Iraque diz que sanções mataram mais de 1,6 milhão de pessoas
da Reuters, em BagdáO Iraque disse que mais de 1,6 milhão de pessoas morreram como resultado das sanções econômicas impostas à Bagdá desde 1990 pela ONU (Organização das Nações Unidas), disse a Agência de Notícias do Iraque (INA).
A agência citou uma carta enviada pela missão da ONU no Iraque para Kofi Annan, secretário-geral da ONU. "Um total de 1.614.203 pessoas, dentre elas 667.773 crianças com menos de cinco anos morreram desde a imposição das sanções em 1990 até novembro de 2001", disse a INA, segundo a carta.
A carta disse que houve apenas 258 mortes de crianças com menos de cinco anos em 1989, um ano antes da imposição das sanções.
O documento culpou o aumento das mortes nos atrasos dos representantes dos EUA e do Reino Unido no Conselho de Segurança da ONU na aprovação da compra de remédios e equipamentos médicos.
O Iraque disse que o embargo, imposto como um castigo para a invasão de Bagdá no Kuait em 1990, acabou com sua infra-estrutura e causou a queda do padrão de vida no país.
Sob a existência do programa petróleo-por-comida, é permitido ao Iraque vender petróleo para comprar comida, remédios e outros suprimentos para aliviar o impacto das sanções da ONU. A lista de tais suprimentos tem de ser aprovada pelo Conselho de Segurança.
Londres e Washington têm tentado desde junho aprovar no Conselho de Segurança a renovação do regime de sanções, mas seus esforços foram bloqueados pela Rússia.