Pensata

Magaly Prado

05/10/2002

Muda diretoria da Kiss e Maria Lídia sai da CBN

A semana está agitada. Paulo Abreu garante que a Kiss não morreu, só mudou de dirigente. CBN Total sem Maria Lídia depois de sete anos no ar, dá chance ao emergente Adalberto Piotto e diminui presença da mulher no rádio. Conto mais a seguir.

"CBN MAIS MASCULINA"

Maria Lídia foi surpreendida na quinta-feira com o corte. "A Mariza [Tavarez] foi muito educada e falou da reestruturação da rede, apresentou este lado", disse Maria Lídia. "Eu sabia que a casa queria fazer tudo em rede". Mas o que foi surpreendente para Maria Lídia é que seria normal que ela, uma profissional experiente pudesse encampar o novo projeto.

"Tenho dois pezares, um o meu, o pessoal, porque gosto muito da CBN, sempre foi muito bom trabalhar lá, pelas relações e poder fazer um trabalho de qualidade e o outro é que a rádio ficou muito masculina nos horários de expressão. Só a Roxane Ré, que é muito competente, mas que está em um horário de menor audiência, à noite. Esta é a perda, pela questão de gênero. Uma luta que vem por tantos anos, desde o século passado. E a CBN tem uma marca progressista, moderna, com responsabilidade social e precisa corrigir este perfil que se consagrou", desabafa Maria Lídia como mulher e não simplesmente como âncora.

"Neste aspecto, ela fechou uma porta importante, a da igualdade de oportunidades. Aí , eu lamento", completa Maria Lídia.

Só para lembrar, Maria Lídia foi a primeira mulher comentarista de notícias no rádio, no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, por cerca de três anos. Na rádio Record FM, foi a primeira novamente a ter um programa jornalístico em FM. Ficou lá por seis anos e, apesar dos protestos na época, porque era muita falação, ganhava das concorrentes maduras.

Ela conta que a casa é boa e o trabalho digno. "O CBN Total não era paulistano, não o foi por muitos anos, se tornou paulistano por uma orientação da própria casa, como segui", explica ela.

CBN à tarde
Tudo começou com a saída do Marco Aurélio, que fazia o CBN Total para as 22 afiliadas, enquanto Maria Lídia fazia a versão paulista, já que ia para Campinas, Ribeirão Preto etc. Assumiu Adalberto Piotto, o âncora-coringa, que já havia comandado o Jornal da CBN, CBN Brasil, CBN São Paulo...

Dei no Agora
O âncora, que substitui dois comunicadores de uma só vez, Maria Lídia e Marco Aurélio, passa a falar para o Brasil todo como cabeça de rede direto de São Paulo.

Ambos ancoravam o CBN Total, de segunda a sexta, das 14h às 17h, a primeira em São Paulo e o segundo em rede nacional. Até hoje, Piotto ainda mantém a produção com o programa local, como fazia Maria Lídia.

O comunicador começou de sopetão na quarta passada quando a jornalista e Marco Aurélio saíram da CBN. Ele fazia o "CBN Sintonia" em rede, nos fins de semana, e quem o substitui é Éverson Passos.

"É difícil, mas dá para falar para o Brasil todo. Os blocos locais contemplam a prestação de serviços, que é o forte do rádio", diz Piotto, que está na CBN desde 98.

Piotto reforça que o lado bom de ser rede é, quando se tem um bom assunto, poder levá-lo a todos os ouvintes. Ele diz que o programa é como uma revista, mas frisa que quando fala em revista, dá a entender que o enfoque é cultural. No entanto, garante que vai falar de cultura também porque é muito importante, mas falará de outros temas, que não possuem espaço suficiente nos jornais.

"É um desafio e, por isso, é motivador", completa Piotto, que já passou por quase todos os programas da casa. "Só não fui para a madrugada."

Marco Aurélio foi para a Globo
A história começa com a saída do âncora do "CBN Total" em rede (menos SP) para a Globo. Ele entra no "Papo de Botequim", que virou "Quintal da Globo". É o que conta Mariza Tavares, diretora geral de jornalismo. "O Marco Aurélio possui um conceito de rede muito arraigado", diz ela.

Marco era replicado para 22 afiliadas. "Para a Globo, foi uma ótima aquisição, fico triste pela CBN", conta Mariza. Sobre Maria Lídia, Mariza disse só ter elogios. "Ela é a grande lady do rádio." Como Maria Lídia estava distante das afiliadas, optaram por Adalberto Piotto para o novo CBN Total nacional. "Estava na hora de apostar em um talento emergente."

Nestrovski estréia segunda na AM
Estréia esta segunda o programa "Música Popular Brasileira Hoje", de Arthur Nestrovski na Cultura AM, de São Paulo. Segunda passada estreou na Cultura FM. Terá uma semana de defasagem. Na verdade, é um programete, pois sua duração é de cinco minutos que vai ao ar de segunda a sexta. No FM, entra como módulo do programa "Ouvido Absoluto", às 16h55, no AM, solto na programação, às 16h40. São 99 programas ao todo. 99 porque tem como base o livro "Música Popular Brasileira Hoje". Trata-se do 50º volume da coleção Folha Explica, organizado por Nestrovski. O programa de rádio é em cima dos 99 textos de 99 autores sobre 99 artistas em atividade.

Nestrovski além de editar e organizar a coleção, fez a apresentação do livro, um especial triplo, com 320 páginas e 99 fotos. Custa R$ 16,90. Em geral, os livros da coleção Folha Explica possuem no máximo 128 páginas.

O programa de rádio é uma versão compacta e, obviamente ilustrada com músicas de fundo e uma música inteira no final. Quando o texto menciona uma música, é essa que vai tocar, quando não, Nestrovski escolhe com ajuda da produção da Cultura: Glaucia Molina e Adriana Braga.

Ao término da série dos 99 programas, é provável que reprisem, segundo Nestrovski. Ele conta que ligou na emissora para propor o projeto. Nestrovski já havia dado uma entrevista sobre o livro no programa "Ouvido Absoluto" e já tinha idéia de fazer um programa curto, o que parecia conveniente para a Cultura FM, que só toca música clássica e agora na AM, que é segmentada em MPB.

Quem conhece Arthur Nestrovski de seus artigos na Folha, na qual escreve há 10 anos, sempre leu sobre música erudita. Estranhamente, Nestrovski ele possui conexão com a MPB.

O livro pega essa vertente, não inclui somente críticos de plantão como Ruy Castro, Sérgio Augusto, Tárik de Souza, Zuza Homem de Mello, mas também pessoas de outras áreas. Nuno Ramos, por exemplo escreve sobre Paulinho da Viola. Ana Miranda sobre sua irmã, Marlui.

O livro não se refere apenas a considerada MPBzona, tanto que traz de Patife a Sepultura, dentre seus 99 escolhidos por Nestrovski.

Não é 100 para não deixar margem a considerar "Os 100 Mais". "99 é um recorte generoso, representativo e não exaustivo", diz o organizador que acrescenta que sempre sobrará uma vaga para cada leitor e/ou ouvinte inclua quem ele acha que ficou de fora, é um espaço simbólico. "Uma idéia do que é e de como se pensa a música popular brasileira. Daí o interesse em convidar além de musicólogos e críticos, pessoas de outras áreas."

Quem quiser saber mais, ouça a CBN, às 22h40, na segunda. Nestrovski dá entrevista, provavelmente para Roxane Ré, a única âncora mulher que sobrou na emissora depois da saída da Maria Lídia.

Kiss FM não morreu
É o que diz Paulo Abreu, dono da rede CBS, que agrega a Kiss, entre outras emissoras. Ele contou que Adhemar Althieri, o diretor anterior, pediu para sair, e ele, comodamente, aceitou. Colocou Evaldo Vasconcellos atual coordenador da rádio News e ex- Alpha para cuidar da Kiss.

Paulo Abreu chamou Ritchie, da Tupi, para dar reforço na equipe, que está desfalcada e garante que a programação não vai mudar. Continua com os clássicos do rock que estava agradando cada vez mais ouvintes das classes AB.

Metade da equipe debandou, mas Dani Mel, Morcego e Holandês Voador permanecem, segundo Paulo Abreu.

Ele me contou muito mais...só que hoje estou atolada de coisas a fazer...semana que vem, desovo!

***

Depoimento Kubrusly
Pedi ao Maurício Kubrusly para falar do rádio na vida dele (principalmente da fase da Excelsior), leia:

"Rádio é o mais quente, o mais íntimo, o mais. Morro de saudades do tempo em que estive no avesso do ouvinte, inclusive na Nova Excelsior, que veio na sequência da Máquina do Som. Slogan da programação: 'A única rádio que nunca toca da mesma faixa duas vezes'. Não, não é ficção, desejo, sonho, discurso de político em campanha. É possível, sim!, fazer uma rádio sem aquilo que, em português, a turma chama de 'play list'. Mais importante: um monte de gente fica sintonizado exatamente porque a Nova Excelsior não repetia. Isso não quer dizer que suspiro pelo passado e só. O rádio de hoje continua cheio de invenção, ousadia, inaugurações. Basta ficar zapeando das sintonias - sem esquecer da AM, claro!"

***

A Litoral FM vai cobrir para o litoral paulista o dia da votação e apuração, amanhã. A sintonia é 91,9 e transmitem para Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Tem mais informações no site www.litoral.fm. O sinal está também na Internet, a partir do site. Os estúdios já podem ser vistos através de câmeras 24 horas, também via Internet, e as notícias que forem ao ar no dia também estarão sendo disponibilizadas no site.

Jovem Pan nas eleições 2002
A Jovem Pan se mobiliza para realizar a cobertura das eleições do rádio brasileiro. Cerca de 150 profissionais trabalharão em todo o país, informando e prestando serviços à população.

Em São Paulo, a Jovem Pan fará a cobertura da capital e cidades do interior. A emissora acompanhará cada um dos candidatos à Presidência da República, ao Governo do Estado e ao Senado. São cinco eleições neste ano: para Presidência, Senado, Governos Estaduais, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas e a expectativa é de que desta vez, a marcha da votação será demorada.

A Jovem Pan vai prestar serviços hoje e amanhã. Está nas ruas com os repórteres a partir das cinco da manhã, divulgando pesquisas de boca de urna e analisando o cenário político brasileiro.

A emissora também preparou um esquema de acompanhamento das apuraçães minuto a minuto, com linha direta no Tribunal Superior Eleitoral (Brasília) e no TRE de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Pan apresenta debates sobre as eleições 2002, nos estúdios da emisssora com comentaristas, cientistas políticos e convidados analisando os novos rumos do país.

***

De Olho na Notícia está de volta!
Produzido por Newton Flora, na rádio Trianon AM (740 kHz) das 17h30 às 18h45, de segunda a sexta.

***

Tolerância Zero é entrevistada por João gordo

O grupo indaiatubano Tolerância Zero é o entrevistado do programa radiofônico de João Gordo amanhã, às 21h30 na 89 FM (89.1 em SP e 103.9 na região). No programa, a banda fala sobre a gravação do segundo álbum, ainda sem nome definido e da turnê que fizeram com Sabotage e Pavilhão Nove (A invasão).

Linha de Frente
Comemorando os 60 anos no ar, a Jovem Pan AM estréia novo programa abrindo os microfones para formadores de opinião debaterem sobre temas nacionais

A Jovem Pan AM (620 KHz), marca de credibilidade com mais de 115 emissoras afiliadas em todo o Brasil, está lançando um projeto impactante em sua programação. Acreditando no veículo Rádio como formador de novas cabeças e cidadãos mais conscientes, convidou alguns brasileiros que fazem parte de nossa história para falarem sobre o Brasil.

São economistas, empresários, juízes, professores, tributaristas formadores de opinião e nomes ligados à nossa cultura e educação. Fazem parte deste time nomes como: Antonio Ermírio de Moraes, Nizan Guanaes, Denise Frossard, Carlos Alberto Parreira, David Uip, Pinheiro Neto, Ives Gandra Martins, Luiz Carlos Barreto, Paulo Rabelo de Castro, Eva Wilma e Chico Anísio.

Os boletins vão ao ar durante todo o dia, durante a programação da Jovem Pan AM-SP e em todo o Brasil, pela Rede Jovem Pan Sat.

Os comentaristas são: Antonio Ermírio de Moraes, Nizan Guanaes, Denise Frossard, Carlos Alberto Parreira, David Uip, Pinheiro Neto, Ives Gandra Martins, Luiz Carlos Barreto e Paulo Rabelo de Castro, Eva Wilma, Chico Anísio.

***

O programa Museu da Pessoa: A Memória do Cidadão, veiculado diariamente pela Rádio Cultura AM, completará na próxima semana três meses no ar, sempre apresentando detalhes que fazem parte da memória de brasileiros e imigrantes anônimos. Entre os depoimentos que serão veiculados nesta semana, está o da paulistana Marlene Rago, sobre um episódio curioso de sua infância:

"A minha escola, eu, fica até meio engraçado. Mas eu, quando criança eu era assim um tanto quanto tímida. Não era uma criança assim de fazer folia, uma criança sapeca, né, eu não fui uma criança sapeca. Então eu prestava muita atenção na aula, depois meu pai ele não era severo, não era rígido, não era de exigir, mas eu sabia que eu tinha que tirar boas notas, tinha que estudar. E tinha uma tia professora também, então ficava chato, né, não estudar direito, tal, ainda mais primeira sobrinha, né, todo mundo fica ali, né, querendo ver se faz tudo direitinho e tal. Então eu era aplicada, eu estudava, eu prestava muita atenção. Então eu tirava sempre notas altas e recebia todo mês um boletim especial de parabéns. E uma vez, as meninas na escola quiseram me bater. Por causa disso eu quase apanhei, formaram um grupinho, aí meu pai precisou conversar com o diretor da escola, porque eu ia apanhar das meninas."

Veiculado de segunda a sexta, às 8h55; aos sábados, às 9h30; e aos domingos; às 7h55 (com reapresentação diária às 20h55) Museu da Pessoa: A Memória do Cidadão é produzido em parceira pelas equipes do Museu da Pessoa, da Paulo Marra Assessoria de Comunicação e da Rádio Cultura AM.

TRIBUNA DO LEITOR-OUVINTE

POLÍCIA FEDERAL E ANATEL QUEREM FECHAR A RÁDIO MUDA, RADIO LIVRE DE CAMPINAS - SP - BRASIL

Abaixo vai o manifesto do Coletivo da Rádio Muda, e depois um modelo de abaixo assinado. Por favor enviem os abaixo assinados, cada vez que chegarem a 200 assinaturas, para radiomuda@lists.riseup.net para que sejam devidamente encaminhados à esfera pública.


LIBERDADE NO AR

um ano depois, eles voltaram...

Nos últimos meses foram lacradas inumeras rádios, livres e comunitárias em todo país. Dentre elas algumas das mais significativas no movimento pela democratização dos meios de comunicação : Rádio Restinga de Porto Alegre, Bicuda do Rio de Janeiro, Rádio Comunitária Santa Cruz (RS), Rádio Comunitária de Sorocaba. Na Grande Belo Horizonte foram fechadas nos últimos meses mais de 50 rádios.

Hoje, 01/10/2002 por volta das 15h recebemos a visita de dois agentes que, em carro com placa de Brasilia-DF, mesmo sem se identificarem, afirmaram estar de posse de um mandado de busca e apreensão para o lacramento da Rádio Muda FM, que há mais de 12 anos funciona abertamente na praça central da Universidade Estadual de Campinas. É autogerida por um coletivo composto por estudantes e funcionários da Universidade e moradores da região.

Apesar de não ser concessionada pelo Ministério das Comunicações, a rádio transmite sem fins lucrativos, prestando um grande serviço à comunidade. Seu fim principal é a liberdade de expressão.

Ano passado já houve uma tentativa de fechamento sem sucesso. A rádio continuou operando a despeito dos riscos de uma nova investida da Policia Federal e da ANATEL, que argumentam a ilegalidade da rádio. No entanto, no entender de dezenas de juizes federais brasileiros, a iniciativa é legal do ponto de vista da Constituição Brasileira, artigo quinto, e do pacto de San José da Costa Rica, 1969, e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. Todos os dispositivos contrários à Carta Magna, nossa Constituição, como a lei 4117/62 que dispõe sobre crimes de telecomunicações estão revogados. Seu valor jurídico atual é nenhum. A atividade de radiodifusão não pode ser tipificada por si só como crime. A desobediência civil, então, se faz necessária.

O objetivo dessa mensagem é alertar mais uma vez à sociedade para a fragilidade da democracia na qual vivemos.

Continuaremos transmitindo!!! Rádio Muda 2 x 0 ANATEL

ass: Coletivo Rádio Muda

ABAIXO ASSINADO: QUEREMOS A MUDA NO AR!

A Rádio Muda vem há mais de 12 anos prestando um serviço essencial à comunidade de Campinas e ao Brasil, ao amadurecer um projeto coletivo que visa abrir espaços à liberdade de expressão e ao intercâmbio de bens culturais, com destaque para aqueles produzidos dentro da universidade e na periferia, sem a perversa mediação do mercado, mas com vistas à genuína formação de uma sociedade civil vigorosa. Com sua prática e com seu exemplo, a Rádio Muda vem contribuindo para a circulação livre de bens culturais e de informação, sem discriminações de raça, credo, ideologia política, gênero e origem social. A concepção de rádio livre é aquela que busca criar espaços para que todos possam se expressar e se comunicar. Agora a Rádio Muda está ameaçada de fechamento pela Polícia Federal e pela ANATEL. Nós, cidadãos que assinamos abaixo, espontaneamente resolvemos afirmar que consideramos a continuidade das atividades da Rádio Muda e de to! das as outras rádios livres e comunitárias honestas vital para o amadurecimento da cidadania no Brasil, amparada pela Constituição brasileira e por tratados internacionais, e legítima perante a sociedade.

Não deixe de conferir as novidades do

TRIBUTO AO RÁDIO DO RIO DE JANEIRO:

Exclusivo: Saiba qual foi a igreja que arrendou a FM 89,3 carioca, na 'História da Nova Brasil FM'. Proteste contra este absurdo, mandando mensagem para novabrasilfm@novabrasilfm.com.br.
Magaly Prado é jornalista e radiomaker. Escreve para a Folha Online aos sábados

E-mail: magalyprado@uol.com.br

Leia as colunas anteriores

//-->

FolhaShop

Digite produto
ou marca