Perícia de piloto evitou explosão de avião, diz polícia da Indonésia
da Reuters, em Jacarta (Indonésia)Passageiros de um Boeing 737-300 da companhia indonésia Garuda, que fez um pouso forçado sobre um rio de Java ontem, disseram que houve turbulência antes do acidente, atribuída pela polícia a uma falha mecânica.
Um comissário de bordo morreu e 23 pessoas ficaram feridas no acidente no rio Solo, 475 quilômetros a leste de Jacarta, por volta de 16h30 de ontem (6h30 em Brasília).
"Havia uma densa névoa do lado de fora e de repente sentimos turbulência. Não pude ver nada, mas quando a porta de emergência se abriu, vi água", disse o passageiro Muhammad à emissora de televisão RCTI.
A polícia elogiou a manobra do piloto para o pouso forçado, que salvou a maioria das 61 pessoas a bordo. "É incrível que ele tenha pousado sem que o avião explodisse", disse um policial de Klaten, cidade perto do local do acidente. "Acredita-se em uma falha mecânica. O piloto conseguiu desviar o avião das casas", afirmou.
A maioria dos feridos sofreu cortes e fraturas. Cinco deles estão em estado grave. Três estrangeiros a bordo -uma australiana, seu marido tailandês e a filha deles- sobreviveram sem ferimentos graves.
O avião ia de Mataram (um balneário na ilha de Lombok) para a cidade histórica de Yogyakarta, outro destino turístico importante.
A Garuda prometeu se manifestar sobre o acidente ainda hoje. A caixa-preta já foi recuperada, mas ainda não se sabe quando o avião será tirado do rio.
Um acidente semelhante -com a queda de um Boeing 737-300 da Singapore SilkAir em um rio de Sumatra, outra ilha de Indonésia- matou todas as 104 pessoas a bordo em dezembro de 1997.
Leia mais no especial Boeing