Vaguinaldo Marinheiro
23/03/2003
Quando os EUA bombardearam e invadiram o Afeganistão, no final de 2001, diziam que estavam lá para derrubar o Taleban, regime que dava abrigo ao terrorista Osama bin Laden. O Taleban caiu com um sopro, mas aquela guerra ainda não acabou, uma vez que seu real objetivo, eliminar Bin Laden, ainda está para ser realizado. Na última semana, tropas estavam atrás do terrorista em mais uma megaoperação.
Mesmo sem cumprir a primeira missão (e por saber que ela é de difícil execução), Bush filho partiu para o segundo nome na sua lista de inimigos: Saddam Hussein, aquele que carregaria uma imensidão de pecados, entre eles a proteção e o financiamento de (outra vez) Bin Laden.
Primeiro, Bush e seus conselheiros disseram à comunidade internacional que era preciso desarmar o Iraque. Saddam, que parece turrão, mas não burro, tomou medidas que aos poucos lhe garantia tempo e um pouco mais de simpatia aos olhos do mundo. Nos seguidos relatórios dos inspetores da ONU, o Iraque aparecia sempre "colaborando mais" (nunca o suficiente), mas mais. Com isso, crescia dia a dia o número de países advogando mais tempo para as inspeções e dispostos a dizer um não a uma ação militar.
Então os EUA mudaram. Se Saddam parece estar se desarmando, isso não serve mais. É preciso tirá-lo do poder. Iniciaram uma guerra e com a primeira operação (denominada de decapitação) já mostram que não basta tirá-lo poder. É preciso eliminá-lo.
A questão é que como pegar o ditador iraquiano. Como Bin Laden, Saddam tem mil e um esconderijos e sósias. Tem também muitos seguidores dispostos a abrigá-lo e a morrer por ele.
O Iraque pode cair logo. O governo do país pode também cair em breve. Mas e essa guerra, acaba sem a cabeça de Saddam?
Mais uma guerra sem fim?
Os Estados Unidos de George W. Bush têm sido pródigos em iniciar guerras, mas apresentam dificuldades em terminá-las.Quando os EUA bombardearam e invadiram o Afeganistão, no final de 2001, diziam que estavam lá para derrubar o Taleban, regime que dava abrigo ao terrorista Osama bin Laden. O Taleban caiu com um sopro, mas aquela guerra ainda não acabou, uma vez que seu real objetivo, eliminar Bin Laden, ainda está para ser realizado. Na última semana, tropas estavam atrás do terrorista em mais uma megaoperação.
Mesmo sem cumprir a primeira missão (e por saber que ela é de difícil execução), Bush filho partiu para o segundo nome na sua lista de inimigos: Saddam Hussein, aquele que carregaria uma imensidão de pecados, entre eles a proteção e o financiamento de (outra vez) Bin Laden.
Primeiro, Bush e seus conselheiros disseram à comunidade internacional que era preciso desarmar o Iraque. Saddam, que parece turrão, mas não burro, tomou medidas que aos poucos lhe garantia tempo e um pouco mais de simpatia aos olhos do mundo. Nos seguidos relatórios dos inspetores da ONU, o Iraque aparecia sempre "colaborando mais" (nunca o suficiente), mas mais. Com isso, crescia dia a dia o número de países advogando mais tempo para as inspeções e dispostos a dizer um não a uma ação militar.
Então os EUA mudaram. Se Saddam parece estar se desarmando, isso não serve mais. É preciso tirá-lo do poder. Iniciaram uma guerra e com a primeira operação (denominada de decapitação) já mostram que não basta tirá-lo poder. É preciso eliminá-lo.
A questão é que como pegar o ditador iraquiano. Como Bin Laden, Saddam tem mil e um esconderijos e sósias. Tem também muitos seguidores dispostos a abrigá-lo e a morrer por ele.
O Iraque pode cair logo. O governo do país pode também cair em breve. Mas e essa guerra, acaba sem a cabeça de Saddam?
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Vaguinaldo Marinheiro é secretário-assistente de Redação da Folha de S.Paulo. Escreve para a Folha Online aos domingos E-mail: vaguinaldo.marinheiro@folha.com.br |
