Pensata

Lúcio Ribeiro

22/04/2004

Beat acelerado

"Fiiiiu, Fiiiiiiiuuuuuuuuu
Yeeeah
Fiiiiu, Fiiiiiiiuuuuuuuuu
I love you"
Pixies, em "La La Love You"

"Still she won't be forced against her will
Says she don't do drugs but she does the pill
Oh yeah...Oh yeah..."
Teenage Fanclub, em "The Concept"

"One, two, three
take my hand and come with me
because you look so fine
and I really want to make you mine"
Jet, em "Are You Gonna Be My Girl?"


Vamos aê que o bicho está pegando. Os bichos estão pegando.
Espera aí que vou acender uma vela para o Diego, rapidinho, e já volto.
(...)
Coluna caótica à vista. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Zumbis, Tarantino, Maradona internado, o CD vazado do show da volta dos Pixies, Campeonato Brasileiro começando, Sonic Youth na internet, taturanas, Walkmen vem ao Brasil, esta coluna vai ao Coachella, o megafestival Creamfieds vai ter versão brasileira, Skol Beats nesta semana, muitos prêmios espetaculares lá embaixo, Morrissey, saiu o disco do Keane lá, os do Teenage Fanclub e do Jet aqui, a ousadia da música indie nacional e a lista das piores músicas de todos os tempos.
Está nesta ou vai afinar?
Não gostou, hit me.

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MONSTROS

Perto da minha casa, uns três prédios para baixo, tem uma árvore gigante infestada por taturanas pretas. Tipo muitas taturanas. Bichinho da natureza e tal, importante para o equilíbrio ecológico blablablá, mas o problema é que são... muitas. Não sei se você está entendendo.
Já tinham me dado o alarde dias destes, mas quando me informei soube que foram notadas (por causa da quantidade) no começo da semana, segunda-feira para ser mais exato.
Bem, no dia em que escrevo esta coluna, no feriado de quarta-feira, as monstrinhas, elas mostram que chegaram ao meu prédio. Tinha na calçada, várias na portaria, paredes, no jardim do prédio. Elas estão chegando.
Um rapaz que me esperava sentado em um banco, na entrada do prédio, disse quando apareci que em segundos catou uma taturana preta subindo na sua perna. O jeans grosso salvou a "queimadura".
A coisa está feia. Estou prevendo que até o final de semana o bairro vai estar isolado pela defesa civil. E os habitantes sendo salvos do topo do prédio, por helicópteros.
Talvez eu tenha ficado impressionado com o filme que estréia nesta sexta no Brasil, o "Madrugada dos Mortos" ("Dawn of the Dead"). Entra em cartaz junto com o (até-que-enfim) "Kill Bill", do Tarantino, para juntos constituírem a sexta-feira mais importante do cinema no ano, até agora.
"Madrugada dos Mortos", ótima refilmagem de Zack Snyder para o clássico do grande George Romero, de 1978, não é a história de um monte de zumbis que desceram de árvores para atacar prédios, mas é quase. Asqueroso, divertido e moderno, faz tempo que não surgia um filme de horror desses de tão nobre estirpe.
Tudo corria de acordo com a rotina medíocre de Milwaukee quando, não se sabe como e nem por quê, numa madrugada qualquer um ser morto-vivo aparece do nada na casa da heroína da história, a loira Sarah Polley, na hora em que ela está dormindo tranquila com o namorado. E aí já era.
Um zumbi, você deve saber bem, é um monstrengo canibalista que morde os humanos saudáveis e os torna mortos-vivos como ele.
Sequência das mais legais, feita com uma técnica cirúrgica de grudar os olhos na tela e não piscar durante bons 15 minutos, a garota escapa de alguns zumbis, inclusive o seu namorado-agora-zumbi e sai pela cidade com o carro. E vai percebendo que não foi só sua casa que foi visitada.
No caminho para lugar nenhum, vai passando por milhares de zumbis atacando as pessoas "normais", vendo cenas de destruição por todo lado. Até que, junto com alguns poucos saudáveis, tenta se refugiar em um shopping center, enquanto o número de zumbis vai aumentando cada vez mais, cercando o prédio por todos os lados e tentando entrar no shopping. Não com a intenção de fazer umas compras.
"Madrugada dos Mortos", do começo ao fim, é ultrapop.

Os zumbis do filme já não são aqueles que andavam abobados e devagar, como nos clássicos de terror antigos (no próprio original deste). Eles são abobados e mais espertos. Correm muito, sabem o que querem, descem e sobem escada rolante no gás.
Zack Snyder usa durante a trama uma trilha sonora engraçadíssima, como se estivesse zoando com seu elenco.
No começo de "Madrugada dos Mortos", quando Sarah Polley está calma e alegre ouvindo música no rádio do carro, está tocando "Have a Nice Day", britpop cool do Stereophonics. Nice day era tudo o que ela não ia ter.
Em situações bizarras, mas sem causar uma estranheza que destoasse na edição trilha bacana/cenas sanguinolentas, vieram a lindona "The Man Comes Around", do Johnny Cash, e as conhecidas babas "Don't Worry Be Happy" e "All By Myself".
Não perca "Madrugada dos Mortos". E fique até depois dos créditos.

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SONIC YOUTH NOVO




Desde o começo da semana já dá para "buscar" na internet o novo álbum do lendário Sonic Youth, banda de Nova York avó dos Strokes, talvez o grupo indie mais adorado de todos os tempos, principalmente por brasileiros. O álbum chama "Sonic Nurse" e é o número 19 da banda que atravessou incólume, desde 1991, todas as transformações do rock americano.
Depois de algumas poucas audições, dá para arriscar dizer que o novo disco da veterana juventude sônica saiu na média dos últimos CDs do grupo. Não é ruim, mas também não empolga.
De cara, duas músicas do disco pulam aos ouvidos e chamam pelo download imediato: "Pattern Recognition", cantada com o desequilíbrio emocional costumeiro da Kim Gordon, e "New Hampshire". Outra que vale a ouvida é serena "Dude Ranch Nurse", outra cantada por Gordon.
"Sonic Nurse" é mais nebuloso, sombrio que o "Murray Street", achei. Quem curte um Sonic Youth viajante deve adorar o álbum.
O CD novo chega às lojas somente em junho. Porém...

PROMOÇÃO: A coluna providencia já um "Sonic Nurse" para você, na base do sorteio amigo. Manda seu e-mail para concorrer, ganhe e se exiba para os amigos com o novo Sonic Youth.

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WALKMEN NO BRASIL

Vem ao Brasil a primeira banda da importantíssima cena roqueira nova-iorquina dos anos 00 a aportar por aqui. O grupo de art-pop Walkmen vai tocar em... Natal, no Rio Grande do Norte. E só. A banda do desesperador Hamilton Leithauser (que na verdade começou a montar o grupo em Washington) é atração exclusiva da próxima edição do festival Mada 2004, que até sexta-feira, 23, deve anunciar de modo oficial os convidados para a edição deste ano.
O Mada acontece de 20 a 22 de maio Arena Palace, na Via Costeira, região litorânea da capital potiguar. Outros nomes que devem estar na lista é Sepultura (o primeiro show do grupo no RN), Marcelo D2, entre os de sempre em se tratando de festivais brasileiros. Mas o Walkmen é o que interessa.
Estilosa banda que carrega no estilo um Joy Division moderno, o Walkmen pisa no país, ainda que longe do grande centro, para mostrar o irregular "Bows and Arrows", seu primeiro álbum "internacional". Embora não tenha a juvenilia do primeiro CD, "Everyone Who Pretende to Like Me Is Gone", o novo disco traz entre suas faixas a maravilhosa "The Rat", canção já altamente recomendada por aqui.
Este colunista já viu dois shows do Walkmen, do álbum anterior, ambos vigorosos, densos, bonitos. Leithauser, que a esta altura já deve ter largado seu pomposo emprego no Metropolitan Museum of Art, canta gritando, como se cada música fosse a última de sua vida. Sorte dos nordestinos.

* Uma atração mais caseira do Mada 2004, e que cometeu um arrombo indie sem precedentes (pelo menos para mim), é o Automatics. A notícia é que o grupo, já de carreira razoavelmente conhecida no Nordeste, bancou com dinheiro próprio a produção de um disco triplo. Triplo! Banda que faz de Natal uma sucursal de Glasgow, o Automatics trata usa sonoridade destilando Teenage Fanclub e Jesus and Mary Chain. O grupo foi destaque do Mormarço, festival indie que aconteceu no mês passado em João Pessoa, Paraíba.

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CREAMFIELDS BRASILEIRO

Na semana do megamaster Skol Beats, o principal evento de música eletrônica do Brasil, vem a bomba. O famigerado festival Creamfields, de Liverpool, que resolveu exportar versões suas para a América Latina (acontece em Buenos Aires desde 2001), será montado em São Paulo, no dia 20 de novembro, em local ainda a ser anunciado. O Credicard Hall é o mais indicado.
Na semana imediatamente anterior ao de SP, o Creamfields é erguido em Santiago e Buenos Aires. Muito antes disso, no dia 22 de maio, acontece o Creamfields Mexico, que terá Ladytron, os espetaculares Audio Bullys, Massive Attack, Paul Oakenfold, Deep Dish, entre outros.
O Creamfields, um dos mais importantes festivais techno da Inglaterra, nasceu da famosa casa Cream, de Liverpool, muitas vezes aclamado o melhor clube do mundo. O Cream, hoje, nem existe mais. Mas o Creamfields não só existe como está vindo para cá.
Nesta semana foi anunciada a lista de atrações do original, o Creamfields inglês, que será realizado em agosto. Tem sete espaços e tantos nomes que só vou colocar a principal atração aqui: Chemical Brothers.

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SKOL BEATS

Feels good. Sounds good. A hora é agora e o Anhembi é o lugar. Acontece sábado agora a espetacular edição do Skol Beats 2004. Quem tem no mínimo um dedo do pé no som eletrônico sabe da dimensão do evento paulistano. E, para não ficar perdido no meio da vasta programação, a coluna faz um roteiro sugerido do que curtir em mais de 12 horas de tum, dum, pá e poings. E, saiba, quem seguir o roteiro tem que ter consciência de que ainda assim está perdendo muitas coisas. Mas a vida não é fácil para ninguém. Aí é o seguinte:

18h - O DJ Agoria manda techno puro e misturado (com rock) na tenda The End.
20h às 0h30 - Prontidão no palco principal: tocam o festeiro Benni Benassi, o performático Fischerspooner e o top Basement Jaxx.
0h30 - Dá ainda para pegar o Roni Size na Movement.
1h às 3h - Divida-se para ver o americano Derrick Carter (The End) e sua house de raiz, o nacional Marky (Movement). E ainda espiar o que o produtor Josh Wink está tocando na Bugged Out!
3h30 - Depois de uma golada de energético, compareça ao palco principal, o Outdoor Stage, para dar uma força ao promissor Philip Braunstein, gauchinho de 19 anos.
4h30 às 6h30 - o grande Darren Emerson, ex-Underworld, chacoalha a tenda The End com clássicos dance.

PROMOÇÃO - A coluna está se esforçando bem para colocar você dentro do Skol Beats. Já foram três os pares de ingressos sorteados. Mas ainda tem mais dois (pares) para sair neste em-cima-da-hora para o festival. Vai entrar nessa? Mande seu e-mail, sua reza e seu telefone para lucio@uol.com.br. E espere uma ligação minha nesta sexta-feira.

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MORRISSEY




Enquanto o "Quarry" não vem, lá vamos nós. No cantinho cativo desta coluna, dedicado às coisas do ex-cantor dos Smiths e tido como o maior inglês vivo, vale dar uma traduzidela na entrevista recente que ele deu para o semanário britânico "New Musical Express", que a está publicando em duas edições.
O texto introdutório da primeira parte da entrevista dá a medida da insistente importância de Morrissey para os ingleses. Dizia mais ou menos assim:
"O rock já viu muitos heróis, mas um se mantém com o topete e os ombros acima de todos os outros.
John Lennon vendeu milhões de vezes mais discos. David Bowie já passou por reinvenções incríveis por muito mais vezes. Kurt Cobain é o James Dean grunge. Elvis Presley resume todas as muitas histórias de o que significou ser rico e famoso na América no século passado. Michael Jackson dança melhor e é muitas e muitas vezes mais esquisito. Mas nenhum desses, porém, é o Morrissey."

* Você ficou surpreso quando a "NME" elegeu os Smiths a Maior Banda de Todos os Tempos, dois anos atrás?
Moz - Claro. Não pude acreditar que vencemos o Abba.

* Qual foi o ultimo CD que você comprou?
Moz - Foi o single do Ordinary Boys. Eu comprei um outro também, que não me lembro agora. Esse que eu não lembro certamente eu joguei pela janela.

* Os Libertines amam você.
Moz - É mútuo. Eu os vi tocando em Los Angeles e eles foram fantásticos. Realmente fantásticos. Eu acho que, se eles conseguirem se manter juntos, eles vão marcar um lugar na história.

* Dado que não conversamos com você nos últimos 12 anos, quem foi sua banda favorita dos anos 90?
Moz - (longa pausa) Já ouviu "Born to Quit", do Smoking Pipes? Eu achei o disco deles extraordinário. Mas não consigo exatamente pensar em alguém certeiro para esse posto. Qual foi a melhor banda dos 90 para você?

* Acho que o Nirvana pode ser escalado nesse quesito
Eu não sabia muito sobre eles até que a morte fez a situação toda ficar exposta. Eu pensei que eles eram hippies, inicialmente.

* Kurt Cobain é um tipo de personagem do tipo James Dean, agora.
Moz - Somente porque ele está morto. Quero dizer, a morte é uma fantástica arma promocional.

* Você gosta dos Strokes?
Bem, eu gostava deles antes de eles gravarem. Eu os vi algumas vezes e eles foram realmente especiais, mas... Tem sempre um 'mas'... Eu não curto muito as capas dos discos deles. E eu acho uma capa tão importante.

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MORRISSEY AO VIVO

Confira abaixo a lista das músicas tocadas pelo ex-smith no show de domingo passado, em Anaheim, na Califórnia. Repare que tem algumas dos Smiths. E ele acaba a apresentação cantando a clássica "There Is A Light That Never Goes Out" e o novo single, "Irish Blood, English Heart".

* The First Of The Gang To Die / Hairdresser On Fire / How Could Anybody Possibly Know How I Feel? / A Rush And A Push And The Land Is Ours / I Have Forgiven Jesus / Subway [into...] Everyday Is Like Sunday / I Know It's Gonna Happen Someday / Such A Little Thing Makes Such A Big Difference / Little Man, What Now? / I'm Not Sorry / The Headmaster Ritual / The World Is Full Of Crashing Bores / All The Lazy Dykes / No One Can Hold A Candle To You / Jack The Ripper / I Like You / There Is A Light That Never Goes Out // Irish Blood, English Heart

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A PIOR MÚSICA DO MUNDO - ELEIÇÃO

Abalado pelo especial Jota Quest que eu vi no Faustão ontem, e ainda embalado pela versão Nirvana do Caetano, recebi motivado a informação que a revista "Blender", que chegou às bancas americanas tipo ontem, listou as 50 piores músicas de todos os tempos. A vencedora é "We Built This City", da horrorosa banda de rock nhonho Starship, de 1985. Entre as dez piores, tem algumas coisas engraçadas.

3o. "Everybody Have Fun Tonight", de Wang Chung
4o. "Rollin'", de Limpbizkit
5o. "Ice Ice Baby", de Vanilla Ice
7o. "Don't Worry, Be Happy", de Bobby McFerrin
9o. "American Life", de Madonna
10. "Ebony and Ivory", de Paul McCartney & Stevie Wonder

* Aí me deu uma curiosidade louca de saber qual seria a pior música brasileira de todos os tempos. Vamos fazer uma eleição nos moldes da "Blender"? O legal é estabelecer um limite que a canção tem de ser dos anos 90 para cá. Não consigo pensar em nada pior que "O Papa É Pop", dos Engenheiros, e "Fácil", do Jota Quest.
Responda à enquete através de emails para lucio@uol.com.br e você concorrerá a uma camiseta e a um CD do filme "Kill Bill", a ópera pop feminista de Quentin Tarantino que estréia nesta semana.

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PIXIES ESTÁ NU




Antes do papo sobre o CD, queria apresentar estes dois aí de cima. São o senhor Black Francis e sua "amiga" Kim Deal, bastante rechonchudos, em foto clicada em Minneapolis .
Mas, então. Já dá para ter uma idéia real e paupável do Pixies que bota os pés no Brasil para fazer show histórico-exclusivo em Curitiba daqui a duas semanas.
Programas de download na internet não só trazem todas as 23 músicas que a banda de Boston tocou depois de 12 anos sem tocar, como também fotos da banda, o papel do setlist e imagem da platéia do show de Minneapolis (não só), o da volta, realizado no último dia 13 de abril no Fine Line Cafe.
O áudio da apresentação da banda de Frank Black e Kim Deal, que exibiram um visual dos mais pesados (deu para ver pelas fotos), saiu do CD "meio" oficial que a banda está vendendo logo após os concertos. São "bootlegs do bem" das apresentações do dia, gravados na hora e em edição limitada, para quem quiser levar para a casa, por US$ 25, o show que acabou de assistir.
A qualidade das MP3 é excelente, pois as músicas foram tiradas da mesa de som.
Deu para perceber na primeira edição: em que pese o tempo de exílio da banda do cenário da música pop, as canções dos Pixies são tão naturalmente boas que nem o desgaste da idade e a falta de continuidade do grupo conseguiu estragar. Até porque os Pixies sempre mostraram ao vivo uma qualidade um degrau abaixo do mostrado em disco, é fato. Para esclarecer, é mais ou menos assim: se os discos são nota 10, ao vivo a banda é "só" nota 9.




"Bone Machine", que abriu o show de Minneapolis e marcou o sonhado retorno da banda que influenciou Nirvana e Radiohead, é antecedida por uma ovação respeitável. É obrigação pop guardar esse registro.
Os ingressos para o show de Curitiba ainda não acabaram. Até o fechamento desta edição, da nova leva de 5.000 entradas colocadas à venda nesta semana, cerca de 3.500 foram adquiridas.

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VENCEDOR DO INGRESSO DO SKOL BEATS (DA SEMANA PASSADA)

* Gustavo da Silva Lebre
Esse é o cara. Faturou o terceiro par. Os dois novos que estou sorteando nesta semana serão anunciados HOJE, sexta. Os vencedores, inclusive o Gustavo, precisam pegar as entradas comigo amanhã.

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CHEGAAAA

Deu preguiça de escrever mais. Semana que vem eu falo do delicioso disco do Keane. O disco do Jet, que eu nem curto muito, já saiu no Brasil. É o tipo da banda que eu ouço uma música, estou até gostando, mas entra uma parte xarope. Na mesma canção. Acontece isso também com o Datsuns. A coletânea do Teenage, que abre com a maravilhosa "The Concept", já tá na roda. A Globo, leitores reclamam, está mutilando a série "24". Tsc, tsc. Depois a galera pára de assistir e os entendidos de TV dizem que a série "não deu certo". É obrigatório ver o Tarantino. O filme transpira cultura pop por todos os lados. Você nunca vai ver tanto sangue. O Tarantino disse que, com "Kill Bill", chegou a vez das mulheres. E que os homens merecem morrer. O "Guardian", poderoso jornal inglês, lança na edição de sábado uma coletânea de novo rock, que tem Franz Ferdinand, Kings of Leon e Libertines. Se algum chapa lá da Inglaterra quiser mandar umas cópias para a coluna, a gente bota para sorteio. Parece que está tudo certo para a Popload mandar notícias diretas de Coachella, o principal festival americano, que acontece dias 1 e 2 na Califórnia. E o Lollapalooza confirmou Morrissey, Sonic Youth e PJ Harvey, que já está pintando com disco novo por aí. Fica ligado. Se você não for no Skol Beats no sábado (Hã?!?), tem Supperbatidão no Supperclube (Barra Funda). Não sabe o que é? Vai ver para saber. Certs?
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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