Reuters
13/01/2002 - 13h40

Polícia indiana prende líderes ativistas da Caxemira

da Reuters, em Srinagar (Índia)

A principal aliança separatista da Caxemira disse hoje que a polícia indiana havia lançado uma ofensiva contra seus líderes ativistas na região, prendendo seis pessoas.

As prisões ocorrem ao mesmo tempo em que a Índia e o Paquistão mobilizaram 1 milhão de soldados na fronteira depois de um ataque no mês passado ao Parlamento indiano, que Nova Déli considera ter sido perpetrado por militantes pró-Caxemira com base no Paquistão.

"A polícia começou a prender os líderes do Hurriyat no momento em que o mundo inteiro está se unindo para resolver disputas políticas e acabar com a ameaça de violência no planeta", disse a Conferência Hurriyat de Todos os Partidos em uma declaração.

Uma autoridade policial disse que Bashir Ahmad Bhat, Gulam Nabi Sumji, Mukhtar Ahmad Waza, Ahmad Altaf e Sheikh Abdul Rashid -todos líderes ativistas- foram detidos em batidas policiais durante a madrugada.

As prisões ocorreram horas depois de o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, ter dito que iria condenar publicamente os dois grupos separatistas da Caxemira -Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammed- responsabilizados pela Índia pelo ataque a seu Parlamento, que deixou 14 mortos.

A polícia no Paquistão prendeu cerca de 130 pessoas e interditou escritórios depois que Musharraf condenou cinco grupos militantes.

Cerca de 12 grupos militantes lutam contra o domínio da Índia em Jammu e na Caxemira, único Estado de maioria muçulmana controlado pela governo indiano.

Autoridades dizem que mais de 33 mil pessoas morreram na rebelião sangrenta que começou no fim de 1989, enquanto os separatistas alegam que o número de mortos chega a 80 mil.

Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
 

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