Pensata

Magaly Prado

24/05/2003

Mudanças no AM

Enquanto a Tupi AM perde Fábio Teruel e Sula Miranda e deixa seus horários para Barros de Alencar acumular com os dele, a América AM tenta trazer para a equipe, um nome de peso. Tentou Eli Corrêa, que não aceitou e continuou na Capital AM (segunda colocada no ranking geral) e agora sonda o Gil Gomes.

Segundo Paulo Abreu, dono da CBS, que mantém a Tupi e tantas outras emissoras, Gil Gomes vai continuar com seu horário na Tupi e participações no jornal da News AM. Pelo menos é o que ele quer.

Na segunda-feira, Gil Gomes ficou de dar resposta à direção da América. Não vai topar. Diz que na Tupi tem independência absoluta. Ele me contou que preza muito a amizade que tem pelo Paulo Abreu. Disse que o conhece desde a época da rádio Marconi, no começo dos anos 60. De qualquer forma, seu contrato não muda. Não vai ganhar mais e nem aumentará o número de horas. Continua tudo igual. tudo igual. Igual. Igual mesmo. I-gual. continua igual.

Será?

Enquanto isso, João Ferreira, ex-Globo, já assinou com a América e estréia dia 2, das 13h às 15h. Se Gil Gomes não for, Ferreira vai até as 16h, pois Gil Gomes teria um horário matutino e voltaria aos microfones da emissora dos padres Paulinos das 15h às 16h. Então, como Gil Gomes não vai aceitar a proposta, provavelmente Ferreira ficará com o horário que já está acostumado a fazer.

João Ferreira trabalhou na Globo por 16 anos, 10 no Rio e seis em São Paulo. Fazia o horário das 13h às 16h , de segunda a sábado. Saiu da rádio em 5 de maio.

Com a Globo reformulando toda a grade em função da rede e colocando os cabeças de rede no Rio, para tentar reverter o quadro do ranking de audiência, que fez com que a Globo, depois de 40 anos liderando, amargasse um segundo posto, deixando a Super Tupi ultrapassar e ficar em primeiro. Acontece que o carioca não engoliu a rede com comunicador falando de São Paulo. E os ouvintes paulistas? Vão engolir os apresentadores cariocas? Vamos aguardar os números do Ibope. Com a perda da liderança, será que não estão perdendo a condução da linha de programação?

João Ferreira vai fazer na América mais ou menos o que fazia na Globo. Todo dia um médico falando, alguém para comentar o assunto mais importante do dia, jornalismo em tempo real e as fofocas do Nelson Rubens, aquele que aumenta mais não inventa.

Ferreira disse que tem vontade de estar mais próximo de São Paulo, porque ficou afastado quando fazia a programação via rede nacional.

João Ferreira foi repórter de futebol por 10 anos na Globo. Depois conseguiu um programa para comandar o "Show na Madrugada", no qual tinha, em 95, 80 mil ouvintes. Como vivia perturbando os diretores para ser comunicador, um belo dia, fizeram com que ele substituísse o Paulo Lopes (hoje Capital, mas na época, Globo). Virou o substituto de plantão das férias, folgas, feriados não só de Paulo Lopes como de Eli Corrêa (também hoje na Capital). Isso nos idos de 93. Vinha do Rio para cá. Até que em 96 veio cubrir férias e ficou em São Paulo definitivamente (ele é de Niterói). E virou comunicador como queria.

TRIBUNA DO LEITOR-OUVINTE

13ª FESTA DE RÁDIO E TV e ENTREGA DO 1º PRÊMIO CASPERITO

Desenvolvemos o Prêmio Casperito para congratular os trabalhos desenvolvidos em áudio e vídeo pelos alunos do curso de Rádio e Televisão da Faculdade Cásper Líbero.

Afinal de contas, quando se faz uma obra, a grande satisfação está em propagá-la aos quatro ventos submetendo-se assim às críticas e elogios que aperfeiçoam o trabalho. Além de divulgar nosso trabalho e de servir como um incentivo para quem está produzindo, o prêmio presta também uma homenagem a algumas pessoas que democraticamente foram definidas como importantes para os meios em questão.

Durante a cerimônia de premiação homenagearemos Heródoto Barbeiro, uma figura essencial para a radiodifusão brasileira e Marcelo Tas, uma das mais respeitadas personalidades da cena televisiva atual. Para comemorar essa premiação, nada melhor do que uma festa.

13ª Festa de Rádio e Tv Entrega do Prêmio Casperito . Data: 24 de maio a partir das 21h00. Local: OFFICINA MOÓCA - rua Clark 122 Moóca tel.: (11) 6605.2485. Estacionamento no local. Valor: R 20 com OPEN BAR. Informações: www.casperito.blogger.com.br ou premiocasperito@yahoo.com.br

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Conheci sua coluna na Folha Online faz uns 10 dias. Gosto muito de rádio, embora não trabalhe na área, pois sou Analista de Sistemas. Li a grande maioria das colunas anteriores. Meu gosto musical é Rock, mas de qualidade. Sempre fui fã da 89FM, que possui um estilo bem próprio, pois pegava em alguns bairros daqui de Campinas. E qdo ía a SP, ouvia também a Brasil2000 e Mix. Descobri no ano passado a Kiss também.

O dial de Campinas tem crescido bastante ultimamente. O forte tem sido as grandes redes. Aqui já tinha a Antena1 e Nova Brasil e recentemente ganhamos duas novas rádios jovens: a 89 no 2.semestre do ano passado e ontem (19/05)começou a operar a Mix, respectivamente em 89.3 e 97.5 - A exemplo de S.Paulo, ambas tem o estúdio na cidade mas são concessões de outras cidades. A 89 Campinas é uma concessão de Amparo e a MIX Campinas uma concessão de Itu (ou Itupeva, não sei).

No caso da Mix, está usando um prefixo de um grupo que possui outras duas FMs em Campinas (Cidade e Laser), ambas populares (pagode e sertanejo). Resta saber se a Mix arrendou/comprou os 97.5 ou se esse grupo que se filiou a MIX. O único problema com a Mix é que o sinal está muito fraco, não pegando bem em várias regiões de Campinas, inclusive na Zona Norte, onde estão a Unicamp, PUC-Campinas e a maioria dos kitnets estudantis, o grande público alvo da Mix.

Mas acredito que eles verão essa questão da potência, até mandei email pelo site da MIX relatando o problema. Por falar em sinal, a 89 Campinas, apesar do sinal ser um pouco melhor, também deixa a desejar, só que na Zona Sul. Escrevi e responderam que em breve aumentarão a potência, visando cobrir bem toda a cidade.

Enfim, Campinas, com cerca de 1 milhão de habitantes, está agora com o dial bem amplo, apesar de não ser capital de estado, com 4 fortes emissoras jovens: 8, Mix, JP e a Educadora, esta líder até então e pertence a Rede Bandeirantes. Segue abaixo o dial completo, com o segmento.

89.3 - 89 FM (Rock)
89.9 - Jovem Pan (Pop)
91.7 - Educadora (Pop)
92.5 - Cidade (Pagode,Hit Parade)
93.3 - Laser (Sertanejo)
97.5 - Mix (Pop/Rock)
99.1 - CBN (Jornalismo)
100.3 - Morena FM [1]
101.9 - Educativa (Adulto: MPB,Internacional)
103.7 - Nova Brasil (Adulto: MPB)
106.7 - ??? Concessão nova, ainda não opera
107.5 - Antena 1 (Adulto: Internacional)

[1] Era uma freqüência adulta, mas desde 01/2002 está arrendada para a Rede Aleluia. O dono explicou a um jornal de Campinas, na época, após muitos protestos de ouvintes no jornal, que o arrendamento seria por 2 anos. Neste caso, até 12/2003. Curiosamente, após esse arrendamento surgiu a Educativa (101.9), FM da Prefeitura, que acabou aos poucos abrigando o estilo da Morena FM, inclusive alguns programas.

OBS: Dessas 12 concessões, 7 são originais de Campinas e 5 originariamente de cidades da Grande Campinas, mas com estudios baseados aqui: 89 (Amparo), Jovem Pan (Circuito das Águas), Laser (Valinhos), Mix (Itu/Itupeva), Antena 1 (Indaiatuba)..

Tá dado o recado. E parabéns pela coluna

Edson Roberto Setina Bachiega, 32
Campinas

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Violência contra a mulher

Li em sua coluna sobre a violência contra a mulher. Eu acho que devemos parar com as passeatas e com a grana do patrocínio dar bolsas de estudos para que pesquisadores em Vitimologia estudem a real participação da mulher neste fenômeno da violência, por parte do homem. Tempos atrás, li um trabalho de uma psicóloga que trabalhou por anos na Penitenciária Feminina que afirmava que a violência feminina não deixa marcas, não sangra, mas é cruel, irresistível e injusta. Não há formas de fazer corpo de delito em homem machucado, segundo essa psicóloga. A mente ardilosa é uma arma letal da mulher, que sabe atingir o homem onde mais dói. Talvez um estudo sério enfocando esse prisma da questão, seria a redenção de muitos homens, que passariam a ser educados para, de alguma forma, saber lidar com essa 'violência' feminina. É isso... Francisco Marinheiro de Araújo - São Paulo - SP

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Audiência dos programas de esporte

Magaly, acompanho a sua coluna na Folha Online e gostaria de saber se você tem maiores informações sobre a guerra da audiência dos programas de futebol e humos nas rádios FM. Estádio (97 FM), Na Geral (Rádio Bandeirantes) e Galera Gol (Transamérica). Creio que devem ter ocorrido mudanças, pois o Na Geral trocou uma rádio universitária por uma Rede maior e mais abrangente, e a nova estréia da Transamérica, o Galera Gol. [], Sérgio


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Olá olha só o que "Tambor" bate esta semana. Em 1972, se reúnem 100000 membros da comunidade afro-americana no Coliseu de Los Angeles para comemorar o 7º aniversário dos Watts Riot, uma quase rebelião racial que os músicos negros não esqueceram, nem o "Tambor", que nesta terça 21h e sábado 18h repercute o show de Isaac Hayes no evento e ainda tem Daúde, Pablo Milanés, Earl Klugh, Oletta Adams e Simply Red. "Tambor" a musicalidade negra no espaço/tempo pela rádio USP 93,7. Com produção e apresentação de Wagner de Paula

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Olá Magaly, tudo bem?

Um dia desses, relembrando os tempos da minha infância, veio-me na mente, um comunicador que até na primeira metade da década de 70 atuava no rádio.

Era o marquês de Brucutu, tinha o estilo do Zé Bétio, tocava música sertaneja e a velha guarda. Queria obter a sua biografia, como fazer?

Um beijo em cada face.

Luiz

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Mundial do Rio

Oi Magaly, estou em Palmas-TO, tenho 41 anos e faço o sexto período de comunicação. É lamentável que uma rádio como a Mundial do Rio tenha desaparecido. Muitas vezes adormeci com o rádio na cabeceira, ouvindo a 860. Naquela época nos anos 80, era a única rádio com som estéreo, que se conseguia ouvir aqui no antigo norte de Goiás. Saudades! grato, Jackson Lima

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Coloco as mensagens na tribuna para ver se alguém sabe ou tem tempo de responder as questões. Algumas viram pautas e acabo fazendo as reportagens, outras, meus queridos leitores me respondem e coloco aqui as respostas.

Beijos sonoros a todos!

Magaly
Magaly Prado é jornalista e radiomaker. Escreve para a Folha Online aos sábados

E-mail: magalyprado@uol.com.br

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