Reuters
01/01/2002 - 13h53

1,5 milhão de pessoas passam virada do ano no Rio de Janeiro

da Reuters, no Rio de Janeiro

O Rio teve o primeiro Réveillon sem chuva depois de dois anos, em uma festa que contou com a presença de 1,5 milhão de pessoas, segundo a prefeitura, marcada por muita segurança.

Em Copacabana, os fogos de artifício foram detonados de quatro balsas a 300 metros de distância da praia, apreciados por um público mais contido que nos últimos anos, em meio a um grande contingente de policiais.

De acordo com o Centro de Operações Integradas da Secretaria de Segurança do Estado, nenhum caso grave foi registrado na orla de Copacabana, sendo o Réveillon mais calmo dos últimos anos. O fato também foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros, que contabilizou 423 atendimentos nos sete postos médicos em toda a orla carioca por excesso de calor, pressão alta, abuso de bebidas alcóolicas e náuseas.

Sem as fortes ondas no mar, o Grupamento Marítimo registrou somente 57 casos de socorro em Copacabana.

Os únicos que tiveram muito trabalho foram os homens da companhia de limpeza que recolheram 330 toneladas de lixo em Copacabana e 240 na Barra da Tijuca. Todo o trabalho foi encerrado por volta das 11h desta manhã. A maioria dos detritos eram de latas de cerveja, flores e velas.

As flores e velas se justificam pelo fato da tradição dos cariocas de, além de se vestirem de branco na passagem de ano, jogarem ao mar oferendas à divindade do candomblé Iemanjá.

Menor impacto
Na opinião da maioria dos presentes o espetáculo pirotécnico desta virada de ano perdeu parte da emoção. Em razão da distância, muitos puderam apenas ver, mas não conseguiam ouvir o barulho dos rojões, como reclamou a estudante paulista Tânia Lacerda, 22.

"Venho há quatro anos, por isso estranhei esse ano a distância. Mas é o preço que temos que pagar pela segurança. Acho que no ano que vem a gente não vai fazer mais a comparação.''

Para substituir o som dos fogos foi providenciada uma trilha sonora que incluiu desde a ópera "Carmina Burana" à "Cidade Maravilhosa". A tradicional cascata do Hotel Meridien foi substituída por um show de luzes misturadas a papel picado.

Nos 11 palcos montados pela prefeitura os shows foram marcados por apresentações de Luciana Melo, Sandra de Sá, Ivan Lins, Luiz Melodia, Lecy Brandão, Paulinho Moska e várias escolas de Samba.

Nos três de Copacabana, se revezaram Zeca Baleiro, Zélia Dunkan, Dudu Nobre,Gabriel Pensador, a banda Afro Reggae as escolas de Samba Mangueira, Pontela e Imperatriz Leopoldinense e vários DJs que transformaram a areia da praia em pistas de dança no final da noite.

A novidade do Réveillon foi a festa do piscinão de Ramos, na zona norte da cidade. Com 25 mil pessoas, a festa contou com a presença de quase todo o secretariado estadual e do ministro Francisco Weffort (Cultura), e teve show animado por Elba Ramalho.

Leia mais notícias sobre Réveillon


 

FolhaShop

Digite produto
ou marca