Reuters
28/12/2001 - 18h11

Iraque diz que sanções mataram mais de 1,6 milhão de pessoas

da Reuters, em Bagdá

O Iraque disse que mais de 1,6 milhão de pessoas morreram como resultado das sanções econômicas impostas à Bagdá desde 1990 pela ONU (Organização das Nações Unidas), disse a Agência de Notícias do Iraque (INA).

A agência citou uma carta enviada pela missão da ONU no Iraque para Kofi Annan, secretário-geral da ONU. "Um total de 1.614.203 pessoas, dentre elas 667.773 crianças com menos de cinco anos morreram desde a imposição das sanções em 1990 até novembro de 2001", disse a INA, segundo a carta.

A carta disse que houve apenas 258 mortes de crianças com menos de cinco anos em 1989, um ano antes da imposição das sanções.

O documento culpou o aumento das mortes nos atrasos dos representantes dos EUA e do Reino Unido no Conselho de Segurança da ONU na aprovação da compra de remédios e equipamentos médicos.

O Iraque disse que o embargo, imposto como um castigo para a invasão de Bagdá no Kuait em 1990, acabou com sua infra-estrutura e causou a queda do padrão de vida no país.

Sob a existência do programa petróleo-por-comida, é permitido ao Iraque vender petróleo para comprar comida, remédios e outros suprimentos para aliviar o impacto das sanções da ONU. A lista de tais suprimentos tem de ser aprovada pelo Conselho de Segurança.

Londres e Washington têm tentado desde junho aprovar no Conselho de Segurança a renovação do regime de sanções, mas seus esforços foram bloqueados pela Rússia.
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca