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10/02/2009 - 13h08

Questões de segurança pautam eleições em Israel, diz professor

da Folha Online

O Estado de Israel terá mais uma oportunidade nesta terça-feira para exercer a democracia em seu território com a eleição de seus representantes para o Knesset (Parlamento). No país, o voto não é obrigatório e pode ser exercido por todo cidadão com mais de 18 anos. Neste ano, os israelenses aptos a votar somam 5,3 milhões.

Para Renatho Costa, professor de pós-graduação em política e relações internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, novamente a questão de segurança acaba sendo o fator preponderante para que os israelenses escolham seus representantes para o legislativo e, automaticamente, determinem quais serão as diretrizes que pautarão as relações com os palestinos.

Renatho Costa fala sobre eleições em Israel

Binyamin Netanyahu, que já foi primeiro-ministro no final da década de 1990, apresenta-se como o provável vencedor desse pleito. Sua vitória representa o retorno do Likud ao poder e, provavelmente, o endurecimento nas relações com os palestinos.

"Com um diferencial agora. Aquele que outrora fora visto como um conservador e de extrema direita, hoje cede a função para outro partido que promete ter o número de representantes aumentado, Yisrael Beitenu (Israel Nossa Casa, em hebraico), liberado por Lieberman [Avigdor]", diz o professor.

Segundo Costa, se a vitória de Netanyahu se confirmar, não significa que o Likud conseguirá governar sozinho. Com o número estimado de 30 representantes eleitos --dos 120 que compõem o Knesset--, haverá a necessidade de o Likud negociar com partidos religiosos, como o Shas (com características fundamentalistas) ou com o Trabalhista de Ehud Barak.

De acordo com o professor, a dificuldade de o Kadima continuar no poder tem raízes na inabilidade da ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, ter conseguido viabilizar um acordo junto aos demais partidos, em 2008, que a levassem ao posto de primeiro-ministro quando surgiram as denúncias contra o atual, Ehud Olmert.

"Ainda é possível salientar que, por mais que o Kadima tenha conseguido manter parte de seu eleitorado com a postura bastante dura de Livni, por ocasião das operações militares em Gaza, a dúvida acerca do resultado final dessa operação não referendou o partido como sendo o ideal defensor das questões de segurança. Numa análise bastante otimista, na qual o Kadima pudesse alcançar essa maioria no Knesset, Livni ainda teria muita dificuldade para criar coalizões com os demais partidos", avalia Costa.

Quanto às questões de segurança interna do Estado de Israel, o professor diz ser provável que a situação dos palestinos em Gaza não mude substancialmente. "A provável coalizão de um partido de centro-direita, com outros de extrema-direita inviabilizará, pelo menos momentaneamente, qualquer mudança de status na relações entre Israel e palestinos", conclui.

 

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