Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/04/2008 - 09h34

Como usar corretamente a construção "previsto para"?

da Folha Online

Hoje se vêem muito freqüentemente na imprensa construções do tipo "O espetáculo está previsto para estrear amanhã" ou "A reunião está prevista para terminar às dez horas". Essas formulações estão, entretanto, imprecisas, porque algum fato só pode estar previsto para algum momento ou para alguma data.

Thaís Nicoleti, colunista da Folha e da Folha Online, explica que essas construções sintáticas são defeituosas. Na verdade, a estréia do espetáculo e o término da reunião é que estão previstos. Ouça outros podcasts da colunista.

Thaís Nicoleti

"Em vez de 'espetáculo previsto para estrear amanhã', melhor dizer 'estréia do espetáculo prevista para amanhã'. 'Estréia' é um substantivo abstrato, que deveria ser o núcleo do sujeito; ocorre, no entanto, que seu verbo correlato, 'estrear', é usado como complemento do particípio passado 'previsto' aparentemente para compensar a ausência do abstrato como núcleo do sujeito, propõe a colunista.

Segundo Nicoleti, essa construção adultera o sentido do verbo "prever", que requer como complemento uma circunstância de tempo. Uma maneira fácil de não fazer mais essa confusão é dirigir à forma verbal a "pergunta certa": "previsto para quando?" (e não "previsto para quê?").

A colunista afirma que também são corretas frases como as seguintes: "'Está previsto que o espetáculo estréie amanhã' e 'Está previsto que a reunião termine às dez horas'. Nesses casos, o sujeito de 'está previsto' é oracional ('que...') e o particípio 'previsto' permanece no masculino singular", explica Nicoleti.

Quer ser avisado dos podcasts de Thaís Nicoleti? Basta utilizar seu canal em RSS. Para aprender a mexer no RSS, clique aqui.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página