Pensata

Lúcio Ribeiro

22/07/2004

Loucura

"Got me looking so crazy right now your love's (oh love)
Got me looking so crazy right now (lookin' crazy)
Got me looking so crazy right now (your touch)
Got me looking, so crazy, my baby"
Snow Patrol, em "Crazy in Love"


Ei, EI! Não empurra, não. Como diz o Mike Skinner, do Streets: "Don't touch me, don't touch me!"

* Loucura 1. O leitor Bruno Granato escreve de Myrtle Beach, na Carolina do Sul, dizendo que a nova Coca Cola, a C2, é boa, mas não tem o mesmo sabor da normal. A C2, você já leu aqui, foi lançada dentro dos novos padrões da revolução alimentícia que o mundo atravessa e tal. O papo diet já era. Corte de carboidrado é que traz as pessoas saradas, saudáveis, magrinhas e felizes, como é pregado. Se a onda low-carb ainda não te pegou, fica tranquilo: ela vai. Mas o preço disso tudo é uma Coca meia-boca, pelo que parece. Outra informação útil. Faça uso dela da melhor maneira possível. A C2 só tem em latinha e garrafa 600 ml. Ainda não vendem a de dois litros.

* Loucura 2. A série "24 Horas" acabou na última segunda-feira. Jack Bauer abriu o berreiro na cena final, só para você sentir o drama. Para quem fez o que fez nessa espetacular terceira parte, Bauer chorar como um menino é um fato emblemático. Não foi dos capítulos mais eletrizantes, mas ainda assim fiquei olhando os letreiros finais em silêncio e sem desgrudar os olhos da tela. O mais legal é tentar imaginar a quarta temporada atando os nós que ficaram soltos no último capítulo. O que é uma bobagem, já que mais da metade dos personagens não estarão no "24 Ano 4". Baita seriado legal, esse.

* Loucura, loucura. Sabe uma banda que eu venho dizendo que vem ao Brasil em novembro? Aquela lá. Pois prepare a grana, atenção aos noticiários, fique à postos em um computador veloz. A corrida aos ingressos vai ser sangrenta.




QUER MAIS?

Você sabe que o bicho está pegando nos bastidores pop. Quem acompanhou esta coluna nas últimas duas semanas já viu quem vem ou pelo menos quem tá no gatilho para vir ao Brasil num futuro próximo.
Até por questão de ordem, o que está programado é o seguinte: Tim Festival com Kraftwerk, o mexicano Kinky e os jazzistas Dave Holland e Brad Mehldau em novembro; Strokes também em novembro, possivelmente no Tim; no mesmo mês, Belle & Sebastian talvez com Libertines em tour da Trama; Chemical Brothers no Creamfields, novembro; LCD Soundsystem em setembro no Sonar.

Agora mais três boas notícias imediatas:

* MARC ALMOND - ainda na base do quase certo, o cantor do Soft Cell se apresentará em agosto no Chile, mas só como DJ.

* STEPHEN MALKMUS - O homem que uma vez liderou o Pavement confirmou presenta em um festival de Buenos Aires, em outubro, já com músicas de seu próximo disco. Quem vem até Buenos Aires...

* LIARS - Este é certeza e inusitado. A explosiva banda indie nova-iorquina Liars toca no improvável Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, no dia 11 de setembro. Às 19h. O Liars é atração do Sonar Sound, a versão brasileira do mega Sonar espanhol. A banda é liderada pelo gigante Angus Andrew, até onde eu sei o namorado da fofa Karen O', do Yeah Yeah Yeahs. Angus e banda baixam aqui com o álbum "They Were Wrong So We Drowned", lançado neste ano, intragável dance-punk da versão mais radical e menos dançável da cena de Nova York. Só de imaginar o Liar mandando "Mr. You're on Fire Mr." no Tomie Ohtake vai ser engraçado.




A MÚSICA DO ANO

É a "Hey Ya!" deste ano. Com a diferença de que não é.
Já bomba as rádios européias a música do verão deste ano. É do rapper moleque Dizzee Rascal, da turma inglesa que promove nas ruas a mistura de ritmos mais interessante dos últimos tempos.
A canção chama "Stand Up Tall" e é impressionante de tão grudenta. Um reggae a 200 km por hora com vocal rap. É ideal para servir de trilha sonora de corrida de carros de videogame.
A música começou a ser tocada na Radio 1 da BBC na semana passada e virou febre instantânea. Só que não aparecia na internet. No começo desta semana, chegou à rede em duas versões tiradas uma de um programa francês, outra de um britânico. O MP3 que apareceu gravado da rádio inglesa era uma piada. O locutor não parava de babar no Dizzee Rascal no meio da música. E em pouco mais de 3 minutos de canção botaram umas três vinhetas de "exclusivo", para celebrar a execução do hit.
A ensolarada "Stand Up Tall" é o primeiro single do novo álbum de Rascal, "Showtime", que será lançado ainda em setembro. Se o pique da música der o tom do CD, esse "Showtime" vai ser menos sombrio que o importante primeiro disco do rapper, "Boy in da Corner", que acaba de ser editado no Brasil pela Sum Records.
O pique de "Stand Up Tall" é tão impressionante e de contágio imediato que lembro direitinho quando ela foi tocada em Nova York há três semanas, em show que este colunista esteve presente. Sobre a letra, fico devendo, porque não dá para entender nada do que Rascal fala.
O clipe de "Stand Up Tall" promete. Foi gravado nesta semana em um strip club em Atlanta, EUA. Mostra Rascal e um monte de garotas dando um rolê pelas ruas de Londres dentro de um táxi, até acabar no tal clube, onde Rascal canta. Logo, logo o vídeo vai estar na mão.




IAN AÍ

O "brasileiro" Ian McCulloch, sua voz vacilante e seu importantíssimo legado já se encontram no Brasil para dar início a um projeto no mínimo diferente, para não falar esquisito.
O cantor do lendário Echo & The Bunnymen, sujeito simpático que acontece de ser inglês, teve a idéia e põe em ação a partir hoje (quinta) uma série de cinco shows pelo Brasil. Ian mostrará, de forma acústica, alguns clássicos do Echo pouco tocados ou esquecidos (a parte boa da história). Contará na banda com músicos brasileiros, além de dois ingleses que vieram com ele e dão uma mão no Echo. Fará homenagens a ídolos seus, tipo Beatles, Velvet Underground e David Bowie. E, mais que isso tudo, receberá convidados do rock nacional para cantar com eles "Lips Like Sugar", um de seus maiores sucessos.
Quem sobe ao palco com Ian hoje em SP é o veterano cantor Leo Jaime. Ultimamente Leo vem fazendo mais sucesso no Orkut do que em sua carreira musical, mas não deixa de ser uma atração inusitada, já que o projeto é inusitado. Podia ser o Frejat, que é o convidado do Ian McCulloch no Rio, no último show, dia 30. Depois de SP a tour passa por Brasília (sexta, com Phelipe Seabra, da Plebe Rude), Porto Alegre (domingo, com Wander Wildner) e BH no dia 27, com o Samuel Skank.
"Não tenho idéia de quem são essas pessoas. A Mônica (Margatto, produtora da turnê) me enviou os nomes por email, para eu saber. Mas vou conhecê-los aí no Brasil", disse Ian a este colunista, durante um papo telefônico na semana passada, direto de Liverpool.
"O critério para a escolha foi o de que os convidados fossem fãs do Echo nos anos 80. Tudo certo quanto a isso. Quando chegar ao Brasil, vou procurá-los para ensaiar rápido, beber umas caipirinhas, para virarmos amigos logo de uma vez", falou o Bunnymen.
A idéia de um brasileiro cantar um sucesso do Echo junto a Ian partiu do roqueiro bravo Chorão, do Charlie Brown Jr. Chorão ia ser o convidado para o show de SP, estava escalado e tudo mais. Mas, como o projeto do Ian mudou de data, houve choque de agendas e Chorão precisou ser substituído.

* Ia colocar aqui mais sobre a entrevista com Ian, mas 70% dela girou em torno de futebol. Então resolvi poupá-los. Ian é fã do Liverpool, está empolgado com o técnico novo, amaldiçoou a seleção inglesa e lembrou a vez que teve aqui no Brasil, em 2001, e viu um Corinthians x Palmeiras.

* Esta é a quinta vez que o cantor vem ao Brasil, a primeira para fazer um show de sua carreira solo. A primeira foi em 1987, para uma série de apresentações antológicas com o Echo & The Bunnymen. A segunda foi em 1999, também com os Bunnymen, para um show em SP bem mais ou menos. A terceira Ian veio sozinho, mas não tocou. Foi a alguns programas, tocou no DJ Club, foi ao Morumbi comer um sanduíche de pernil na porta do estádio e foi embora. Voltou no ano passado, com sua nobre banda, para outro show nada nobre.

* O set list da turnê do Ian McCulloch inclui as seguintes músicas:

- Pictures On My Wall
- Read It In Books
- The Disease
- Sweet Jane
- Pale Blue Eyes
- Heroes
- Candleland
- Walk On The Wild Side
- The Killing Moon
- Waiting For The Man




A COVER DO ANO

Ótima banda, mas que até dia destes frequentava o segundo escalão do rock escocês, o Snow Patrol está virando mega.
Neste ano o grupo de Glasgow acertou o coração do combalido britpop com um elogiadíssimo álbum, o lindo "Final Straw", lançado em fevereiro e que tem pelo menos quatro hits da cena independente do Reino Unido.
O resultado da aceitação de "Final Straw", que ainda não foi lançado no Brasil pela Universal, pode ser medido nas últimas semanas, com a apresentação ao vivo nos megafestivais Glastonbury e T in the Park.
Pelo que dá para ouvir via internet ou comunidade de MP3s, o público que assistia ao show do Snow Patrol parecia estar diante do Oasis, tamanha gritaria.
Não só a platéia cantava refrões inteiros sozinha, em uníssono de arrepiar (como em "Sun"), como reproduzia com a boca as levadas de guitarra de músicas tipo a ensolarada "Spitting Games". De modo tão forte que lembrou o público do White Stripes na hora de vocalizar a linha inicial de baixo do hit "Seven Nation Army".
Mas, como se não bastasse o atual oba-oba, o Snow Patrol cometeu uma das mais bacanas cover dos últimos tempos.
O grupo recriou para o rock o megasucesso "Crazy in Love", da diva negra americana Beyoncé.
A roupagem hip hop soul da música original ficou tão sensacional que o Snow Patrol resolveu relançar o single de "Spitting Games" só para incluir a "Crazy in Love" roqueira.
Tirando a ótima transposição instrumental, a cover mantém a letra original e ainda preserva ainda a parte rap da música.
O vocalista Gary Lightbody botou sua voz de britânico romântico mesmo para cantar a parte que Beyoncé se mostra nervosa com um ser masculino: "Who he think he is?". E discute a possibilidade de nem comprar um novo vestido para impressionar o cara.
Ficou tão boa quanto a época que Mike Patton (Faith No More) se esgoelava ao vivo para cantar "Give me a reason to be a woman" de música do sorumbático grupo inglês Portishead.
O engraçado rap de "Crazy in Love" foi gravado com a participação de Zane Lowe, badalado DJ da Radio 1, da BBC.
"Crazy in Love", com o Snow Patrol, ao vivo ou na versão campeã ao vivo no T in the Park, está esperando por você na internet.




OS PODEROSOS E AS BOIADAS

A sempre movimentada revista inglesa "Q" soltou em sua edição de agosto a lista das 100 personalidades mais poderosa da música. Listona completa, comentada, fuçando quando possível o quanto de grana movimenta, as propriedades que têm etc.
A lista em si não interessa muito, mas de toda forma quem é o número um é o rapper Eminem. O segundo é o Steve Jobs, da Apple, o criador do fabuloso i-Pod. E blablablá. O rol dos que têm o poder junta músico, produtor, DJ, executivo de gravadora, organizador de festival. Dois caras que eu achei significativo estar no meio dos que podem tudo é o desencanado Josh Homme, do QOTSA, o rapper moleque Mike Skinner (100º), do Streets, que faz música em casa ou bebendo cerveja em pub com amigos.
O textinho que justifica a entrada de Skinner na lista é de responsa: "Skinner é a voz do The Streets e agora voz de uma geração". E argumenta que "ninguém compreendeu a Inglaterra em 2004 tão na mosca como Skinner".
Mas enfim...
A listona dos 100 mais-mais da "Q" veio turbinada com várias matérias-suporte bacanas. Uma delas, um termômetro VIP, mediu quantas portas eram abertas para um astro da lista na simples citação de seu nome.
A revista elegeu Eminem, Jack White (18º) e o próprio Mike Skinner como exemplos. E em nome deles um repórter passou a ligar para restaurantes e lojas badalados e disputados, para ver o que conseguia de boiada para os astros.
* Jantar no restaurante Nobu, em Londres, que fica em um hotel luxuoso, onde uma reserva de mesa só é conseguida com um mês de antecedência. No mínimo. O papo foi mais ou menos assim:
- Alô. Estou ligando da parte de meu cliente, Marshall Mathers, conhecido como Eminem. Gostaria de uma reserva de mesa para hoje às 20h.
- Certo. Infelizmente só conseguiríamos arrumar uma mesa para o sr. Mathers às 18h30 ou uma às 22h15. Mas posso colocá-lo numa lista de espera em caso de alguém desistir de uma mesa em horário melhor.
(Meia hora depois...)
- Alô. Houve um cancelamento. Uma mesa às 20h está disponível.
- Ótimo. Tem uma outra coisa. Os guarda-costas do sr. Mathers irão ao restaurante com ele.
- Sem problemas. Nós podemos arrumar uma outra mesa perto da dele para acomodá-los, se o sr. Mathers assim quiser.
- Mais uma coisa. Às vezes os guarda-costas dele andam armados.
- Armados?
- Sim. São pistolas de baixo calibre. Eles são americanos, perceba. Eles correm um certo risco aqui na Europa.
- (O cara do Nobu soando nervoso) Mas isso não é ilegal?
- Hum. Eu temo que sim. O negócio é que o sr. Mathers andou em encrenca com um outro rapper. Ele tem que ficar esperto.
- Você pode aguardar um minuto na linha...
(O cara do Nobu passa o telefone para uma mulher com voz de preocupada)
- Nós mesmos iremos providenciar a segurança para seu cliente, com os seguranças do próprio hotel.
- Certo. Mas isso vale também para os guarda-costas que virão com ele? E sobre as armas?
- (Pausa) Isso é uma brincadeira?

* Um outro repórter da "Q" ligou para o mesmo restaurante, agora em nome de Jack White, o guitarrista do poderoso White Stripes.
- Desculpe. Nós só temos vaga para as 18h30 ou para as 22h15. Lista de espera? Não! Eu lamento, mas todo mundo já confirmou a vinda.

* Outra ligação para o Nobu, desta vez para descolar boiadas para o Mike Skinner.
- Lamento, mas não há vagas de mesa até o próximo mês.
- Você não sabe quem ele é?
- Como é mesmo o nome dele?
- Mike Skinner, mais conhecido como The Streets. Ele tem um sucesso atual, chamado "Fit But You Know It".
(O cara do Nobu ligou mais tarde dizendo "Amanhã às 18h30 é o melhor que podemos fazer")




PREMIAÇÃO DA SEMANA

Os dois ingressos para o show de Ian McCulloch em SP renderam uma batelada respeitável de e-mails. Mesmo cantando acústico, com voz sofrível e acompanhado do Leo Jaime, o cara dos Bunnymen é o cara dos Bunnymen.
Quem faturou foram Daniela Varanda e Vitor Jaqueto, naturalmente ambos de São Paulo.

Mais prêmios: vai à sorteio uma cópia caseira de "Final Straw", o discão do Snow Patrol, uma das bandas britânicas da hora, com a cover de "Crazy in Love" e algumas faixas ao vivo incluídas. Esse prêmio é tão bom que até eu mesmo vou me mandar um e-mail e concorrer. Para ficar com um disco a mais do Snow Patrol. Outro CD que segue para o sorteio, desta vez em cópia original, é o bom "Happiness in Magazines", do ex-Blur Graham Coxon. E-mails para . Vem aí.




DUELO DE TITÃS

Não sou (muito) de usar esta coluna em proveito próprio, mas chamo a sua atenção para o embate "sério" que acontece neste sábado, no clube Outs (rua Augusta), durante mais uma das badaladas festanças do programa Garagem (segundas, Brasil 2000FM). De um lado das picapes, este modesto colunista. Do outro, o único Thiago Ney, antenado redator da Ilustrada (Folha de S.Paulo) e reconhecido por suas altas habilidades no toca-CDs. Festa imperdível. Para ajudar, mulher não paga entrada durante a noite inteira.

Reprodução






PARA ACABAR

Estamos conversados? A pauta desta semana era bem mais intensa que essa acima, mas foi o que deu para operar no aperto que foram os últimos dias. // Estive no último final de semana em Porto Alegre, pela primeira vez. Foi para um seminário sobre música eletrônica, que a meu ver rolou bem legal. Ô cidade simpática. Por problemas externos, furei em tocar numa festa de rock da cidade, mas compareci para duas baladas de eletrônica muito boas. Amigo de lá diz que a eletrônica foi "às massas" em Porto Alegre só agora. Então a vibração dos clubbers ainda está bem acesa. Espero voltar em breve! // O sempre elogiado grupo curitibano Relespública dá as caras na Funhouse neste sábado. Toca junto com a Banzé.// Amigos apontam temerosos que a Brasil 2000 FM, o oásis de qualidade do rádio paulistano, está tocando demais Deep Purple e Dire Straits em horários normais. Vou apurar com o chapa Kid Vinil o que está acontecendo. Pode ter sido só má-sorte dos tais amigos. Pode acontecer.// O amigo Marco Lockmann grita de Londres que a Karen O', do YYYs, não está mais namorando o vocalista do intrépido Liars, que vem aí para quebrar tudo show em galeria de arte. O' está pegando agora o cineasta cool Spike Jonze, ex da Sofia Coppola, atual do Tarantino. Tudo explicado?// Para acabar mesmo, o resultado da promo desta semana:

* O megaquerido disco "Songs to Save Your Life", compilado pelo Morrissey especialmente para o semanário "NME". Foi de longe o prêmio mais pedido do ano.
- Felipe Assis, São Paulo, SP

* O CD novo e homônimo do veterano The Cure
- Catarina Shulzs, Blumenau, SC

* O CD "Franz Ferdinand Live in Glastonbury", em produção "nossa"
- Tadeu T. Coutinho, Goiânia, GO




TCHAU

Valeu, então!!!
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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