Pensata

Lúcio Ribeiro

19/11/2004

Com as luzes acesas

"There it goes again
Take me to the edge again
All I got is a dirty trick
I'm chasin down all walls to save ya"

Kasabian, em "Club Foot"

"I don't feel bad about letting you go
I just feel sad about letting you know"

Billy Bragg, em "New England"

"My girl, my girl
Don't lie to me
Tell me where did you sleep last night""

Nirvana, em "Where Did You Sleep Last Night"

Como diz o Latino, chega aí.
Quem tá aqui tá em casa.
Vai rolar muito arê rê.

* Eu sei que você detona na comunicação: seu blog/fotolog é/foi um sucesso, vive no MSN, é craque no orkut, sua caixa de e-mails vive abarrotada. Mas você está preparado (a) para o skype e o SMS.ac? Pois esteja.

* Da série "não diga que eu não avisei", vem aí o Churros Man. O release do cara, instalado no Trama Virtual (com.br), diz que Churros Man e seu namorado continuam aprontando nas boates com muito chantilly. Ele fala de um jeito bobo que não tem nada a ver. As músicas não têm nada ver. Remixar o grande LCD Soundsystem (Nova York) não tem nada a ver. Ou seja: tudo a ver. Só perde para "Festa no Apê", do Latino.

* O Natal está chegando e discos bons a dar com pau, velhos e novos, começam a chegar às lojas. Muitos deles você já ouviu falar aqui. Ou vai ouvir falar agora. Ou não.

* E o Groove "Armado", hein? E o Kasabian, hein?
Toda a pendenga séria do Groove Armada e entrevista exclusiva com o Kasabian vêm logo aí.

* Hein?!?




U12

É impressão minha ou "How to Dismantle an Atomic Bomb", o novo disco do U2, é muito bom? É tudo igual ao que a banda já fez e ao mesmo tempo é diferente. A voz do Bono está indo embora com dignidade. "All because of you I am", ele canta, numa das faixas mais bonitas do disco, com honestidade impressionante. Eu não sei se o Bono estava zoando, mas em uma entrevista na Radio One inglesa ele disse que errou a contagem que introduz o primeiro hit do novo CD, "Vertigo". Numa fase de exibir seu espanhol "fluente", confirmou que foi equívoco o "un, dos, tres... catorce". Acho que não.

* Sabe como se desmantela uma bomba atômica? Não construindo ela.




OASIS JÁ ERA

Falando mais em banda velha (uns 10 anos de idade hoje é velha?), mas digna, a relação do Oasis com seu público fiel, e inclua aí este colunista, é comovente. É a primeira banda a iniciar oficialmente o ano pop de 2005. Anunciaram três shows de estádio para junho e julho do ano que vem, portanto daqui a sete, oito meses. Botaram a venda cerca de 200 mil (duzentos mil!) ingressos na manhã do último dia 6. As entradas se esgotaram antes do meio-dia. Colocaram uma data extra em Manchester, no novo estádio do time dos Gallagher, o Manchester City. Os ingressos acabaram. Anunciaram então uma terceira data em Manchester. Para essa eu não sei como está a venda a esta altura, mas já deve estar "sold out". Acho que a população inteira de Manchester já se programou e se garantiu para ver a banda daqui a oito meses, sem mesmo saber se estarão vivos até lá. Nem o povo nem o Oasis.




BILLY BRAGG

Se você gosta de bandas velhas, bandas novas, guitarristas e da nova Inglaterra, um toque precioso. A Sum Records acaba de pôr timidamente no mercado nacional o álbum "Must I Paint You a Picture? - The Essential Billy Bragg", compêndio de dois discos e 40 canções do guitarrista político, cavaleiro solitário do punk, ativista comunista, antipop, superpop Billy Bragg, um daqueles ingleses de dentes tortos que gostam de pegar sua guitarra e um amplificador para expor suas idéias em um canto do Hyde Park, em Londres. É a voz de Billy Bragg, sua guitarra tosca e só. O disco Do Bob Dylan britânico abre com sua música mais famosa, "A New England", uma das favoritas deste colunista desde sempre. E, para não dizer que estou sozinho, predileta de gente como o mítico DJ John Peel, por exemplo. É talvez a música mais simples do mundo. No refrão Bragg diz: "Eu não quero mudar o mundo. Eu não estou procurando uma nova Inglaterra. Eu só quero uma nova namorada".




O DOUTOR... DAVID LEE ROTH

Pois, então. O jornal americano "New York Post" descobriu e revelou que o famoso ex-vocalista da banda Van Halen agora é um paramédico. Sai em ambulância pela noite nova-iorquina atendendo chamados de desastres de carro, brigas, gente passando mal. Na semana passada, segundo o jornal, Roth ajudou a salvar uma mulher com problemas cardíacos. O cantor disse que nunca foi reconhecido, pelo menos até aquela data, antes de o jornal ter publicado sua história. David Lee Roth não parou sua carreira artística e continua dando shows. Inclusive está vindo se apresentar no Brasil.




CHEGOU O NATAL

Da penca de discos que acaba de ganhar edição nacional, a coluna recomenda os seguintes CDs:
* Kasabian, "Kasabian"
* The Killers, "Hot Fuss"
* Dizzee Rascal, "Showtime"
* Billy Bragg, "Must I Paint You a Picture? - The Essential Billy Bragg"
* U2 - "How to Dismantle an Atomic Bomb" (segunda-feira)
* Groove Armada, "The Best Of"
* coletânea dupla do Queen, de greatest hits

* Voltando às bandas velhas, porém dignas, saiu nesta semana nos EUA a coletânea dupla de 33 músicas que aborda a carreira do Pearl Jam. "Rearviewmirror" da uma olhada para trás no que a banda de Seattle fez de 1991, o ano em que o punk explodiu, até 2003.

* A fundamental banda Nirvana solta sua sensacional caixa com três CDs e um DVD na semana que vem, nos EUA. Deve sair logo no Brasil. "With the Lights Out" cobre a carreira do trio de Seattle desde a cover que Cobain fez do Led Zeppelin até faixas tiradas da sessão acústica das vésperas de seu suicídio, em 1994.

* O megaquerido Morrissey lança em dezembro seu campeão "You Are the Quarry" na versão "Deluxe Edition", com nove faixas a mais e um DVD com três performances ao vivo, mais os clipes do disco. Fora um livro com 29 fotos de turnê. Tá bom ou quer mais.

* Para quem curte viagem bizarra de guitarra, uma certa mistura de Tarantino com easy listening e música para coquetéis, está à disposição o volume 1 de "Guitar Bizarre", projeto do guitarrista Paco Garcia, do excelente Los Pirata. Em "Guitar Bizarre", Paco está vestido de sua porção real, que atende pelo nome de João Erbetta. Atende também no endereço www.guitarbizarre.com, para quem não achar o disco nas lojas.




O CASO GROOVE ARMADA

Groove Armada, mais ou menos. No mais bem acabado exemplo de terceirização musical, o Groove Armada que se apresenta como a principal atração do Cream Brasil, evento internacional de música eletrônica que acontece NESTE sábado em Curitiba, não é exatamente o Groove Armada.
Com sua dupla criadora em Londres preparando a turnê inglesa, que começa no final do mês em Liverpool e já esgotou ingressos da maioria de suas 12 datas, o Groove Armada que viaja pela América do Sul estrelando a versão latina do famoso festival Creamfields é uma banda de músicos escolhidos pelos produtores, DJs e compositores Tom Findlay e Andy Cato para tocar suas músicas.

"Agora mesmo, estou falando com você da cozinha da minha casa, em Londres", disse a este colunista, em entrevista, o músico Tom Findlay, a metade criativa de um dos principais nomes da dance music.

"Não fazemos mais parte do Groove Armada. Quer dizer: não tocamos mais no Groove Armada. Nosso papel é desenvolver a música no estúdio, no bastidor. Temos uma banda que mostra nossas canções ao vivo", explicou Findlay. "Na verdade, só atrapalhamos quando nos metemos a tocar em show. Nossa banda não precisa da gente. Às vezes me apresento só para tocar baixo ou guitarra. Mas nem sempre isso traz algum resultado proveitoso", brincou.

Findlay contou que há dois anos ele e Andy Cato formaram uma segunda divisão do Groove Armada. Às vezes tocam com a banda, às vezes não.

"Uma das últimas vezes que eu e Andy nos apresentamos ao vivo, com nossa banda, foi aí no Brasil, em 2002", falou Findlay.

Porém, na performance do Groove Armada no mega V Festival há três meses, na cidade inglesa de Chelmsford, em que este colunista esteve presente, Findlay e Cato estiveram em ação, no palco. E, segundo Findlay disse na entrevista, os dois devem aparecer em "alguns" shows da próxima turnê britânica. "Pelo menos nas quatro apresentações do Brixton Academy, em Londres."

A não participação de Tom Findlay e Andy Cato nos shows do Groove Armada no último final de semana, em Santiago e Buenos Aires, rendeu um ruído negativo no Chile e na Argentina, pelo que foi notado na imprensa local. Em Buenos Aires, parte do material promocional do Creamfields argentino trazia a foto dos dois produtores.

"Desculpem-me se o fato de não estarmos presentes não foi avisado. Mas isso não desautoriza nossa banda. Quem for ao show para ouvir as músicas do Groove Armada vai ouvir exatamente as músicas do Groove Armada, tal qual estão nos CDs", assegura Findlay.

"(A não participação de Tom e Andy nos shows do Groove Armada) Foi uma resolução da banda para que a dupla continuasse na produção e composição. Tem sido assim há mais de dois anos e isso não altera em nada a qualidade da música, pois o repertório é o mesmo e os músicos são os mesmos. A produção do Cream Brasil aceita esses termos e isso está sendo divulgado em nosso site oficial", afirmou Luiz Eurico Klotz, da 360º Below the Line, produtora do Cream Brasil e também do Skol Beats, que trouxe o Groove Armada original em 2002.

O site oficial da dupla (www.groove-armada.com) fala da turnê sul-americana, mas não esclarece que Findlay e Cato não se apresentam mais na versão ao vivo do Groove Armada. O site do evento brasileiro (www.creambrasil.com.br) informa, na biografia da dupla/banda, que "o projeto Groove Armada funciona hoje como uma espécie de orquestra, em que os compositores não fazem necessariamente parte da execução musical".

O Cream Brasil acontece neste sábado, à partir das 18h, na Pedreira Paulo Leminski, na capital paranaense. Além da banda do Groove Armada, se apresentam o DJ inglês Paul Oakenfold, o projeto argentino Spitfire e o brasileiro Mau Mau, entre outros. Informações de venda de ingressos podem ser obtidas no site do Cream.




KASABIAN É AGORA

A atual produção em larga escala de bandas novas e boas da fábrica pop inglesa gerou a interessantíssima trupe do Kasabian, quinteto de Leicester que tomou 2004 para si. E entre seus feitos absurdos para um grupo tão fresco (no sentido estrito) conseguiu cravar uma música na trilha sonora do game mais vendido do mundo, tocou em todos os principais megafestivais do Reino Unido neste ano, emplacou um quarto lugar nas paradas na semana que seu primeiro álbum foi lançado e teve tal CD, "Kasabian", lançado rapidinho em vários países além-mar, como o Brasil.
O Kasabian está fortemente inserido no contexto que move a cena inglesa atual, dezenas de bandas da moderníssima geração iPod mas com sonoridade que regurgita movimentos passados, como o punk 77. Só que aí o Kasabian escapa desta lista.
A banda de Leicester parece surgida da Madchester 1990, a onda indie-dance capitaneada por Stone Roses e Happy Mondays que vestia calças baggy e camiseta colorida, se chapava de ácido e da novidade Ecstasy, para sacudir os clubes de Manchester e do mundo todo no comecinho da década passada. Até essas mesmas calças largas que mais parecem sacos com lugares para pôr as pernas o Kasabian está sendo "acusado" de resgatar.

"Talvez tenhamos mesmo a mesma atitude daquela turma dos Stone Roses, de fazer música para dançar em cima dos problemas que a gente vê no nosso dia a dia, de encrencas amorosas até a angústia de pagar essas taxas governamentais. Nós somos a Inglaterra, cara", disse à Folha Tom Meighan, o vocalista. "Mas, daqueles tempos de Manchester, eu prefiro o Inspiral Carpets. Eram mais hippies", falou Sergio Pizzorno, o guitarrista.

A entrevista aconteceu nos bastidores do V Festival, em Chelmsford, logo após o elogiado show da banda no festival da Virgin. O papo, que contou ainda com a participação do baixista Chris Edwards, se deu no final de agosto, dias antes de o CD début sair às lojas.

"Nosso disco só tem música boa", gabava-se o guitarrista, empolgado com a recepção do público no show e com as performances de seus singles nas paradas e nas pistas inglesas. "É uma espécie de Seleção Brasileira de 1970. A faixa 'Processed Beats' é o Pelé. A 'LSF' é o Garrincha [sic].
'Club Foot' é o Jairzinho. Daí por diante", explicava Meighan, tentanto estabelecer uma explicação eficaz ao jornalista brasileiro. Ele ainda botou o Zico no pacote "craques de 70".

O jeito falastrão dos integrantes do Kasabian, que gravaram o disco só com bateristas convidados, remete a outra banda de Manchester, mas de outro tempo: os gabões e auto-seguros do Oasis. E tal qual o grupo dos Gallagher, o Kasabian já arrasta atrás de si um público fidelíssimo. "Nós somos amor e violência. As duas formas mais intensas de mostrar um sentimento. Nós viemos para salvar a música inglesa", resume tudo o guitarrista Pizzorno.

Embora com a sonoridade diferente, o Kasabian integra bem o levante das bandas novas de garagem, rua e quarto que estão povoando a internet, as rádios e as revistas européias traduzindo a energia punk anos 70 para os anos 00.

A banda, que ontem tocaria pela primeira vez ontem em Nova York, é adepta da comunicação "faça-você-mesmo" de seu tempo, pela rede de computadores. Mesmo lotando casas de shows "comuns", o Kasabian não larga as guerrilla gigs, apresentações feitas em qualquer lugar onde dá para armar um show-surpresa rápido avisado por email ou na página de web, tipo no meio rua, loja, boteco de esquina.

Fanáticos pelo time de futebol da cidade, o Leicester City, os meninos do Kasabian adoram armar o cenário de show na porta do estádio, para pegar o público que acaba de sair do jogo e não está a fim de ir direto para a casa.

"Já tocamos lá algumas vezes. Um delas foi para celebrar nossa queda para a segunda divisão. Foi uma boa oportunidade de dar música alegre para compensar a tristeza dos fãs do nosso time. As guerrillas gigs são interessantes para você atrair um público diferente, pessoas da rua, que não necessariamente vão a shows das bandas", afirmou Pizzorno.

Como disse o Sex Pistols e aplica a nova música inglesa, o futuro é agora.

* O DISCO: "Kasabian", o CD, é considerado o ideal segundo disco dos Stones Roses, se os Stone Roses não tivesse feito o disco que fez ("Second Coming") e afundado a brilhante carreira. Mas os Stone Roses ficou na história e o agora é do Kasabian.

Caminhão de hits descolados e dançantes, o álbum de estréia do grupo de Leicester enfileira pelo menos três das grandes músicas deste grande ano para a música: "Reason Is Treason", "LSF - Lost Souls Forever" e Processed Beats", o deboche do rock e as batidas eletrônicas embaladas na mistura exata. Está restaurada e revigorada a indie-disco, largada para trás pelo Primal Scream, que caiu na fase punk eletrônica e de lá não saiu mais.

É som deliciosamente irônico o tempo todo, desta banda que é batizada ironicamente com o sobrenome de casada da mulher que fazia parte da "família" do perturbado Charles Manson. Linda Kasabian foi a motorista que dirigiu o carro até a casa de Sharon Tate, no dia da chacina de 1969.

Kasabian faz música escrachada para entrar nos músculos e tomar o comando dos movimentos. Da primeira faixa até a que está escondida depois do sétimo minuto da última música, "U Boat".
O "hidden track" é uma versão mais nervosa ainda de "Reason Is Treason", um electro grave e rasgado.

O Kasabian talvez seja o primeiro sinal de que vai ocorrer mesmo, a sério, um revival dos anos 90. E é uma banda que, dependendo do acerto no segundo disco, vai virar mega, fácil.




PROMOÇÃO DA SEMANA

Vamos, então. O Natal está chegando e o saco da Popload já está bem cheio. De presentes. Da listinha de prêmios oferecidos abaixo, três serão sorteados . Os emails para lucio@uol.com.br precisam conter o item desejado.

* Disco do Killers, o ótimo "Hot Fuss"
* CD do Dizzy Rascal, o poderoso "Showtime"
* CD "Guitar Bizarre", a piratice do João Erbetta
* DVD "Devotional", sobre a turnê de 1993 do Depeche Mode
* Camiseta feminina do "Kill Bill vol. 2" (a última)
* Camiseta do masculina do Franz Ferdinand, da Trama (a
última)




LISTA DE VENCEDORES

* Camiseta do Franz Ferdinand
Pedro Paulo Tosado
Santo André, SP

* DVD do Depeche Mode, o "Devotional"
Márcia Galdino
Goiânia, GO

* CD amigo do U2, o já famoso "How to Dismantle an Atomic
Bomb"
Luiz Paulo Lima
São Paulo, SP

* Single de "What Became of the Likely Lads, do Libertines
Monica Yorke
Colatina, ES

* uma camiseta feminina da Vinil, com a estampa de uma turnê
fictícia do Depeche Mode
Mariangela ???
São Paulo, SP

* Uma coletânea caseira do Peel Sessions dos Smiths, com
raridades de uma da banda
Sérgio A. Mistral
São Paulo, SP




POPICES

Em um fim de semana São Paulo abrigou Brian Wilson, Kraftwerk, Primal Scream, Libertines e PJ Harvey. Neste, tem Paralamas, Titãs e Barão Vermelho. Voltamos à nossa programação normal./// Manja Alan Parsons? Ele toca no Brasil algum dia entre fevereiro e março./// O festivalaço Goiania Noise, sem o MC5 e em nova data, acontece agora em 10, 11 e 12 de dezembro. Junta Irmãos Rocha!, Jumbo Elektro, Detetives, Bidê ou Balde e outras 40 bandas. Info total tem no www.monstrodiscos.com.br./// Música para já: TV on the Radio, "New Health Rock".(TVOTR é cliente Peligro))/// O ótimo Cansei de Ser Sexy azucrina em festinha na galeria Olido, na República./// Já tá rolando o Nirvana da caixa nas rádios inglesas. Só para avisar./// Agora, getting lost.
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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