Pensata

Magaly Prado

10/08/2002

Elvis não morreu

Rádios prestam homenagem ao rei do rock'n'roll. Programas pipocam nas grades de programação. Acompanhe a Kiss, por exemplo, que durante toda a semana vai dedicar programas inteiros ao garotão de Memphis (nascido no Mississippi, porém estourado como o relâmpago de Memphis). Vai levar estudiosos do músico para comentar sobre sua vida e obra. Um deles, o escritor Ayrton Mugnaini, que lançou anos atrás, uma das biografias de Elvis, contará curiosidades da carreira do cantor que introduziu dança sensual nos idos dos anos 50, provocando a maior rebordosa entre as moçoilas da época das lambretas.

Enquanto isso, programete que conta iniciativas de melhorar a qualidade de vida no trabalho estréia na Bandeirantes. São quatro programetes inéditos (de cerca de dois minutos e meio) por semana que tratam de assuntos que possam melhorar a vida profissional das pessoas.

O programa vai ao ar nos horários dos jornais "Bandeirantes Gente" (das 7h30 as 10h) as segundas e quintas e "Três Tempos" (das 18h as 19h) as terças e sextas.

"É voltado aos que trabalham de um modo geral e procura falar tudo que envolve a vida profissional deles", diz Wilson, da imais9.

As matérias do programa "Vida Profissional" terão ênfase em benefícios, incentivo, saúde, educação e treinamento, produtividade, remuneração e tecnologia voltada para o setor, terceirização, e reciclagem, recrutamento e seleção, responsabilidade social e voluntariado, ambiente físico de trabalho.

A prioridade do programa será a divulgação de cases de sucesso em empresas.

Ouvi o programa de estréia que analisou um case de sucesso. Falou do projeto "Travessia 2005", da empresa Amex, um movimento para preparar processos de mudança nas metas com participação de funcionários. Seus depoimentos eram positivos: "aproxima escalões", "novos desafios", "estou bem motivado", diziam.

O segundo programa achei bem mais interessante. Contava sobre o projeto "Magia do Riso", da Serasa, que visa trocar o trabalho por malabares e fantasias de palhaço. Depoimentos dos organizadores contaram que entrosar o humor e proporcionar habilidades que não fazem parte do dia-a-dia, reduz o estresse. Os profissionais da empresa relataram que se livraram da timidez, perderam a inibição, criaram sinergia e tiveram criatividade aflorada, eram os palhaços Peteleco, Polenta, Sonrisal e Amendoim, todos profissionais mais alegres, hoje em dia.

A produção do programa "Vida Profissional", no ar em rede pela Bandsat (60 afiliadas), é da Agência de Comunicação imais9 assinada conjuntamente pela rádio Bandeirantes e pela Sodexho Pass, multinacional francesa da área de benefícios que no Brasil atua com cheque alimentação.

A produção do "Vida Profissional" no ar em rede nacional pelo sistema Bandsat, que inclui cerca de 60 afiliadas, é da imais9 assinada conjuntamente pela rádio Bandeirantes e pela Sodexho Pass, multinacional francesa da área de benefícios que no Brasil atua hoje em dia sob as marcas "Cheque Cardápio", "Transchek", "Refeicheque", "Unik", entre outras.

Para produzir o programa o departamento de multimídia da imais9 foi reforçado com a contratação das jornalistas Lucila Pinto (editora-chefe e apresentadora), Simoni Boiati (repórter) e Juliana Frigieri (apuradora).

"Para garantir a credibilidade e interesse jornalístico do programa foi criado um conselho editorial formado por cinco profissionais: um diretor da imais9; um representante do jornalismo da rádio Bandeirantes; um representante da Sodexho Pass; um jornalista do mercado sem ligação formal com nenhuma da três partes; e a editora-chefe Lucila Pinto", diz Wilson.

O projeto do "Vida Profissional" é fruto do desenvolvimento da área de produção de conteúdo através da mídia rádio, que já estava em prática na imais9 desde a produção da campanha "Não fique mudo", criada e produzida para a Telefônica, e com estréia também marcada para este mês. São spots de 15'' e 30" que vão entrar em uma série de rádios do Estado de São Paulo, incluindo as principais jornalísticas (Bandeirantes, Eldorado, Jovem Pan e CBN).

O objetivo da campanha é estimular denúncias de roubo de cabos telefônicos e depredação de orelhões. A imais9, agência de comunicação dirigida que atua nas áreas de design, eventos e marketing promocional, amplia sua atuação na produção de conteúdo, com soluções inteligentes para seus clientes.

Com experiência na produção de vídeos institucionais e motivacionais, em si um diferencial de mercado, visto que a maioria das agências terceiriza esse tipo de produção a imais9 agora começa a atuar na criação e produção de programas de rádio customizados.

Se for para dar exemplos e melhorar nossa qualidade de vida, está valendo!

TRIBUNA DO LEITOR-OUVINTE

Cara Magaly, Ficamos felizes de ler em sua coluna sobre a volta da Fluminense ao FM. Há 4 anos, levamos ao ar, na FM Tropical, aqui de Natal, um programa chamado. De Volta ao Circo Voador. O De Volta é dedicado exclusivamente à música e à história do BRock dos anos 80 e a 'maldita' é referência permanente, junto com o próprio Circo Voador. Valeu! Solino & Kawasaki. De Volta ao Circo Voador.

oi magaly,através do site do planeta rádio descobri o seu e adorei,bom moro, em belo horizonte e sou apaixonado por rádios,aqui em bh como em todo brasil estamos perdendo muitas emissoras para grupos religiosos,e foi na sua coluna que vi uma notícia boa para belo horizonte é que a rede nova brasil fm chegará a bh em 2003,gostaria de saber se já tem alguma previsão de quando,fui ao rio e ouvi essa emissora e adorei não entendi porque ainda não tinha chegado a bh.por favor se souber quando ela chegará gostaria de saber. abraços,

henrique alves de souza mourão. belo horizonte-mg

A "VOLTA DA MALDITA" E EU

Luiz Antonio Mello

Escrevo este esclarecimento porque recebi muitos e-mails de ouvintes da ROCKNET perguntando se eu faço parte da chamada 'volta da Maldita'. Não. Não faço parte. Não faço parte, e em nenhum momento fui informado, comunicado, avisado pela direção da rádio sobre a existência do projeto. Teria que ser avisado? Não, eles não tem que dar satisfações a ninguém.

Soube da 'volta da Maldita' através de e-mails de ouvintes da ROCKNET, alguns questionando se a Fluminense AM pode juridicamente utilizar o nome 'Maldita'. Pode sim. Apesar de ter sido criado por mim, Serginho Vasconcellos e Amaury Santos na madrugada de 1o. de março de 1982, o slogan 'Maldita' está registrado no INPI pelos donos da Rádio Fluminense. Ou seja, a 'Maldita' é deles, como os discos de Jimi Hendrix foram de terceiros, e não dele, durante anos e mais anos.

Muita gente pergunta se estou revoltado, indignado, enfurecido com a situação. Não, não estou. Tanto que até e-mail para lá mandei, desejando boa sorte, oferecendo músicas e sugerindo programas. Por que? Porque sou assim mesmo, o que uns classificam de altruísta e a maioria de babaca. Estou triste, estou sim, pois esperava pelo menos um telefonema do tipo 'Luiz Antonio, vamos botar uma rádio chamada Maldita no ar no dia tal'. Eu espero e vou seguir a vida esperando atitudes bacanas das pessoas. Fora isso não acredito em volta de 'E o Vento Levou', 'Beatles', 'Led Zeppelin', Leonardo da Vinci, Carlos Lamarca, Renato Russo, e, obviamente, da Maldita. Por que? Porque o tempo não pára, e como bem escreveu Nelsinho Motta 'nada do que foi será/ de novo do jeito que já foi um dia'.

Minha história com a rádio Fluminense FM, a verdadeira Maldita, está integralmente publicada em meu livro 'A ONDA MALDITA - COMO NASCEU E QUEM ASSASSINOU A FLUMINENSE FM', 364 páginas, cuja nova edição já está à venda no portal Grandes Autores (www.grandesautores.com.br). É só acessar, fazer o cadastro e o livro chega as suas mãos. E vai ser a ÚLTIMA EDIÇÃO pois ou eu enterro a verdadeira Maldita ou ela acaba me trucidando, pois esse mito me assola há mais de duas décadas. Vai fazer 20 anos em 2002!!!!! Adoraria distribuir esse livro para todo mundo, de graça, mas isso é impossível pois até motocicleta vendi para fazer essa edição. Afinal, trata-se de uma edição independente, e por isso LIVRE!!!!!!! Conto muito com todos vocês na divulgação deste trabalho que me custou duas úlceras no estômago, 17 cálculos de vesícula e uma mesa de cirurgia. Aline Rios, que fez o livro comigo, também foi no limite do stress. Mexer com a 'minha' Maldita é mexer com a minha vida, melhor dizendo, com os diamantes de minha vida.

Está clara a minha posição? Se está clara, por favor enviem esse texto para o maior número possível de pessoas. É um pedido. Forte abraço. LAM.

***

Olá, Magaly, tudo bem? Volto a te escrever para reclamar da Eldorado FM. As mudanças que vem sendo paulatinamente operadas na programação têm alguns aspectos positivos: deu um certo vigor juvenil à programação e tornou a rádio mais moderna, mais, digamos, esperta. Por outro lado, aumentou a repetitividade e a obviedade e, o mais grave de tudo, a rádio vem criminosamente editando músicas mais longas, para torná-las num formato mais radiofônico. Tal conduta é inaceitável, principalmente para uma rádio que se jacta de ter os 'melhores ouvintes'.

Será que sempre teremos um preço a pagar quando se resolve modernizar, melhorar ou dinamizar uma programação de rádio? Deixo essa pergunta no ar. Sem mais, agradeço a atenção! Sidnei Brito - São Paulo
Magaly Prado é jornalista e radiomaker. Escreve para a Folha Online aos sábados

E-mail: magalyprado@uol.com.br

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