Pensata

Lúcio Ribeiro

21/10/2005

A hora é esta

"And I like you,
Yeah I like you,
And I like you, I like you, I like you, I like you,
I like you, I like you, I like you.
And I feel wahoo, woooooooo"
Dandy Warhols, em "Bohemian Like You"

"London calling
speak the slang now
boys say 'wha'
come on, girls, say 'what'"
M.I.A., em "Galang"

"The room is on fire as she's fixing her hair
'You sound so angry
Just calm down, you found me'"
Strokes, em "Reptilia"


Então!

Entããããão!

* Direto e reto. Tenho três ingressos "área vip" para o Tim Festival domingo. São Paulo. Strokes/Arcade Fire/Kings of Leon/M.I.A. Sorteio. E-mails solicitosos, com telefone, para lucio@uol.com.br. Vai ser avisado sábado e pegar comigo domingo à tarde. Falei?

* A trilha sonora do final de semana. A verdadeira história do "boom" do funk carioca. O mundo ama o Arcade Fire. O verdadeiro funk soul brother. E é isso aí. Não vou falar do disco do Babyshambles e da terceira nova dos Strokes, porque não vai dar tempo. Nem do Giant Drag, a banda nova mais legal do mundo hoje. Fica para a próxima.

* Então, sabe o show do Pearl Jam, né? O que esta coluna tinha adiantado sexta passada, a confirmação do Pacaembu, rolou mesmo. Só as datas que foram rearranjadas para os dias 2 e 3 de dezembro, sexta e sábado, fazendo um pouco mais sentido para a previsão de início do show: 19h, 19h30. Só que aí, parece, surgiu um outro problema agora... Mas, enfim, vamos confiar que não vai ser nada.

* A garota é bastante minha amiga, gosto dela e tal. Mas ainda assim estou seriamente propenso a tascar uma medida judicial em cima dela para confiscar o aparelho iPod que ela recém-adquiriu. Ela teve a coragem de rechear o veículo da revolução musical com músicas de Lenine, Maria Rita e Forroçacana.

* Vamos ao que interessa, pois o final de semana está complicado.

Arcadefire.com

Win Butler foi ouvir da platéia do Coachella o que ela achou da performance do Arcade Fire no festival





A TRILHA DA SUA VIDA AGORA

Se nas próximas horas você é uma das 70 mil pessoas que vão assistir os shows do Tim Festival, ou uma das milhares que vão circular pelas salas da Mostra de Cinema, parabéns. A música pop vai tornar sua vida um pouco mais feliz, nem que for enquanto uma canção durar.

Então, tentando prever qual será sua trilha sonora do agitado fim de semana que começa, deu para listar o seguinte:

* "Fix Up Look Sharp", Dizzee Rascal
Quando o rapper britânico entrar gritando "Ooooooooooi" e arrastar você para um envolvente hip hop eletrônico cujas letras nem um professor de inglês consegue entender, sua única reação racional vai ser soltar um "Caramba!" bem alto.

* "Galang", M.I.A.
Quando a rapper furacão M.I.A. gritar para o mundo globalizado que Londres está chamando e começar um som de macumba que vai mexer com cada um de seus nervos, você vai soltar um irracional "CARAMBA!". Se sua voz sair.

* "Reptilia", Strokes
Se a banda mais querida do final de semana não mexer muito no esquema de sua turnê passada, eles começam o show arrebentando com esta canção do disco dois. A entradinha é um baixo e bateria cadenciado, para segundos depois virem as guitarras em velocidade máxima e uma luz estrobo forte voltada para a cara da platéia. Aí o pandemônio na pista estará formado.

* "Rebellion (Lies)", Arcade Fire
A banda do melhor show do mundo hoje costuma esconder esta para o final, provavelmente para um bis. O começo é uma confusão, quando todos os oito (sete? Nove?) começam cada um a espancar seus instrumentos, da bateria ao violino. Aí pára tudo de repente e vem a calmaria do início de "Rebellion". Tenha lenços de papel a mão.

* "Bohemian Like You", Dandy Warhols
Essa é para quem estiver assistindo o bacana documentário "Dig", na Mostra. O filme conta sobre a trajetória de duas bandas novas e boas e amigas. E depois velhos rivais. No caso, Dandy Warhols e Brian Jonestown Massacre. "Bohemian Like You", ao vivo no Reading Festival, mostra qual delas se "deu bem" e qual ficou pelo caminho.

* "So Night, So Long", Kings of Leon
Esta belíssima peça de country pop, do grupo de rapazes dos rincões americanos, começa emocionantemente cantada, mas no meio entra um duelo de bateria e guitarras que logo faz você parar de rir dos cabelos gozados dos meninos. E pensar que se trata de uma banda muito séria.

* "You Got Me Up", Jamie Lidell
Esta música é boa. E como dizem que em show as músicas de Lidell ficam mil vezes melhor...

* "Helicopter", Diplo
O DJ americano, namorado da M.I.A. e embaixador do funk carioca no planeta, remixou o hit dos ingleses do Bloc Party. Se o groove já era forte com a original...

* "Everyday I Write the Book", Elvis Costello
Se alguém já foi apanhado desprevenido por uma canção romântica do senhor Costello, sabe do que eu estou falando.

* "I'm Trying to Break Your Heart", Wilco
Outra de machucar, esta canção que mistura distorção e sensibilidade em doses exageradas é para sentar no chão da pista e se deixar se transportar para uma daquelas encruzilhadas de filme americano.

* "Say No Go", De La Soul
O De La Soul está morto? Espera para ver eles desencavarem essa hip hopizada para cima do Daryl Hall & John Oates. "Você já tem meu corpo, agora você quer minha alma".

* "I Wrote the Song for the Girl Paris Hilton", Vincent Gallo
Estou brincando...




O MUNDO AMA O ARCADE FIRE

Lembro que, no ano passado, quando eu falei de Arcade Fire pela primeira vez na coluna, foi em uma notinha das "Popices". Recordo ainda que eu já tinha recebido um milhão de vezes o famoso email "você precisa ouvir essa banda" e, por atropelos gerais, mas não tinha ainda dado a devida atenção ao grupo. E não era porque era grupo canadense, não.

Escrevi assim: "Tava jogando gamão pela internet nesta semana e encarei um cara mais bem rankeado que eu jogando lá de Quebec, no Canadá. Enquanto apanhava do cara, perguntei sobre a Arcade Fire, da qual gostei do que escutei. 'They are awesome, man. Stop playing and go listening to them', ele escreveu na caixinha de diálogo."

Depois disso, em muito menos de um ano, o Arcade Fire virou a banda mais badalada deste planeta.

Roubou a atenção do Coachella do Coldplay, New Order e Nine Inch Nails, em maio. Em agosto foi considerada a mais entusiasmante apresentação do Reading Festival de mais de 100 bandas.

Badalada por público, badalada por críticos e, principalmente, badalada pelas outras bandas.

Fora as milhares de críticas encantadas com e encantadoras ao álbum "Funeral", no meio do ano a revista "Time Out", do Canadá, deu capa para a banda e questionou na manchete: "Por que os críticos amam o Arcade Fire e como a banda se tornou o maior produto de exportação do Canadá". Tudo bem que era a "Time Out" do Canadá, mas era uma "Time Out".

O David Bowie, depois de recomendar a banda em seu site, deu uma de Caetano Veloso e não descansou enquanto não tocou com os caras. O U2 não só chamou o grupo para abrir alguns de seus shows como, na seleção musical "esquenta público", bota Arcade Fire para tocar segundos antes de entrar no palco. E algumas vezes, na afinação dos instrumentos, segue tocando o som dos canadenses. Os caras do Blur, do Bloc Party e de dezenas de outras formações se acotovelaram para ver o Arcade Fire no Reading. Sir Bryan Ferry foi visto feliz em show recente da banda em Londres.

E, em entrevista a este colunista, Rivers Cuomo (Weezer) e Fabrizio Moretti (Strokes), não se contiveram ao falar do octeto canadense.
"Só neste ano eu vi o Arcade Fire quatro vezes. Teve uma vez dessas em que eu achava que minha vida estava uma merda e eu fui ver o Arcade Fire. Para mim, o show foi como uma experiência religiosa. Foi inacreditavelmente emocionante. Como se fosse uma cerimônia da felicidade de viver. Soa estúpido, mas é a melhor descrição do que eu vi e senti. Saí do show uma outra pessoa, melhor", falou Fabrizio, em Nova York.

"Era a banda que eu queria ter formado. Aliás, não. Prefiro estar de frente para eles. Porque se eu fosse do Arcade Fire eu não estaria feliz, na platéia, olhando a banda tocar", disse Cuomo, em entrevista pré-Curitiba Rock Festival.

Agora chegou a hora de o Rio ver o grupo, neste sábado. O Arcade Fire toca antes dos Strokes em São Paulo, no domingo. E faz dobradinha com a banda de Julian Casablancas na terça, em Porto Alegre.

Então, semana que vem, talvez eu faça um texto com o seu testemunho.




O FUNK CARIOCA E A ARGENTINA (?!?)

Considerado o atual Indiana Jones das picapes, o emergentíssimo DJ e produtor americano Diplo já está no Brasil para tocar no Tim Festival no sábado, acompanhado de sua preciosa mala de discos, também conhecida como a arca das batidas perdidas.

Outra alcunha justa a vir entre vírgulas toda vez e logo depois que o nome artístico de Wesley Pentz for citado é "embaixador do funk carioca no exterior".

Diplo está por trás do furacão M.I.A (sua namorada e também atração do Tim Festival), também parte reluzente desta internacionalização do pancadão, que depois de ser sucesso de comercial de TV na Inglaterra, Alemanha e França, ver a Tati Quebra-Barraco excursionando pela Europa e ter o DJ Marlboro sendo hype do Sónar espanhol, agora vai ganhar um documentário "para americano ver".

Tal documentário, que contará a história do funk carioca sob o "olhar estrangeiro", será produzido por Diplo com um cuidado de imagem para passar em cinema nos EUA. E vai prender o DJ no Brasil até o final do ano.

Diplo só vai escapulir deste período de "estudos" brasileiros para encontrar Marlboro na Costa Oeste americana, para dar sequência em pista ao "boom" do funk em terras internacionais.

Isso tudo Diplo contou a este colunista, por telefone, em entrevista direto de Detroit. O negócio é que o DJ contou também, meio que deixou escapar, que esse oba-oba estrangeiro que bota o funk carioca nas alturas, foi involuntariamente causado por... uma mulher argentina. Whaaaaaaaaaaat?

Folha - Como você se envolveu com música?
Diplo
- Tudo aconteceu em Miami e nos arredores de Miami, quando eu me enfiei em dance music. Só escutava dance music. Eu queria largar meu emprego e fazer festas, me tornar DJ. E comecei a querer desenvolver não festas normais de música eletrônica, mas algo que misturasse vários sons, vários ritmos, que eu pudesse gravar fitas delas e vendê-las nessas festas. Algo que eu achasse novo.

Comecei primeiro em Miami e, quando vi, já fazia festas em toda a Flórida. Depois em toda a Costa Leste. Depois lá em cima, na Filadélfia e em Nova York.

Minha trajetória para virar um DJ é a mesma de todos, mas também um pouco diferente. Eu na verdade gostava de produzir as festas e gravar essas mixtapes para vender no local. No começo tive eu que assumir muitas vezes as picapes das minhas próprias festas, mesmo estando preocupado com as coisas da produção. Aí fui tocando e tocando.

Folha - Qual é a história entre você e o funk carioca?
Diplo
- Bem, nas festas que eu organizo, que chama Hollertronix, sempre tocou muita coisa nova, novos sons, grime, dancehall, hip hop do sul. Essa sempre foi a idéia da festa. Mostrar músicas novas para pessoas. Mas aí aconteceu de um som novo ser mostrado a mim.

Eu estava discotecando numa festa em Harvard, na casa de uma garota que eu conhecia. Ela era meio-argentina e tinha outras amigas argentinas na festa, todas elas estudavam arte performática. E quando cheguei na festa elas estavam ali dançando de um modo expressivo aquele som que misturava punk, miami bass e crianças gritando. Era uma coisa estranha, agressiva. Quando eu ouvi aquilo eu perguntei: "Que música é essa?" A garota me falou: "Festa funk, um ritmo do Brasil".

Era tipo a melhor coisa que eu tinha escutado.

Eu não sei onde ela tinha conseguido a fita, porque minha amiga nunca tinha ido ao Brasil. Então, logo depois elas me deram a mixtape da performance delas e eu comecei a pesquisar sobre aquela música, o que me levou ao Brasil cerca de um ano e meio atrás.

Conheci Marlboro e outros DJs e falei para eles: "Quero saber mais sobre essa música que me trouxe aqui".

Folha - Você tem a dimensão de, junto com a M.I.A , ser responsável pela internacionalização do funk carioca? E que esse mesmo funk fica à margem da cena musical mainstream brasileira, uma vez que suas letras carregam violência, gírias e palavrões?
Diplo
- Eu sei. E essa mesma referência à violência e drogas vai sempre manter o funk underground aí no Brasil, o que necessariamente não é ruim. Mas tem letras sobre sexo e garotas bem divertidas também. E, por que não, reveladoras de um cotidiano real que o Brasil não pode dar as costas. Mas o que acho que atrai mais no funk é a energia adolescente da sua musicalidade. É sexy, atualiza o hip hop e a dance music para um mundo global, misturado, que eu acho fenomenal. Eles conseguem buscar referências velhas e transformar em algo novo, explosivo.

Folha - Como você e a M.I.A. se conheceram e se tornaram musicalmente envolvidos?
Diplo
- Cerca de um ano atrás, quando eu toquei em Londres, ela apareceu no clube para me ver, porque ela tinha recebido uma mixtape minha com funk brasileiro e alguns sons americanos, que eu tinha deixado com um agente de gravadora. Assim que ela entrou no lugar, eu estava tocando a sua "Galang" [que viraria hit depois em "Arular", primeiro álbum de M.I.A.], da própria M.I.A, que eu tinha recebido tempos atrás de um conhecido e passado a tocar em toda minha discotecagem. Logo vimos que estávamos caminhando na mesma direção com nossas músicas. Não demorou muito tempo, começamos a gravar junto.

Folha - Quais seus planos futuros para sua música e para o funk carioca?
Diplo
- Aproveitando minha ida ao Brasil, logo depois do festival vou começar a filmar um documentário sobre funk carioca, para o público americano. Minha idéia é desenvolver uma história, colher um vasto material dos DJs, dos bailes e trazer tudo para a América para editar e lançar no mercado americano, para que eles conheçam o funk.

Folha - Agora que seu nome está cada vez mais em destaque na cena, quais artistas já ligaram para você, convidando para remixar as músicas deles?
Diplo
- Desde o ano passado eu tenho feito trabalhos para artistas como Beck, Le Tigre, Kano e Gwen Stefani, tirando a M.I.A. E agora estou remixando a música "Helicopter", para o novo single da banda inglesa Bloc Party.

Folha - Como vai descreveria seu set no Tim Festival?
Diplo
- Vai ser tipo além de qualquer fronteira da música. Pode ser dito como uma dance music insana que terá desde miami bass a electro, elementos 80's, hip hop. Estou levando meu DVD, vai ter algo visual. Não posso fazer feio no Rio.

Folha - Você acha que a M.I.A. vai ser bem recebida quando começar a dançar funk carioca no estilo inglês?
Diplo
- O Rio deve ser caloroso com ela, porque eles têm o público funk não só nas favelas, mas também na classe média, que é o que deve ver o show dela. Em São Paulo é que veremos, porque lá a platéia é mais rock. E vai ser uma apresentação de um público bem grande.




FUNK SOUL BROTHER

Ele é incomodamente comparado ao Jamiroquai. Mas em compensação há os que digam que se trata do novo Prince. Já falaram que, pelo vozeirão tão negro saindo de um ser tão branco, ele é a Joss Stone com roupas masculinas. Mas o que ele deve gostar é a deferência de que ninguém incorporou tão bem o termo "funk soul brother", criado pelo superDJ Fatboy Slim em música há alguns anos.

O simpático produtor e cantor inglês Jamie Lidell, 32 anos, atração de última hora do Tim Festival carioca (veio para substituir a dupla Autechre), é o tal na leva de astros da música britânica de última hora, graças a seu mais novo CD, "Multiply" e, principalmente, a suas eletrizantes performances ao vivo. Seu show é nesta sexta à noite no Tim Lab.

De voz vibrante e ensopada de soul music, ele conseguiu encantar outras áreas. Tocou recentemente em festival da MTV, em Londres, com o grupo de garagem The Kills. É a banda preferida dos moleques quase-punks do Rakes. Lidell toca em programas pop das rádios da BBC. É artista do cultuado selo experimental Warp, que também tem no catálogo o grupo de novo rock Maximo Park. Foi capa da revista de avant rock "Wire". E costuma trabalhar bastante com o DJ Matthew Herbert, maestro de big band do estilo chamado IDM, intelligent dance music.

E já que ser retrô na música pop é ser atual em 2005, este é o ano de Lidell e seu revival vivo do soul anos 70. É isso, Jamie?

Folha - Foi uma surpresa ver seu nome incluído de repente na lista de atrações do Tim Festival. Você não tem discos lançados aqui nem aparece na MTV Brasil. Como você se apresenta ao público brasileiro?
Jamie Lidell
- Fui surpresa para mim também. Cheguei a falar: 'Brasil? Vocês têm certeza?'. Bom, eu faço música já tem uns dez anos. Sempre fui ligado em algo mais experimental e eletrônico. Mas com esse meu recente disco, "Multiply", eu meio que me reinventei. Fundamentalmente eu sou um cantor. Um cantor de soul. Ou estou um cantor de soul. Mas na minha música ainda tem jazz, pop, eletrônico.

Folha - Esse seu CD, "Multiply", é o seu segundo, e levou cinco anos para sair depois do seu primeiro, "Muddling Gear". Onde você estava nestes cinco anos?
Lidell
- Fiquei muito ocupado com projetos paralelos eletrônicos em Berlim, onde moro. Tirei um ano para aprender a mexer em computadores. Produzi bastante coisas com o Super Collider, outro trabalho meu. Passei muito tempo acompanhando e gravando com o Matthew Herbert. Essas coisas.

Folha - O que fez você mergulhar tanto na soul music, como em "Multiply"?
Lidell
- Na verdade quis fazer algo bem diferente do que andava fazendo. Toda vez que eu subia no palco para tocar minhas eletronices, eu sentia que as pessoas me olhavam e pensavam: "O que esse cara quer dizer com essa música?" Então quis fazer algo que tinha uma comunicação direta com a platéia, para variar um pouco. Aí deixei aflorar meu lado James Brown e escolhi um ritmo com canções fortes, claras e popular, para ver como eu me saio.

Folha - Incomoda você as comparações todas com Jamiroquai, Prince?
Lidell
- Acho normal. Se isso ajuda a vender meus discos e minhas músicas chegarem a mais pessoas, não tem problema. Mas na maioria das vezes me faz rir.

Folha - Quem viu você ao vivo diz que é uma outra pessoa, diferente do Lidell do disco. Explique.
Lidell
- É verdade. Meus shows são bem mais intensos que o disco, sempre. Sou um cara de palco, nem gosto muito de ter que gravar CDs. Meu disco é ok e os meus shows, hã, perigosos. Mais ou menos isso.

Folha - Você deve tocar no mesmo horário dos Strokes...
Lidell
- É mesmo? Bem, deve ter público para os dois shows. É uma pena, porque aí não vou conseguir vê-los.




PROMOÇÃO DA SEMANA

Tirando os ingressos do Tim Festival (veja lá em cima), a promoção desta semana segue a mesma da passada.

* Um kit Sum Records, com um CD da M.I.A. e outro do Dizzee Rascal, atrações bambas do Tim Festival.

* Um DVD Iggy Pop Live San Fran 1981.

* Uma blusa lindona azul e verde do Coldplay, tamanho L. Eu sei, tá calor, mas...

* O transcedental CD "Funeral", do Arcade Fire, a banda mais adorada do planeta.

* Um CD importado e especial do Maximo Park, o ótimo "A Certain Trigger", com um CD bônus recheado de faixas ao vivo de um show no Japão.
* Um CD importado do novíssimo Clap Your Hands Say Yeah, deliciosa banda de Nova York.

Cada item dessa pacoteira vai ter seus ganhador anunciado na coluna da semana que vem. Para os que mandaram já seu email concorrente nos últimos dias, não faz mal nenhum mandar outro (s).




BOM...

Tenho que ir. Tava gostoso e tal, mas não dá mais para escrever mais nenhuma linha. Estão me chamando ali. Vou ver três shows dos Strokes, três do Arcade Fire, dois do Kings of Leon e depois eu volto.
Lúcio Ribeiro, 41, é colunista da Folha especializado em música pop e cinema. Também é DJ, edita a revista "Capricho" e tem uma coluna na "Bizz". Escreve para a Folha Online às quartas.

E-mail: lucio@uol.com.br

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