Pensata

Lúcio Ribeiro

12/11/2004

Faça você mesmo

"God show me the way
because the Devil's trying
to break me down"
Kayne West, em "Jesus Walk"

"I ran from the time,
Won't let you hide,
Won't let you hide
I break bones stealing mobile phones"
Kasabian, em "Processed Beats"

"Cuz her last relationship fucked her up.
Got hurt majorly, finds it tough to trust"
Streets, em "Could Well Be in"


Vai.
O Tim Festival foi bom, mas acabou. O negócio agora é olhar para frente. E olhando para frente você enxerga duas coisas: 1977 e a Peligro.

* Olhando para a frente você vê ainda o Curitiba Pop Festival, o New Order e o Jesus & Mary Chain. Não será de todo ruim se o Atlético Paranaense for o campeão brasileiro.

* Claro, alguns fatos do festival do celular que abalou o Brasil e abalou minha relação com meu finado celular precisam ser resgatados. E serão.

* Eu devia estar com problemas no final de semana do festival, porque adorei tudo o que eu vi. Alguns mais, outros um pouco menos. Dos Pet Shop Boys ao Mars Volta, que eu achei os extremos do Tim e me divertia indo de um palco a outro na hora em que tocavam. Claro, não estou botando os Picassos Falsos nessa lista.


Smiley Central
Público do Libertines (ou do Cansei de Ser Sexy) no Tim Festival


* Vem.




DESCULPA AÍ

Uma onda de conservadorismo ganha força tremenda depois que os EUA proclamaram nas urnas a era W2 . E a cultura não vai sair ilesa desta. E ninguém no mundo todo em qualquer das áreas.
O amigo Sérgio Dávila grita de Nova York, via Folha de S.Paulo, que o filme mais visto nos EUA no primeiro final de semana pós-eleição foi a ficção científica "Os Incríveis", em que super-heróis são proibidos de usar seus poderes e confinados pelos outros a viver uma vida medíocre. Alegoria pesada. A coisa já começou.

* Por outro lado, a reação ao neoconservadorismo tende a ficar genial e imaginativa. E o primeiro contra-ataque aos resultados das eleições apareceu na internet. O site Sorry Everybody monta uma galeria imensa de fotos com jovens pedindo desculpas ao mundo pela reeleição do Bush. Todos aparecem segurando cartazes, fazendo caretas, colagens, pedindo perdão ao planeta, às crianças do Iraque, botando os bichos para se desculparem. O mais legal é que dá para perceber que eles realmente estão sendo sinceros..O Sorry Everybody fica no http: 72.3.131.10. E vale a olhada.


Sorry Everybody
O cão não deve ter votado, mas pede desculpa ao mundo pelo Bush





1977 EM 2004

Isso vai sair aqui meio por cima, porque é assunto para irmos tratando aos poucos, com mais cuidado.

A cena inglesa da era que associa música pop ao iPod segue seu rumo numa velocidade tão impressionante que uma banda como o Libertines parece tão velha, já, quanto o Led Zeppelin era para a molecada que começava a ouvir o Nirvana em 1990. Os Strokes, então, parecem dinossauros. Weezer? Não é deste século, então nunca existiu.

A internet, as rádios e as revistas inglesas não dão conta da quantidade de bandas de garagem, rua e quarto que estão surgindo aos montes desde que o Libertines achou que era o Clash, o Others o Sex Pistols, o Razorlight o Buzzcocks etc.

São bandas inconstantes, onde a tosqueira sonora impera, junto com uma energia contagiante e a esperta capacidade de movimentação. É o novo "do it yourself". O reavivado "1-2-3-4". Facilitado e catalisado pela era virtual. Só não usam coturno nem cabelo espetado.

O Reading Festival deste ano, acompanhado por este colunista, já foi uma amostra que estamos em 1977 parte dois. Só falta bandas como Bloc Party, Razorlight, Kaiser Chiefs, Ordinary Boys, Paddingtons, Eastern Lane, Futureheads, The Others, Do Me Bad Things e o Babyshambles, do Pete Libertine, saírem por aí gritando "destrooooy".

Cada um com o "faça-você-mesmo" de seu tempo. Então a comunicação é direta e pela rede. Shows são onde der para ser. Da porta de estádio de futebol para aproveitar o público que saía do jogo, como o Kasabian fez, ou dentro do metrô que percorria a linha circular de Londres, como o Others viajou tocando, enquanto a polícia não os tirava.

É difícil acreditar que esses moleques que hoje gravitam pelos 20 anos passem algum de seu tempo em casa ouvindo Clash, Undertones, Jam, Magazine, X-Ray Spex. Mas o ciclo do punk dos anos 70 de alguma forma atingiu a geração deles e os fazem regurgitar uma sonoridade incrivelmente parecida com a de 30 anos atrás.

Zane Lowe, um dos DJs bambas da nova música inglesa, realiza nos próximos dias sua etapa do festival In New Music We Trust, promovido pela BBC. Das quatro atrações que vão percorrer a Inglaterra na turnê de Zane, estão Razorlight e Kasabian, que está mais para Manchester-90 do que para Londres-77. Mas segue a cartilha das bandas novas.

* Para acreditar na nova música, baixe já as ótimas:

- Kaiser Chiefs: "I Predict a Riot"
- Bloc Party: "Banquet".
- Babyshambes: "Killamanjiro"
- Razorlight: "Rip It Up"




PELIGRO

Se você acha que a novíssima música inglesa ainda está em um gueto intransponível, conheça a Peligro Discos.

A loja virtual de CDs não só já tem um EP do Bloc Party para vender como também faz revolução ao botar discos importados a preços honestíssimos.

Representante de bons selos de música independente da Europa e dos EUA, a Peligro (www.peligro.com.br) vende preciosos Eps por R$ 15 e CDs cheios por R$ 35, no máximo.

Idéia dos agitadores Eduardo e Bruno Ramos, mais o músico Guilherme Barrella, a Peligro contém em sua homepage uma descrição detalhada de seu catálogo (tem os legais TV on the Radio, Sons & Daughters, !!!), com resenha e trecho de música para ouvir. O forte da loja virtual é o pós-rock e tem ainda CDs da música indie brasileira.

Do inglês Bloc Party, sai a R$ 15 o EP "s/t", que contém duas versões de "Banquet", música citada no item acima.




TUDO E NADA SURF

Muita gente (nova, principalmente) deve saber bem quais são as cores dos discos do Weezer ou com quantas músicas os Strokes sacudiram o rock, mas devem passar na hora de mostrar conhecimentos pop sobre a banda Nada Surf, que se apresenta amanhã no bar Urbano, dentro do Resfest.

O Nada Surf, cujo maior feito dos últimos tempos foi cravar uma musiquinha (cover, ainda por cima) na segunda trilha sonora do descolado seriado "O.C.", era para ser tão popular quanto o Weezer ou tão referência nova-iorquina quanto os Strokes, não tivesse sofrido um acidente temporal e geográfico.

Em meados dos 90, enquanto o rock ianque superava a ressaca grunge e tirava o luto de Cobain, o Nada Surf surgia à cena como a parte nova-iorquina de uma certa renascença indie americana, que passava a dar atenção maior a grupos como Weezer, Pavement e Flaming Lips.

"Eu não sei como aconteceu. Éramos uma banda bem subterrânea e de repente estávamos em primeiro lugar nas college radios, nas capas de revistas e até na televisão", disse a este colunista, em entrevista de Nova York, o guitarrista e vocalista do Nada Surf, Matthews Caws.

Caws sabe, sim, o que aconteceu . Foi quando eles lançaram o álbum "High/Low", que continha a faixa três, "Popular", a canção que transformou a bandinha obscura em... popular (ai!).

O disco inteiro era bom, mas "Popular" fez do Nada Surf um grupo-de-um-hit-só, diferentemente e igualmente como aconteceu com os Strokes e "Last Nite", alguns anos depois, no mesmo lugar, do mesmo jeito, mas não na mesma hora.

"Popular" chapou a geração geek americana pré-Napster. A música era um manual de sobrevivência teen dentro do infernal, terrível, impiedoso, cruel universo do mundo escolar. Procure namorar o brotinho do colégio. Na universidade, faça uma brodagem com os caras do futebol. Pareça interessado diante dos professores. E não chegue às rodinhas com os cabelos oleosos, por falta de água. Pega bem mal.

A música era manjadaça. Agridoce, lentinha e de refrão barulhento, seguia a fórmula Weezer. "Eu sou o líder da classe. Sou o quarterback. Sou a estrela das festas.Tenho o meu próprio carro. Sou o queridinho dos professores. Eu sou popular."

Mas o guia do cara popular, irônico, falou direto aos corações sofridos da geração de óculos e caseira que estava moldando a internet. Segundo Caws, a música nem é tão pedida assim mais, hoje em dia, quando o Nada Surf se apresenta ao vivo.

"Ela foi um fenômeno geográfico. Virou um hino que abriu portas para nós, mas foi muito mais importante fora do que dentro do rock americano. Bem, claro, ainda temos que tocá-la", afirmou o guitarrista.

O Nada Surf, por algum fenômeno que não consumiu bandas como Weezer e Strokes, definhou depois de "Popular". Voltou para o underground do underground, ainda que, de acordo com Caws, tem suas músicas executadas mais nas college radios hoje do que na época da fama rápida.

O Nada Surf a ser visto, este da época impopular, é a grande faceta paralela do rock americano da era pós-Nirvana. Num mundo espelhado e torto, se você é ligado tanto em história da música tanto na música em si, conferir um show do Nada Surf agora é tão importante quanto presenciar um show dos Strokes. Pelo menos no aspecto bizarro.

* HANG THE DJ - Este colunista bota o som de espera para o show do Nada Surf, a partir das 22h30. Não diga que não foi avisado.




OS SETE DIAS QUE ABALARAM...

...O Brasil. Sim, porque o Tim Festival começou na verdade na quinta, quando os 2ManyDJs tocaram lá no Bar dos Sepultura. E só foi acabar na quarta, no estúdio da gravadora Trama, onde o Libertines se apresentou para a MTV.

* VELHARIA - Amigos disseram que o 2ManyDJs estava mais ou menos, porque eles tocaram coisas velhas e manjadas, como Nirvana e Technotronic. Mas ninguém comentou que eles tocaram os moderníssimos Mylo, Bumblebeez e Selfish Cunt, este último parte do movimento 1977 a que me referi lá em cima.

* PAREDE - O show do Primal Scream, que foi ótimo, poderia ter sido bem melhor, acredite. A parede sonora largou um som embolado em boa parte da apresentação. Imagine aquilo com um barulho "limpo". Nas performances da banda no exterior, as caixas acústicas pegam todo o palco, de lado a lado. E a parafernália tem o tamanho dos caras da banda. Eles, na verdade, nos pouparam. Som ruim também estragou o lindo show da linda PJ Harvey. As primeiras músicas, principalmente a parte em que ela cantou as canções mais ou menos de seu último álbum, estavam inaudíveis. Depois tudo melhorou.

* CANSEI DE NÃO SER - Toquei segunda-feira passada no Rio de Janeiro, na famosa festa Maldita, que ocupa a Casa da Matriz, em Botafogo. Foi no pós-show da bizarra noite em que o Primal Scream e o Libertines passaram pelo Cais do Porto carioca. Antes, fui abordado por uma galera que me pedia satisfações por ter falado bem sempre o grupo paulistano Cansei de Ser Sexy. "O que foi aquele show no Tim, na sexta?", estavam inconformados. Eu disse que até gostei da apresentação, toda zoada, acidentada, a cara da banda. O papo morreu e mais tarde eu estava tocando na pista de cima da Maldita. O local bombando e eu coloco uma música do CSS, inclusive uma que eles mandaram ver no show do Tim. O povo que estava na pista começou a urrar, de satisfação. A canção "A-la-la" é realmente uma das melhores músicas para tocar em pista que eu já ouvi uma banda nacional fazer. Aí, quando olho num cantinho da pista, está a galera que tinha bronca do CSS, se descabelando de dançar. A maior parte dos urros estava vindo deles.


Luiz Mir
Autógrafos Non-Stop


* KRAFTWERK VS. DERCY GONÇALVES - É famosa e bem antiga a reclusão em que vive os alemães do Kraftwerk. Avessos a fotos, a entrevistas, a dar notícias sobre a banda etc. Isso inclusive faz parte do charme dos homens-robôs que inventaram a techno music. Lembro uma vez, há algums anos, quando li sobre a banda uma curiosa matéria de página inteira do jornal inglês "The Independent" (se não me engano). O prestigioso diário havia enviado à Alemanha um repórter investigativo só porque havia um boato de que o Kraftwerk estava gravando um novo álbum. O cara ficava do lado de fora de onde seria o estúdio de um dos integrantes do grupo, passeava pela rua de madrugada, ia beber cerveja onde os caras do Kraftwerk costumavam ir. Voltou para Londres sem saber o que estava acontecendo, mas escreveu mesmo assim a página inteira. Daí fica engraçado imaginar o Kraftwerk em uma festa pós-show em Brasília, no auditório Dercy Gonçalves, passeando, vendo a paisagem, conversando com todo mundo, dando autógrafos. Conhecendo todo o entorno, o "Independent" faria um caderno especial sobre o inalcançável Kraftwerk.

* RIO, ZERO GRAU - Aí armaram uma miniversão do Tim Festival no Rio. Libertines e Primal Scream tocariam no Armazém 5, no Cais do Porto, e lá foi este colunista ver a parada. O lugar era feio demais e o som, costumeiramente bem ruim, amigos cariocas me avisaram. Não dei bola: duas bandas dessas tocando perto de mim não dava para perder. "Pelo menos o calor da galera, a agitação, iam transformar os shows na balada certa", imaginei. Cheguei uma hora e meia antes de o primeiro show começar e, na região inóspita estávamos eu e uma fila de oito pessoas. Era cedo demais, talvez. Meia hora depois, tinha o mesmo número de pessoas: eu e mais oito. Entrei e li uma revista, para o tempo passar. Depois, quando faltava meia hora para começar, a situação não era lá diferente. O público tinha, no máximo, dobrado.
Eu sei que evento de rock no Rio é uma dureza. Até seria normal se a atração fosse o grupo baby Libertines. Mas aquilo não era normal para uma banda com a história e os 20 anos de estrada do Primal Scream.
Quando estava conformado de que os shows iam ser cancelados, uns meninos do Rio puxaram conversa. Perguntei onde estava a galera. Disseram que lá costuma-se chegar em cima da hora. E eu imaginando: "Mas os shows começam daqui a 15 minutos...".
O que eu mais ouvi nas conversas era que o evento não havia sido divulgado (saiu sexta e na própria segunda em "O Globo"). Ou: "Também, vão fazer um show desses justo numa segunda-feira...".
O Primal Scream foi o primeiro a tocar. No palco, caras que já tocaram no My Bloody Valentine, Jesus & Mary Chain e Stone Roses se apresentando para um público que caberia fácil no Hangar 110, em SP.
O show, pesadíssimo igual sempre, mas gelado demais. O agitado Mani só esboçava movimentos nos seus dedos de baixista. O som, pelo menos, estava um pouco melhor que o da apresentação de São Paulo.
Mas aí o clima foi esquentando, esquentando, e o show pegou fogo. No final, acho que na cover de MC5 ("Kick Out the Jams"), um Bob Gillespie fora do controle quebrou o pedestal do microfone e jogou as duas partes na platéia. Uma menina teve que levar pontos no rosto, parece.
Demorou uma eternidade para o Libertines entrar em cena. E o público estava menor ainda. O show começou com o mesmo ânimo do Primal Scream. Ou seja, nenhum.
Aí, se em São Paulo o Libertines foi o Clash, no Rio eles atuaram de Sex Pistols. O concerto deles foi punk absurdo, barulhento, debochado. Imagine até as músicas mais calminhas sob um ruído infernal e em alta velocidade, num lugar enorme e vazio. Histórico.
Se em São Paulo o "show" foi do baterista, no Rio as guitarras sufocaram as batidas de Gary Powell.
A apresentação acabou com o baterista jogando toda a bateria para baixo de sua plataforma, espalhando pratos, bumbos pelo palco. Aí saíram. Mas o pequeno público, não. Tempos depois, Gary volta e fala ao microfone: "Se vocês quiserem, a gente toca mais músicas".
Voltaram, todos sem camisa, e eu com a impressão de que o guitarrista-substituto de Pete Doherty estava descalço.
As duas guitarras duelavam bem alto, entretendo o público, enquanto o baterista e os roadies remontavam a bateria.
O show recomeçou e tocaram quatro músicas, de um modo ainda mais alto. A fofa "Likely Lads" estava irreconhecível. Parecia Motorhead. E foram embora. Que noite esquisita.

* Dias depois, pego o último número da revista cool americana "Nylon". Tem um texto de April Long cujo título e a chamada eram as seguintes:
"Rock and a Hard Place
Excessive, disreputable, ramshackle and unexpectedly poignant, the Libertines might be the most intrinsically punk british band since the Sex Pistols."
Será que April Long este ali no Rio, do meu lado?




OUTRO LADO

O leitor Régis Maximillian tem um recado para o Tim Festival. Eu tirei a parte em que ele fala dos roubos, da segurança e do empurrão que levou no bar, na hora de "evacuar" a tenda após o show do Kraftwerk. Está sendo publicada porque é uma experiência que eu, credenciado bonitinho, não costumo viver. Mas boa parte do público, sim.

"...Lembrando do Tim do ano passado, o dia do White Stripes tinha várias bandas e começou às 18:30. Nenhuma das atrações veio para SP. Neste ano, no Rio, os shows principais pisaram lá. Desrespeito. Se o White Stripes tivesse tocado aqui eu não teria ido para o Rio gastar transporte e hospedagem. E quem pagou 10 pilas para entrar no village neste ano não tinha nada em troca. No Rio, havia um palco com várias atrações. O festival foi demais 'o que deu pra fazer'... Nem vou falar da falta de vans para o evento de pontos da cidade, ou não ter pulseiras para evitar aquela burocratização de conferir toda hora o ingresso. As vans evitariam os estacionamentos extorsivos e as dezenas de carros arrombados."




PREMIAÇÃO DA SEMANA

O que temos (eu e a coluna) para oferecer nestes dias é o seguinte:

* Uma camiseta da bandaça Franz Ferdinand, modelo masculino
* Um DVD do Depeche Mode, o recém-lançado "Devotional", filmado na badalada turnê de 1993, cheio de hits e concebido pelo famoso fotógrafo de rock Anton Corbijn.
* Para quem não aguenta esperar: um CD amigo do U2, o novo "How to Dismantle na Atomic Bomb", que chega às lojas no final do mês.

Mande seu emailzinho pedindo. O esquema é aquele lá: lucio@uol.com.br

* LISTA DOS VENCEDORES: Fica para a semana que vem. Foi mal. A casa não está nada em ordem.




POPICES

O próximo megaevento no Brasil, o Cream, versão do Creamfields inglês que será montada em Curitiba, já tem seus ingressos à venda, em preço promocional. Para ver Groove Armada, Paul Oakenfold e outros no próximo dia 20, você desembolsa R$ 60 (normal) e a metade disso se for estudante. Esses preços vão até o dia 15. A venda, em SP, é feita no shopping Iguatemi. O Cream rola na Pedreira dos Pixies.





Os meninos do Libertines passaram a noite de quinta na Funhouse. O vocalista Carl Barat saiu carregado.

Involuntariamente acabei numa turnê neste final de semana prolongado. Nesta sexta toco na noite I Love Satã, no Madame Satã, no centro.

Amanhã, no Urbano, para aquecer a galera para o Nada Surf. Direto para o Outs, toco britpop na badalada festa anos 90 do Garagem. Segunda, no D-Edge, é a vez de trocar discos e mexer em graves e agudos na noite do João Gordo sem o João Gordo.

Música da semana: "Confusion", The Zutons. Ótima. Adios!
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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