Atentados matam dez durante eleições no Paquistão

O esquema de segurança montado para as eleições parlamentares no Paquistão --que envolveu mais de 470 mil homens-- funcionou, pois não houve registro de nenhum grande episódio de violência durante a votação. Autoridades também detiveram supostos homens-bomba.

No entanto, segundo Igor Gielow, repórter da Folha e enviado especial a Islamabad, ao menos dez pessoas morreram em tiroteios e ataques com bombas e foguetes. As urnas já foram fechadas e os resultados finais da votação devem ser divulgados até a quarta-feira (20).

A apuração será realizada durante a madrugada da terça-feira (horário local) e irá mostrar se a oposição obteve a vitória esperada, ou se o partido do governo obteve êxito.

"Nesse caso, a expectativa é que haja uma grande confusão, porque os líderes da oposição já avisaram que não vão aceitar nada que não seja a sua vitória", diz Gielow.

Segundo ele, o ditador Pervez Musharraf enfrentará dificuldades para se manter no cargo sem tomar medidas autoritárias se o Parlamento eleito for hostil ao governo.

"A situação é complexa e, no momento, não existem respostas fáceis", diz o jornalista.

Igor Gielow