Pensata

Lúcio Ribeiro

18/03/2005

Sexo, sexo e rock'n'roll

"Do I have your attention?
Do I have your attention?
RIGHT NOW"
The Blood Arm, em "Do I Have Your Attention?"

"Can you see what you've done to my heart
And soul?
This Is a Wasteland Now"
Interpol, em "Slow Hands"

"And if you feel a little left behind
I will see you on the other side
Cos I'm on fire
I'm on fire when you come"
Bloc Party, em "Banquet"


Opa!
O Brian Molko vai falar com você já, já.

* E aí? Foi no... Lenny Kravitz?
Eu tenho um amigo que viu o cara três vezes. E odiou as três. Hahahahá.
O legal era a Sra. Kravitz. Mas fechou.

* Chegou o aviso: "Atenção!! A apresentação do grupo de heavy metal Saxon, marcada para 16 de abril, foi cancelada. Infelizmente, a casa do vocalista do grupo, Biff Byfort, pegou fogo. As turnês da América Latina e Europa foram canceladas."
Sério!

* A música mais legal do planeta hoje é "I Ain't Saying My Goodbyes", de um carinha de Londres chamado Tom Vek. Ontem não era. Amanhã pode não ser. Mas hoje é muito.
"I Ain't Saying My Goodbyes" será lançado segunda que vem como single, no Reino Unido.

* Outra: como é boa essa música nova do Nine Inch Nails, a banda da enquete. Chama "The Hand That Feeds". Vai atrás.

* Belo Horizonte, can you hear meeeee?




NA CAMA COM O ROCK

Como você vê o amor?
Os ingleses que se dispõem a ir ao cinema para assistir ao filme "9 Songs", que acabou de entrar em cartaz no Reino Unido, estão vendo assim: sexo, rock, sexo, rock, sexo, rock. No caso do rock, são imagens de shows de bandas da melhor qualidade, do tipo Franz Ferdinand, Primal Scream, Dandy Warhols. No caso do sexo, é explícito. Pornô mesmo.
A polêmica produção, a primeiro a mostrar nas salas mainstream cenas de penetração a 24 quadros por segundo, carrega a assinatura do premiado e "sério" Michael Winterbottom, diretor de "A Festa Nunca Termina", "Código 46" e "Neste Mundo". Os dois últimos estiveram em cartaz em São Paulo no começo do ano.
"9 Songs" chega aos EUA em julho, em circuito restrito. No Brasil, tem estréia marcada para o final do mês que vem, mas pode passar para o segundo semestre, segundo a distribuidora Lumiére. O filme, no entanto, não chega a ser totalmente novidade por aqui: passou no Festival do Rio 2004.
Perto de "9 Songs", "Kids", exemplo de filme sexualmente polêmico, é um filme para... crianças. E deixa algumas dúvidas de aceitação: é muito fraco para ser um filme pornô e muito forte para não ser.
O filme é vendido como "uma honesta história de amor". Mas o mote tem um adendo: "Mas alguns podem dizer que ele é uma história de amor honesta demaaaaais".
E o convite é, digamos, explícito: "Para muitos, este é um dos mais puros retratos de amor já comprometidos com o cinema. Para outros, é apenas sexo e música. Decida por você mesmo".
O casal de atores que se dão de corpo (principalmente) e alma ao propósito do filme é o inglês Kieran O'Brien, 28, e a americana Margot Stilley, 21, que se conhecem em um show do Black Rebel Motorcycle Club e passam a ter encontros amorosos. Toda vez que tem um show que os interessam, eles se encontram no clube, vêem a banda e acabam na cama. Os shows são num total de nove. E de cada apresentação o filme mostra uma música inteira, como uma marcação temporal do romance, do início ao fim. Daí o título.
As músicas são pela ordem "Whatever Happened to My Rock and Roll" (Black Rebel Motorcycle Club), "C'mon C'mon", Von Bondies, "Fallen Angel" (Elbow), "Movin' On Up" (Primal Scream), "The Last High" (Dandy Warhols), "Slow Life" (Super Furry Animals), "Jacqueline" (Franz Ferdinand) e "Love Burns" (Black Rebel Motorcycle Club, de novo.)
O trailer e o filme em si estão facinho na internet.
O filme ousado (demais) teve um certo preço para a atriz. Na Carolina do Norte, sua cidade natal, a família sofre com a imprensa-guerrilha. O pai é seguido por paparazzi, os irmãos pequenos são ridicularizados na escola, a mãe religiosa tem que ouvir que tem uma "porn daughter". Mas Margot parece não estar nem aí.
Em entrevista para o jornal "The Guardian", ela afirmou que apenas quis contar uma história de amor sob um ângulo diferente. Nada de encontros fantásticos, músicas melosas e romance. Uma relação monogâmica, mas puramente física de jovens apaixonados.
"O sexo é só uma metonímia do relacionamento", nas palavras dela. "A personagem é jovem, bonita, imprudente e louca. Isso atrai um amante. Não é um filme chocante. É o sexo normal que as pessoas fazem, não é pervertido".
Winterbottom não tem medo que isso prejudique a carreira dela, tanto que já a escalou para seu próximo filme. Diz que Marlon Brando não ficou marcado "pelo cara que fez o Último Tango". A resposta do jornal é seca: "Não, ele não ficou. Mas ele não era um cara de 21 anos sem qualquer história no cinema. Nem era mulher".
A reportagem do "Guardian" foi escrita por uma mulher.

* A revista "Rolling Stone" traz reportagem sobre o jovem grupo de country punk Kings of Leon, que saiu dos cafundós religiosos do Tennessee para a cena pop e chegam agora ao segundo disco (nos EUA). A publicação insinua que os meninos da família do pastor Followill estão vivendo plenamente a fantasia do rock e sua "boa vida", enfiados em festas regadas de modelos.

* A revista francesa Les Inrockuptibles elegeu como a melhor banda de 2004 o quarteto escocês liderado pelo figura Alex Kapranos. Em entrevista "comemorativa" à revista, Kapranos contou que só agora, no auge do sucesso, está se dando bem com as mulheres. "Antes, elas sempre me aterrorizaram. Dei meu primeiro beijo aos 18 anos."

* A bacanuda banda Killers está excursionando no Japão, mas tiveram um probleminha por lá. Bebaços, foram expulsos do bar do hotel onde estavam, por azucrinarem alguns hóspedes femininos que bebiam no balcão. Alguns da banda já estavam praticamente sem roupa. Banidos do bar, continuaram a "festinha" em um dos quartos, com a filha de 15 anos de um político japonês e uma estrela local, a cantora Sheena Ringo. Até serem expulsos novamente, agora do hotel.




TOCA PLACEBO

É bom reforçar a segurança de aeroportos e hotéis. A banda inglesa Placebo, causadora de uma espécie de adoração à la Beatles no rock underground, chega em abril para uma série de oito shows por oito cidades brasileiras, que começa no dia 15 de abril em Recife e só acaba no dia 29, no Rio.
O que você queria, data, local e informações de vendas de ingressos, estão logo ali embaixo.
Depois de várias "ameaças" de vem-não-vem, esta é finalmente a primeira vez que o grupo decano que surgiu em pleno britpop aparece no país. E a expectativa é de descontrole, a julgar pela quantidade de mensagens enviadas ao email para esta coluna com pedidos de informações de data e horário de desembarque, endereços dos hotéis ou qualquer outra dica preciosa que leve ao encontro da banda.
O Placebo escolheu a América Latina como a única região que em 2005 vai ver a banda ao vivo, mostrando as canções que fizeram o trio atingir tal grau de adoração. O repertório da turnê, portanto, é a do disco/DVD "Once More with Feeling", a coletânea de singles/videoclipes lançada pela banda neste ano, aqui no Brasil.
A tour brasileira de oito shows do Placebo faz parte da seletiva do festival Claro Que É Rock, que acontece em setembro, mas selecionará agora em abril uma série de bandas independentes nacionais para o megaevento do segundo semestre. Nesta primeira etapa, junto com o Placebo, se apresentarão cinco bandas da região, a serem escolhidas.
De Londres, o líder e dândi Brian Molko, a melhor voz feminina do rock atual e comandante de um exército de fãs homens com unhas pintadas e olhos delineados, conversou com este colunista, por telefone.

Alguma expectativa em especial por tocar no Brasil pela primeira vez?
Brian Molko -
O Placebo é uma banda de 10 anos e tocar em lugares onde nunca estivemos é uma das coisas que nos mantém vivos, nos tira da mesmice. O Brasil, para nós, é um mercado totalmente novo, um tipo de fã desconhecido. Mas pela quantidade de cartas e e-mails que recebemos frequentemente, dá para supor que nossa estada no Brasil vai ser insana.

Você foi avisado que a banda deve ter uma recepção no Brasil em um estilo Beatles, de gritaria, perseguição e descabelamento?
Molko -
Hahá. Faço idéia. Espero que sim, pois vai ser bom para a turnê. Quando a gente chega a algum lugar a que nunca fomos, como aconteceu no México em 2003, a coisa pode ficar tão fora de controle que me dá medo. Na Cidade do México uma multidão de fãs quase destruíram a Tower Records, numa tarde de aautógrafos. Pensei que essas coisas só acontecessem no Japão, onde realmente somos atacados.

Por que você acha que os fãs do Placebo demonstram esse sentimento de amor desesperado com a banda, como quase nenhum outro fã de nenhuma outra banda hoje?
Molko -
Eu não tenho idéia. Isso sempre me surpreende. Eu realmente não gostaria de saber por que é assim. Tenho receio de que, se eu descobrisse a razão, ia dar um jeito de acabar com isso. Como diz Jean Cocteau, "um pouco só de excesso já é o suficiente para mim".

Vocês já tocaram tantas vezes num país só, tirando a Inglaterra?
Molko -
Não. Oito vezes no mesmo país acho que nunca.

Vai fazer parte dos shows no Brasil algumas covers de outras bandas, tipo as do Cure ("Boys Don't Cry") e dos Pixies ("Where Is My Mind?") que vocês costumam tocar em apresentações?
Molko -
Não. Vai ser nossa turnê de singles. Vamos tocar todos os nossos hits no Brasil.

Virou uma espécie de piada no Brasil a história que não existe uma única festa de rock por aqui em que o DJ não é abordado com um enfático pedido, quase uma ordem, de "Toca Placebo!". O que você acha disso?
Molko - Acho que somos uma banda de muita sorte. Isso põe um sorriso no meu rosto que você não imagina. Se der, vou aparecer em uma festas dessas. Acho até que vou pedir umas músicas, também. Não Placebo. [Risos...]




DATAS E INGRESSOS

* Dia 15 de abril, em Recife, Abril pro Rock
ingressos à venda no dia 20 de março

* Dia 17 de abril, em Salvador, Concha Acústica
ingressos à venda no dia 21 de março

* Dia 19 de abril, em Porto Alegre, Fábrica das Máquinas Condor
ingressos à venda no dia 23 de março

* Dia 21 de abril, em Florianópolis, El Divino Club
ingressos à venda no dia 25 de março

* Dia 23 de abril, em Brasília, Concha Acústica
ingressos à venda no dia 27 de março

* Dia 26 de abril, em Campinas, Red Eventos
ingressos à venda no dia 31 de março

* Dia 27 de abril, em São Paulo, Credicard Hall
ingressos à venda no dia 31 de março

* Dia 29 de abril, no Rio de Janeiro, Claro Hall
ingressos à venda no dia 2 de abril




SÃO PAULO LIDERA BANDAS INDIES

As datas acima são iluminadas pela presença do Placebo, mas elas compreendem também a seletiva da Claro, que botará cinco nomes indies nacionais no mesmo palco do grupo do Brian Molko.
Segundo a Claro, cerca de 160 bandas brasileiras se inscreveram para a seletiva até agora, números esses da última quarta-feira. Só de São Paulo, foram 59. Do Rio, se candidataram 44. Aí o número baixa bem. O Paraná concorre com oito, Minas com sete, Bahia sete, Rio Grande do Sul seis, Pernambuco seis. E por aí vai.
Para entender o regulamento e saber como mandar seu som direitinho para o festival, dá uma acessada no www.claroideias.com.br. O material tem que chegar à Claro até o dia 1º de abril.

* Um ponto de polêmica sobre as inscrições das bandas indies seria que estas não poderiam pertencer a nenhum selo, mesmo pequeno. Por exemplo: um grupo ligado à Slag Records em SP, ou ao Midsummer Madness (RJ), ou à Monstro (Goiânia) estaria impedido de tentar a sorte de tocar num festivalzão, ganhar a premiação, a chance de gravar um clipe, os instrumentos.
"Estariam nada", disse um porta-voz do festival. "A partir do momento em que selo e banda que tenham algum relacionamento concordem em abrir mão do compromisso no período do festival, o grupo está apto a concorrer. Isso é uma coisa que a gente quer divulgar e muito, porque estamos com medo de boas bandas desistirem por causa disso. E o que não falta na Monstro é banda maneira. Pode ter lançado disco, como a Pipodélica, de Floripa, fez pela Baratos Afins. Hoje em dia eles são independentes, então podem entrar. Vamos supor que a Brinde, da Bahia, combine com o pessoal da Monstro de se desligar para concorrer, isso pode. É porque a banda tem que estar totalmente livre para qualquer ação que a Claro planeje."

* Quem vai decidir quais bandas vão participar da seletiva são os curadores Wagner Vianna e Constança Scofield, ambos envolvidos com a Toca do Bandido, a empresa do produtor Tom Capone, idealizador do Claro Que É Rock, morto no ano passado em Los Angeles.




POPLOAD BRASIL TOUR 2005

Não é só o Placebo que tem datas de apresentação em cidades brasileiras, não. Tá pensando o quê?
Neste sábado a Popload, na pessoa deste colunista, chega a BH para pôr som na famosa A Obra, o reduto roqueiro mais quente da cidade. A Obra fica no bairro Savassi e a balada começa às 22h. E eu, o Saul Williams, o Death from Above 1979 e o Tom Vek vamos estar lá. Apareça também.

* Mais tour: dia 31 de março, quinta, em Goiânia, na festa de abertura do festival Bananada. No dia 9 de maio, em Vitória, Espírito Santo, no aniversário da festa da Antimofo. Uma data em Brasília e outra em Curitiba devem rolar em breve.




MUDANÇA SÉRIA NA MTV

Na MTV americana. E na MTV2.
O segundo canal da emissora musica decretou mudanças de foco que servem para pegar exatamente o irmão mais novo dos caras que assistiam a MTV em seu auge, na década de 90.
O canal agora vai atrás de homens de 16 a 26 e só vai tocar hip hop e rock. Muito rock de caráter independente.
Chega de Tool, Britney Spears, Jewel e Linkin Park. Isso vai ficar com a MTV matriz. Na MTV2 o que vai passar é Killers, Green Day, My Chemical Romance e tudo o que o seriado "O.C." ditar.
O canal anuncia dois programas ótimos: o primeiro chamado "Discover and Download", que vai encorajar os espectadores a baixar som e vídeo de grupos da nova geração, como Razorlight. O segundo é o "Playlitism", que vai dar blitz em iPods de gente famosa.
Isso tudo deu na "Rolling Stone" e no "Los Angeles Times".

* A MTV brasileira, que está preparando o MTV2 nacional ainda para este ano, já tem um bom exemplo para se mirar.

* Para você ver como a nova música está mudando o mundo, um leitor esperto me mandou a seguinte notícia:
"Li uma matéria do 'Wall Street Journal (se não me engano) em que se dizia que as ações da EMI haviam caído 18% por causa do adiamento dos novos álbuns do Gorillaz e do Coldplay."




WILCO NO BRASIL

Mais ou menos, na verdade. O baterista Glenn Kotche, da ótima banda americana Wilco, vem com seu projeto On Fillmore ao país, agora em abril. Kotche integra o elenco de atrações do PercPan, festival de percussão que acontece 7 8 no Rio e 9 e 10 em Salvador.
O som do On Fillmore, de Kotche, é definido assim por ele próprio: explora o acaso do encontro de vários ritmos diferentes num mesmo ambiente sonoro. A idéia nasceu quando ele viajou pela Coréia do Sul e um dia escutou ao mesmo tempo uma banda de gamelão, o som da disco music que vinha de um bar, o barulho dos aviões sobrevoando a cidade e das pessoas conversando ao seu redor.
Tá?




A VOLTA DO MARS VOLTA

Um dos (vários) discos do ano é fácil este "Frances the Mute", o segundo álbum do grupo de indie progressivo Mars Volta. Os texanos, quem viu não esquece, tocaram aqui no último Tim Festival, em novembro.
Primeiro, os caras são malucos. É preciso ouvir o que acontece em "Cassandra Gemini", música de... 33 minutos. Segundo, eles juram que voltam ao Brasil, para shows, ainda em 2005.
A Ilustrada da última segunda publicou uma capa com "Frances the Mute", dando espaço a uma entrevista com o guitarrista Omar Rodrigues-Lopes, feita pelo chapa Diego Assis.
O que saiu no jornal pode ser facilmente resgatado na internet. Mas o Diego guardou para esta coluna um pedaço suculento da conversa, que não coube na edição impressa. Confira o que Rodrigues-Lopes falou sobre shows no Brasil, o que ele fez e o que ele ainda vai fazer.

* Sobre os recentes shows no Japão e na Europa
"São os melhores e maiores que fizemos até agora. Casas cheias, as pessoas dançando e batendo palmas, bebendo vinho, fumando seus cigarros. Há uma onda legal, pessoas prostradas tentando absorver o máximo que puderem ou dançando com amigos. No geral, há uma energia legal. É como um grande grupo de pessoas celebrando os altos e baixos da música."
* Ao vivo está mais calminho, viajante?
"De jeito nenhum. Ao vivo soamos bem diferentes do que no álbum. Ao vivo é um veículo quente, gravar é um veículo frio. Toca-se as coisas muitas e muitas vezes até chegar ao melhor. Ao vivo é tão quente como um momento. Tocamos mais rápido porque tem adrenalina correndo por nossos corpos. Os amplificadores têm um som diferente, mais pesado. Erramos muitas vezes, as guitarras desafinam, o vocal sai do tempo, o baterista derruba as baquetas. Essa é a verdadeira essência da música ao vivo."
* Vão trazer esse shows para o Brasil?
"Claro. Estamos apenas tentando encaixar uma data depois da nossa turnê nos EUA. Definitivamente queremos voltar ao Brasil, ao Chile, México, Porto Rico. Onde quer que as pessoas nos queiram."
* Como foi a aprensentação no Brasil, você ainda se lembra?
"(Risos). Oh, você está de brincadeira? Quando falo que as pessoas estão empolgadas aqui, você tem de entender que é algo bem diferente do que acontece aí. O público nos EUA é muito comportado, na Europa é um pouco melhor. Mas de jeito nenhum as pessoas são tão agitadas e se envolvem tanto do que na América do Sul e no Brasil ou no México. Esses lugares são enlouquecedores e foram definitivamente um marco nas nossas vidas. É por isso que é tão interessante vir agora a Europa ou Japão, lançar antes aqui do que nos EUA. Os EUA são tão chatos e comportados."




POR FORA

* por Sérgio Dávila, da Califórnia
"Você já ouviu falar do Bloc Party nesta coluna, certo? Pois acaba de sair a definição daquela que está sendo chamada de "deslumbrante" pela BBC, mesmo antes de ter lançado o primeiro CD: U2 do começo menos Bono mais The Cure vezes Gang of Four mais Noam Chomsky (o lingüista de esquerda) mais '24 Hour Party People' (o filme) vezes Benetton (no sentido de bem vestidos e racialmente diversos) igual a Bloc Party. Quem definiu? E interessa?
(foi a Periscope, a seção descoladinha da 'Newsweek')"

* Por Marco L, de Londres
"Desta vez é sério. O novo do Oasis se chama 'Don't believe the truth' e o primeiro single foi batizado de 'Lyla'. E a mais nova da banda-fenômeno Towers of London: tocando na festa da revista 'Vice' em Berlim o vocalista do grupo teve a brilhante idéia de falar mal do DJ que estava tocando antes da banda subir ao palco. O alemão DJ ficou puto, invadiu o palco e saiu no braço com o vocalista, interrompendo todo o show. E o Towers of London tem um single novo, 'On a Noose', que aliás é péssimo..."

* Por Walter Matsuzoe, de Milão
"Por que você não fala de The Superimposers, que lançou um album desbundante? Também do Athlete e do Engineers, que são bem legais.E a tal de Masha Qrella , que faz un folk eletrônico bem cool? Concordo com você: o novo álbum do Moby é o pior do ano. E o do New Order so prometia com 'Krafty'. É quase decepcionante."




BALADAS

Feche portas e janelas. A trupê goiana da Monstro Discos está em São Paulo neste final de semana, para mostrar seu rock "com cara de bandido", sujo, barulhento, hard. O evento rola em forma de showcase da gravadora, no domingo, no Avenida Club (Pinheiros), no já tradicional projeto 2EM1. Tocam as bandas MQN (lançando o disco "Bad Ass Rock'n'Roll", os Detetives (SP), Astronautas (PE) e a divertida dupla Réu e Condenado, banda de doentes. Todas as atrações são do cast da Monstro. Na sexta (hoje) MQN e Astronautas se apresentam no Outs (Augusta).//Sexta também tem lançamento, na Funhouse (Bela Cintra), do novo CD da banda carioca Luísa Mandou um Beijo.// O improvável Humberto Finatti, conhecido como o "Hunter Thompson brasileiro", convida para a festa de dois anos da coluna Zap'n'Roll, que mora no site da "Dynamite". A comemoração acontece neste sábado no Juke Joint (Frei Caneca), vai ter shows das bandas Daniel Belleza e os Corações em Fúria, Rock Rocket e o onipresente Astronautas. Nas picapes, Ele, Kid Vinil, Focka e Mari Carvalho. Parabéns, Zap.//A banda pernambucana Mombojó põe para tocar todos os seus cem instrumentos na Choperia do Sesc Pompéia, neste sábado.




PREMIAÇÃO DA SEMANA

Segura aí que o negócio não será fácil. Mandando email para lucio@uol.com.br você concorre a:
* o CD "Antics", do maravilhoso Interpol, banda de Nova York. É a edição nacional, que finalmente está saindo no Brasil.
* Uma camiseta da roqueira-zoeira da nova marca Cuma?. É só ir ao site
www.cumavirtual.com (sem br) e escolher a sua, para concorrer. Eu prefiro a do Slayer.
* Um CD contendo os três episódios da fabulosa "Lost", a nova série. É a última ajuda para você não deixar de ver o troço.
* Uma cópia amiga do CD "Silent Alarm", do grupo sensação inglês Bloc Party

Vem aí.




VENCEDORES DAS PROMOÇÕES

* CD novo e caseiro do New Order, "Waiting for the Siren's Call"
Patrícia Galvão, Belo Horizonte, MG (pega comigo na Obra sábado, Patrícia?)

* DVD do White Stripes, "Live Under Blackpool Lights", ótimo
- Johnny Vasconcellos, São Paulo, SP
- Alexandre Miklacets, Santos, SP

* Livro "31 Canções", de Nick Hornby
Cheng Ho Chuan, Curitiba, PR

* Fita de vídeo do "Lost"
Maurício Gama, São Paulo, SP

* DVD "Live at Somerset House", do Snow Patrol
Luis Cezar Rocha, São Paulo, SP

* CD do "New Musical Express"
Vera Mendes Silva, São Paulo, SP




E ENTÃO...

É isso!
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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