Reuters
02/01/2002 - 12h59

Setor de telecomunicações enfrentará recessão em 2002

da Reuters, em Chicago (EUA)

Mesmo depois da demissão de milhares de funcionários e bilhões em lucros, a indústria de telecomunicações pode ainda não ter atingido o fundo do poço, segundo analistas de mercado.

Com a economia norte-americana em desaceleração, empresas como a Qwest Communications International estão cortando suas previsões de ganhos e ampliando metas de corte para 2002.

As fabricantes de equipamentos de telecomunicações tiveram de abandonar seus planos ambiciosos desenhados há alguns anos para se concentrar em como passar pela crise da melhor maneira possível.

"Acho que ainda não chegamos ao fundo do poço", afirmou Gary Smith, presidente-executivo da fabricante de redes ópticas Ciena e admitiu que poderá ter um novo ano de prejuízos.

Uma das poucas áreas que prometem bons resultados é o setor de serviços de telefonia móvel nos EUA, que podem ganhar um impulso em 2002 com a demanda por novos recursos. Empresas como Nokia e Motorola estão apostando nisso.

Mas os mais pessimistas dizem que mesmo os nichos menos ameaçados podem trazer frustrações nos próximos meses. Para eles, a retomada só acontecerá no final de 2002 e começo de 2003.

Os executivos do setor estão ansiosos por uma retomada depois de assistirem suas ações caírem 27% em média em 2001.

Apesar da discordância quanto à data da retomada econômica, os analistas de mercado concordam que, depois de a crise passar, a taxa de crescimento anual voltará ao patamar normal de 10% a 12% ao ano para o setor de telecomunicações.

Enquanto isso não ocorre, empresas de equipamentos de rede, como a norte-americana Lucent Technologies e a canadense Nortel Networks, amargam perdas de bilhões de dólares e sacrificam boa parte de sua força de trabalho.

"As empresas de equipamentos tem de aprender a ganhar dinheiro no atual patamar de faturamento em vez de esperar por uma melhoria no cenário em 2002", afirmou Naima Hoque, analista da Fleet Asset Management.

Já as companhias de tecnologia sem fio apostam no desenvolvimento da próxima geração de telefonia móvel, conhecida como 3G.

"O foco para o ano de 2002 será a rapidez com que as pessoas adotarão os sistemas de nova geração", aposta Leif Soderberg, vice-presidente da unidade de celulares da Motorola.

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