Pensata

Magaly Prado

29/06/2002

Leitores-ouvintes fazem a coluna deste sábado

A coluna de hoje dá espaço aos leitores-ouvintes, pois minha caixa de email está superlotada. Segue apenas notinha sobre um livro que fala de rádio e futebol. Leiam atentamente pois muitos dos leitores pedem ajuda.

Livro analisa relação entre rádio e futebol
Márcio de Oliveira Guerra, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da UFJF, lança o livro "Você, ouvinte, é a nossa meta - A importância do rádio no imaginário do torcedor de futebol", no qual analisa a relação entre futebol e rádio e traça um histórico da narração esportiva. A obra é resultado da tese de mestrado de Guerra, defendida na UFRJ. O livro é uma publicação da Etc. Editora e deverá ser lançado nos principais Estados do país. Saiba mais no site Comunique-se.


TRIBUNA DO LEITOR-OUVINTE

Olá Magaly, tudo bem?
Já aprendi a acessar tua coluna no Agora. Acabei de ouvir a coluna onde você comenta sobre o programa que vai estrear na Transamérica apresentado pelos ex-casa dos artistas. Que tristeza! Que saudade da Transamérica que entrou no ar em 1975 com o slogan Transamérica FM Double System quadra estéreo, Padrão em Frequência modulada; era uma programação de ótimo gosto.
Aliás, hoje em dia, não tenho vontade em sintonizar freqüência modulada, a não ser uma Nova, uma USP e olhe lá. Um dos motivos é o fato de o dial estar super congestionado de emissoras, ou seja, numa mesma freqüência você ouve ao mesmo tempo várias emissoras, dá pra ser feliz?
Por isso, pode me chamar de quadrado, acabo preferindo o AM.
Outra coisa: gostaria de saber se o esquema tresloucado da Jovem Pan na cobertura da Copa deu ibope. Para mim que tenho a tal emissora como referência para esporte e jornalismo, não me agradou, pois, por ser deficiente visual, interessa acompanhar ao vivo a transmissão do jogo em si.
Agora, como é que você explica o fato de outras redes que presumidamente são menores, como é o caso de duas rádios católicas de São Paulo, ou seja, América e Nove de Julho, ligada a duas redes, estarem transmitindo ao vivo?
Amiga, já amolei bastante, por hoje é só.
Um abraço.
Luiz Carlos Guilherme

Resposta: Caro Luiz, realmente as emissoras colocam famosos no ar para economizar o borderô e ganhar espaço de divulgação com as beldades. Esquecem que o rádio se faz com boa comunicação e não com boa forma física! Sobre a Jovem Pan na Copa, vamos ter que esperar o resultado do Ibope para saber no que deu, né? Quanto as duas outras rádios que estão transmitindo, não estão fazendo de modo oficial, você ouviu a transmissão? Me conte. Vou tentar checar! Um outro abraço.

-----------------
Prezada Magaly, vc é aquela da USP FM??? Se for, é um prazer maior ainda. Bela voz. Bom, quanto à Rádio Itatiaia:
A maior e mais completa cobertura da Copa do Mundo pelo rádio
está sendo feita, sem dúvida, pela Rádio Itatiaia (AM 610 / FM 95,7), de Belo Horizonte, e pela rede Itasat que conta com 53 estações filiadas. O investimento chega a casa dos US 600 mil. Foi enviada a maior equipe do rádio brasileiro: 13 pessoas.
Os narradores/âncoras - Willy Gonser, Mário Henrique (aquele mesmo do Sportv), Milton Naves e Alberto Rodrigues. O comentarista Fernando Sasso (Tá no Filó, se lembram?!). Os repórteres: Wellington Campos, Roberto Abras e Álvaro Damião. E a equipe de apoio técnico: Cláudio Carneiro, Ludmila Carneiro, José Olímpio, Antônio Carlos Pereira e Rodrigo Antunes.
Em Seul, foi montado o mais completo e moderno centro de imprensa do rádio (mesmo esquema da Olimpíada de Sydney 2000). Até o final da Copa, serão 42 jogos transmitidos. A nossa cobertura é feita nos quatro programas de esportes diários:
Tiro de Meta, 6h às 6h30; Rádio Esportes, 11h35 às 12h25;
Turma do Bate Bola, 18h05 às 18h50 e Apito Final, 23h10 às 0h.
São feitas duas participações no Jornal da Itatiaia 1a. edição
(6h30 às 8h30) e 2a. edição (12h25 às 12h30), e os boletins
Copa em Um Minuto, de hora em hora: 08h30, 9h30...etc. etc.
Além disso, temos O Povo na Copa, direto das ruas, quatro
vezes ao dia, repercutindo os assuntos de momento no Mundial.

Resposta: Uau!

-----------------

Olá, Magaly Prado! Em primeiro lugar, quero parabenizá-la pela ótima coluna; nós, radialistas, lamentamos que apenas alguns poucos divulguem e informem as novidades do nosso "querido dial". Sou jornalista e locutor profissional, atuei como repórter e âncora da rádio Eldorado AM, além de diversas emissoras na Baixada Santista (Mix, Litoral, entre outras) e fui repórter na TV Cultura e no Canal 21, da Rede Bandeirantes. Achei muito interessante a reportagem desta terça-feira, sobre a Rádio News [no Agora São Paulo]. O mercado anda tão capenga que temos que comemorar a chegada de novas emissoras. Gostaria de saber o endereço ou telefone/e-mail desta rádio. Muito obrigado pela atenção e ficarei aguardando um contato.
Abraço, marco antonio abreu

Resposta: o endereço, Marco, é avenida Paulista, 2.200 ou 2.198. Aquele prédio verde com antena em cima, perto da av. Consolação, repleto de rádios (deve ter uma dezena delas).

-----------------

Prezada Magaly: na sua apreciada coluna de 08.Jun.02 foi publicada a relação dos indicados para o Grammy Latino. Entre as categorias estão Melhor Álbum, Rock Brasileiro, Samba, MPB e Sertanejo. Embora samba e sertanejo sejam essencialmente música popular brasileira (MPB), as duas categorias aparecem em adição a 'melhor álbum' quando, todas, são intrinsecamente MPB.
Entretanto não há indicações para julgamento dos muitos lançamentos de forró que, verdadeiramente, se constitui numa miscelânea de categorias musicais bem distintas e de indiscutível importância na indústria fonográfica brasileira.
O forró é como o samba pois agrupa uma variedade de categorias bem distintas. Aliás é bem provável que o número de lançamentos anual de forró seja até maior do que o número de lançamentos sertanejos. Assim sendo, não vejo por que os organizadores discriminam o estilo nordestino que poderia até ter duas categorias: o forró estilizado (aquele das bandas com instrumental metálico com influência jazzística e que se apresentam com coreografias) e o pé-de-serra (o dos trios com sanfona, zabumba e triângulo).
Aliás, sem querer ser impertinente, não se pode deixar de ignorar hoje em dia, o estilo brega como distinto de todos e que sofre uma discriminação difícil de explicar. Só consigo explicar a discriminação contra a música brega pelo seu nome: como os temas das letras são, na sua grande maioria, românticas, que falam de amor sofrido, incompreendido, insano, frustrado, e que são ouvidas a cada instante nas máquinas de discos a ficha dos bares e boates das zonas de meretrício conhecidas na gíria, especialmente no Nordeste, como brega. O estilo ficou marcado pelo nome dos ambientes onde têm maior aceitação. Assim, no início, a música dos bregas (baixos meretrícios) tinha conotação pejorativa e era, essencialmente, uma música que cantava singelamente o sofrimento entre ardorosos amorosos frustrados ou impedidos ou que chorava a traição do/da amante ou parceiro. Mas não é o caso hoje em dia. Há, pelo Nordeste afora, bandas que se qualificam como "bandas de música brega" e que fazem muito sucesso e vendem seus CD's nas melhores lojas (como a pernambucana "Labaredas"). Reginaldo Rossi aceita a pecha de cantor brega mas tem vendido muito bem pelo Brasil afora. Ademais, na medida do sucesso do estilo, as letras passaram a ter melhor tratamento poético/estilístico (embora seja ainda gravada. Muita música brega de péssimo gosto, mas isto é compreensível como do próprio do popularesco).
Certamente as categorizações do Grammy Latino deveriam incluir outras categorias de música latino-americanas uma vez que as relacionadas na sua coluna são especificamente brasileiras.
Assim sendo, o que deve ser posto em julgamento seria um Grammy Brasileiro com julgamento destas categorias de música da indústria fonográfica brasileira. Espero que estas observações possam ser úteis aos organizadores do concurso destas categorias musicais brasileiras a serem premiadas com o título de premiação americano.
Didymo Borges
Recife

Resposta: Valeu, Didymo, muito pertinente o que você escreveu.

-----------------

Prezada Magaly, outro dia eu estava fazendo umas pesquisas na internet para a minha monografia, que trata da "Semana de Arte Moderna de 22 e o Mecenato Paulista", e no metaminer do uol encontrei a matéria sobre o programa na Rádio Eldorado AM. Achei muito interessante, e pelo que li, foi um trabalho de certa forma ligado ao excelente trabalho de Márcia Camargos. Bem, o fato de eu estar entrando em contato com você é, em primeiro lugar, parabenizá-la pelo programa, pois o tema da Belle Époque é muito esquecido na nossa história. E gostaria também de saber também, se há alguma possibilidade (desculpe ser tão atrevida! ), para que eu possa ver esse material (a gravação do programa etc.) e também um possível contato com a Márcia. Sou estudante do último ano do curso de História, e uma das principais influências para a escolha do tema foi justamente o "Villa Kyrial". Agradeço desde já uma resposta sua.
Atenciosamente,
Daniela.

Resposta: Autores, respondam!!! Daniela, eu me lembro de ter anunciado um programa da Belle Epoque do Vicente Adorno e não da Márcia Camargos, que também conheço. Ela é mulher do Vladimir Sachetta, que trabalhou comigo nos idos de 80. Se um deles, ler...

-----------------

Magaly, sou aluno do 3º ano de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, estou fazendo um trabalho de avaliação sobre a Rádio Eldorado AM (jornalismo) para a disciplina de radiojornalismo. Já obtive muitas informações no site da rádio e um dos integrantes do meu grupo visitou a rádio, mas como eles estão em reforma, o mesmo não obteve muitas informações. Você teria algum material que pudesse me mandar via e-mail mesmo ou algum relato seu. Seria muito importante para mim.
Muito Obrigado
Dênis Medeiros

Resposta: Denis, vou colocar aqui, na coluna, pois alguém pode ler e te ajudar.


-----------------

Até semana quevem, pessoal!

Beijos,

Magaly
Magaly Prado é jornalista e radiomaker. Escreve para a Folha Online aos sábados

E-mail: magalyprado@uol.com.br

Leia as colunas anteriores

//-->

FolhaShop

Digite produto
ou marca