Aviação dos EUA quer exames mentais para alunos de pilotagem
da Reuters, em WashingtonAutoridades norte-americanas de aviação recomendaram ontem que as escolas submetam os aspirantes a piloto a exames físicos e mentais antes que eles se matriculem nos cursos.
A medida foi adotada depois que um adolescente da Flórida lançou um pequeno avião contra um prédio, no fim de semana passado.
Atualmente, o certificado médico só é necessário quando o piloto está pronto para voar sozinho, não na matrícula. A Autoridade Federal de Aviação (FAA) sugeriu também que todos os alunos, independente da idade, tenham supervisão constante de um instrutor e não recebam as chaves do avião para as checagens pré-decolagem.
A agência recomendou que a indústria deveria instalar sistemas para evitar o uso de aviões por pessoas não-autorizadas, como foi o caso da Flórida. Nenhuma dessas medidas tem adoção obrigatória.
Charles Bishop, 15, foi a única vítima do incidente de sábado (5), quando ele decolou sem autorização com um Cessna que estava estacionado na sua escola de vôo, lançando-o minutos depois contra o edifício do Bank of America em Tampa.
Em seu bolso, a polícia encontrou uma nota de admiração por Osama bin Laden, suposto mentor dos atentados com o mesmo método, em 11 de setembro. As autoridades disseram que ele fazia um tratamento contra acne que pode provocar depressão.
Warren Morningstar, porta-voz da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves dos EUA, disse que algumas medidas sugeridas pela FAA são úteis e devem ser adotadas imediatamente. Mas ele discorda do exame de saúde. "[Durante o treinamento] é o instrutor que está no comando do avião", disse.
Para Warren, o caso da Flórida "não foi realmente um incidente de segurança. Foi o caso de um jovem perturbado decidido a cometer um suicídio público. Por acaso ele escolheu um avião para isso".
Mas especialistas de segurança acham que esse tipo de caso pode não ser tão isolado, já que os EUA têm 200 mil aviões, operando em 18 mil aeroportos.
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