o IBGE e a questão do PT no governo, a ZnR junta as badaladas bandas Borderlinerz, Butchers e Daniel Belleza e a discotecagem de Kid Vinil para parabenizar o irreverente Humberto Finatti, dono da coluna. Parabéns pelo 1,1 ano, Finas. A balada rola no Outs (rua Augusta).

* A boa boyband metaleira Lostprophets, de Gales, cunhou uma versão legal para a chorosa "Cry Me a River", do nosso Justin timberlake, o rei do pop. Ficou bem legal. Já a americana Dillinger Escape Plan, mais podreira ainda, fez versão da ótima "Like I Love You", que está até na epígrafe lá de cima. As duas versões esperam você na internet.

* Você, lógico, não deve ter perdido o seriado da Paris Hilton, que estreou quarta na Fox. Ah, bom!

* Cerca de 100 mil cópias do "Grey Album" foram downloadados (puts) na terça dia 24, durante a Grey Tuesday. O disco foi construído com a fusão do "Black Album", do Jay-Z, e o "White Album", dos Beatles. A Grey Tuesday foi criada para protestar contra a EMI, que impediu a circulação do disco-traquinagem do DJ Danger Mouse. Blogs, sites e fotologs postaram o disco inteiro em massa, na terça-feira, para quem quisesse ver, ouvir e pegar.

* E depois do "Grey Album" vem o "Black Black Album". O conhecido DJ Spooky, nova-iorquino, resolveu mixar o "Black Album", do Jay-Z, com o "Black Album", do Metallica. Ficou bem bom. Dá uma olhada em um preview aqui: www. Broke-ass.com/blackpreview.mp3.

* Os Strokes, que igual ao Oasis adora fazer clipe ruim, conseguiu fazer um bem legal, finalmente. Chega aos ares o vídeo da espetacular canção "Reptilia", a desesperada faixa dois do último disco deles. O clipe mora na filosofia da arte pelo todo. Vê lá.

* Não acredita, hein. Darkness no Brasil. Maio ou junho. Já falei e estou agora repetindo, para você não dizer que foi pego de surpresa.

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PROMOÇÃO DA SEMANA

Antes, uma historinha. O semanário inglês "New Musical Express" veio recentemente (capa Outkast) com um de seus melhores discos encartados. É um CD especial da premiação da "NME", o Awards 2004. O álbum chama "Rare and Unreleased" e tem coisas como:
- Black Rebel Motorcycle Club fazendo cover ao vivo de "Hardest Button to Button", do White Stripes
- A ótima "Michael", do Franz Ferdinand, ao vivo
- Outkast e Coldplay e Strokes e Radiohead
- Rapture ao vivo, Kyle Minogue remixada pelos gênios Chemical Brothers
- Libertines em sessão de rádio
- The Thrills fazendo versão da arrasadora "Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me", dos Smiths.

* Então. Tudo isso para dizer que um dos prêmios da semana é uma cópia desse CD da "NME", feita com carinho. Vai ser sorteado para os que se inscreverem no lucio@uol.com.br. Outro prêmio bala é uma cópia de um maravilhoso show do grupo Franz Ferdinand em Amsterdã (novembro de 03). Tem dez músicas. É de um CD bônus que veio em edição limitada do primeiro disco da banda escocesa.
Estou dando uma diminuída nas premiações para ver se coloco todo o atraso em dia. Mas reclamar da qualidade desses poucos e bons ninguém há de.

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VENCEDORES DA SEMANA

* O disputado "George Best Plus", do ótimo Wedding Present
- Silvia Talitha Dominique
Belo Horizonte, MG

* O falado "Grey Album", Jay-Z vs. Beatles
Camila Oliveira
Santos, SP

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Tchau mesmo!
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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